07 DE AGOSTO DE 2017
BIP...BIP...BIP!!!!!! Eu levanto desesperada, olho ao meu redor e me vejo em um quarto, não estou mais nas escada e provavelmente nem mais na escola, tudo parece muito confuso e meus olhos ainda não conseguem enxergar totalmente o espaço, só consigo identificar que eu estou em um quarto e deitada em algo macio e ouvindo um barulho ensurdecedor. Aos poucos minha visão vai se recuperando e eu percebo que estou no meu quarto, meu alarme toca desesperadamente e olho para ele. SÃO OITO HORAS E EU ESTOU EM CASA. Depois de ter percebido tudo isso em mais ou menos um minuto, eu vomito, sujo todo o chão do meu quarto e meu pijama lilás que foi pouco usado.
Alguns minutos depois minha mãe aparece no meu quarto com a cara de quem vai matar alguém. No caso eu.:
-EU NÃO ACREDITO NISSO, CAMI, SÃO OITO HORAS. OITO HORAS.- Fala ela gritando como nunca havia gritado.- NÃO VÃO DEIXAR VOCÊ ENTRAR NO COLÉGIO.-
-Calma, mãe.- Digo, ainda meio desnorteada e bem tonta, fedendo á vomito e com uma vontade de vomitar ainda mais.
Ela olha um pouco mais e percebe que estou toda suja e abaixa um pouco o seu tom de voz:
-Devia ter me acordado, cami. Vai, vai se lavar, depois vou te dar um remédio.- Fala isso, já mais calma ou talvez apenas com pena da enferma.
Ela sai do meu quarto e eu tenho que encontrar coragem para levantar e arrumar tudo. Primeiro coloco minha roupa e meu lençol para levar e depois vou lavar meu corpo. Tomo o remédio e minha mãe diz para eu me deitar por que depois de tudo isso já são quase 9:30 e ela tem que ir para o trabalho, mais uma vez eu vou ficar só porque minha avó e meu tio estão viajando. Minha mãe me diz cada um dos remédios que eu posso tomar caso fique com febre, dor no estomago, enjôo e outras coisas e depois vai embora.
Depois de tudo que aconteceu apenas agora eu me lembro completamente, faz alguns minutos que eu estava na escola então ajustei a hora do relógio e depois de 20 segundos tudo ficou claro e agora eu estou aqui. Completamente preocupada eu pego meu celular e faço uma busca:
''Alucinações''
Procuro tudo o possível sobre esse assunto mas nada se encaixa com o que aconteceu e eu também não tive nenhum sintoma anterior e não tomei nada estranho últimamente. Não bebo, não fumo, não uso drogas e nem tenho alguém na família com esse problema. Sem mais nada pra fazer eu abro meu whatsapp e leio as mensagens:
''Milly: Que horas você vem???? :*''
E há também algumas da Daisy:
''Sua vadia, escrota, vagabunda, CADÊ VOCÊ?????''
''Mano, dorme mais que tá pouco''
''i hate u, não acredito que vai me deixar aqui sozinha pra morrer''
Ela como sempre não é delicada, porém é bem bem dramática.
Ainda meio enjoada e com uma dor de cabeça que quase me faz querer desmaiar de 1 em 1 segundo, decido pegar o relógio e depois percebo que não o vi mais, procuro ele por todo o quarto até finalmente encontra-lo debaixo da minha cama. O pego e fico analisando mas ainda parece um relógio comum. Quando vejo eu estou quase dormindo e o relógio está na minha mãe, o coloco do meu lado na cama e decido dormir de uma vez.
Sonho com algo estranho de novo, não foi um sonho muito elaborado, estava apenas eu, Milly e Luiz Paulo, nós três no vácuo. Cada um vinha de uma direção e o relógio estava no meio de nós três, os três iam em direção do relógio e uma hora iriam se encontrar e quando finalmente chegavam no meio o relógio sumia e os três ficavam se olhando. Acordei meio confusa, passavam das 13 horas e eu sem fome fui direto pegar meu celular para ver as mensagens. Não tinha nada, meus amigos ainda não tinham saido da escola então eu decidi contar sobre o sonho para a Milly e para o Luiz Paulo, apesar de ele não gostar de mim e eu me irritar com ele, ás vezes eu tenho puxar assunto:
''Luiz está online''
''Camila: Oi''
''Luiz: hey''
''Camila: eu sonhei com você''
''Luiz: legal...
''Camila: você nem vai perguntar o que foi?''
''Luiz: não tenho o minimo de interesse''
''Camila: cara, você é tão chato''
''Luiz: vlw''
''Camila: Babaca''
Ele não respondeu.
''Camila: eu vou contar msm assim''
E eu conto, ele não dá muita atenção e só repete que é ''legal'' de novo. Um babaca.
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