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História A Seleção HIATUS - 1


Escrita por: Lovelyshipper

Notas do Autor


Antes de mais nada, desculpem-me pelo primeiro capitulo meio porco, eu tive uma tentativa falha de escreveer em primeira pessoa, mas como perceberam, vou ter que voltar a usar terceira pessoa.

Lembrando que o capitulo não foi betado, então deve haver alguns erros.

Capítulo 1 - 1


As vezes eu me preguntava onde eu havia errado na minha vida passada. Tinha matado alguém? Roubado? Cometido algum crime terrível? Essa seria a única explicação para que mamãe fosse tão insistente.

_Jimin!_ Brandiu ela me olhando com os olhos escuros tempestuosos como se pudesse me matar, e eu acho que se não fosse presa por isso talvez já tivesse feito isso a tempos.

Me inclinei na mesa, apoiando meus braços dobrados sobre a mesma e arqueando a sobrancelha com escarnio_ eu geralmente era uma boa pessoa, não costumava perder minhas estribeiras e sempre esperava o melhor de todo mundo, mas minha mãe era a exceção, perto dela eu não podia abaixar a guarda, havia aprendido isso conforme eu crescia na mesma medida em que a loucura dela_ a encarei nos olhos, e foi como se travássemos uma batalha de quem olhava feio por mais tempo. Eu perdi, é claro, não era muito bom em fazer caretas.

_ Vamos fazer um trato_ Eu sorri ao dizer isso esperançoso_ Eu me inscrevo na seleção e você me e-emancipa_ é claro que eu não consegui pronunciar a palavra difícil sem gaguejar, mas ela saiu quase perfeita.

Os olhos dela tremeluziram e o lábio inferior tremeu levemente antes dela suspirar e me responder.

_Como vou saber que vai cumprir com sua parte?

_Você sabe que diferente de você_ Seus olhos se espremeram um pouco, as sobrancelhas se franzindo no que deveria ser um gesto ameaçador, mas que não causava nada além de asco_ mamãe, eu cumpro com a minha palavra.

Ela então se levantou da cadeira da cozinha, o objeto fez um barulho irritante contra o chão de madeira escura e empoeirado.

_Tudo bem_ Disse ela de costas, mas eu sabia que sua cara não era boa_ mas você vai ficar sem comida hoje e amanhã, precisa emagrecer, se não tiver emagrecido durante esses dias te deixo mais dias, o quanto for preciso.

Eu não retruquei, embora meu sorriso tenha morrido e meus olhos tivessem começado a arder um pouco. Fechei meus olhos, tentando impedir as lágrimas que poderiam vir sem permissão e jóquei minha cabeça pra trás, abrindo-os de novo e encarando o teto de onde uma aranha impertinente pendia. Bem, não era como se comesse muito, eu era um 7, na corda bamba entre 8 e era normal em tempos ruins ficar um dia sem comer ou pular alguma refeição, mas... Eu sabia que havia comida na geladeira, comida essa por sinal que eu havia conseguido após muito trabalho, poucos estariam tão bem abastecidos quanto eu naquele inverno e eu não poderia aproveitar.

Devia ter imaginado que ela inventaria algo para acabar com a minha animação, mas eu não desistiria tão facilmente assim. Eu me inscreveria na Seleção, não seria chamado e com uma carta de emancipação em mãos eu iria embora com as poucas economias que eu havia juntado desde o momento em que havia percebido que eu não era nada além de um escravo na mão de Park Hyui, minha “querida mamãe”.

Hyui acreditava que sua grande oportunidade para vencer na vida havia chegado junto da carta da seleção, em sua cabeça eu iria para a seleção, me tornaria um príncipe e lhe daria todo o dinheiro que ela precisava para nutrir seus anseios e assim acabar com sua amargura por não ter sido chamada para a seleção quando teve idade pra isso, anos atrás_ embora eu suspeitasse que ela sempre havia sido assim, mesmo antes de ter seus “sonhos” roubados por mulheres mais bonitas, inteligentes e educadas que ela.

A princípio eu havia negado, eu tinha aversão aos espetáculos espalhafatosos da realeza que se divertia em quanto seus súditos mais pobres morriam de fome nas ruas cobertas de neve_ muitos me achavam ingênuo e gentil de mais, mas eu era esperto o suficiente para ver a dor que os mais ricos fingiam não enxergar, ela estava bem a minha frente, todos os dias, em quanto eu andava pela rua e pessoas que eu conhecia estavam estiradas no chão gelado, mortas ou quando crianças apareciam com as costas açoitadas por terem sido pegas roubando pão_ mas com a insistência dela pude ver ali uma oportunidade de fugir e tentei usar ao meu favor, aceitaria seu pedido se ela aceitasse o meu, claro que eu não havia pensado nisso sozinho, mas não vinha ao caso.

Ela provavelmente se arrependeria amargamente disso depois, eu sabia, afinal, mesmo aceitando a proposta eu estava convicto de que não seria chamado, eu era muito tímido, gordo e sem graça para se quer me cojitarem, e mesmo assim, ganharia minha liberdade, ou seja, poderia pegar todo o meu dinheiro, guarda-lo e fugir dali, não seria obrigado a guardar escondido de Hyui alguns trocados e deixar que surrupiasse de mim o que era meu.

Me permiti sorrir esperançoso com a ideia.

Quando acordei na madrugada gelada e me enfiei nas roupas mais grossas e quentes que consegui achar a primeira coisa em que pensei era que hoje Hyiu iria me emancipar _ eu não gostava dessa palavra, por mais que não fosse tão dificil, ela me era estranha_ já que a entrega para o documento da seleção era amanhã, por isso sai com um sorriso feliz de casa, as botas de borracha pretas se perdendo no meio da neve branca.

Quando cheguei no lixão não foi difícil localizar meus companheiros de trabalho_ nós trabalhávamos em times e hoje seria nosso dia de separar as coisas para a reciclagem_ não me demorei a contar pra eles do meu acordo com Hyui.

_Tem certeza disso?_ Perguntou Jin com a voz séria em quanto ia separando os objetos e colocando-os em uma sacola, embora eu pudesse ver que ele tentava com dificuldades esconder um sorriso, afinal, era ele quem havia me dado a ideia.

Eu soltei uma risada em quanto fazia o mesmo que ele e respondi.

_Sim, você sabe que tenho minhas economias guardadas.

_Ohn_ Murmurou Taehyung arqueando as sobrancelhas em minha direção em quanto observava um objeto que ele havia encontrado no lixo, parecia ser uma caixa de madeira simples e estava manchada e mofada, mas o conhecendo ele o levaria para sua casa e Hoseok tentaria dar um jeito nela_ então teremos mais alguém com a gente.

Ele sorriu quadrado e por fim fez uma dancinha, mas Jin lhe deu um tabefe antes que alguém pudesse ver e dedurar para algum supervisor.

Eu assenti pra Taehyung, rindo de seu beicinho por ter apanhado.

_Mas_ Agora foi a vez de J-Hope se intrometer_ Como sabe que não vai ser chamado?

Eu ri e fiz um sinal de negação com a cabeça.

_Eles não querem gente do 7 perto de gente do 1 Hoseok_ Respondeu Jin como se aquilo fosse óbvio.

_Falando em gente de casta mais alta_ Eu decidi interromper me lembrando de um assunto e as bochechas de Jin ganharam um estranho tom avermelhado.

_Oooh_ Começou Taehyung em quanto ria e ia tacando as coisas dentro de sua sacola_ então o 5... Você está gostando dele.

Jin suspirou e tacou uma garrafa pet nele antes de mostrar a língua e afundar o rosto no cachecol encardido.

_Nanjoom disse que vai juntar dinheiro pra nos ajudar, ou então comprar um status 6 pra mim, mas não sei se boto fé nisso.

_Hyung_ Eu disse e ele me olhou, os lábios fartos se pressionavam uns no outro em sinal de apreensão_ Eu sei que vocês me acham ingênuo por isso, mas nem todo mundo é ruim, é preciso confiar nas pessoas, principalmente se você gosta delas.

Ele sorriu mas fez um sinal de negação com a cabeça, como se pensasse “coitado, que iludido”, mas não comentou nada.

Quando já havia anoitecido foi quando bateu o sinal para irem pra suas casas e eu não me demorei a pegar meu dinheiro do dia e enfia-lo no bolso do casaco. O caminho de volta pra casa foi tranquilo e quando cheguei em cima da mesa estava meu documento de emancipação, fazendo que meu coração batesse de maneira mais leve. Não conseguindo parar de sorrir eu passei a preencher o documento para a seleção da maneira mais sincera que eu podia_ a letra de forma toda torta não deveria ser um problema, Jin sempre dizia que eu tinha sorte por saber escrever_ e por fim o coloquei no envelope.

Nada podia dar errado.

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Eu não conseguia parar de sorrir, quem estivesse vendo acreditaria que eu estava feliz por causa da seleção, grande engano.

_Aish, Jimin_ Murmurou Jin, rindo com o braço entrelaçado ao meu em quanto a fila para entregar os documentos da seleção andava e ele lia o que eu havia escrito_ você deixou muita coisa de fora, como o fato de que você sabe cantar.

_Eu não sei cantar_ Neguei lhe lançando meu melhor olhar de “você ta louco” que eu conseguia e ele sorriu, me abraçando repentinamente, quase fazendo com que eu caísse.

Um pigarro alto fez com que olhássemos o homem que nos acompanhava, alto e de cabelos castanhos Kim Nanjoon franzia o rosto, parecendo incomodado.

Jin riu antes de apertar minhas bochechas e olhar para o novo namorado com um sorriso estranho.

_Já cansei de falar que ele é como um irmão mais novo ou um filho, assim como todos outros garotos, então deixe disso Nanjoon.

O mais alto suspirou pesadamente e assentiu, mas o jeito com que olhou para mim era duro, quase agressivo, foi quase impossível não encolher meu corpo, os pelos se eriçando e aquela sensação horrível que eu tinha na barriga aumentando, como se meu estomago estivesse brincando de lutinha dentro de mim.

Eu não gostava de alfas, realmente, por mais que Hoseok fosse um eu tivesse me acostumado com a presença dele, na maior parte do tempo eles eram assustadores de mais, agressivos de mais para que eu se quer tivesse vontade de me aproximar deles. Todos os guardas  do reino eram alphas e eles não pareciam ter piedade em açoitar crianças esfomeadas, além de que, geralmente, quando eu me metia em encrenca_ o que acontecia por frequência_ geralmente acabava tendo de fugir de um alpha enlouquecido, resumidamente, nós não nos dávamos muito bem.

_OK, mas por que não colocou que você é esforçado ou coisa do tipo, baixinho? _ Continuou Jin e eu lhe dei um beliscão.

_Primeiro, não é porque sou mais baixo que você que sou baixinho, segundo, eu não quero entrar mesmo, porque ficar me enchendo de qualidades?

Jin franziu o cenho quando me escutou e demos mais alguns passos à frente, haviam poucas pessoas entre nós e o guichê.

_Mas por que? Você já está livre de sua mãe_ assim que havia visto o documento em cima da mesa eu havia pegado minhas mochilas e saído de casa, a mesma por sinal estava pendurada nas minhas costas ainda, já que havia passado a noite inteira vagando no meio da neve, comemorando minha liberdade recente; não demoraria, eu sabia, para que efeitos de um resfriado aparecessem_ e já pode ir lá pra casa, não tem mais que se preocupar com essa bruxa no seu pé, se tiver sorte de ser selecionado... Não gostaria de ser selecionado? Mesmo?

_O que eu queria era ir morar com meus hyungs e isso eu já consegui.

_Mas você não gostaria mesmo? Nem de conhecer o príncipe_ Ele sorriu sugestivo e senti meu rosto esquentar.

_Bem, não posso negar que ele é bonito_ Ele me deu um sorriso ainda maior e eu belisquei seu braço mais uma vez_ mas já reparou que ele parece não sorrir nunca? Além de que ele tem cara de ser aquele tipo de alpha.

_Aquele tipo de alfa?_ Questionou Nanjoon, se intrometendo e se aproximando, o corpo grande parecendo crescer na minha frente.

_É_ Interveio Jin, empurrando o peito do outro e o afastando_ aqueles intimidantes que se acham superiores por serem alfas.

Nanjoon rosnou levemente e Jin lhe lançou um olhar mortal, o alfa bufou e desviou o olhar, se afastando no mesmo momento em que chegava a minha vez de entrar no guichê e entregar minha inscrição.

_Jin Hyung?_ Murmurei e o garoto que lançava olhares ferozes ao namorado me encarou com um olhar inquisitivo_ eu não gosto do seu namorado.

Jin sorriu compadecido e me empurrou pra dentro do guichê.

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Quando eu acompanhei Jin até sua nova_ não tão nova_ casa eu fui um pouco afastado, dando espaço aos namorados que discutiam baixinho, me sentia incomodado, era como se eu fosse o motivo da discussão dos dois, mas tratei de afastar aqueles pensamentos, não era minha culpa se o namorado de Jin era intimidante.

A semana na casa de Jin foi melhor do que eu achei que seria_ se é que isso era possível_ e no momento estávamos todos enroscados um nos outros, vendo a TV que eu havia insistido para Jin comprar com minhas economias, claro que antes eu havia pedido que consertasse o aquecimento da casa e o buraco no teto, ele havia negado, mas depois de alguns resmungos meu cedeu. Ainda haviam sobrado alguns trocados que logo se juntaram ao meu salário durante a semana, salvaria algumas economias pra ajudar Jin daqui em diante, já havia me decidido completamente sobre isso. 

Estávamos assistindo ao anuncio da seleção, embora eu acreditasse que não seria selecionado havia ficado curioso sobre quem seriam os escolhidos, a neve caia forte lá fora, mas isso já não era mais tão incomodo já que o buraco no teto sumira, mas ainda assim eu remexia meus pés um no outro buscando calor, minha meia furada não sendo muito útil, muito menos a manta velha.

_Os meus dedos do pé vão cair_ Murmurou Taehyung, que se deitava do meu lado com Hoseok praticamente colado nele, agarrando sua cintura e enfiando o nariz em seu pescoço, suas pernas estavam entrelaçadas e os pés se esfregavam.

_O meu pé vai cair_ Resmunguei, empurrei eles um pouco e atrapalhei seu momento romântico, enfiando minhas pernas no meio das deles pra ver se eu conseguia um pouco de calor, Taehyung riu e me puxou pra mais perto, no fim estávamos encasulados na manta e resmungando.

_Vocês não vão conseguir assistir nada assim_ Resmungou Jin que estava deitado em cima de Nanjoon no sofá, com a cabeça encostada no peito do namorado.

_Mas está frio Hyung, estou falando sério, eu vou perder uma perna congelada.

Hoseok e Taehyung me apertaram e eu comecei a estapeá-los para que me soltassem.

_Eu não sei porque vocês gostam de fazer isso, sabia que não é nada legal?

Taehyung fez uma careta engraçada e sorriu, apertando minhas bochechas, eu estapeei ele mais uma vez e ele parou, rindo.

Como se apenas esperasse que ficássemos quietos o jornal começou e depois de bastante enrolação os nomes começaram a ser chamados e nós fazíamos comentários sobre os ômegas e betas que apareciam_ o rei Jeon já havia deixado bem claro que não gostava de mulheres.

_Cho-Hee_ anunciou a apresentadora, eu já não sabia mais em qual número estava.

_Esse tem cara de mimado e do tipo que eu grudaria minhas mãos no cabelo e meteria a cara na parede_ murmurava Jin, nos fazendo rir, a final, ele não vinha sendo muito amigável com os selecionados até o momento.

_Park Jimin.

Meu rosto redondo e meus cabelos escuros pularam na tela, antes que eu sequer pensar no que estava acontecendo Taehyung me tacou para o lado gritando, ao mesmo tempo em que Jin pulava no sofa velho, não demorou a fazer o barulho de uma viga quebrando, Hoseok e Nanjoom encaravam a TV boquiabertos e o telefone da sala começou a tocar.

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 Não era segredo para ninguém que eu não gostava de chamar a atenção, que eu geralmente preferia ficar no meu canto e não ser notado, ou então me camuflar com o asfalto, por isso aquela situação toda não podia ser menos chata.

_Calma Jimin_ murmurou Jin, me dando um abraço apertado, todas as câmeras estavam apontando em nossa direção e o carro estava com a porta aberta, esperando que eu entrasse. Tive vontade de chorar, embora soubesse que muito provavelmente eu voltaria imediatamente.

_Eu vou sentir saudades hyung, mesmo que seja por pouco tempo.

Jin apertou mais o abraço e eu fiz o mesmo.

_Own, Deus, eu não sei se eu vou aguentar isso, eu vou chorar_ Murmurou Taehyung se juntando ao abraço, me apertando como se eu fosse um sanduíche, Hoseok não demorou pra fazer o mesmo.

_Ok_ Disse eu por fim, me soltando deles_ parem ou eu vou chorar, agora eu tenho que ir.

Todos assentiram e me deram mais um abraço, e então eu entrei no carro.

O caminho até o aeroporto foi desconfortável e incomodo simplesmente pelo fato deu estar entrando em um carro pela primeira vez, quando cheguei ao aeroporto e desci dei graças a Deus por não ter quebrado nada, ou eu não teria dinheiro para pagar.

Viajar de avião também foi outro momento horrível, estava tão nervoso com a ideia de voar que antes mesmo que pudesse entrar no avião me deram um remédio que me apagou por toda a viagem, quando acordei já tínhamos pousado.

Mesmo que eu tivesse passado a viagem apagado colocar os pés no chão foi um alivio.

Já dentro do aeroporto uma mulher pediu que eu esperasse que logo outros ômegas chegariam para me acompanhar, o que não demorou muito, mas apesar deu ter dito olá para eles e os cumprimentado, eles basicamente me olharam de cima a baixo e me ignoraram.

Espremi meus lábios um no outro, sentindo a incomoda vontade de chorar novamente, mas me mantive firme em quanto eu olhava eles conversarem um com o outro normalmente, o que havia de errado comigo?

Só então que eu me lembrei que eu era o único 7 selecionado, e que todos os outros estavam em castas superiores as minhas.

Suspirei pesadamente. Aquilo iria ser pior do que eu imaginava.

Todo o caminho até o palácio se passou rápido também, tivemos que atravessar um tipo de “tapete vermelho” para chegarmos ao carro, onde fomos atacados por flashs e gritos de súditos leais ansiosos.

Dentro do carro os ômegas conversavam entre si, olhando para mim de vez em quando com um olhar que fazia com que eu tivesse vontade de me fundir com o banco estofado.

Quando chegamos ao palácio nem ao menos tivemos oportunidade de apreciar a vista ou observar o lado de fora do castelo, sem que tivessemos tempo de pensar eles nos arrastaram para dentro de um grande salão, várias penteadeiras no estilo camarim haviam sido depositadas uma ao lado da outra, com uma cadeira de rodinha em frente a cada uma.

Um grupo de 4 betas mulheres me cercou e começaram a me empurrar em direção a uns biombos que haviam no final do salão, dentro dele havia uma maca de aparência cara e moderna, nem perto de como as macas dos hospitais públicos pareciam, ao lado da maca uma máquina branca e de aparência complexa.

 _Bem, um sete_ murmurou o homem de jaleco que eu supus ser um médico ao lado da maca com uma ficha na mão, ele nem ao menos olhou pra mim quando disse isso_ tire as roupas, todas elas, e deite-se.

_O que?_ Questionei, minhas bochechas esquentando repentinamente.

_Tire as roupas e deite-se_ Seu tom agora era mais autoritário e ele ainda não havia me olhado em quanto apertava alguns botões na maquina e eu queria contestar, mas obedeci. As cortinas do biombo estavam fechadas.

Quando terminei de tirar as roupas a única coisa que eu queria era um buraco para me enfiar e o chão parecia repentinamente interessante.

_Agor-_ Sua frase parou na metade e eu levantei o olhar para ver seu rosto, ele analisava meu corpo de cima abaixo com a boca aberta e eu de repente me senti ainda mais exposto_ completamente sem pelos.

_O que?_ Eu não podia estar mais constrangido na minha vida, eu tenho certeza.

_Você não tem pelo algum... Isso é estranho, principalmente você sendo um ômega 7 que mal deve ter dinheiro pra comer_ Disse ele, os olhos azuis e a fala deixavam claro que ele se achava superior a mim_ Pelo visto meu trabalho foi adiantado, eu iria te depilar, pode colocar o ropão.

Ele apontou para um cabideiro comprido onde estavam pendurados alguns roupões, ainda sentindo minhas bochechas quentes peguei o primeiro que vi e me enfiei nele o mais rápido que consegui.

É, com toda certeza aquilo iria ser pior do que pensava.

 

 


Notas Finais


Quando vocês acharem os erros (e vocês vão achar) me avisem quais são e onde estão mais ou menos pra eu poder corrigir.


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