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História A Seleção - Uma Vida Normal (livro 2) - Só para garantir


Escrita por: Booh_Santos

Notas do Autor


CHEGUEI!
Nossa como eu tava ansiosa! haha
Espero que gostem!
E dedico essa capitulo a uma leitora especial, que está fazendo aniversário hoje! Parabéns Lorrãyne Barros!!
Enjoy!!

Capítulo 2 - Só para garantir


Fanfic / Fanfiction A Seleção - Uma Vida Normal (livro 2) - Só para garantir

– Foi um erro ter metido o Ahren nisso – falei, enquanto esperávamos ele terminar de se arrumar.

– Ah, esse foi o erro? Sério? Porque além disso, está tudo certo, não é?

– Onde está o Erik?

– Vou ligar para ele.

Kile discou o número e colocou no viva voz.

– Fala cara.

– Onde você está? – Kile perguntou.

– Em casa.

– Não vai conosco?

– E ficar de vela? Não, obrigado.

– Ah, mas aí você vai ficar sozinho? – falei.

– Olha, está tudo bem. De verdade. Além do mais, quando essa merda der errado, não quero meu nome envolvido.

– Que gentil da sua parte.

Erik riu, o que nos fez rir também.

– Olha, vou tentar adiantar aquele nosso trabalho de história – Erik disse, nos pegando totalmente de surpresa.

– Você? – Kile e eu perguntamos ao mesmo tempo.

– Sim, eu. Vocês ficarão me devendo muito depois disso.

Ouvimos passos atrás de nós e viramos para ver. Era Ahren. Estava todo arrumado e muito bonito.

– Podemos ir? – Kile perguntou, entregando o celular dele para mim.

– E o Erik?

– Aqui – ele disse, ao telefone – desculpa cara, não tô passando bem. Comi algo que não bateu legal.

– Então é melhor ficar longe mesmo. Não quero que nada de errado hoje.

– É sempre bom saber que sou insubstituível.

– Vamos indo – falei.

Demos tchau para o Erik, depois avisamos aos meus pais que estávamos indo embora e começamos a sair de casa. Meu pai estava trancado no escritório, por isso não pegou no meu pé antes de eu ir, mas me surpreendi com minha mãe, que apareceu na porta de casa e me chamou.

– Sim?

– Onde vocês vão mesmo? – ela perguntou, quando os meninos se afastaram.

– Ao cinema.

– E o Erik?

– Disse que está com dor de barriga e dispensou a gente.

Ela me olhou com o cenho franzido, depois olhou para os meninos e torceu os lábios.

– Eu e seu pai vamos sair. Kaden vai ficar na casa da Marlee e Osten foi dormir na casa de um amigo.

– Tudo bem.

– Não voltem muito tarde. É perigoso ficar na rua de bobeira.

Assenti e sorri, indo correndo na direção dos meninos. Entramos no carro de Kile e partimos. Ahren pensava que iriamos para o cinema, assim como meus pais. Ele iria para um restaurante que ficava a vinte minutos do cinema, enquanto Kile e eu estaríamos em um que fica a cinco minutos.

Passamos na casa de Camille para busca-la.

– Olá pessoal – ela disse, entrando no banco de trás, onde Ahren estava.

– Oi Camille – Kile e eu respondemos em coro.

Ahren e ela começaram a cochichar elogios como se ninguém pudesse ouvir. Respirei fundo e liguei o rádio, o que fez Kile sorrir.

Deixamos o casal em seu restaurante e combinamos de passar para busca-los quando ele ligasse. Quando finalmente ficamos sozinhos, começamos a discutir o plano.

– Tudo bem – falei, quando paramos na porta do restaurante – então estamos namorando a quatro meses, aconteceu sem querer, e nossa família ainda não sabe.

– Isso.

– Qualquer outra coisa a gente improvisa.

– Tudo bem.

Saímos do carro e avisamos na porta do restaurante nossos nomes. Enquanto o funcionário procurava nossa mesa reservada, segurei Kile pelo braço, o fazendo virar para mim.

– Obrigado por fazer isso por mim – falei.

– Não precisa agradecer.

– Preciso sim. Não é algo normal, e muito menos fácil.

– É pra isso que os amigos servem, para ajudar uns aos outros com suas loucuras.

– Você me acha louca?

– Não achava, até você me pedir em namoro.

– Eu não te pedi em namoro...

– Ah, mas é isso que irei contar a eles.

– Você não pode!

– O que? Você inventa isso tudo, e eu nem posso me divertir um pouco?

– Não!

– Então vou ter que voltar a imaginar você pegando a Camille.

– Tudo bem! Pode inventar isso que você falou.

– O que eu falei?

– Sobre nós.

– Não me lembro. Pode repetir para mim?

– Nunca.

– Talvez isso ajude a tirar a imagem de Camille e você...

– Eu te pedi em namoro!

– Ora, mas quem diria – Henri disse, ao nosso lado.

– Henri! Milla! Não ouvi vocês chegando.

– Estavam discutindo porquê? – ela perguntou, sorrindo.

– Eady me pediu em namoro, e agora fica se fazendo se sonsa. Eu apenas estava a chantageando para que ela admitisse a verdade – Kile disse, colocando o braço sobre meus ombros – não é querida?

Milla riu e pegou o braço de Henri, o puxando para dentro do restaurante. Fiz o mesmo com Kile, mas antes debrucei sobre ele de forma que só ele escutasse o que eu diria.

– Eu não sou sua querida.

Kile sorriu e me puxou para dentro. Seguimos o casal até uma mesa na varanda e nos sentamos. Eu ao lado de Milla e de frente para Kile. Fizemos nosso pedido e eu me preparei mentalmente para o mar de perguntas que receberíamos.

– Então? Como vocês se conheceram? – ela perguntou.

– Foi quando eu nasci – respondi, sorrindo para Kile.

– Ah sim. Verdade, esqueci disso. Sabe, eu acho muito bonito quando isso acontece. Tipo, vocês eram melhores amigos, e se tornaram mais do que isso. Como foi que isso aconteceu? Como vocês perceberam que era mais?

Droga. Não previ essa pergunta. Olhei para Kile, começando a ficar nervosa. Ele percebeu, pois estendeu a mão sobre a mesa e pegou a minha, entrelaçando nossos dedos.

Senti uma onda de calor percorrer meu corpo e na mesma hora me senti mais relaxada.

– Não sei explicar – Kile disse – foi tão repentino. Digo, nós sempre estivemos juntos. Mas nunca tínhamos ficado sozinhos antes. E quando aconteceu pela primeira vez, eu senti algo diferente.

– Diferente? – ela perguntou, parecendo maravilhada.

Não a julgo, pois eu também estava. Eu queria saber a história toda, mesmo sabendo que é mentira.

– As palavras não saiam com tanta facilidade como quando estávamos nós quatro – ele continuou – já tínhamos ficado alguns minutos sozinhos. Mas nesse dia, os minutos viraram horas, e tudo mudou.

– Continue, por favor – Milla pediu.

– Meu bem, não perturbe eles com perguntas... – Henri tentou dizer, mas ela fez “shh” e assentiu para Kile.

– Foi uma noite, em que o céu estava muito bonito. Muito estrelado. Estávamos todos sentados no jardim da casa dela conversando, inclusive minha irmã e os irmãos mais novos dela. De um em um, todos começaram a ir para suas casas, até que ficamos os dois lá sozinhos.

Ai meu Deus. Kile não está inventando. Eu lembro desse dia. Lembro dessa noite estrelada em meu jardim.

– Todos entraram, menos nós, que simplesmente não conseguíamos parar de olhar o céu – falei.

Kile sorriu e continuou.

– Eu sabia que estava muito tarde, mas não queria ir para casa. Então nós ficamos até quase três da manhã lá. E em certo momento, meus olhos finalmente desviaram das estrelas e caíram sobre ela, que estava tão relaxada, tão serena, que meu foco mudou completamente.

Essa parte ele começou a inventar, porque o que aconteceu foi que quando vimos a hora, ficamos nervosos e corremos para casa. Mas prometemos um ao outro que iriamos ver o sol nascer, cada um de sua casa.

Claro que não cumprimos o combinado. Eu dormi sentada na janela, e ele confessou que também dormiu. Rimos bastante disso e guardamos esse momento apenas para nós.

Mas eu estava tão curiosa para saber o que ele diria, que não ousei sequer me mexer.

– Então, quando ela finalmente olhou para baixo e viu que eu a olhava, aconteceu. Não sei quem ou o que nos fez agir. Mas quando me dei por conta, estávamos nos beijando.

– Que lindo – ela disse, apertando meu braço – você é uma menina de tanta sorte.

– Sou mesmo – falei, sorrindo sem graça.

Nessa hora, nossa comida chegou e o rumo das conversas mudou completamente. Nós começamos a falar de nossas escolas. Henri finalmente pareceu estar ali e desatamos a conversar sobre coisas que tinha acontecido. Estava tudo correndo muito bem, até ele dar a entender que tínhamos um passado.

Ficou um silencio constrangedor na mesa, que foi quebrado quando Milla anunciou que iria ao banheiro. Pedi licença e falei que iria com ela. Quando entramos, ela suspirou e se apoiou na pia.

– Você é a ex dele, não é? A última – perguntou, sem me olhar.

– Não sei da vida amorosa dele Milla. Mas possivelmente eu fui a última.

– Ele comentou comigo sobre uma ex. Na verdade, ele comentou apenas sobre uma. Disse que era de sua antiga escola, que não tinha dado certo porque ela era muito fria e que tinha superado. Mas o comportamento dele ontem me deixou desconfiada. E agora tudo se confirmou.

– Ele disse que eu sou fria? – perguntei.

– Isso importa?

– Bom, sim. Não quero ter má fama.

– Você está com o Kile agora. Está muito bem arranjada. E daí se dizem que você é fria? O que importa é o que Kile acha.

– Será que ele me acha fria?

– Eu achei você um pouquinho distante – ela disse, dando de ombros – não vejo vocês se tocando, não tem muito contato visual de sua parte. Mas eu não te conheço.

– Eu tenho vergonha de interações públicas de afeto. Acho um momento pessoal, que não precisa ser compartilhado com estranhos, entende? Não sabia que isso era “ser fria”.

– Era para esse ser o meu momento melancólico – ela reclamou.

– Tem razão. Desculpe. Mas olhe, o que tem de mais eu ser a ex? Isso não muda o que vocês têm, certo?

– Não sei. Eu nunca passei por isso.

– Bom, eu já. Ontem, com vocês.

Ela riu.

– Eu fiquei um pouco nervosa na hora, mas Kile me ajudou a passar por isso.

– Tem razão. Estou exagerando.

Ela sorriu e me abraçou. A princípio não soube reagir, mas então acabei abraçando de volta. Voltamos para a mesa e eu pedi para que Kile trocasse de lugar com Milla. Ela sorriu para mim e sentou no lugar de Kile, enquanto ele a ajudava a fechar a cadeira. Sentou ao meu lado e passou o braço no encosto da minha cadeira.

Eu percebia que Henri ocasionalmente olhava torto para Kile e eu, mas decidi ignorar.

Ele pediu licença e se afastou para atender o celular. Milla nos olhou sorrindo, e eu sabia que ela faria algo que nos deixaria constrangidos.

– Está um pouco frio aqui, não acham? Darei um minutinho de privacidade ao casal. Estarei ali no bar – ela disse, piscando para mim.

Sabia! Kile franziu o cenho para mim enquanto ela se afastava.

– O que ela quis dizer Eady? Está calor aqui.

– Henri disse para ela que eu era fria com ele. E ela disse que eu dou essa impressão porque não nos tocamos, ou trocamos olhares. Eu disse que é porque eu tenho vergonha.

– Então ela sutilmente nos deixou sozinhos e praticamente mandou você aproveitar o momento e ser menos fria?

– Eu não diria que ela foi sutil.

Kile sorriu e olhou para o bar.

– Ela está olhando para nós. Isso é constrangedor – ele disse.

– Até o fim da noite, iremos ser desmascarados.

– Não se fizermos uma coisa – ele disse, olhando de rabo de olho para o lado.

– O que?

– Isso.

Kile abaixou o rosto, se aproximou e me beijou por um momento. Então, seus lábios se afastaram, se aproximaram e se afastaram de novo.

Respirei fundo entre um beijo e outro, porque tinha a sensação de que haveria mais. Eu estava certa, e que bom, porque nunca tinha sido beijada daquele jeito e queria mais.

Mesmo que já tivesse beijado antes, nada se comparava aquele momento. Que diferença.

Me inclinei um pouco na direção dele, o abraçando. Ele ergueu a mão livre até minha bochecha. Então levou os lábios aos meus outra vez pelo que me pareceu uma eternidade, antes de recuar.

– Acha que isso basta?

– Eu... hum... não sei.

– Só para garantir.

Ele pressionou a boca contra a minha de novo. Fiquei tão surpresa por receber outro beijo como aquele que pensei que meus ossos fossem derreter.

Envolvi os dedos no cabelo dele, chocada comigo mesma por sentir o desejo de segura-lo daquele jeito a noite inteira.

Ele recuou de novo e olhou nos meus olhos. Algo estava diferente. Será que ele também estava sentindo aquele calor estranho se alastrar pelo corpo?

– Eu não acho você fria – ele sussurrou.

Ajeitou meu cabelo e virou novamente para frente, passando o braço sobre o encosto da minha cadeira novamente.

– Achei que não fossem acabar nunca – Milla disse, sentando em sua cadeira com Henri.

Me inclinei, apoiando na lateral do corpo de Kile e recostei a cabeça em seu ombro. Kile me envolveu com o braço que antes estava no meu encosto e continuamos a conversar.

Senti meu telefone vibrar e lá estava uma mensagem de Ahren, perguntando se nosso filme tinha acabado. Kile se inclinou para ler a mensagem enquanto eu a respondia.

Falei que sim, que eu iria ao banheiro e depois passaríamos lá para busca-lo.

– Sinto informar – falei, guardando o celular – mas chegou nossa hora.

– Ah, que pena – Milla disse – podemos marcar outra coisa algum dia.

– Claro – falei, enquanto Kile pedia a conta.

– Está cedo, porque precisam ir agora? – Henri perguntou.

– Ahren está nos esperando – expliquei.

Enquanto Henri e Kile pagavam a conta, Milla anotava meu número. Levantamos e finalmente fomos embora.

No momento que ficamos sozinhos no carro, fiquei inquieta, por não saber o que falar ou como agir.

– Kile, sobre hoje...

– Não precisamos falar sobre isso.

Olhei para ele, sem saber interpretar aquilo. Será que ele não gostou? Virei o rosto e fiquei olhando pela janela até pararmos na porta do restaurante. Ahren e Camille entraram, estavam de mãos dadas.

Deixamos Camille em casa, finalmente. Não aguentava mais ouvir os sussurros dos dois.

– Então? Como foi? – Kile perguntou, sorrindo.

– Muito bom – Ahren respondeu, sorrindo muito.

Resolvi não participar da conversa, já que só ouvir já me dava náuseas.

– Então pegou?

– Não peguei. Estamos em um relacionamento exclusivo.

Quase perdi o ar.

– Como assim? – perguntei.

– Pedi ela em namoro, ué.

– Mas assim? Tão repentinamente?

– Repentinamente? Eu gosto dela a muito tempo. Não foi repentino.

– Mas...

– Eady – Kile disse, me interrompendo – estamos chegando.

Respirei fundo e virei novamente para minha janela.

Kile parou o carro na porta da minha casa e esperou nós dois entrarmos para ir embora. Fui direto para o banheiro. Precisava ficar em um local seguro, onde sabia que Ahren não viria me interrogar. Entrei no banho e não tive pressa alguma.

Mas era obvio que eu não me livraria do meu irmão tão fácil assim. Ele me esperava de pijama, sentado na minha cama. Respirei fundo e me preparei para o que quer que ele viesse me falar. Seja de Camille, ou até mesmo o filme que eu sequer vi. 


Notas Finais


ENTÃAAAAO?
Comentem, favoritem, mantem prazamiga! Me ajuda bastante :)
E se quiserem quotes e novidades, participem do meu grupo no face - Leitores da Booh
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Espero que tenham gostado
Até o próximo!
Bjoooos :3


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