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História A sombra da Conquistadora. - O Beijo.


Escrita por: Srta_BeT

Notas do Autor


Olá minha boa gente.
Obrigada pela paciência e por todo carinho nos comentários.
Espero que vocês gostem desse cap.
Bju

Capítulo 19 - O Beijo.


Fanfic / Fanfiction A sombra da Conquistadora. - O Beijo.

Logo que começamos a andar pelo corredor vazio ela se permitiu mancar e dar um leve gemido de dor. Colocou a mão em seu ombro machucado fazendo uma careta.

- Apesar de ter gostado de torcer o braço daquele infeliz, meu ombro agora voltou a doer.

Sorri para ela.

- Pode estar doendo, mas acredito que valeu a pena. Ele devia dar graças aos deuses por eu ter deixado a situação passar com apenas um braço torcido. Além do mais, foi bom todos saberem que você não é só um rostinho bonito.

Logo que acabei de falar escutei um barulho vindo de Gabrielle. Parecia um engasgo e logo em seguida ela ficou vermelha.

- É... Hum... Obrigada.

Era adorável vê-la com vergonha. Seus olhos corriam por todas as paredes do corredor, pelo chão e pelo teto, mas ela evitava a todo custo me olhar por saber que eu ainda a observava.

Decidi olhar para o caminho que estávamos seguindo para deixa-la mais confortável. A Única coisa que conseguíamos ouvir era o farfalhar dos vestidos e os passos de Gabrielle no chão de pedra. Mesmo sem a necessidade, eu sempre andava de forma silenciosa.

Após alguns minutos notei que o silencio não era desconfortável. Eu nunca fui uma pessoa muito falante, mas notava que muitas vezes as pessoas ficavam desconfortáveis. A amazona, no entanto, parecia perdida em pensamentos sem se importar com a falta de comunicação entre nós.

O caminho até a enfermaria foi rápido e fiquei feliz em saber que os guardas estavam atentos e em seus lugares.

Entrei junto de Gabrielle e me sentei em uma cadeira próxima de sua cama, enquanto ela ia se trocar atrás de uma cortina branca.

Como ela era a única paciente nesta enfermaria que não era muito grande, apenas algumas velas estavam acesas, dando uma luminosidade fraca no lugar. Gabrielle tinha levado uma vela com ela para ajudar a se trocar, mas essa luminosidade era suficiente para Xena ver o contorno do corpo da outra lutando para se despir pela cortina.

- Xena, tem alguma ideia de quando vou poder sair deste lugar? Sei que todos estão preocupados comigo, mas acordar todo dia com Dario me observando é tremendamente desagradável.

- Seus aposentos já estão preparados. Quando estiver melhor vai poder ter um pouco de privacidade já que essas cortinas não são tão eficientes assim. - Dei uma risadinha enquanto via-a tentando tirar o vestido - Está muito difícil aí?

Gabrielle colocou a cabeça para fora para me olhar.

- Já que a cortina não está fazendo seu papel direito, você se importa de me ajudar a tirar a parte de cima do vestido? Não estou conseguindo mover o ombro corretamente, e não alcanço esses botões nas costas de jeito nenhum...

Levantei e me aproximei antes mesmo dela terminar a frase, pedi para ela virar de costas para mim para conseguir abrir os botões do vestido. Nossos olhos se cruzaram pelo espelho que estava na frente dela logo que toquei suas costas.

Eram apenas dois botões, mas após abri-los desci a alça única do vestido com meu indicador de forma que a bandagem que protegia o ferimento do ombro ficou visível. Olhei de relance para o espelho, mas Gabrielle olhava para baixo envergonhada por seu corpo ter se arrepiado com meu toque.

- Vou ter que retirar a bandagem.

- Que? - Sua cabeça virou para me olhar cruzando os braços sobre os seios.

- A bandagem, está suja de sangue, - apontei para ela o pano avermelhado - vamos ter que trocá-la. Talvez você tenha arrebentado alguns pontos. - Me afastei já indo em direção ao grande armário que ficava apoiado na parede oposta. - Melhor não deixar para amanhã.

- Não precisa se preocupar, não quero te incomodar com isso Xena.

- Que bobagem Gabrielle! Não estou com o menor sono, além do mais, prefiro que ninguém saiba o quão machucada você realmente está. Dario é bem discreto, mas pedir para um guarda chama-lo agora vai dar uma impressão que eu prefiro não passar.

 Enquanto eu procurava as bandagens limpas, algodão, uma mistura desinfetante, agulha e linha, Gabrielle tirou o resto do vestido e colocou uma calça bege de algodão que estava usando como roupa de dormir.

Quando peguei tudo ela já estava sentada em um banquinho tentando tirar as bandagens sem se mexer muito. Apoiei as coisas na mesinha ao lado dela e comecei a tirar a bandagem com cuidado. Ela ainda estava de frente para o espelho e parecia mais conformada em ficar seminua na minha frente.

Minhas mãos se moviam quase de forma involuntária devido ao costume de cuidar dos soldados feridos durante as guerras, era familiar e agradável. Fiquei espantada de sentir tanta falta de uma função tão banal, provavelmente era o tédio de governar... Qualquer coisa diferente já me deixava entretida.

Sentia que ela estava me olhando pelo espelho e apesar de antes ter flertado comigo, agora parecia novamente uma menina envergonhada. Não pude deixar de analisar o que tinha acontecido hoje na festa.

Eu na era o tipo de pessoa que se mete em assuntos alheios, porque fui defender Gabrielle? Ela claramente não precisava de ajuda, e mesmo se precisasse... Tinham várias pessoas a volta para resolver a questão.

“Era um banquete para ela, que era sua convidada” pensei tentando me convencer. “mas isso não explica você aqui cuidando dela... Ela pode começar a pensar que é especial”.

Sacudi levemente cabeça para tirar esses pensamentos, eles não me levariam a nada nesse momento, eu já tinha começado agora era só terminar.

Quando estava na última volta de faixa, olhei para seus olhos pelo espelho.

- O sangue secou na faixa, vai puxar um pouco o machucado quando eu tirar.

Ela apenas acenou e eu voltei minha atenção para o ombro dela puxando o pano. Dois pontos tinham arrebentado, mas poderia ser muito pior.

O trabalho de Dario era realmente excepcional, ela tinha uma meia lua costurada com pontos pequenos e perfeitos. Os pontos que arrebentaram eram os mais externos, mas nada muito preocupante e não ia ser necessário refaze-los. A cicatrização ia muito bem e logo ela ia poder sair da enfermaria.

Embebi o algodão na solução para desinfetar e tirar o sague que tinha escorrido do machucado.

Gabrielle não tinha se mexido até esse momento, mas quando ela sentiu o líquido no ferimento deu uma leve esquivada.

- Nossa! Está passando fogo liquido em mim? - Sua cara era indignada tentando ver o que tinha no algodão. - Pelos deuses, como isso arde!

- Vamos Gabrielle, não acha que esta sendo exagerada? Achei que as Amazonas tinham mais resistência a dor. - Passei uma pasta de ervas cicatrizantes e anestésica em cima do machucado.

- Claro que temos, você só me pegou desprevenida com esse liquido do tártaros. - Disse bufando.

Desde que eu tirei a faixa, ela colocou o braço que não estava machucado pra tampar os seios, mas agora que eu tinha que enfaixa-la novamente seu rosto e pescoço ficou vermelho enquanto movia o braço para o lado. Virou o rosto também pra não me olhar quando me sentei na sua frente.

            Seus seios eram médios e suas aureolas eram bem claras, ela tinha algumas sardas pelo colo que pareciam constelações.

Era impossível não olhar, estando tão perto e tendo que passar meus braços ao redor do seu corpo. Quando dei a segunda volta na faixa ela virou o rosto para mim. Parei de me movimentar com as mãos em suas costas e a olhei.

Ela já não parecia mais uma menina.

- Está muito apertado?

Ela balançou a cabeça lateralmente e eu voltei a me mover. Ela continuou me observando. Cada vez que eu me aproximava para passar a faixa pelas suas costas ou ombro ela olhava para minha boca próxima da sua. Dava para notar como a proximidade entre a gente estava afetando ela, não posso dizer também que estava imune aos olhares que ela estava me dando.

Eu conseguia sentir sua respiração no meu rosto quando ela ficou um pouco mais intensa, seu perfume parecia ser natural de sua pele, doce e suave.

O tempo parecia estar passando de forma mais vagarosa me permitindo reparar e pensar em muitas coisas. A primeira era que apesar de ter bebido, estar com uma mulher linda na minha frente, seminua e que dava todos os indícios de me querer, eu não sabia o por quê de estar me segurando para não beija-la de uma vez.

Olhei para seus olhos verdes com as pupilas dilatadas e desci o olhar para os lábios entreabertos.

“Não era falta de vontade!”

Acabei o que estava fazendo e não me levantei. Era só beija-la. Ela estava bem ali na minha frente.

- Xena?

Sua voz não era mais que um sussurro. Eu me aproximei mais e coloquei as mãos sobre suas pernas.

- Sim?

- Eu não sei bem o protocolo aqui, então se eu estiver fazendo algo errado... não me mata ok?

Ela acabou com o espaço entre nossas bocas rapidamente.

O beijo no inicio foi calmo e suave, mas quando ela sentiu minha língua na sua o beijo ficou mais urgente.

Ela entrelaçou suas mãos no meu pescoço quando a puxei para o meu colo. Minha mão passeava por seu abdômen definido, suas coxas e quando ela estava indo em direção a sua bunda ouvimos alguém batendo na porta.

 - Senhora Conquistadora?


Notas Finais


Então? Oq vcs acharam?

Só para indicar duas series que eu assisti e estou apaixonada!!!! She-ra e Motherland Fort Salem.

Até a Próxima!!!


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