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História A sombra da Conquistadora. - Preparação


Escrita por: Srta_BeT

Notas do Autor


Oi pessoas!
Não demorei quase nada, né?
Espero que vcs não desistam de mim.
Eu agradeço muito todos os comentários, foram vcs que não me deixaram desistir de vez!

Capítulo 17 - Preparação


Fanfic / Fanfiction A sombra da Conquistadora. - Preparação

Acordei pouco depois, mas estava descansada como a muito tempo não ficava. Estava de bom humor e animada.

Nada como ameaças de morte e conspirações para te deixar feliz hein Xena?

Coloquei minha armadura de couro que usava nos treinos e peguei minha espada, olhei para o chakram mas preferi deixar ele no baú.

Como sempre meu desjejum já estava na mesa, então antes de comer abri a porta para o corredor.

- Iolaus? Você de novo fazendo a minha guarda?

- Bom dia Senhora Conquistadora, Gaius achou melhor a senhora ter sempre pessoas de confiança à volta. Como ele está com um grupo de soltados, eu fiquei com a honra de te proteger.

Ele deu um leve sorriso para mim e olhou para as minhas vestes.

- Não que a Senhora algum dia tenha precisado de proteção. Vai lutar com os soldados hoje?

- Sim, avise para todos que dentro de uma marca vou aparecer na arena. Tenha certeza de que os nobres saibam dessa vez. Quero que todos vejam.

- Já prevejo um espetáculo. -  Ele fez sinal para um guarda que estava do outro lado do corredor se aproximar -  Avise no grande salão que hoje terá luta na arena. Todos estão convidados.

O soldado bateu no peito e foi o mais rápido possível.

- Alissa pediu para avisar que já foi fazer as compras para a Princesa.

- Obrigada. Avise ao Gaius que o plano começa hoje.

Entrei para tomar meu desjejum e me alongar lentamente. Algumas estações após voltar da Chin, enquanto conquistava toda a Grécia, conheci um guerreiro daquelas terras que tinha um tipo de luta corporal completamente diferente de tudo que eu tinha visto. Apesar de não ter sobrevivido a guerra, me ensinou muitos alongamentos e movimentos de controle corporal que deixavam o corpo preparado para a luta.

Uma marca de vela depois, estava chegando na arena com Iolaus.

As arquibancadas estavam lotadas de nobres e era bem visível onde Dimitri e seus amigos estavam. Para a minha sorte ele estava bem perto de onde eu ficava sentada antes de começar qualquer luta.

Como hoje era livre, havia muitos soldados que tinham recém entrado além de quase todo o meu exército pessoal.

Chamei meu mestre de armas e cochichei em seu ouvido. Ele assentiu e se dirigiu ate o centro da arena onde todos podiam ouvir.

- Por ordem da Conquistadora, vamos começar pelos níveis mais baixos de soldados nas lutas. Quem ganhar pode desafiar alguém do nível acima. - Ele olhou para mim incerto. - Qualquer um das arquibancadas pode desafiar qualquer participante. São lutas para desarmar, com controle e precisão de cada lutador. Não será aceito nenhum tipo de ferimento fatal. Boa sorte a todos.

Fiquei olhando todos animados nas arquibancadas, desafiar um soldado meu era realmente uma demonstração de coragem. Olhei fixamente Dimitri enquanto ele conversava com os amigos, será que ele era realmente tão estupido a ponto de tentar? Talvez não, mas certamente algum de seus amigos era. Observei cada um deles, todos altos e fortes. Filhos e netos de nobres que nunca precisaram lutar para viver, mas que desde que começaram a andar seguraram uma espada. Ainda estava observando quando vejo eles desviarem atenção para a lateral da arena me fazendo olhar também.

Gabrielle e quatro “Amazonas” entraram na parte mais afastada e lá ficaram para observar.

Sentei-me e comecei a observar as lutas. Entrar no meu exército era muito difícil, então até os recém chegados precisavam ter controle e técnica. Observar eles lutando me permitia ver quem tinha talento para futuramente subir de nível.

Combates controlados são muitas vezes mais difíceis que uma luta até a morte. Quando você luta pela sua vida a sorte faz muita diferença no resultado final, mas quando é uma luta controlada... Você tem que tomar cuidado com seu oponente, você precisa ganhar, mas sem cortes profundos ou golpes de sorte. Tem que ser planejado e bem executado.

Eu simplesmente adoro.

O tempo foi passando e a arena cada vez mais cheia, era obvio que eles queriam ver a elite lutar.

Dois tenentes foram desafiados e ganham de forma espetacular, me certifiquei de lembrar seus nomes para parabeniza-los depois. Fazia questão de ser adorada pelos soldados, um líder que não tem uma força fiel, esta fadado a uma morte prematura.

Gaius passou rapidamente para me entregar uma carta que após eu ler deixei de lado.

Quando chegou a vez do meu exercito pessoal, ele foi dividido em dois grupos. O primeiro era composto por mim e meus guardas mais antigos e próximos, o segundo eram todos os soldados que entraram após a conquista. Eles eram jovens e talentosos e estavam em vantagem numérica de 2:1. Seria difícil.

Eu estava animadíssima.

Acho que é impossível descrever tudo que aconteceu, mas o mais importante é que no meu grupo existia um líder: Eu. No outro eram vários guerreiros formidáveis, mas sem ordem ou cuidado de como o ataque aconteceria. Até eles notarem isso e um deles se posicionar para organizar tudo, eles já tinham perdido muitos soldados. Foi uma vitória bonita. Eles perderam com honra.

Quando acabou eu olhei para a multidão gritando e meus olhos se fixaram na Gabrielle. Ela me olhava, mas ao lado dela estava ninguém menos que Dimitri que falava sem parar mesmo que ela não prestasse atenção.

 Ela se levantou para sair e ele começou a lhe acompanhar após oferecer apoio para ela caminhar. Era obvio que ele estava flertando e isso me incomodou.

Fiz um pequeno discurso para os soldados e elogiei todos aqueles que mereceram.

O sol já estava alto então chamei Iolaus e fomos andando para meu quarto sabendo que a carta de Gaius já tinha sumido.

Decidi pegar o caminho que passava na enfermaria.

Paradas na porta estavam as “Amazonas” que eu dispensei com um aceno de mão. Entrei na enfermaria de forma silenciosa e fiquei distante. Dimitri nem notou qualquer movimentação, mas Gabrielle virou brevemente o rosto na minha direção.

- Devo dizer mais uma vez que Afrodite não poderia ser mais bondosa comigo, desde que cheguei aqui fiquei me perguntando a razão de tanto sofrimento, mas ao te olhar vejo que tudo valeu a pena. Você me daria a honra de te acompanhar essa noite no banquete?

- Acredito que essa noite vou acompanhar a Conquistadora.

- Uma princesa como você deveria ser acompanhada por alguém que saiba te dar o devido valor, te trazer flores, conversar com você sobre coisas belas como arte e musica...  Mas não podemos ir contra a Conquistadora. Gostaria de poder te visitar nos próximos dias se isso te agradar.

- Eu ainda estou me recuperando, talvez após esse período.

- Mas princesa, tenho certeza que a monotonia deve te fazer mal. Posso trazer uns poemas que escrevi...

- Não é necessário, logo vou sair da enfermaria.

Vendo que ele ia abrir a boca novamente para insistir decidi me aproximar e me fazer visível.

- Senhora Conquistadora! - Ele se ajoelhou rapidamente. – Não imaginei que a Senhora passaria por aqui. Não tenho a menor intenção de atrapalhar vocês. Espero vê-la novamente Gabrielle.

Ele saiu praticante correndo da enfermaria o que me fez rir. Ao olhar para a Gabrielle vejo um sorriso de canto de boca.

- Se algum dia a senhora se interessar por atletismo, acredito que aqui estava um ótimo competidor para as corridas.

Olhei para ela gargalhando.

- Claramente um talento desperdiçado, nunca vi alguém sair tão rápido.

Ela me seguiu no riso por um tempo. Quando paramos ela ficou me olhando por alguns segundos.

- Eu sempre escutei sobre a sua maestria com a espada, devo dizer que ver em ação é inexplicável. Agora entendo a quantidade de fãs que você tem.

- Tenho certeza que você aprendeu bastante sobre como lutar com espadas na nação. Mesmo as princesas precisam ser guerreiras para poderem governar.

- Digamos que provavelmente eu não sou a princesa que elas esperavam. Apesar de saber manejar uma boa quantidade de armas, a minha preferida é o cajado.

- Não gosta de sangue? - Eu disse rindo.

- Não gosto de morte.

A forma que ela falou foi muito séria. Ficou pensativa e evitou me olhar.

- Bem, quando você estiver melhor podemos lutar com cajados, para te manter em forma.

- Eu agradeço. Depois de Terreis, não tive muito tempo para treinar.

- O que aconteceu com Terreis afinal?

- Ficou doente. Nada a fazia melhorar. Tenho certeza que está nos elísios, lutou pela vida ate o final. - Seus olhos ficaram levemente marejados, contraiu a mandíbula e evitou deixar as lágrimas caírem.

- Eu sinto muito pela sua perda. É bem claro que vocês eram próximas.

Gabrielle me olhou rapidamente com uma expressão estranha.

- Ela era minha melhor amiga, uma pessoa maravilhosa e tudo que eu mais queria era poder retribuir o sentimento dela. Ela merecia mais.

Fiquei em silencio, dei um sorriso triste e minha mão foi para a adaga de dragão na minha cintura sem eu reparar. Os olhos verdes acompanharam meu movimento e se fixaram no dragão.

- Às vezes acho que Afrodite é a deusa mais cruel, muitas vezes não temos como lutar contra sua vontade. - Ela disse isso me olhando nos olhos.

- Talvez você tenha razão, minha ficou bem mais simples depois que ela parou de me afetar.

Eu realmente não conseguida decifrar as expressões que ela fazia.

- Espero um dia ter essa sorte também.

Ela mal terminou a frase e Dario entrou.

Achei melhor sai de lá antes que a conversa ficasse mais estranha. Avisei que viria buscar ela para o banquete e que ela devia descansar.

Fui andando pelos corredores e reconheci a pequena figura ao lado de Alissa em frente a minha porta.

- Senhora conquistadora, Icos pediu para ver a senhora. - Alissa tinha a mão no ombro da criança. - Seu banho já esta pronto e separei a roupa para o banquete mais tarde.

- Obrigada Alissa, depois que falar com “Icos” eu te chamo novamente.

Entrei na sala seguida pela menina e me sentei. Ela estava bem nervosa mas parecia muito profissional.

- Então Kaya, pensou na proposta?

- Sim senhora, fico feliz em trabalhar para a imperatriz da Grécia. - Ela tentou imitar como meus soldados faziam, bateu no peito com a mão errada e se abaixou um pouco.

Eu levantei e comecei a rodear ela. Fechei o semblante e a olhei nos olhos.

- Quero que entenda uma coisa muito séria Kaya, não aceito traidores. Qualquer carta que saia dos meus aposentos deve ir diretamente para o destinatário sem nenhum tipo de impedimento. Os documentos que eu envio são muito importantes para caírem em mãos erradas. Você sabe ler?

A menina estava nervosa, parecia estar reconsiderando o trabalho.

- Não senhora, os mistérios da escrita não me foram revelados.

Voltei para minha cadeira e juntei as mãos na superfície da mesa.

- Isso precisa mudar. Da mesma forma que as suas roupas. Imagino que seu empregador ficou chateado de perder um funcionário, não?

- Não sei senhora, apenas me disse que estava dispensada.

- Ótimo. Vou te dar o seu primeiro trabalho. Deve levar essa carta para Alissa. Ela irá te vestir. Se quiser continuar como Icos, não vou me opor. Deve se banhar todo dia pela manhã antes do trabalho. Será alimentada e deve ficar preparada para ser chamada a qualquer hora. - Enquanto ia falando escrevi a carta. - Leve isso. Você começa amanhã de manhã.

Depois que ela saiu pensei que minha sorte estava finalmente mudando. Minha mão foi novamente para a adaga e me lembrei de Gabrielle. É de esperar que ela tenha mudado. Agora é uma mulher feita, consegue lidar sozinha com as perdas e amores não correspondidos.

Após o banho aproveitei para escrever algumas cartas para Gaius, Dimitri e alguns nobres. Se Icos ia mesmo fazer um trabalho para o espião, era melhor dar bastante munição.

O tempo correu rápido e Iolaus bateu na minha porta para avisar que já estava na hora do banquete.

Coloquei o vestido verde de seda, fiz uma trança nos cabelos coloquei o punhal na cintura e calcei as sandálias.

Agora só faltava buscar a minha acompanhante.

Ela já estava pronta quando entrei na enfermaria. Apesar de ter boa parte do corpo ainda enfaixado, o vestido cobria o ombro machucado deixando o outro exposto. Alissa estava de parabéns por escolher esse modelo. Era justo e marcava todo o corpo definido da Amazona, tinha uma fenda na perna e a cor azul clara combinava perfeitamente.

Era impossível tirar os olhos dela. Realmente não é mais uma criança.

Acho que fiquei tempo demais observando, pois quando olhei novamente para seu rosto, ela estava corada e olhando para o chão.

- Você esta linda Gabrielle. Podemos ir?

- Obrigada Xena, você esta deslumbrante. - Ela respirou fundo. - Podemos sim.

Notei que ela se aproximou de mim mancando um pouco, mas mesmo assim seu andar era muito sensual. A Diferença de altura era enorme. Então ela teve que olhar bem para cima para encontrar meus olhos.

- Obrigada por me acompanhar Xena, detestaria ir sozinha.

- Aposto que teria uma fila de nobres babões prontos para te acompanhar. - Ela sorriu para mim e se aproximou um pouco mais.

- Não iria acompanhada por mais ninguém.

Não pude deixar se dar um sorriso de lado. Ela estava flertando comigo. Flertando descaradamente!

- Fico feliz em escutar isso. - Sorri mais abertamente. - Vamos?

Saímos da enfermaria lado a lado conversando banalidades. Se tinha uma coisa que me agradava era o jogo de sedução. Se ela queria ir para a minha cama, por que eu recusaria? Decidi que daria corda. Até onde ela iria com esse flerte?

Essa noite estava se tornando mais agradável que eu imaginaria.


Notas Finais


Esse foi um pouco mais longo que o normal.
Quem puder deixar um feedback, eu agradeço!
Qualquer erro fala comigo para eu corrigir!


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