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História Adote Um Cara - Close errado


Escrita por: HeeJin_

Notas do Autor


Oie, oie~~
Vou falar nas notas finais~

Capítulo 14 - Close errado


 

 

Os olhinhos indefesos de um arrependimento falso estavam presentes no rosto de Kim maldito Taehyung.   

Eu estava deitada na cama do Taehyung enquanto olhava para o ventilador de teto, ironicamente o Judas encontrava-se sentado no canto da cama enquanto segurava a minha mão, como um bom marido deveria ser ao dar apoio para a sua esposa grávida, mas eu sabia que aquilo era apenas uma fachada.  

— Você está se sentindo melhor? — Taehyung perguntou, falsamente eu devo frisar, mas era um falsamente bom, porque se eu não soubesse dos seus planos obscuros eu mesma acreditaria que ele era o melhor dos homens mais preocupados de Seul, quase um príncipe encantado. — Quer tomar algum remédio para passar o enjoo? — Perguntou franzindo o cenho.  

Kim maldito Taehyung deveria estar muito arrependido mesmo ou no máximo ele era um ótimo ator, conhecendo como eu o conheço eu votaria na segunda opção.  

— Você estava querendo se vingar do dia do viagra, eu tenho certeza! — Cochichei levemente irritada assim que a família de Taehyung resolveu nos dar um ar, talvez na esperança que a gente pudesse chorar juntos as lágrimas de felicidade pelo mais novo membro da família Kim.    

— O quê? — Seus olhos arregalados pareciam incrédulos. — Não, eu realmente não estava! — Se defendeu rapidamente e então um sorriso nasceu no seu rosto. — Se bem que eu poderia... — Insinuou rapidamente como se tivesse sido a melhor ideia nos últimos tempos.  

Oh, não. Eu não poderia dar mais ideias para a mente maligna de Taehyung, como se ela já não fosse trevosa e nebulosa o suficiente.  

Cretino! Eu sabia que não devia acreditar no seu coração sensível demais em me perdoar por quase ter deixado ele... Sem poder brincar para sempre. Eu sabia que eu deveria ter desconfiado do seu cafuné estranho depois de eu destruir provisoriamente uma parte muito útil dele... Mas, não, eu fui inocente, eu pensei que ele tinha aceitado de bom grado — dentro de todos os limites estranhos — aquela situação. Oh, Deus... Eu fui tão pura! Mas a máscara de Taehyung estava caindo, ele era um monstrinho!    

— Cala a boca, Taehyung! — Exclamei rapidamente com raiva e ele apenas me encava com aqueles olhos falsos de inocência. — Eu tenho CERTEZA que foi pelo viagra! — Aumentei um tom enquanto mirava o meu dedo indicador para a cara do adotado. —  Maldito viagra! Eu odeio viagra!   

— Ah, minha querida... Mas um dia você ainda vai gostar bastante dele. — A voz da avó de Taehyung soou no ambiente e eu senti meu rosto ficando completamente vermelho enquanto eu via ela segurando um copo em mãos e todo o bonde da família Kim entrar no quarto. — Você vai agradecer aos céus por terem criado aquela belezinha, vai por mim. — Respondeu antes de me jogar uma piscadela.     

Ah, eu quero morrer! Eu quero morrer uma, duas e três vezes seguidas se possível.   

Quero morrer rapidamente, eu mereço uma morte rápida e sem dor depois de toda essa tragédia que a minha vida se tornou.  

Eu quero saber aonde estava a glória? Cadê a parte boa? Cadê o vinho e a vista da cobertura de uma cidade com prédios altos? Eu tinha quase certeza que nos últimos tempos eu já havia passado por coisas suficientes para agora estar usufruindo de um champanhe na beira do mar enquanto duas pessoas me abanavam, apenas eu, eu mesma e toda a fama e notoriedade que eu merecia depois de tudo.  

Sentei-me na cama e a avó Kim me entregou o copo com um suco estranho que era meio verde... Os sucos deveriam ser proibidos pelo governo de serem verdes se não fossem de limão, em todos os outros casos suco verde era uma boa exemplificação de veneno, eles até mesmo cheiravam mal em 99% dos casos, e infelizmente eu pude constatar que aquele não era uma exceção. Eca!  

— Faz bem para o enjoo, você vai se sentir bem melhor. — A avó de Taehyung falou como se lesse meus pensamentos, agora só faltava ela me responder o por quê desse troço cheirar tão mal. — E grávidas não podem tomar qualquer remédio, Taehyung. — A avó de Taehyung soltou uma indireta e ele engoliu em seco.  

— Huh... Vó... Sobre isso... Acho que está havendo algum engano por aqui, sabe? — Taehyung começou a dizer. — A Abby não está grávida... — Afirmou rapidamente e no mesmo instante eu vi a feição de todos da família Kim levemente surpresos e chateados.  

E então uma ideia brilhante se apossou do meu corpo. O ódio. O desprezo. A vingança. Eu quase podia sentir meus olhos ficarem negros enquanto chamas do inferno nasciam atrás de mim junto com uma risada de fundo ao estilo "muhahahaha". Era brega, eu sei, mas era... Irresistível.   

— Sim, eu não estou grávida... — Confirmei e Taehyung olhou-me agradecido antes de me dar um meio sorriso. — Eu estou SUPER grávida! — Afirmei rapidamente e os olhos arregalados e incrédulos de Taehyung pairaram sobre mim. — Eu estou tão grávida... Mas TÃO grávida que logo menos eu poderei... Fazer coisas de grávida, como... Uh... Uma mulher super grávida faz! Coisas de grávida, vocês sabem como é! — Exclamei animada e os olhares das mulheres voltaram-se levemente emocionados para mim, eu conseguia ver que a avó de Taehyung segurava uma ou outra lágrima e eu decidi não me abalar e continuar com o meu plano maligno.   

— Eu sabia! — A avó de Taehyung se sentou ao meu lado com um sorriso no rosto. — Eu senti quando te vi... Taehyung, esse menino, ele demorou tanto tempo para achar alguém e eu sabia que quando ele achasse se deixaria levar rápido, ele tem um coração de ouro... — Hesitou levemente. — Por mais que muitas vezes não pareça... É só que ele não tem muita experiência com o amor e por ser um iniciante sobre isso ele talvez cometa alguns erros bobos... Releve isso e apenas pense no futuro!  

Acenei brevemente enquanto olhava para a avó de Taehyung antes de jogar um sorrisinho visualmente bondoso para ele, mas por trás dos dentes retos se encontrava o veneno escorrendo de uma verdadeira cobra que havia se apossado do meu corpo.  

Taehyung estava chocado, lábios entreabertos, olhos arregalados, parecia petrificado e eu decidi usar aquela falta de reação ao meu favor.  

— Obrigada, ... Posso te chamar assim? — Perguntei hesitantemente e a senhora acenou rapidamente concordando claramente emocionada. — Sabe... Outro dia eu pedi... — Fiz uma pausa enquanto colocava o tom certo em minha voz. — Um copo de água para o Taehyung e ele recusou me dar! — Afirmei indignada e o som de um "oh" inconformado soou no ambiente, até a criança Satanás parecia indignada. — Vocês sabem o que isso significa? — Perguntei. — Meu filho... Nascer... CARA DE ÁGUA!   

— Tae! — Um grito incrédulo de uma das tias de Taehyung foi o primeiro sinal de indignação, todos viraram para o adotado como se esperassem uma boa explicação para aquele desleixo.  

— Você está grávida do espírito santo, Abby? — Taehyung perguntou entredentes quando finalmente pareceu voltar a si.  

— Taehyung! — A família de Taehyung o olhou espantado. — Como você pode falar assim? — A avó Kim perguntou parecendo levemente abalada.    

— Ele é assim mesmo... Um ogro... — O acusei. — Completamente um ogro! Mas, eu tenho certeza que isso não é um mal de criação, todos vocês foram um amor comigo, eu... — Pensei levemente e joguei um olhar para o Satanás, levantando uma sobrancelha como se falasse "exceto você" e voltei a sorrir para a família Kim. — Eu praticamente me sinto uma Kim!   

O som de "awnnnnnnnnn" ecoou pela sala e Taehyung continuava a me encarar incrédulo e de boa aberta como se realmente não acreditasse que eu podia estar fazendo aquilo, nem eu mesma conseguia acreditar, mas alguma coisa tomou posse do meu corpo, era mais forte que eu.   

— Você certamente é uma Kim! — A vovó Kim falou animada. — Eu posso sentir isso!   

— Ah, obrigada! — Fingi estar emocionada. — Eu me sinto acolhida de verdade, eu quase posso chorar.  

— Grávidas são tão sensíveis, querida! É natural. Tem alguma coisa que a gente possa fazer por você? — A tia Kim perguntou.   

— Ah... Eu não pediria nada, mas já que você perguntou... Talvez... — Hesitei brevemente jogando um olhar para Taehyung que petrificou como se sentisse que alguma coisa estava por vim. — Falar para o Taehyung ser uma pessoa mais compreensível, eu estou dando tudo de mim e... Desculpe, Taehyung, eu vou ter que contar! — Afirmei rapidamente e os olhos de Taehyung arregalaram-se com medo.   

— Meu amor. — Taehyung me cortou rapidamente com seus olhos me perfurando. — Meu amorzinho... — Chamou novamente entredentes. — Amorzão... Você não acha que está envolvendo a minha família demais nos... Er... Nossos assuntos? — Perguntou com um sorriso falso.   

— Não, agora eu sou uma Kim, todos devem saber! — Exclamei e pude ver Taehyung engolindo em seco. — Ele não queria... Assumir o filho!   

Um murmuro incrédulo pairou no ambiente. A família Kim jogava todos os seus piores olhares de acusação para o pobre Taehyung que parecia ser atingido por um tiro nas costas, como o mais belo dos homens traídos.   

— Eu não queria o quê? — Taehyung perguntou incrédulo. — Eu adoro crianças!    

— Dos outros! O quintal do vizinho é sempre mais verde, não é? — Fingi chorar. — Adora crianças, mas renegou o próprio filho.    

Essa era a minha cartada final.   

O golpe fatal.  

O dragão branco de olhos azuis do Yu-Gi-Oh.   

This Is Sparta do espetáculo da ruína de Kim Taehyung.    

Agora eu poderia apenas assistir de camarote a derrota do adotado e talvez pudesse até conseguir um balde de pipocas com a mesma desculpa estava ruinando com a vida do Taehyung. O doce sabor da tragédia alheia era mais adorável que um filme de romance juvenil.  

— O meu neto... Um... Renegado? — A avó Kim perguntou antes de jogar um olhar de decepção para Taehyung. — Foi para isso que eu te eduquei, Taehyung? — Perguntou, mas antes que eu pudesse assimilar qualquer coisa que fosse, eu pude ver os seus olhos se encheram de lágrimas.  

Oh, Deus.   

Calma. Eu estou levemente arrependida. Certo, talvez muito arrependida.   

Não era para isso sobrar para a avó de Taehyung que parecia que poderia chorar a qualquer instante pela decepção que Taehyung estava sendo para a família, ela poderia apenas... Matar ele, esquartejar, humilhar, não sei, qualquer coisa menos chorar! Ela poderia ser uma velhinha menos adorável que parecia ter saído de um livro infantil onde a existência dela se resumia a me dar comida, e eu amo comida!  

— Não, avó Kim! Por favor... — Falei rapidamente não aguentando ver o sofrimento daquela mulher que foi tão gentil comigo. Oh, droga! Eu me odiava. — Tudo mudou, eu estou sentindo que ele está aceitando melhor a situação agora, eu senti isso enquanto... Enquanto estava vomitando, foi quase uma... Er... Reconciliação! — Afirmei rapidamente como se voltasse atrás e ela voltou seus doces olhos para mim. — Acho mesmo que é apenas o instinto de paternidade que está faltando no Taehyung.   

— Instinto de paternidade? —  A avó perguntou e eu acenei rapidamente. — Então... Você está dizendo que se o Taehyung cuidar de uma criança esse instinto pode aflorar nele? — Concordei rapidamente sem pensar duas vezes, eu só queria que aquela doce mulher parasse de sofrer e voltasse a sorrir. — Vocês irão fazer um teste para se acostumarem com a ideia de que estão prestes a serem pais e para isso irão cuidar do Yoongi. 

Yoongi... Uma criança! Uma criança com o intuito de despertar o lado da paternidade em Taehyung! 

Uh, oh... Eu tinha planos. Muitos planos.   

Eu iria colocar Taehyung para trocar fralda de bebê, iria fazer a criança gorfar nas roupas rasgadas dele, iria fazer ele ficar noites sem dormir com o choro desesperado de um pobre e inocente bebê que seria usado na minha vingança pessoal que tinha o único intuito de lacrar com a infelicidade do adotado. Ah... Aquele era o doce e gracioso sabor da discórdia que eu reneguei por vinte anos na minha vida e que agora eu me questionava porque havia sido tão boba, a discórdia era magnífica!   

— Sim, eu tenho certeza que se eu e o Taehyung cuidarmos do Yoongi como se fosse nosso filho, o coração de Taehyung entenderá o que é ser um pai de verdade. — Afirmei sorrindo e os olhos da vovó Kim se iluminaram. — Afinal, quando iremos conhecer o adorável Yoongi? — Perguntei inocentemente.   

— Sou eu. — A criança Satanás se pronunciou e eu quase pude ouvir o som de uma música de suspense de algum filme de terror enquanto a câmera dava um close na minha cara de espanto. — Eu, Min Yoongi.   

NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!   

    

   

***   

A tristeza, as lágrimas contidas, a dura e cruel realidade que o mundo é redondo e que aqui se faz, aqui se paga.   

Min Yoongi era quase um conto de fadas: olhando de longe, uma criança fofa, adorável, com um sorriso doce, quando chegava perto estava cumprindo a sua missão de me deixar na bad com maestria.    

Será que eu conseguiria conquistá-lo e trazer para o meu lado esse pequeno Satanás e talvez fazer ele virar o meu álibi com o único foco de destruir a vida de Kim Taehyung e torná-la um inferno? Os próximos capítulos eram cruéis, aquilo era uma novela mexicana metralhando-me com dúvidas nada gentis e eu precisava descobrir se essa criança seria o gêmeo bom ou o anjo mau, urgentemente!   

  

Escutei Taehyung fechando a porta do apartamento dele logo depois da família dele dizer que precisávamos de um momento a sós, eu estava sentada no sofá em posição de lótus, meu corpo chacoalhava para frente e para trás como se eu estivesse em um filme de terror e me encontrasse possuída. A verdade é que eu estava possuída mesmo, possuída pela maré de azar que decidiu bater na minha porta e não ir embora mais, eu sequer conseguia piscar de tão traumatizada que eu estava com a ideia de ter que cuidar do pequeno Satanás junto com Taehyung.  

— Tudo isso por causa de um chá? — Taehyung perguntou e eu voltei minha atenção para seus olhos que se encontravam arregalados. — Pra quem não sabia mentir até ontem você extrapolou todo o lado mentiroso que havia dentro de você, hein? Sequer gaguejou, estou impressionado! — Afirmou antes de bater palmas.   

— Você... — Respondi assim que me recuperei do choque. — Seu... Seu... Bobo! — Xinguei e Taehyung arqueou uma sobrancelha. — Colocou coisa no meu chá e ainda se faz de sonso, VOCÊ ACHA QUE É POUCO? — Exclamei incrédula.  

— O quê...? O que você está falando?  

 — Ai meu Deus, você queria me dar um boa noite cinderela... Eu não acredito que você é desse tipo! — Afirmei quando me toquei da situação e no mesmo minuto Taehyung começou a caminhar em direção ao sofá. — MEU DEUS, FIQUE LONGE DE MIM, SEU ANIMAL RIDÍCULO!!! — Exclamei impulsionando o meu corpo para trás na mesma intensidade que Taehyung dava um passo em minha direção.  

— Bobo? — Taehyung perguntou levemente perdido. — Animal ridículo?  

Outro passo. Mais um passo.   

Me joguei do sofá e me arrastei pelo chão até sentir uma parede fria as minhas costas, eu estava encurralada e ele estava chegando! Ele era mais perigoso do que eu poderia imaginar, eu sabia que essa história de comprar caras pela internet não poderia ser legal, eu sempre soube disso. A verdade era que Kim Taehyung deveria participar de alguma coisa tenebrosa, alguma coisa certamente ilegal e no passado quando eu dei graças a Deus por ele não ser do FBI eu mal sabia que era melhor ser presa do que estar morta!  

Esse era meu futuro. Eu seria assassinada. Agora mesmo. Eu sequer havia dito para o J-Hope que eu ia vim falar com o adotado, ou seja, eu não teria sequer algum álibi e isso só poderia significar uma coisa: Eu seria morta e enterrada como uma indigente!  

E... Outro passo.  

— NÃO SE APROXIME, SEU MONSTRO! — Gritei e Taehyung parou seus passos me encarando incrédulo. — Em pensar que eu pensei que você poderia ter um por cento de um pouco de caráter, eu te julguei um por cento uma pessoa boa!   

— Espera. Onde exatamente você está querendo chegar? Não... Você não acha que eu... — Dei risada, uma risada cínica diante do seu teatro mal feito e ele parou automaticamente de falar. Eu iria morrer rindo, mas antes rindo do que chorando.   

— Ah... Tão cínico! — Exclamei. — O que você pretendia fazer com o meu corpinho enquanto eu estava desacordada? AH, MEU DEUS! O QUE VOCÊ PRETENDIA? — Perguntei novamente e movi meus braços fazendo um "X" em volta dos meus seios o protegendo da vista de Taehyung. — Eu vi isso em um filme... Eu vi isso em um filme de drama!    

— Eu não coloquei nada na sua bebida, Abby! — A voz de Taehyung soou firme e os seus olhos me encaravam. — Por que diabos eu iria querer te dopar? Era apenas um chá, meu Deus! Eu não acredito que você realmente pensou que eu poderia... Você não pensou, pensou?    

— Então por que você parecia tão arrependido? Você acha que eu vou acreditar nas suas palavras fajutas só porque você tem um rostinho bonito? O vilões dos doramas sempre são mais bonitos que os protagonistas!  

— Inacreditável. — Taehyung falou antes de bufar e colocar um braço em sua cintura enquanto me encarava. — Eu não estava arrependido, eu estava preocupado, droga! Eu moro sozinho, vire e mexe as coisas vencem e eu não presto atenção, pensei que eu poderia ter te dado um chá vencido! — Respondeu antes de mexer atrás da nuca e balançar os cabelos.   

Subitamente Taehyung sumiu da minha vista, eu ainda pensava sobre a porta que parecia longe e eu poderia correr e fugir e... Algo foi jogado no meu colo, abaixei o olhar até me deparar com uma caixinha de papelão e olhei relutantemente a validade "24.06.2015". O maldito chá estava realmente vencido e eu disse para a família do Taehyung que... 

— Olha, a minha vó apenas pegou o chá no armário, eu nem havia me tocado, mas pensei que fosse uma maneira de te deixar mais calma e menos exaltada talvez... Não sabia que estava vencido, me desculpe por isso. — Continuou o seu discurso. 

— Você não colocou... nada? — Perguntei pela última vez. 

— Óbvio que não, que tipo de pessoa sem caráter você acha que eu sou para ficar colocando substâncias estranhas na bebida dos outros? — Taehyung perguntou e logo em seguida um sorriso maldoso pairou em seus lábios. — Você está sofrendo de amnésia, Celibatária? Lembra que eu quase fiquei sem condições de me reproduzir para o resto da minha vida por causa de você? Acho que está rolando uma inversão de valores entre a gente.   

— Ah... — Resmunguei meio relutante e me levantei sobre o olhar instigante de Taehyung. — Bom... As pessoas erram... Erram o tempo inteiro... A vida é uma piada, não é mesmo? — Comecei a andar de costas dando um passo para trás de cada vez e olhando para trás às vezes vendo se eu estava seguindo o caminho certo em direção à saída do apartamento do Taehyung. — De qualquer forma, acho que eu já vou indo... Obrigada... Pelo chá! Eu já estou ótima, estou mesmo. 

— Um minuto. — A voz de Taehyung me parou e eu gelei. — Eu estive pensando uma coisa aqui... Será que eu estou precisando de um incentivo de paternidade para parar de renegar meu próprio filho? — Perguntou antes de me jogar um sorriso sarcástico. 

— Ah, por favor, Taehyung! Era uma brincadeirinha, engraçadinha, bonitinha... E, além do mais, você adora crianças, não é mesmo? Não vai se importar de ter que cuidar de uma sozinho por um ou dois dias. 

 — Não vou mesmo. — Afirmou rapidamente e andou em minha direção parando frente a frente comigo, seus olhos vidrados nos meus e um sorriso divertido nos lábios. — Sabe por quê? — Perguntou. 

— Porque você adora crianças? — Perguntei hesitantemente sobre o seu olhar divertido demais. 

— Hm... Nana-nina-não. — Cantarolou e sorriu enquanto abaixava o tronco e deixava nossas alturas niveladas. — Porque eu não vou cuidar sozinho, nós vamos. Faz parte da terceira fase da operação paralela, eu tenho um plano. Ah, Celi... Você definitivamente vai adorar. 

Uh, oh... Se eu iria adorar por quê eu sentia que estava caminhando para um mal caminho, e por quê mais ainda eu tinha a impressão que adorar e criança-Satanás na mesma frase não poderia fazer qualquer sentido que fosse? 

Aquele foi o meu ato final, a última cena antes de ser trancada no porão e ser assassina, o desespero de me dar conta que eu havia cometido um erro. Um grande erro.   

  

 

       *** 

A campainha tocou e o meu coração acelerou.  

Caminhei em passos lentos para a porta do meu apartamento, arrastando o meu corpo para a minha tragédia antecipada e abri a porta.  

Lá estavam eles, os dois demônios, juntos em um complô pessoal que tinha o único foco de derrotar a minha dignidade. Taehyung segurava a mão do pequeno Min Yoongi que levantou seus olhinhos adoráveis para mim.  

— Chegamos! — Taehyung me cumprimentou como um alarme anunciando um desastre antecipado. — Diga "oi" também. — Taehyung incentivou a criança com um sorriso sapeca no rosto.  

Tudo bem, calma. Não pode ser tão ruim assim, Min Yoongi poderia ser uma criança-iPhone, mas ele ainda era uma criança e crianças nasceram para obedecer os mais velhos, certo? Taehyung talvez esteja até sendo estranhamente bom, incentivando o pequeno Satanás a me cumprimentar e ser uma criança educada.  

Tudo vai dar certo. Absolutamente tudo. Foco na positividade!  

A criança olhou para mim com seus olhinhos incertos e então um sorriso pairou nos seus lábios para no instante seguinte me lembrar que para a minha tristeza ele realmente era primo de Kim Taehyung.  

— Oi. — A criança Satanás me cumprimentou. — Vamos nos divertir hoje, Celi.  

"Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi. Celi." 

A criança Satanás havia me chamado de... Celi.

 


Notas Finais


Oi, oi, gente!!1
O chá do Taehyung está tão vencido quanto essa fanfic ~ai meu deus que trocadilho ruim, vou ali me matar e já volto AIUDHASUIDH
Poisé, decidi falar só nas notas finais porque hoje Adote Um Cara completa um ano!! Gente, o tempo passou muito rápido, SOCORRO~~ Sério, nunca pensei que demoraria tanto tempo para concluir uma fanfic ~até mais tempo porque ainda não está concluída MDS~ então eu quero agradecer de coração a todo mundo que está acompanhando essa história por tanto tempo ~e aos novos também, claro~~ sério, quando eu postei AUC estava morrendo de medo de ser ignorada para sempre e eu nunca pensei que AUC teria tantos favoritos igual tem hoje, me sentindo levemente pressionada agora que eu reparei IUHASDUHA
Gente, muito obrigada a todo mundo que está lendo AUC, obrigada mesmo e obrigada por cada comentário que já me enviaram nesse tempo todo! E, vamos na fé que um dia essa bagaça vai ser concluída *seria meu sonho?* ALOKA~~
Enfimmmmmmm, vocês poderiam deixar um comentário para mim em homenagem a esse dia comemorativo, pfffffffffffff~~~ *só acho*
E mais uma vez, obrigada a todo mundo que vem acompanhando essa saga apesar de tanto tempo *o*
Bjbj ♥♥


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