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História Acasos - Um amor surge de onde menos se espera. (EM REVISÃO) - Férias - Parte 1


Escrita por: Milla_B1

Notas do Autor


Este capitulo ficou um pouquinho grande, vou dividi-lo em duas partes.

Boa leitura! Estou amando os comentários de vocês, me incentiva a escrever mais.

Capítulo 9 - Férias - Parte 1


Narrado por Luiza

As semanas foram passando, meu relacionamento com Marcos ia muito bem, estávamos construindo uma grande amizade, até que chegou as tão esperadas férias. Hoje é o último dia de expediente e dividi com Marcos a função de dispensar os funcionários para as tão valorosas férias coletivas, gosto de felicita-los um a um e assim nos o fizemos. Cumprimentei todos que ficaram comigo e assim que terminei fui até a sala dele para ver se já havia terminado.

Lu: Como você é lento velhinho. – Ele riu e o colaborador que estava com ele ficou nos olhando sem entender.

Ma: Escuta chata, não vem não, você já tem pratica com isso e eu estou começando agora.

Lu: A idade também não ajuda ne?! – rimos – deixa eu te ajudar, puxei uma cadeira, sentei ao lado dele e fomos chamando um a um.

Neste ritmo não demorou e logo conseguimos dispensar todos e encerramos aquele longo expediente.

Lu: O que seria de você sem mim? – disse arrumando a cadeira no lugar.

Ma: Convencida. – Gargalhei.

Coincidência ou não nossos telefones tocaram e nos afastamos para atender a ligação, no meu eram meus pais com uma notícia um tanto surpresa se assim posso dizer. Marcos não conseguia esconder a cara de espanto.

Ma: Meu pai disse que – o interrompi.

Lu: Vamos passar férias juntos – ele me interrompeu.

Ma: Em uma chácara. – Não aguentei e comecei a rir.

Lu: Você vai ter que me suportar por um mês.  – Rimos da situação.

Ma: Ah, mas pode ter certeza que eu vou te infernizar todos os 30 dias desse mês.

Lu: Não acredito! Vamos, preciso ir no shopping, nos viajamos amanhã e preciso comprar algumas coisas. Me dá uma carona?

Ma: E o seu carro? Você já quebrou de novo?

Lu: Não idiota, só estava com preguiça de dirigir e vim de táxi. Vai negar uma carona pra sua amiga, vai? – Fiz cara de pidona.

Ma: Tá bom mimada.

Lu: Tem alguém querendo levar uma outra queimadura aqui. – Peguei minha bolsa e fomos até o carro dele.

Narrado por Marcos

Fomos ao shopping, acompanhei Luiza as inúmeras compras que ela fazia, adoro ficar a seu lado, mesmo que naquele momento fosse apenas para segurar sacolas. Depois de uma tarde inteira de idas pra lá e pra cá, ela finalmente terminou e a deixei em casa.

Quando cheguei na minha, meus pais estavam na sala e aproveitei para tirar algumas duvidas sobre a viagem, Lara também estava por lá e lhe dei um pouco de atenção, brincamos e rimos muito. Minha pequena sempre é muito saudosa da minha companhia. Depois do jantar já estava exausto, subi para o meu quarto tomei um bom banho frio, vesti apenas uma cueca box e dormi. Acordei com uma grande movimentação na casa, já sabia que eram os preparativos da viagem, levantei tomei um banho rápido fiz minha higiene e fui organizar minhas malas. Ao descer todos já estavam prontos apenas me esperando, tomei apenas um café preto e seguimos para casa de Lu, iriamos todos juntos como em uma caravana.

Quando chegamos lá, Luiza estava perfeita, já nos aguardava na varanda, ela vestia um longo vestido florido de alças bem finas e os cabelos cacheados soltos, estava simples, mas ainda assim perfeita. Lara não hesitou, mal paramos o carro e ela saiu correndo para os braços dela, é incrível o sentimento que elas nutrem uma pela outra. Vi quando Luiza entregou um envelope a ela e pela felicidade da minha filha já sabia o que era, quando me aproximei delas pude ver a foto de Mili em suas mãos. Fomos cumprimentar os pais da Luiza, e vi quando Lara os chamou de vovó e vovô, pude notar os olhos de Luiza ficarem vermelhos. Depois de arrumarmos as malas nos carros partimos, os meus pais e os de Luiza foram em um carro levados pelo motorista, meus irmãos em outro com a maioria das malas e as compras e nos três no meu. Luiza sentou-se ao meu lado na frente e Lara se acomodou na cadeirinha atras. Fomos o caminho inteiro brigando para escolher a música, até que decidi deixá-la ganhar e assim tentar reinar a paz. Escutamos as musicas dela por todo o caminho, conversamos muito até que decidimos parar para descansar um pouco e almoçar. Adoro implicar com Luiza, ela é muito sapeca e as vezes se confundi com uma menina, quando saímos do restaurante joguei um pouco de água da minha garrafa nela e claro que ela não deixou barato, me deu um banho com a outra garrafa. Todos nos riamos de como ela era temperamental.

Lu: Seu idiota, eu tô toda molhada! E por que vocês estão rindo? – Falou irritada enquanto todos gargalhavam dela.

Jorge: Estamos lembrando de vocês pequenos.

Pedro: Não mudou muita coisa, daqui a pouco estão bem de novo. – Todos riram.

Helena: Verdade, quando ela o queimou, ela mesmo foi cuidar depois.

Elisa: É verdade! Até chocolate ela fez o Jorge ir comprar pra ele.

Ma: Não lembro disso. – A olhei curioso.

Lu: Nem eu, e se não lembro não aconteceu. – Todos riram.

Ma: Mas aconteceu está vendo, você cuidou de mim, apesar de chata você tem sentimentos e sabe que vou cuidar de você pra sempre, não é? – Quando terminei ela jogou a garrafa em mim, pude notar que estava com vergonha daquela conversa.

Pedro: Mas você lembra do seu primeiro beijo não é filho? Foi justamente com a chata que está ai na sua frente! – Engasguei quando ele falou.

Elisa: É verdade bebê, foi com a Luiza. – Continuei tossindo e Luiza estava perplexa com tudo que ouvia.

La: Vocês já se beijaram? – olhou para nós dois – Antes daquele dia que eu arrumei o selinho de vocês? – Todos riam muito da nossa cara.

Helena: Já sim querida. – Abraçou Lara – E eu me lembro bem da tia Lu chegar bem alegre em casa por ter dado o primeiro beijo.

Jorge: Verdade, me lembro como se fosse ontem, só eles que fingem que não lembram, e quando eu ouvi a conversa dela com a mãe, ficou tão vermelha como está agora. – Apontou para Luiza que tentava a todo custo esconder o rubor, eu também não fiquei atras.

Pedro: Ele também me contou. – Apontou pra mim que ainda estava vermelho pela situação.

Jorge: Talvez se não tivéssemos nos separado, teríamos um casamento, poucos dias depois desse beijo tivemos que ir para Espanha, meu pai estava muito doente, minha mãe desesperada e eu tive que voltar.  – Eles conversavam como se não estivéssemos ali desesperados para o assunto acabar.

Pedro: Marcos sofreu muito pela separação.

Jorge: Luiza também.

Helena: A despedida dos dois foi de cortar o coração.

Elisa: Verdade, mas bonitinho foi o beijinho de despedida deles na nossa frente. – Luiza interrompeu.

Lu: Acho que está ficando tarde. Melhor irmos. – Falou.

Ma: Concordo! Vamos Lu. – Falei ao abrir a porta do carro para ela e depois acomodar Lara no banco de trás, liguei o carro e ainda pude ver pelo retrovisor todos rindo e comentando de nos dois, forma muitas informações e lembranças para um almoço, estou nervoso pelo que ainda irá surgir nesses trinta dias.

Narrado por Luiza

Um silêncio se fez entre nós, estava perdida com todas aquelas histórias, Marcos por sua vez estava concentrado na estrada e as vezes pude notar seus olhares de lado como se quisesse falar alguma coisa, mas a coragem ou o medo o impedia. Percebi o caminho inteiro Lara nos observando, mas até ela estava silenciosa demais. Eu jamais arriscaria falar qualquer coisa, estava morrendo de vergonha e tudo que eu mais queria era chegar naquela chácara. A noite caiu sobre nós, Lara pegou no sono no banco de trás e a cobri com uma manta que havia trazido, para quebrar aquele silêncio decidi ligar o rádio baixinho e a letra de uma música narrava nossa história.

(...)

Pro tanto que eu te queria o perto nunca bastava,

E essa proximidade não dava

Me perdi no que era real e no que eu inventei

Reescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer

E te dedico uma linda história confessa

Nem a maldade do tempo fez eu me afastar de você.

 

Cantarolei baixinho o trecho da canção e me perdi nos meus pensamentos, encostei no vidro do carro com os olhos fechados tentando relembrar tudo aquilo que ouvi mais cedo. E por um segundo pude ver em meus devaneios a lembrança daquele beijo, das brigas, da nossa despedida. Sai desse devaneio quando ouvi sua voz rouca cantar aquele trecho da canção.

Ma: Nem a maldade do tempo fez eu me afastar de você. – Cantou olhando pra mim – Loucura não? – Quebrou finalmente o silêncio.

Lu: Hunrum.

Ma: Nos conhecemos a tanto tempo e nem imaginávamos, quando ouvi essa musica lembrei de algumas coisas. – Deu um sorriso de canto de boca.

Lu: Eu também. -  Me mantinha olhando pra frente, não podia mergulhar naquele olhar azul.

Ma: O que foi? – Perguntou curioso.

Lu: Eu vou ficar olhando pra você e lembrar que fomos apaixonados quando criança, não é estranho? – Rimos.

Ma: Não, ninguém resiste ao meu charme, fica tranquila. – Dei um tapa no seu braço.

Lu: Nem vem, primeiro que foi você que me beijou e ficou com aquela de “Lulu estou apaixonado por você” – Fiz cara de deboche ao falar a última frase e rimos.

Ma: Você lembrou de verdade? – Riu surpreso.

Lu: Hunrum.

Ma: Que vergonha Lu. – Ficou vermelho.

Lu: Por que?

Ma: Naquele tempo eu beijava muito mal. – Rimos.

Lu: Bobagem, eu também, nunca tinha beijado ninguém. – Desdenhei.

Ma: Nem eu, mas foi um beijo puro, sem maldades.

Lu: Hunrum

Ma: Verdade, eu lembro que no beijo eu fiquei segurando sua mão.

Lu: Ah Marcos e você queria que o beijo de duas crianças de 10 anos tivesse uma pegada forte – rimos – velho tarado.

Ma: Claro que não, mas se fosse hoje seria completamente diferente. – Me encarou e senti um frio na barriga.

Lu: Você está me cantando ou é impressão minha? – Encarei ele sem jeito e ele deu de ombros.

Ma: Não sei, é? – Me encarou e senti as pernas ficarem bambas – Mas pode ter certeza que não sou mais daquele jeito. – Falou rindo e eu não pude evitar de ficar vermelha.

Lu: Ok! – ele deu uma gargalhada alta -O que foi?

Ma: Pegada forte – repetiu – Você cresceu bem safadinha hein? Nem parece aquela menina que saiu correndo depois que me beijou. – Sorri.

Lu: As coisas mudam querido. – Falei altiva e me arrumei no banco, mas ele não parou por aí.

Ma: então quer dizer que você gosta de uma pegada mais forte? – me instigou.

Lu: Tudo com um pouquinho mais de força fica melhor – levantei a sobrancelha e o encarei – Na verdade eu nem sei porque estou te dizendo isso idiota. – Bati no seu braço e ele riu.

Ma: Aí Luiza... Você é mais safada que eu pensei. – Falou olhando pra estrada encostado no vidro como se estivesse imaginando milhões de coisas, não consegui esconder meu choque com a sua frase.

Lu: E você anda pensando em mim assim seu velho safado? – fiquei vermelha.

Ma: Não velhinha, apenas imaginando. – Falou sem me encarar, com certeza ela estava pensando muitas coisas.

Lu: Primeiro velha é a madrinha, segundo pare de pensar essas coisas sobre mim, isso não faz bem a um senhor na sua idade. – Vi ele dar um sorriso de canto de boca.

Seguimos a viagem sem silencio, Marcos nitidamente estava mais perdido em pensamentos que eu, não sei como chegamos naquele assunto, mas o fato dele imaginar coisas sobre mim me deu um leve frisson. Como eu pude deixar a conversa chegar nesse nível? Não sei por quanto tempo fiquei perdida nesses pensamentos, mas logo adormeci. Acordei apenas com Marcos me chamando para avisar que havíamos chegado, finalmente!



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