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História A Traição - O início da tempestade.


Escrita por: Naliza

Notas do Autor


É bom ver vocês de novo por aqui meus amores. Não a muito a dizer, apenas obrigada por terem me esperado.


Boa leitura.



(灬ºωº灬)

Capítulo 7 - O início da tempestade.



Perfeição séria a melhor forma de definir a vista diante de seus olhos dourados, mas mesmo sendo tão bela para si não importava tanto. Soltou a fumaça como um suspiro fechando seus olhos, fumar não era um dos seus hábitos, apenas o consumia quando se sentia muito frustrado. Seus funcionários já estavam preocupados, nunca tinham visto seu patrão tão distante como agora, arriscavam dizer até mesmo que ele parecia triste. Não muito longe uma jovem suspirou alto.

— O que foi? Levou outro pé na bunda? — Se assustou com a pergunta.

— Meu Jesus Cristo! — Colocou a mão em seu peito — Quer me matar Priya? Chegando na maciota assim.

— Você que fica suspirando ai, olhando pro tempo — Colocou a mão em sua cintura — Vai levar para o Chef? — olhou para os papéis em suas mãos.

— Sim, mas não quero entrar na sala dele — Choramingou — Já faz uma semana que o humor dele não está nada bem — Logo em seguida Priya suspirou.

— Nem me fale, ou você sai mais depressiva que ele ou com medo de ele a demitir por estar irritado, Ta foda.

— Dizem que é por causa da senhora Cristal.

— Cristal? A esposa de Lysandre?

— Sim essa mesma.

— Mas o que tem relação uma coisa com a outra?

— Sempre que ele ia até a empresa do senhor Lysandre voltava bem humorado, mas já faz uma semana que não vai e esta assim.

— Que? — Soltou uma risada — Vocês tem cada idéia, aposto que eles nem se conhecem direito, vamos, pare de imaginar coisas e vá enfrentar a fera logo — Ouviu um suspiro amargo a vendo entrar na sala.

Ao entrar na sala Viktor nem mesmo a olhou apenas disse para deixar os papéis em sua mesa, quando a mesma saiu se virou e foi em direção a sua mesa e sentando em sua cadeira. Soprou novamente uma camada de fumada olhando para a fotografia em seu quadro, duas crianças se abraçando. Soltou um leve sorriso, ainda se lembrava quando essa foto foi tirada, estava em seu aniversário, Cristal alegando que nunca tinham tirado uma foto juntos a tirou para eternizar o momento alegre.

Essas doces lembranças apenas o fez suspirar novamente. A como sentia falta daqueles olhos que eram mais azuis que o próprio céu, daquele cabelo mais escuro que a própria noite, daquele sorriso acolhedor, de suas palavras doces, sentia falta de tudo.

Uma semana.

Já se fazia uma semana que não a via, depois daquele dia apenas recebeu uma simples mensagem dizendo que iria viajar por um tempo, sem mais nem menos. Suportou tantos anos longe dela, nunca a esqueceu, queria a ver novamente nem que fosse somente por um minuto, por esse motivo voltou para Paris.

Quando teve que sair do país com seus pais se sentiu deixando algo muito importante para trás, quando voltou a procurou, mas quando soube que estava casada e ainda com um dos homens mais influentes daquele pais em termos de economia não acreditou, sentiu desespero, como se não tivesse chegado a tempo. Mas logo depois pensou que deveria a ver somente para trocar algumas palavras, poucas já bastariam, apenas queria isso.

Mas até mesmo hoje não acredita que a encontrou quando estava cansado de mais um dia de trabalho e apenas parou em um restaurante qualquer para comer. Quando viu aqueles olhos que tanto lhe fascinavam repletos de lágrimas a sentiu tão frágil, tão vulnerável, sentiu vontade de a abraçar no mesmo segundo, mas não fez pois percebeu que a mesma não o reconheceu.

— Quando tempo mais vai demorar até ela lembrar? — Perguntou para si mesmo voltando a olhar para a vista.


○○○


Perfeita. Sua postura era extremamente perfeita. O olhar rígido por suas sobrancelhas contraídas lhe davam até mesmo um ar mais charmoso. Os fios platinados com os raios solares pareciam ainda mais puxados para um branco, algumas funcionárias ousavam o admirar pela parede de vidro vez ou outra. Todos percebiam que o humor de seu patrão não era dos melhores, até mesmo se espalhou um boato, criado por uma funcionária de cabelos loiros — vulgo Nina — que Cristal teria deixado o platinado por isso o mal humor repentino.

Lógico que muitos não acreditaram, mas ainda assim ficou a dúvida, como o cotidiano de todos ali presentes nunca tinham nada muito extravagante, com esse recente rumor sempre deixava uma pulga atrás da orelha de todos. Será verdade ou não? Ninguém tinha coragem para perguntar, o que gerava ainda mais murmúrios. E eventualmente o mal humor do platinado também não ajudava a acabar com o rumor pelo contrário, apenas dava mais motivos.

Lysandre estava a par de tudo isso, mas não se importava com nada. Para dizer a verdade quando chegou em casa e viu todas as luzes apagadas e tudo devidamente arrumado com apenas um médio bilhete encima do balcão da cozinha não sentiu nada, absolutamente nada. Qualquer outro esposo se sentiria no mínimo confuso, querendo saber o paradeiro de sua esposa, este apenas ignorou.

Mas depois de três dias, três longos dias foram o prazo para se sentir, não séria saudade mas sim vazio. Quando passou por aquela porta e não sentiu o cheiro de algum bolo de sua esposa — que constantemente preparava um — ou não escutou seus gritos do corredor por ela estar jogando algum jogo, quando não viu nada disso se sentiu vazio. Mas nada superou mais que a noite, entrou em seu quarto e não avistou sua esposa a secar seus cabelos de costas para si como sempre, o cheiro de rosas já estava extremamente fraco. Foi só então que percebeu que acabou por pegar o hábito de a abraçar no meio da noite, sem nem mesmo perceber seus braços se esticam mas não alcançam nada. O vazio que sentiu em sua cama, em seus braços o fez ficar extremamente mal humorado nos dias seguintes.

Se sentou em sua cadeira, observou o bilhete mediano, com poucas linhas escritas com uma letra cursiva. Tinha esquecido como a letra de sua esposa era bela, parecia aquelas usadas em tempos antigos escritos por uma pena.

"Estou me sentindo um pouco sozinha em casa, por isso vou viajar por alguns dias. Não me ligue, para onde irei não terá sinal.
De sua esposa, Cristal."



— Não me ligue, não terá sinal... — Repetiu a ultima frase do recado.

Logo viu Bernardo entrar em sua sala.

— Já sabe para onde ela foi? — Foi direto ao assunto, o tinha pedido para investigar os possíveis lugares onde suas esposa estaria.

— Não senhor, todos os amigos ou possíveis contatos em que ela poderia estar hospedada, em nenhum a senhora Cristal está.

— O que? — Contraiu seu punho.

— Também chequei as linhas aéreas do dia em que ela viajou mas nada constou, nada no nome da senhora está cadastrado em cidades próximas também.

— Tsk! — Soltou irritado se levantando — Onde você está, Cristal?! — Perguntou voltando a olhar a paisagem.

Já por outro lado, não muito longe do platinado estava uma bela loira com um enorme sorriso, a semana estava sendo perfeita para si mesmo com o péssimo humor de seu amante. O simples fato da pessoas que mais odeia ter simplesmente "sumido" já lhe vazia sorrir de orelha a orelha.

— Lysandre somente está aborrecido por ter sido deixado, logo isso passa e ele voltará ao normal — Pensou em voz alta enquanto tomava seu café em seu horário de pausa.

Vagando em seus pensamentos, pensou na probabilidade de Cristal nunca mais retornar, seu sorriso se alargou ainda mais. Terminou de revirar seu café, levantando seu queixo com um sorriso superior. Se Cristal acabar não volta do cedo ou tarde eles se divorciaram e ela seria a nova mulher de Lysandre, dona de metade de tudo aquilo.

— Espero que ela tenha finalmente estendido que estava sobrando — Terminou se dirigindo a sala de Lysandre.


●●●



O vento forte jogou seus cabelos para trás as ruas um pouco diferentes lhe traziam um ar de nostalgia. As pessoas passavam sem conseguir admirar o doce sorriso que estava no rosto de uma jovem tão bela. Realmente essa semana ao lado de sua mãe fez um bem não só em ti mas em sua alma também, se sentia tão leve.

Andou em direção ao seu antigo Colégio, ao início de tudo. Fazendo o mesmo trajeto que anos atrás fazia lhe fez escapar mais um sorriso. Se soubesse que tantas coisas aconteceriam teria feito tantas coisas diferentes. Mas o passado não é para se lamentar, apenas para lembrar. Parou em frente ao portão fechado.

Suspirou e olhou entre as grades o jardim que ainda existia, mais a funto poderia se ver a quadra de esportes, realmente nada tinha mudado. Seguiu em direção a Praça que sempre ia. A passos lentos viu algumas pessoas conversando, já outras crianças correndo. Seguiu para um lugar mais afastado, chegando viu varias flores em um canteiro; era seu lugar preferido no parte na época, Lysandre tinha lhe mostrado.

— Ainda continuam fortes e lindas — Se abaixou tocando uma rosa, fora ali que Lysandre disse que lhe amava, que a queria como sua namorada, se lembrava como estava feliz, feliz por ser correspondia, por ser amada — Uma rosa, para outra rosa.

Sussurrou as palavras que ele lhe disse depois de lhe fazer o pedido, lhe entregando apenas uma única rosa, mas era a mais bela que já tinha visto. Não muito longe avistou uma floricultura, caminhou até ela admirando as diversas flores até pousar o olhar sobre uma.

— Com licença! — Disse gentil, recebendo a atenção de uma jovem — Quero essa rosa, por favor.

— Sim, agora mesmo senhora! — Respondeu simpática.

Seguiu para fora da pequena Praça girando a rosa de um lado para o outro pois ela não continha espinhos. Seguiu em direção a casa de sua mãe, apenas tinha saído para esticar as pernas antes de voltar para casa.

Seus pais tinham uma condição financeira boa, muito boa para falar a verdade, mas preferiam ocupar aquele apartamento mediano, não lhes gostavam os luxos. Ao passar a porta encontrou sua mãe na cozinha, somente pelo cheiro soube que era o seu bolo de chocolate recheado com morango que tanto amava.

— Está fazendo para me convencer a ficar por mais tempo mãe? — Perguntou assustando a senhora já de idade, mas assim que soube que era sua filha tratou de sorrir.

— Meu amor, não assuste sua mãe assim, já estou velha, o que será de meu pobre esposo sem mim? — pequenas lagrimas estavam nos cantos de seus olhos enquanto ela levantava o avental para as "secar." Cristal recitou os olhos sorriso, sua mãe deveria ter cursado Teatro, era a rainha do drama.

— Com a sua saúde séria mais fácil eu morrer primeiro — Comentou o senhor descendo as escadas.

— Que horror querido! Bata na madeira, se repetir isso ficará sem jantar!

— Sim, sim. Vou ir comprar as coisas que me pediu.

— Vai sair pai? Quer que eu as compre para ti? — Perguntou Cristal vendo seu pai sorrir.

— Não filha, não precisa. Tenho que esticar as penas mesmo, agorinha estou de volta.

— Está bem — Respondeu o vendo passar pela porta, sua mãe logo reparou na rosa em suas mãos.

— Que rosa mais bela, se relembrando de quando Lysandre lhe dava uma dessas? A que filha apaixonada eu tenho — Comentou sorrindo, retirando um suspiro de Cristal que largou a rosa sobre a mesa.

— Mãe... — A chamou em tom baixo, não sabia se deveria dizer, era o seu último dia ali e ainda não tinha falado.

— Oi filha, pode falar — Respondeu olhando se a temperatura do bolo estava correta — Filha? — Olhou para Cristal a vendo cabisbaixa, sabia o que era isso, algo a incomodava — Filha, o que foi? — Tocou sua mão.

— Mãe, se... Se eu dissesse... — O olhar de sua mãe a incentivava a dizer, respirou fundo — Se eu dissesse que quero me divorciar, a senhora me apoiaria?

— Divórcio? — Seus olhos se arregalaram — Por quê? O que foi minha querida, Lysandre fez algo? — Recebeu um sorriso de sua filha, mas as lagrimas que escorriam de seus olhos apenas a fez ficar mais aflita.

— A senhora sabe como eu amo o Lysandre, não sabe? — A viu concordar — Agora mesmo eu não queria o amar tanto, pois a dor que sinto é tão grande também — Terminou soltando ainda mais lágrimas, a senhora não soube como reagir, nunca viu sua filha chorar nesse estado, na verdade ela nunca tinha reclamado de nada em relação a Lysandre para ti, agora ela estava chorando por ele, como ela deveria reagir.

— O que? — Colocou a mão em seu rosto — O que aconteceu minha filha? O que Lysandre fez para a deixar assim? Está lhe tratando mal? — Diante de todas as perguntas Cristal apenas a abraçou.

— Mãe, não pergunte, apenas me escute — Disse respirando fundo tentando parar as lágrimas — Mãe a senhora confia em mim?

— Claro minha filha!

— Então não pergunte — A olhou — Eu prometo, te juro mãe, que quando eu terminar tudo o que quero fazer eu lhe explico tudo, nos mínimos detalhes.

— Mas minha filh-

— Por favor mãe! Por favor... — Sussurrou como uma súplica — Eu sei que a senhora vai tentar me parar se eu lhe contar, mas eu simplesmente sinto que não posso deixar ele simplesmente rir da minha cara como se eu não fosse nada, então por favor mãe, confie em mim! — Vendo o desespero de sua filha apenas a abraçou, seu coração estava apertado, mas se ela lhe pedia tão arduamente lhe daria confiança.

— Está bem filha, confiarei em ti — Um sorriso escapou dos lábios de Cristal — Mas tem que me prometer que ira me contar o que passa contigo depois, não mate está velha de preocupação!

— Está bem mãe, prometo — Respondeu sorrindo — A senhora sempre me da forças, não seria nada sem ti.

— Oh minha filha — Ambas ficaram abraçadas por um tempo até que um cheiro estranho foi sentido.

— Mãe, que cheiro é esse?

— Cheiro? — Soltou o abraço — Que cheir- AI MEU DEUS!! — Berrou indo em direção ao bolo.

Vendo o desespero de sua mãe Cristal começou a rir a ponto de sua barriga doer.

— Da pra sentir o cheiro de queimado la da rua, estava distraída com as plantas de novo querida?! — Perguntou o senhor entrando em casa com as compras.

— Não exagere querido, nem queimou!

— Sim, sei, só está preto e duro.

Velho rabugento — Reclamou a senhora.

Velha esquecida — Rebateu.

— Okay como se diz, em briga de marido e mulher não se mete a colher, eu vou ir lá pra cima — Disse Cristal subindo as escadas.

— Está vendo, nem nossa filha quer comer mais o bolo, só sabe queimar as coisas.

— O que?! Ela ama meus bolos, ela saiu por não aguentar suas reclamações, fica resmungando o dia inteiro.

Fechou a porta de seu quarto ouvindo o bate boca de ambos, sempre foi assim, desde pequena, apenas os argumentos mudaram. Tinha pegado a rosa antes de sair, olhou novamente para ela.

— Nosso amor é como essa rosa, de início parece tão resistente, mas no fim — A destruiu com apenas um movimento — É tão frágil, e mesmo sendo tão frágil o pisou.

Fechou seus olhos soltando todo o ar que podia, os abriu novamente. Seguiu em direção ao banheiro para se arrumar, afinal voltava para casa ainda hoje, dessa vez de avião. O dia estava apenas começando.


(...)


— Está tudo bem, Viktor? — A pergunta em doce tom o fez a olhar.

— Sim, Priya. Estou bem. — Sua resposta soou mais como um suspiro.

Estavam indo em direção a Impresa do platinado a negócios, realmente depois dessa terrível semana, a última coisa que gostaria de ver seria o "todo poderoso." Mas suas obrigações falam mais alto, já estava vendo que estaria com dores de cabeça quando terminasse tudo.

Viktor não o suportava, apenas o aturava, criou essa amargura quando descobriu que era esposo de Cristal. Já o platinado também já demonstrou não sentir tanta afinidade assim pelo moreno também. Se resumindo, se aturaravam apenas por uma única coisa; negócios.

Antes mesmo de perceberem na estavam no elevador do prédio. A expressão séria demonstrava total desagrado da parte do moreno. Adentrando sua sala o viu parado admirando a vista, quando se virou seus olhos se cruzaram.

Lysandre.

Viktor. — Ambos se cumprimentaram antes de se sentaram.


●○○



— Leigh! — A voz em desagrado começou a fazer o estilista a pensar no que teria feito de errado.

— Diga, minha flor. — Respondeu se levantando.

— Quantas vezes já disse para não deixar as coisas da esmeralda espalhadas?! — Disse recolhendo as coisas.

— Mas amor, ela irá tirar tudo do lugar novamente para que arrumar? — Seu argumento a fez lhe dar uma olhada assassina.

— O que?! Que pensamento de pessoa mais desorganizada, se não fosse por mim, tu viveria em um chiqueiro aposto! Tem que melhorar sua postura, já somos casados a mais de 5 anos Leigh! — E lá estavam elas, as reclamações de sua amada tinham começado. Leigh apenas a ignorou como sempre, eram sempre as mesma palavras até sabia o final disso — Que esposo ingrato arrumei! Estou lhe dizendo leigh, se não mudar, vou procurar um ricaço qualquer por ai!

— Você não séria nem doida disso — Respondeu sorrindo indo em sua direção, escutando mais e mais lamúrias e a abraçou — Okay, Okay, já ouvi. Vou mudar esta bem, não se altere.

— Todas as rugas que tenho são por sua causa — Choramingar arrancando risos de seu esposo.

— Isso se chama idade meu amor, idade. — Lhe beijou — E não sei que rugas, para mim continua aquela menina de 17 anos.

— Você sabe como fugir de uma briga — Comentou já calma o abraçando também, fingia não ligar mas amava quando seu esposo a elogiava, sua raiva sempre ia embora.

— Por isso estamos casados até hoje. — Rosalya o abraçou até depois de alguns minutos o soltou.

— Espera, o que quis dizer com isso? — Perguntou já se alterando novamente.

— A não, de novo não, pelo amor de Cristo! — Disse Saindo do quarto com sua esposa o seguindo, quando ela estava em seu período realmente se tornava uma total barraqueira.


(...)


Cruzou a porta de seu apartamento com sua pequena mala de rodinhas, estava cheia de energia e logo viu Bernardo descer as escadas.

— Chegou cedo senhor... — Quando terminou de Server as escadas viu que não se tratava de seu patrão mas sim de sua senhora. — Senhora!

— Surpresa! — Disse sorrindo, arrancando um sorriso do empregado. — Então, sentiu minha falta Bernardo?

— Claro minha senhora, mas primeiro de tudo, por onde esteve? O Sr. Lysandre a procurou pelos quatro cantos mas não soube onde a senhora esteve. — Suas palavras a fizeram parar no meio do corretor.

— Lysandre.... — Ouve uma pausa, ela olhou para trás o encarando — Me... Procurou? — A surpresa estava estampada em sua voz.

— Claro! Ele estava muito preocupado. — Suas palavras fizeram Cristal soltar um leve sorriso.

"Preocupado? Aposto que estava mais preocupado em retirar calcinhas de vagabundas!"

— A como eu tenho um esposo amoroso. — Disse sorrindo continuando seu trajeto. — Ele deve estar louco, tive uma idéia! Vamos, quero o visitar na Impresa. Irei apenas tomar um banho, prepare o carro, por favor.

— Sim senhora! — Vendo sua senhora desaparecer pela porta de seu quarto logo tratou de ligar para seu patrão, este o tinha instruído o avisar imediatamente quando Cristal aparecesse.

"Sua mensagem está sendo encaminhada para a caixa de mensagens" — O celular do platinado estava desligado deixando Bernardo um pouco aflito, poucos minutos depois escutou os passos de sua senhora e guardou o celular.

— Vamos? — No momento em que a viu até mesmo segurou um suspiro de sair por respeito. Linda, não linda não, linda era pouco para a descrever. Magnífica seria a palavra certa. Mesmo estando apenas com um vestido longo colado, de cor branca com detalhes azul turquesa, um salto preto, e óculos escuros, tudo parecia se encaixar tão perfeitamente. Não sabia se eram seus brincos ou as joias em suas mãos ou o lindo colar em seu pescoço mas estava glamorosa.

— A-a... Sim, claro. Por favor Sra. Cristal — A deixou passar primeiro recebendo um doce "Obrigado." Não sabia por onde sua patroa andou nessa semana ou o que fez, mas com toda certeza, ela estava diferente.

Ao trajeto vez ou outra Bernardo a olhava, sendo pego por sua senhora as vezes que apenas lhe dava um sorriso angelical. Já em uma dessas olhadas, a pegou olhando para a janela — Já sem seus óculos — Seu olhar era distante, poderia até mesmo arriscar triste, mas logo tratou de voltar sua total atenção ao transito quando ela colocou novamente seus óculos.

— Chegamos senhora — Disse lhe abrindo a porta como de costume.

— Obrigada, Bernardo. — Quando tocou em sua mão a ajudando para sair do carro, nesse leve contato mais perto pode sentir o doce cheiro de rosas que saia de Cristal, fascinante. — Não esqueça os presentes, por favor.

Quando entrou no elevador algumas pessoas a comprimentaram, afinal ela era esposa de seu chefe, mas todos nunca repararam em como ela era tão bela. Logo quando foi andando no corretor em direção ao escritório muitas a olhavam mas ela apenas os olhava com um sorriso gentil.

— Ei, ei, aquela é a esposa do chefe? — Sussurrou uma funcionária para outra.

— Sim, credita que ela já foi uma das modelos mais famosas do nosso país?

— O que?! Mentira!

— Quietas meninas, ela vai ouvir vocês. — Um que pareceu ser o chefe do departamento as repreendeu.

Não dando muito atenção aos murmúrios logo Abriu a porta da enorme sala sem dar tempo para alguém avisar a ele que ela estava entrando. Logo esperava apenas seu esposo mas se deparou com três olhares sobre ti. Os olhos de seu esposo, que estava visivelmente surpreso, Viktor que parecia mais feliz por a ver que surpreso e ela, Nina, com um olhar extremamente surpreso. Reparou que a loira estava muito perto do platinado, mas apenas deu um sorriso.

Tirou seus óculos vendo Bernardo entrar na sala apressado pois tinha ficado um pouco para trás, olhou aquela sala por inteiro. "Um dia essa sala á de ser minha." Olhou novamente para seu esposo que não estava com as melhores das expressões mas não deu a mínima. Com um grande sorriso se aproximou ainda mais de todos.

— Eu voltei de minha pequena viagem, meu esposo. — Quando proferiu "meu" olhou brevemente para Nina. — Ouvi que estava com muita saudades de mim, não vai nem me dar um abraço? — terminou levantando ambos os braços o vendo se levantar e parar a sua frente.

"Desgraçado."

Foi a última coisa que pensou antes de sentir o abraço apertado.



Continua....


Leiam as notas finais, obrigada.


Notas Finais


Então gente, agora que as coisas começam de verdade. Uma mulher ferida é uma mulher vingativa.

Gente, eu estava pensando em começar uma nova fanfic, não por agora, mais para frente e ela seria uma história sobre a China Antiga, e não estaria na categoria de amor doce, somente por curiosidade, se eu escrevesse vocês iam ler? Podem ser sinceros. Mas não se preocupem meu foco sempre será A Traição.

Também estou pensando em recomeçar minhas outras 2 fanfics, dei uma parada em ambas pois não tinha gostado do contexto depois de as rever por um tempo, se quiserem que eu comece as reescrever também me digam que assim farei.

Obrigada por tudo.

Até o próximo.

(灬ºωº灬)


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