História A Vida Que Eu Nunca Desejei Pra Mim - Para de Olhar Assim pra Mim!

- NÃO, ele – o professor falou sério apontando para o outro menino, o Nerd, fazendo meu coração disparar, Eu? Fazendo trabalho com a Melissa? Só sobramos eu e ela... Caralho isso vai dar merda.

- E você Justin com a Melissa – o professor disse e meu coração parecia que ia sair pela minha boca, eu ainda tentava processar a informação e a Melissa estava paralisada, mas logo bufou e deitou a cabeça sobre a mesa apoiando em seus braços, o Peter não teve reação e os meninos apenas riram.

- O QUE? O SENHOR ESTÁ LOUCO? A MELISSA E O JUSTIN JUNTOS? – gritou a Beatrice... Vadia do Caralho, já está tentando estragar a felicidade dos outros, se é que eu possa chamar isso de felicidade, por que ficar perto da Melissa sem poder tocá-la ou senti-la é como um pesadelo.

- Não, Professor a Melissa não pode fazer o trabalho com o Justin – disse o Peter alto chamando a atenção da sala toda.

- Não pode mesmo – assentiu a Beatrice

- Aé? Não podem por que? – o Professor perguntou desafiador, mas ao mesmo tempo curioso. Eu não tinha palavras para me referir a esse momento, não sei se fazer trabalho com ela seria uma coisa boa ou ruim, ter ela por perto definitivamente seria bom, mas e quanto o autocontrole? E o meu desejo descontrolado de tê-la? Isso definitivamente não era bom. A Melissa não olhava para mim, mas não estava mais com sua cabeça abaixada, ela olhava séria e fixamente para o professor como se tivesse querendo matá-lo com apenas olhares.

- Por que eu não quero fazer com ele – disse a Melissa séria e a sala inteira fez algo parecido com “iiiiii... Vixhe Justin não deixava”, eu poderia ter retrucado, poderia até ter feito circo pegar fogo ou pelo menos provocá-la mais eu não fiz nada disso, apenas ri debochado negando com a cabeça do jeito que eu sei que ela odeia, e pra minha felicidade ela estava olhando e faltou pular em cima de mim quando eu fiz isso.

- Aqui não é a casa da mãe Joana pra vocês acharem que vão fazer o que querem, eu sou o professor, eu mando aqui... Ou bem você faz com o Justin ou Não faz, e já fica com nota vermelha por que esse trabalho vai valer o bimestre inteiro, todas as notas serão referentes a esse trabalho que será desenvolvido dentro e fora do colégio, com a mesma Dupla – o professor disse rude e o pessoal vaiou me fazendo rir, e os meninos também, quando a Melissa, o Peter e a Beatrice pensaram em dizer alguma coisa o professor interrompeu – Sem mais, sem A nem B, nem palavra nenhuma, já está decidido a dupla que eu falei é para o bimestre inteiro, e se alguém quiser questionar dirija-se a diretoria.

- Que saco – a Melissa disse rude

- O que foi que você disse? – o professor perguntou rude

- Nada... Não disse nada – ela falou séria abaixando a cabeça.

- Agora vai ficar interessante... Já estou prevendo o circo pegando fogo - disse o Chris baixo fazendo os meninos rirem, mas eu não tirava meus olhos da Melissa, ela estava completamente linda, e nervosa ela conseguia ficar mais gata ainda, como pode?... Caralho essa menina faz a minha cabeça, mas eu não posso deixar nada acontecer entre nós senão estou ferrado.

- Justin olha pro Peter cara – disse o Ryan e eu olhei pra ele que me olhava rude, não sabia se era por eu estar olhando pra Melissa ou se era por que vamos fazer o trabalho juntos... Ele fez algum sinal estranho pra mim e eu olhei pra cara dele sem entender, ele fez de novo só que dessa vez a Melissa estava olhando pra ele, e virou rapidamente tentando saber pra quem ele estava fazendo aquilo, e sua cara de confusão foi nítida quando ela viu que era pra mim.

- Que porra é essa que o Peter está fazendo – perguntou o Chaz

- Vou saber, esse moleque é louco – eu disse rude e meu celular apitou, sabia que era uma mensagem.

*Mensagens On*

Peter: Precisamos conversar, fala que vai ao banheiro e me encontra lá fora.

Justin: Não temos nada pra conversar, se quiser tratar do acordo fala com os meninos.

Peter: isso não foi um pedido.

Justin: Você está pensando que manda em mim? Fica de boa ai, antes que eu perca a paciência.

Peter: Para de graça... Me encontra lá fora, Porra.

Justin: Eu não vou falar com você!

Peter: Você está parecendo uma criança de cinco anos mimada, eu estou a ponto de esquecer aquele acordo e tornar sua vida um inferno então se não quiser esse destino pra sua querida vida, apareça lá fora em menos de cinco minutos.

Justin: Não vai achando que você é meu pai e que vai ficar me dando ordens não Caralho.

Peter: 5 MINUTOS!!

*Mensagens Off *

- FILHO DA PUTA – eu disse rude fazendo todo mundo me olhar e o Peter rir, a Melissa olhou para nós dois desconfiada e eu virei o rosto.

- Justin fala baixo caralho – disse o Ryan

- Posso saber o que está acontecendo ai senhor Justin? – o professor perguntou e eu fiquei quieto, ele logo continuou com a aula e os outros alunos não estavam mais atentos a mim.

- Filha da puta, ele está achando que vai ficar me dando ordens e fazendo chantagem? Eu vou acabar com a raça dele se ele não parar com essas graças – eu disse rude e os meninos me olharam sem entender.

- Que foi dude? – perguntou o Chris

- o Peter ele... – eu comecei a falar e os meninos negaram, e eu não entendi – Ele...

- Cala Boca... a Melissa está olhando e está atenta a tudo que você diz, ela já desconfiou só por ver vocês trocando sinais, depois você faz aquele escândalo, não diz mais nada – falou o Chaz baixo e eu assenti, olhando de canto e ela realmente estava observando séria, mas um pouco confusa e desconfiada. Passei meu celular para os meninos e eles olharam as mensagens.

- Chegou outra – disse o Ryan

*Mensagem

Peter: Quando eu sair você tem 5 minutos para aparecer lá fora.

- Esse desgraçado está tirando com a minha cara – eu disse rude

- Professor, vou ao banheiro – disse o Peter chamando a atenção da Sala toda e depois olhando pra mim como se dissesse “ 5 minutos, nenhum segundo a mais” e saiu

- Vai lá cara – disse o Chris

- Ele não manda em mim, eu não vou lá porra nenhuma – eu disse rude

- Vai lá e ouve o que ele tem pra dizer, pode ser coisa do império, pode ser algo interessante – disse o Chaz

- Não vou... Já disse que não vou – eu disse rude e os meninos negaram

- Ele não está pra brincadeira vai transformar sua vida em um inferno – disse o Chris

- Foda-se eu não vou seguir as regras e nem as ordens dele.

- Ok... Só não se arrependa depois, ele vai destruir com as nossas vidas – o Ryan disse rude

- Estão com medo? – eu perguntei desafiador

- De quem? Do Peter? Jamais... Só não quero me envolver mais em encrencas, ele está ajudando e muito ultimamente, então é melhor mantê-lo do que arranjar mais motivos pra ele nos odiar – o Ryan disse e eu bufei, todos voltaram a suas atenções pra aula e eu fiquei pensando no que fazer, eu não vou seguir as ordens dele, pra depois ele achar que sempre pode dar ordens, mas eu também não posso voltar a viver aquele rascunho de inferno que eu estava vivendo, agora que as coisas estão melhorando, não completamente e todo mundo sabe o porquê, mas está melhor do que antes... DROGA! Eu vou matar esse moleque um dia, Ah se vou... e vai ser uma morte lenta e dolorosa.

- Como eu odeio esse Peter, como eu odeio esse desgraçado filho da puta – eu disse baixo levantando – Professor vou ao banheiro – eu disse rápido nem dando tempo dele responder, mas a única coisa que eu notei antes de sair foi o olhar da Melissa que dessa vez estava mais desconfiado ainda.

O corredor estava vazio, nenhum sinal do Peter, eu peguei meu celular e quando comecei a digitar a mensagem ouvi um assobio, olhei vendo o Peter na porta de outra sala sorrindo vitorioso e minha vontade de matar ele estava extrapolando os limites, eu definitivamente estava considerando a possibilidade de matá-lo de uma vez por todas, fui rude até ele que entrou na sala, que estava vazia, não pensei duas vezes e soltei toda a minha raiva, não quero nem saber se as pessoas vão escutar, esse desgraçado vai ouvir umas verdades.

 - Olha aqui Filho da Puta... Você está achando que é quem? – eu disse rude empurrando ele com força.

- Calma ae cara – ele disse na defensiva e eu peguei em seu pescoço com força o sufocando e prensando ele na parede – Você está muito nervosinho.

- Peter não brinca com a minha paciência, não brinca... Eu estou a ponto de acabar com a sua raça – eu disse rude

- Por que não acaba então? – ele me provocou, e eu o soltei passando as mãos pelos cabelos e tentando manter a calma – Se for pra você começar com seus chiliques, nem vem perto de mim, por que você precisa de mim pra continuar vivendo nessa sua vida medíocre, e se me torrar a minha paciência eu já abro o bico e conto tudo pro seu pai, o que acha disso?

- Por que não conta então? Vai lá... Fala tudo – eu disse rude – Cansei de você, cansei das suas chantagens, FALA PRA ELE PORRA, você precisa de mim tanto quanto eu preciso de você, contra pra ele toda a verdade por que eu vou contar tudo também, ai morremos eu, você, a Melissa e os meninos que tal? Vai em Frente!

- Chantagista de Merda – ele resmungou e eu ri

- Não vai contar?... É cadê o Peter super Macho? Vai lá Princesa conta tudo mesmo, pro seu reinado afundar junto com você – eu disse debochado e ele quase veio pra cima de mim.

- Fica na sua Bieber... – ele disse rude

- Fica na sua você!... Vamos acertar uma coisa aqui, você não fica agindo como se fosse meu pai não, por que malandro filho da puta igual você eu não penso duas vezes se tiver que meter bala, pode parar com as sua ameaças que eu estou ficando cheio delas e outra não fica me provocando não, que a paciência está curta aqui, eu aguentei a provocação na hora da entrada, mas as próximas eu vou meter um murro bem dado na sua cara que você vai ficar dias no hospital, está ouvindo? Se quer fazer parceria, se quer fazer acordo caralho, nós vamos continuar com isso, mas não cutuca a onça não.

- Está Nervo...

- CALA BOCA, que eu estou falando, não vem querer ficar me dando ordem não, por que você está cansado de saber que eu não sigo ordens, eu não sou capanga de ninguém, então não vem que comigo não tem não, não vem querer montar em cima de mim. Agora fala logo o que você quer que me chamou aqui! – eu disse rude e ele ficou olhando sério pra mim sem dizer nada, pelos seus olhos exalando fúria ele estava a ponto de acabar com o acordo – Vai falar logo, ou vai ficar olhando pra minha cara? Por que eu tenho mais o que fazer!

- Você não vai fazer esse trabalho com a Melissa – ele disse rude e eu bufei

- Até parece – eu disse rindo

- VOCÊ NÃO VAI – ele gritou rude e eu ri debochado.

- O que você quer que eu faça? O professor colocou eu e ela juntos, vai lá na diretoria reclamar então, não vem questionar comigo – eu disse rude

- No acordo você prometeu ficar longe dela, deixar o nosso caminho livre, você não pode falar com ela e nem chegar perto.

- A culpa não é minha!

- Foda-se... Diga que você não vai fazer esse trabalho.

 - Eu não vou ficar com nota vermelha – eu disse rude e ele riu

- Como se você se importasse com isso.

- Agora eu me importo – eu provoquei e ele ficou sério

- Pede pra te trocarem de dupla comigo, e você vai fazer com a Beatrice.

- Está me achando com cara de que? ... Pede você, quem está incomodado é você, então você que peça, eu estou é bem feliz com a minha dupla – eu provoquei ainda mais e ele faltou vir pra cima de mim.

- É PARTE DO ACORDO CARALHO – ele gritou nervoso

- EU NÃO TENHO CULPA PORRA – eu gritei do mesmo jeito que ele – Qual é o seu medo ein Peter? Está com medo que sua namorada não resista ao meu charme e me queira? Está com medo que ela se entregue pra mim? – eu provocava

- Eu confio na Melissa, ela não vai fazer isso – ele disse sério e eu ri

- Então está tudo certo... Mas alguma coisa? – eu disse dando de ombros

- Eu não confio em você – ele disse rude

- Sério? Nem imaginava, estou surpreso, sabia? – eu disse debochado – O mais engraçado é que eu também não confio em você, estranho não?

- Você vai fazer alguma coisa pra acabar com essa dupla – ele disse rude

- Eu não vou fazer nada, se quiser faça você... Alias peça pra sua namorada fazer isso, eu vou cumprir minha parte no acordo, vou fazer meu trabalho e nem me lembrar que é com ela, então pode ficar tranquilo diante de mim, mas agora não garanto nada por ela, é com ela que você deveria se preocupar, eu fiz minha parte até agora, não fiz? – eu perguntei e ele não respondeu – RESPONDE CARALHO! EU NÃO FIZ!

- Fez... Mas eu também fiz a minha – ele disse rude

- Ótimo, não questionei seus méritos.

- Eu vou estar em TODAS as vezes que vocês se encontrarem para fazer isso – ele disse rude

- Faz o que você quiser – eu disse rude – Acertamos tudo agora, então estou indo.

- Não acabamos – ele disse nervoso e eu bufei

- Estou de saída, se quiser fica falando sozinho sinta-se a vontade, por que estou cheio dessa sua crise de “Namorado Ciumento” – Eu disse saindo e voltando pra sala, percebi que todos estavam em duplas, a que o professor tinha formado, e como seriam duas aulas, e tinha acabado de bater o sinal da primeira, tínhamos mais uma pela frente, o Peter passou por mim bufando de raiva e eu nem liguei, peguei meu material e minha mesa e coloquei ao lado da Melissa, ela estava de cabeça baixa, e não dizia nada, nem ao menos se mexeu quando eu sentei ao seu lado.

P.O.V. Melissa

O professor só podia estar de brincadeira, eu o Justin, Juntos? Eu não quero isso... Eu não quero ter que falar com ele, e nem olhar em seus olhos, eu não quero chegar perto dele, Qual é Deus? Caramba eu estou tentando esquecê-lo evitá-lo de todas as formas e agora isso? Mas que droga! O Peter estava com muita raiva disso e com razão, a Beatrice também estava, mas eu não me importava com que aquela ali pensava, foda-se ela... E quanto ao Justin, ele estava se divertindo com a situação, ele adora provocar as pessoas, pra ele tudo isso é como uma diversão, e esse é o motivo de toda a raiva que eu estou sentindo nesse momento, por que é que ele faz isso? Ein? por que é que ele se diverte tanto com a infelicidade dos outros? Argh... Como eu odeio quando ele dá aquele sorrisinho debochado dele, eu sinceramente queria acreditar no que ele disse em todas as vezes que dizia que gostava de mim, e quando disse que queria ficar comigo se eu esperasse, e naquela mensagem, mas por que ele faz isso, por que? Ele falou que ia me esquecer de vez, ele prometeu mesmo quando eu disse pra ele não fazer isso, mas agora que ele sabe que o professor me colocou em uma situação complicada, por que pra mim sim, vai ser difícil ficar frente a frente com ele, com o garoto que eu gosto, mas estou tentando esquecer, saber de tudo que ele fez; mas pra ele tudo vai ser uma diversão, mas eu Prometo que dessa vez não, dessa vez ele não vai destruir meu coração, e nem acabar com os meus sentimentos, dessa vez não importa o quanto eu o deseje, não importa o quanto ele diga a suas mentiras, não importa o quanto eu deseje seu corpo, seus lábios, eu não vou me entregar, eu tenho um namorado e é com ele que eu vou ficar, dessa vez a única coisa que vai importar pra mim, vai ser minha felicidade, e ele jamais me fará feliz como o Peter pode, ele jamais seria um namorado perfeito como o Peter é, não importa o que ele faça ou diga, eu vou me lembrar que eu escolhi o Peter e que ele escolheu ficar com todas as putas, inclusive a Beatrice.

Tinha uma coisa me deixando muito confusa, e era a relação entre o Peter e o Justin, eu posso estar louca ou talvez não, mas eu vi o Peter fazendo sinais estranho para ele, como se tivessem se falando, e depois eu vi os dois mexendo em seus celulares no mesmo momento, eu jurava que estavam escrevendo mensagens, e o Justin ficou bravo, gritando um “Filho Da Puta” Chamando a atenção da sala inteira, e ele ficou falando com os meninos, mas depois eles me olharam e disseram alguma coisa e ficaram quietos, passando alguns minutos o Peter saiu da sala e o Justin saiu minutos depois de falar com os meninos e ele não parecia nada feliz, algo me dizia que isso não cheirava bem, era apenas impressão minha, ou os dois estavam de segredinhos? Só falta eles estarem brigando, mas estarem me escondendo isso para não me deixar mal.

- Está tudo bem? – eu ouvi a voz que eu imaginei ser do Chaz, mas mantive minha cabeça baixa e respirei fundo.

- Está – eu disse

- Olha pra mim – ele pediu e eu neguei

- Por favor me deixa sozinha – eu pedi e ele ficou quieto, pelo silêncio eu podia pensar que ele estivesse voltado a sua mesa, mas pela respiração forte eu sabia que ele ainda estava perto de mim.

- Sei que não deve está sendo fácil pra você, mas acredite quando tudo está ruim, nós temos que colocar um sorriso no rosto, para não demonstrar fraqueza – ele disse calmo e eu olhei pra ele.

- Não sei do que você está falando, eu estou bem – eu disse e ele sorriu sem ânimo.

- Ele ainda gosta de você, ele sempre vai gostar, eu nunca vi ele se apaixonar assim por ninguém... E pode parecer estranho, mas ele está apaixonado, eu nunca pensei que diria isso, por que ele é o cara mais rude que eu conheço, mas agora eu vejo que tudo era uma máscara, está sendo difícil pra ele também ficar longe de você, mas tudo isso é pro seu bem, não importa com o quanto de garotas ele saia ele ainda gosta de você – o Chaz disse olhando em meus olhos, e quando ele terminou eu desviei o olhar, antes que meu coração tolo me fizesse acreditar naquelas palavras, antes que as lágrimas surgisse, e eu assumisse de vez que eu sinto a falta dele, dos seus beijos, dos seus toques, eu não posso mais fazer isso, eu não posso desejá-lo nunca mais.

- Eu não me importo – eu disse séria tentando parecer sincera, mesmo quando aquilo era mentira, por que mesmo depois de um mês namorando o Peter eu ainda não consigo esquecer o Justin, por que?

- Para de tentar se enganar – ele disse sério

- Eu não estou em enganando, é a verdade.

- Ou você quer que seja verdade? Há uma grande diferença entre ser e querer!

- Não quero falar dele, Eu tenho namorado e ele é passado – eu disse rude

- Você ainda o ama – ele disse ignorando a minha referência ao Peter.

- Não amo – eu disse rude

- Ama, mas não quer assumir – ele disse... Qual é a do Chaz? Ele está querendo chegar aonde? Me fazendo falar disso.

- Isso não importa – eu disse rude e ele riu.

- Eu acredito que as coisas que mais importam, são aquelas que não queremos falar, pois são aquelas que mais nos machucam.

- Aonde você quer chegar com isso? Tudo isso é passado! – eu disse rude

- O passado faz o nosso presente e o nosso futuro.

- Vai virar filósofo? – eu disse debochada e ele riu

- Podemos formar nossa Dupla ou está difícil? – disse a Alice para o Chaz, e eu olhei vendo que a sala inteira estava sentada em duplas, apenas eu, a Beatrice e a Alice estávamos sozinhas – Posso saber do que estavam falando?

- Nada importante – eu disse rude, pois tudo que não queria era mais alguém falando sobre o Justin, Sobre mim e sobre o Peter e a Alice ficou séria, eu não sabia se ela estava brava por eu não contar sobre o que era ou se estava com ciúmes do Chaz.

- Achei que fossemos melhores amigas – ela disse e o Chaz interrompeu.

- Estávamos falando sobre o Justin, que ele ainda ama a Melissa e que ela ainda o ama.

- Mas ela namora o meu irmão – disse a Alice rude

- Isso não tem nada a ver com amor e você sabe disso – o Chaz disse rude

- Se o Justin gostasse dela de verdade ele teria lutado por ela, e não a usado como fez – ela disse

- Vai ficar do lado do seu irmão agora? – perguntou o Chaz

- Do lado do seu amigo cafajeste que eu não vou – ela disse rude e o Chaz ficou muito bravo.

- Calma Gente – eu disse

- O Justin ama ela, agora o seu irmão está forçando a barra, querendo que ela se apaixone por ele – o Chaz disse rude – Ela não ama o Peter, e está na cara que nunca vai amar, olha o jeito que ela olha para o Justin e mesmo depois de um mês de namoro com o Peter isso não é nada parecido, nem chega aos pés do que ela sente pelo Justin.

- O Justin é um idiota que não sabe dar valor a ela, e nunca saberá – ela disse rude

- E o Peter dá tanto valor – ele disse irônico, e apesar de ser parte do assunto e de cada palavra me machucar naquilo, eles falavam como se eu não estivesse ali, e falavam com tanta certeza que pareciam saber muito mais sobre isso, do que até eu mesmo, a Alice acusava o Justin, e o Chaz acusava o Peter, como advogados eles defendiam os dois e eu me sentia como alguém excluída, as pessoas falavam de mim dos meus sentimentos, e eu nem sabia o que falar. Mas agora chega, não quero mais ouvir sobre isso, não quero que falem sobre isso, não na minha frente!

- Ok... Chega, eu não quero ser o motivo de brigas... Chega! Deixa que eu cuido dos meus sentimentos e da minha vida, obrigado aos dois por serem meus amigos e tentarem fazer o melhor por mim, mas há coisas que só eu posso resolver – eu disse séria e eles bufaram como duas crianças mimadas, sentaram nos seus lugares e formaram sua dupla, mas pelo jeito como falavam e pela suas expressões eu sabia que eles estavam falando ainda sobre o Peter, sobre Mim e sobre o Justin.

Abaixei minha cabeça, quando as lágrimas vieram, por que eu não posso simplesmente esquecê-lo? Por que ninguém consegue ficar perto de mim se falar dele, sem me fazer lembrar ele? Por quê? Será que um daí eu poderei esquecê-lo? Será?

Um barulho de mesa sendo arrastada ocupou minha mente, o perfume inconfundível, fez meu coração disparar, agora sim será difícil, por que o destino sempre coloca nós frente a frente, não me mexi, tentei fazer mínimos movimentos, mesmo quando minhas pernas ficaram bambas e minhas mãos tremiam, sensação que ninguém me causaria, além dele.

Uma aula já tinha passado e faltava apenas mais uma, os minutos mais longos eu viveria agora, respirei fundo tentando controlar meu corpo e seus impulsos, era à hora de enfrentar aquilo, por bem ou por mal, querendo ou não querendo, tudo conspiraria em colocarmos nós nos mesmos lugares e eu teria que aprender a lidar com isso. Levantei minha cabeça e contei até cinco, até conseguir olhar pra ele, quando nossos olhares cruzaram uma vontade de chorar me dominou, e essa vontade acontecia com certeza pelo fato de lembrar o quanto ele me machucou, o quanto eu o desejava, mas não poderia me deixar cair em tentação, reprimi o choro e tentei parecer forte, ele estava sério, com maxilar travado o que o deixava mais sexy do que ele já era, seus braços pareciam mais forte do que eu pudesse me lembrar, havia algumas tatuagens a mais do que eu lembrava da ultima vez, sua blusa estava mais colada ao corpo o que me fazia pensar que ele estava freqüentando bastante a academia, seu cabelo em topete um pouco bagunçado combinava perfeitamente com todos os outros detalhes do seu corpo, que eu evitei observar durantes essas semanas, desloquei minha atenção dele e olhei para o Peter que estava sério também, me lembrei que os dois estiveram por um longo tempo fora da sala, e isso me deixou curiosa e desconfiada.

- O que vocês tinham de importante para conversar? Você e o Peter? – eu perguntei olhando pra ele

- O que temos que fazer? – ele ignorou minha pergunta se referindo ao trabalho.

- Não vai me dizer?

- Isso envolve o trabalho?... Então não! – ele disse rude e eu bufei, tudo bem se ele quer ser ignorante então vamos ser. Abri meu caderno pegando uma caneta para escrever sobre o trabalho, mas me lembrei que eu não sabia nada sobre, passei a aula inteira pensando na pessoa aqui do meu lado, que não tinha anotado ou prestado atenção em nada, olhei para a lousa e lá tinha algumas anotações, nele tinha algumas anotações de alguns temas para serem trabalhados, e aonde teríamos que ir para procurar sobre.

- Vamos fazer sobre Diferentes tipos de Artes e Comunicação, só precisamos ir á museus, cinemas, visitar algumas empresas de comunicação e escrever sobre – ele disse rude, ele não adora provocar?! Então agora é minha vez!

- NÃO! Não quero fazer sobre isso – eu disse rude e ele bufou

- Só por que fui eu quem escolhi - ele resmungou – Quer fazer sobre o que então? Tem um tema pior que o outro e esse é o mais fácil – ele disse sério, e eu olhei prestando atenção nos temas, e pior que ele tinha razão, tinha temas que eu nunca ouvi falar na minha vida, e talvez esse fosse o mais fácil, ele olhava pra mim debochado e eu estava a ponto de xingá-lo , mas me concentrei pra não, ele sabia que eu não poderia escolher outro tema – E ai?

- Vamos fazer sobre Comunicação e Artes – eu disse rude e ele riu

- Foi o que eu disse – ele disse sorrindo vitorioso e eu neguei.

- Você disse Artes e Comunicação.

- Dá na mesma, só falou em ordem diferente – ele disse rindo... Meu deus como o sorriso dele é perfeito... PARA MELISSA, O QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO?!

- Não importa – eu disse rude e ele bufou.

- Como vamos fazer esse trabalho? – ele perguntou

- Eu visito as empresas e alguns museus, e você visita outros museus ou patrimônios históricos, e os cinemas.

- Pensei que era trabalho em dupla – ele disse rude

- Não quero ter que ficar me encontrando com você e nem olhando na sua cara – eu disse rude, e vi ele ficar nervoso em questão de segundos.

- Quanta sinceridade – ele disse debochado, sem tirar a expressão rude do rosto – Quer se encontrar no museu e na biblioteca, ou quer que eu vá até sua casa para fazermos?

- Eu já disse que não vou me encontrar com você – eu disse rude

- Ótimo vou até sua casa, apareço hoje às 6 horas, ok? – O que? Ele está ignorando o que eu falo ou está fazendo para me provocar?

- Não apareça na minha casa – eu disse rude – Eu não abro a porta se você ir até lá.

- Tudo bem... Eu sei invadir casas – ele disse dando de ombros, e eu olhei vendo se ele estava falando sério ou estava brincando, ele começou a rir da minha cara e eu não agüentei rindo junto.

- Como você é idiota – eu disse depois de muitas gargalhadas e ele sorriu olhando para meu rosto, desviei o olhar vendo o Peter quase explodir de raiva, ele não estava nenhum pouco contente por me ver sorrindo dessa maneira, ele virou o rosto e eu voltei à atenção para o Justin - depois eu falaria com o Peter - meu rosto ficou vermelho e eu sabia por sentir minhas bochechas esquentarem, tudo por que o Justin estava com os olhos fixos na minha boca, ele mordeu os lábios, fazendo uma onda desejo passar pelo meu corpo, ele olhou em meus olhos e eu desviei o olhar para não cair em tentação, mas ele continuava a olhar pra mim e isso me deixava constrangida, o silêncio também contribuía pra minha vergonha – Para de olhar assim pra mim!

Continua??