História Adote Um Cara - Subsequência de uma circunstância

Sentia um peso sob a minha cabeça e um carinho singelo de alguém que mexia nos meus cabelos suavemente e me assustei, eu ainda estava de olhos fechados e me remexi sob o travesseiro quente, meio duro, mas macio e cheiroso e... Espera. Isso não parecia um travesseiro convencional. Me mexi novamente e abri um olho disfarçadamente antes de me deparar com um saco de gelo relativamente perto de mim e encarar a desonrosa verdade:     

Ai-meu-Deus! Eu dormi na barriga de Taehyung!        

Fechei meu olho rapidamente enquanto me xingava de todos os nomes possíveis. Tanto chão para eu deitar e como foi que eu fui parar justo na barriga do Taehyung? Eu vou fingir que isso nunca aconteceu, exatamente! Ótima ideia! Se eu fingir que não sei de nada, ele também fingirá, isso está nas regras de boas maneiras para que nós possamos conviver com o nosso ódio diário com um pouco de dignidade, mas havia uma coisa estranha acontecendo no meio de tudo isso, porque o adotado estava mexendo em meus cabelos. Espera, Taehyung está mexendo nos meus cabelos?        

— Você babou na minha camiseta. — A voz de Taehyung soou alta e eu fechei os olhos com mais força ainda fingindo que estava dormindo. — E não adianta fingir que está dormindo porque eu sei que você já acordou faz uns dois minutos.        

Pega no flagra, sem dignidade nenhuma, quase na sarjeta da humilhação! Era assim que eu me sentia nesse momento.        

Fingir que havia acordado agora era a última saída para manter a minha integridade, então eu sai do conforto dos braços de Taehyung enquanto levantava meus braços para o alto me espreguiçando e bocejando, até que minha vista voltou novamente para o local onde eu me encontrava antes de ver uma pequena poça molhada em sua camiseta vermelha e me deparar com desonrosa verdade: Eu havia realmente babado na camiseta do adotado!        

— Você babou na minha camiseta. — Kim Taehyung falou novamente em um tom divertido enquanto eu sentia meu rosto ficando cada vez mais vermelho. — Não sabia que eu era tão apetitoso assim, mas obrigado, irei levar isso como um elogio com você babando no meu abs e tudo mais.     

Deus! Esse era um daqueles momentos que eu sentia toda a minha honra indo diretamente para o fundo do poço e fazendo uma camaradagem com a Samara, inclusive nesse momento da minha vida eu quase poderia sentir que a minha honra e a Samara eram best friends forever de tanto a primeira a visitar.    

Foi então que voltei meus olhos pela primeira vez no dia para Taehyung, ele mantinha um sorriso brincalhão no rosto, mas debaixo daquela imagem tranquila eu conseguia ver as suas olheiras como alguém que havia passado a noite em claro e mais uma vez o peso na consciência empurrou-me no abismo do arrependimento.     

— Dormiu bem? — Arrisquei perguntar hesitantemente e um riso incrédulo saiu dos lábios bonitos do adotado.    

— Uah... Inacreditável a sua cara de pau. — Taehyung falou despreocupadamente e eu mordi o lábio sem saber o que dizer. — Aliás, você é uma trapaceira! Usou o Jimin para se vingar de mim e ainda fugiu da segunda etapa da Operação, em pensar que eu te julguei uma pessoa com virtudes e moral... Tsc, eu estive tão engando. 

— Eu não queria fugir da Operação, eu apenas queria me vingar de você. — Falei atropelando uma palavra na outra e subitamente vi um sorriso de canto nascer nos lábios do adotado indicando que eu me arrependeria em seguida do que eu havia acabado de falar. — Quer dizer, mas agora é passado, digamos que eu venci essa fase. 

— Não. — Sua voz soou calma demais e eu senti meu coração gelar com essa tranquilidade estranha. — Se você desperdiçou sua chance de aprender com o Jimin, você aprenderá comigo e será muito pior... Você fez as suas próprias escolhas, Celi. 

Engoli em seco tentando absorver todas as palavras que ele havia acabado de dizer enquanto me arrependia absurdamente de um dia ter caído na tentação do anjo mau, será que ainda dava tempo de ir atrás de Jimin e implorar para ele me ajudar novamente?  

 De repente a porta abriu em um estrondo, Taehyung deu um sobressalto antes de voltar seus olhos arregalados para a mulher de jaleco que segurava uma prancheta em suas mãos.        

— Ei, garotinho. — A enfermeira, uma mulher já de idade falou. — Você já pode ir embora, não esqueça que ainda tem que ficar com esse saco de gelo entre outras coisas que eu já te falei.        

Taehyung acenou com a cabeça parecendo ter voltado a si e a mulher entregou um formulário para ele antes de olhar em direção ao saco de gelo que Taehyung segurava com tanto afinco na sua intimidade.        

— Você é muito bem dotado. — A enfermeira disse antes de piscar para Taehyung que parecia ter ficado sete tons mais vermelho que o normal.        

***     

— Você é muito bem dotado. — Imitei a enfermeira e olhei para Taehyung piscando para ele em seguida e ele se encolheu antes de virar o rosto em direção a paisagem da avenida que passava rapidamente no vidro. — Desde quando você é tão tímido? — Perguntei rindo.      

No final do carma infeliz de Taehyung estava novamente direcionado à lata velha, o mundo se encarregou de fazer o próprio adotado engolir todos os xingamentos que ele havia proferido ao meu bebê, na primeira quando o levei para o hospital e na segunda nesse exato momento quando a única forma de Taehyung voltar para casa seria como carona, no Zelo.    

— Desde o momento que a minha vó deu em cima do meu pau. Que tal? — Perguntou voltando seus olhos levemente irritados para mim e eu não aguentei segurar a risada mais alta ainda. — Aish... Até você pode dar risada desse tipo de coisa. — Murmurou contrariado e subitamente sua feição mudou para um pequeno sorriso nos seus lábios. — E você, Abby? O que você acha?         

— Sobre? — Perguntei sem entender.        

— Você acha que eu sou muito bem dotado também?         

 Ai-meu-Deus.        

Espera, acho que soa meio pecado eu pensar em Deus enquanto eu me lembro de cada detalhe presenciado que envolvia calças apertada de Taehyung e viagra. Meu Deus! Calma, Abby. Respira normal. Finge que você não reparou no alto ventre dele, ele nem deve ter percebido que você olhou descaradamente. Não mesmo! Ele estava agitado, ele nem deve ter reparado....        

— Eu nem reparei. — Falei sem gaguejar quase me sentindo um Pokémon evoluído.  

Parei em um sinal vermelho e batuquei as mãos no volante, eu realmente não queria ter que encarar Taehyung para ele ter certeza que eu havia reparado muito bem, talvez até mais que a enfermeira do hospital. Ah, droga! Eu realmente estava entrando para a lista das pervertidas mais safadas de Seul e isso até soava quase como um nome de algum cabaré famoso.       

— Quer checar e dar a sua opinião então? — Perguntou divertido e eu voltei meu olhar para ele automaticamente olhando-o no exato momento que ele passou sua língua sobre os seus lábios.         

Deus, que pecado! Era assim que eu me sentia nesse momento: Uma freira sendo corrompida e sendo atiçado para os caminhos do delito e da ausência de pureza.  

Demorei dois segundos para assimilar o que Taehyung realmente estava querendo dizer com "checar" quando ele empurrou o saco de gelo mais para baixo em direção ao seu joelho e deixou o seu alto ventre livre, SOCORRO... Quando aquilo iria... Descer?       

Respirei fraco, eu não queria olhar, mas ao mesmo tempo eu descobri que eu era fraca demais para desviar o olhar. Vi a mão de Taehyung tomar o mesmo rumo que os meus olhos e ele apertou o seu brinquedo e eu voltei o meu olhar incrédulo para o seu rosto no mesmo momento, eu planejava perguntar se ele ficou louco, mas no instante que meus olhos encontraram seu rosto ele colocou a língua para fora novamente passando nos seus lábios enquanto não desviava o seus olhos dos meus. Aquilo, quando Taehyung fazia aquilo eu não conseguia pensar direito.         

Ouvi um barulho familiar e olhei novamente para baixo quando eu percebi que Taehyung estava abrindo o zíper da sua calça, ele planejava me deixar checar agora! No meio do trânsito! No Zelo!        

— NÃO OUSE COLOCAR O SEU BILAU PARA FORA! — Gritei atropelando uma palavra na outra sem pensar realmente no que eu havia acabado de dizer.       

E então Taehyung caiu em uma gargalhada alta ignorando meu rosto vermelho e minha vontade imensa de bater a minha cabeça no volante, a trágica história sobre ter amnésia parecia uma solução doce para os meus problemas mais banais.        

Ouvi uma buzina do carro ao lado e virei vendo um carro cheio com cinco caras, eles levantaram os dois polegares ao mesmo tempo em sinal de OK sincronizado enquanto traziam um sorriso malicioso no rosto. Arg! Eu quero morrer e quero matar Taehyung junto!       

 O sinal foi para verde e rapidamente eu pisei no acelerador para fugir dos caras com sorrisos maliciosos, Kim Taehyung não parava de dar risada ao meu lado e eu já estava considerando seriamente a ideia de jogar o carro de um penhasco.       

— Ah, Abby... — A voz de Taehyung soou ao meu lado de forma... Manhosa? Eu não vou ceder. Não mesmo. Não irei cair nos seus joguinhos. — Estou com o meu bilau no seu Zelo.       

Rapidamente arregalei meus olhos e virei minha cabeça em direção a Taehyung incrédula.       

— Você... — Comecei a falar, mas ao voltar o meu olhar para ele só me deparei com o seu sorriso de canto e o seu bilau muito bem guardado. — Aish! — Resmunguei irritada.       

— Não ouse colocar o seu bilau para fora? — Taehyung perguntou me imitando enquanto ria. — Mas você mostrou-se muito curiosa quando virou para alguém que não queria ver, hein?   

— Cala a boca, Taehyung! A minha dignidade já está morta e no fundo do poço, não preciso de você para ir mais baixo, eu já me estrago sozinha. — Exclamei tentando evitar olhar para o adotado e ver o seu sorriso debochado e escutei a sua risada baixinha ao meu lado.       

O local que o adotado morava não era um edifício muito alto e eu estava dando graças a Deus, ao Alá, ao Buda e a Mãe de Santo por finalmente termos chegado ao seu destino já que Taehyung inventou de não querer parar de falar o caminho inteiro e a pior parte é que ele estava feliz e disposto a me deixar sem graça naquele dia como uma vingança pessoal pelo o que eu havia feito com o seu bilau.  

Ele ainda pediu ajuda para chegar ao seu apartamento colocando a sua mão no meu ombro e me pedindo para levar ao quinto andar até o seu apartamento que era aonde nós encontrávamos nesse momento, sem poupar o peso do seu corpo sobre mim. Será que ele não percebia que era pesado!? Aparentemente ele percebia sim e muito bem já que soltava uma risadinha ou outra ao perceber a minha dificuldade de conseguir carregar o peso dele. Eu definitivamente odeio o Taehyung! Já havia me esquecido sobre a parte do peso na consciência, ele merecia talvez umas sete pílulas de viagra por ser um monstrinho tão insuportavelmente irritante! Sorte dele que eu era muito sangue-bom, sorte dele...  

— Pronto, está entregue, donzela. — Falei brincando ao chegarmos na entrada do apartamento de Taehyung e ele soltou um riso baixo, porém sem tirar o seu braço do meu pescoço ainda.    

— Ah... Eu só estou aceitando sua ajuda porque percebi ontem que é bom ver você desse ângulo. — Ouvi sua voz rouca na altura do meu ouvido e virei para entender o que ele diabos ele estava dizendo dessa vez.        

E foi aí que eu percebi o quão próximo ele estava. Seu sorriso retangular de menino, seus olhos calmos me fitando, sua respiração batendo no meu pescoço. Certo, talvez eu não tivesse notado tantos detalhes assim na noite passada. Definitivamente não.        

— Ah... Eu... — Ah, droga! Eu estava gaguejando!         

Já esperava a risada e as piadas sem graça de Taehyung quando o olhava tão próximo sem conseguir ainda concluir a minha fala, mas elas não vieram. Nada. Absolutamente nenhuma risada, nenhuma piada, nenhum sorriso debochado.        

— Você...? — Taehyung perguntou ainda me olhando me incentivando a dizer alguma coisa.        

Nesse momento eu percebi uma coisa: Eu estava respirando, só não sabia como.  

Taehyung estava atacado ou melhor me atacando, eu ainda tentava entender aquele surto que ele não havia tido quando ele começou a agir estranhamente, parou de fazendo brincadeirinhas de mim e começou a fazer brincadeirinhas comigo e eu estava começando a pensar o que parecia mais trágico.    

— Abby, acho que você precisa se redimir comigo depois de hoje. — Sua voz soou seria e eu respirei fraco sentimento algo estranho se apossar do meu peito.    

— R-Redimir?     

— Sim. Eu estou doente ainda e a culpa é toda sua. Cuida de mim. — Falou despreocupadamente e eu arregalei levemente os olhos ainda tentando entender o que aquelas palavras significavam. — Preciso de cuidados e... Carinho.        

Carinho. Aquela palavra realmente havia saído dos lábios do adotado. Talvez ele estivesse delirando por causa da medicação ou talvez eu que estivesse delirando ao sentir o meu coração começar a bater mais forte no meu peito. Meu olhar tomou rumo aos seus lábios que nessa posição ficavam tão próximos de mim e pela primeira vez na presença do adotado eu lembrei do nosso beijo, do segundo beijo.  

Taehyung deixou o seu olhar cair sobre os meus lábios da mesma forma que eu havia feito e eu conseguia ver os seus olhos debaixo dos seus cílios longos, parecia que ele poderia se inclinar a qualquer instante e terminar aquele caminho em direção aos meus lábios que pareciam tão curtos agora.  

Certo. Não. Definitivamente nada estava certo nesse momento. O que eu estou pensando ou melhor, o que o Taehyung está pensando?     

— O que você está fazendo, Taehyung? — Perguntei finalmente na esperança que ele desviasse o seu olhar dos meus lábios e funcionou, porém eu não sabia ao certo o que eu preferia já que seus olhos intensos voltaram-se diretamente para mim me deixando mais desestruturada que antes.  

— Dando em cima de você? — Perguntou como se fosse óbvio.   

Dando em cima de você.  

Aquela palavra ecoou na minha cabeça veio papagaio enquanto eu ainda tentava aceitar que eu havia realmente escutado aquilo, Kim maldito Taehyung estava realmente dando em cima de mim descaradamente?   

Foi aí que eu me lembrei de uma coisa: Era o Taehyung afinal. Ele só poderia estar brincando para ver até onde eu iria para tirar uma com a minha cara em seguida. Sem contar o que ele havia dito sobre continuar a segunda fase, eu já esperava cair nos seus joguinhos para ele virar para mim e dizer: "É assim que você faz as pessoas caírem de amor por você, aprenda comigo, Celi". 

Eu não vou ceder, não mesmo. Ele deve estar rindo internamente agora mesmo! Não irei ceder e nem cair nas suas garrinhas para ver ele dando risada da minha cara depois, não mesmo. Eu tinha a minha dignidade e um pouco de conduta pessoal que poderia ser salva e eu iria salvá-la, custe o que custar.  

— Uou, a noite foi boa, hein? — Uma voz divertida soou e eu Taehyung nos viramos se deparando com Jimin segurando uma chave no apartamento ao lado e olhando para o saco de gelo do Taehyung e eu pensei que poderia morrer de vergonha naquele instante.     

— Ótima! — Taehyung afirmou me fazendo o olhar acusadoramente e novamente estava aquele sorriso preguiçoso no seu rosto acompanhando seus olhos divertidos.     

Sem pensar duas vezes empurrei Taehyung para dentro do seu apartamento e fechei a porta, estranhamente eu mesma bati a porta na minha cara. Ouvi a risada baixa de Jimin que acompanhava toda a cena e tentei ignorar a presença dele enquanto andava no corredor da morte em direção a luz do fim do túnel, conhecido também como elevador. Jimin e Taehyung eram vizinhos, aquilo era uma tortura em forma de edifício!     

— Ei, Abby! — A voz de Jimin me parou e eu virei para voltar meu olhar para ele encarando o seu rosto que agora havia mudado suas feições para levemente preocupado. — Você contou para o Taehyung sobre... Er... Aquele negócio?      

— Seu segredo está seguro comigo. — Falei, apesar de tudo eu não era uma dedo duro, embora eu tenha sido contaminada pela áurea negra do Taehyung e agora pensava que eu poderia usar aquele pequeno segredo ao meu favor futuramente.      

— Certo... — Hesitou levemente antes de me jogar um sorriso simpático. — Eu não gosto de dever favores, então que tal uma troca? — Perguntou e eu franzi o cenho. — Você não diz nada para o Taehyung e eu posso te ajudar com alguma que eu fiquei te devendo...      

***    

A primeira coisa que eu concluí quando pisei naquele ambiente que eu jamais deveria voltar foi que eu havia ficado definitivamente louca. A Bangtan para mim se comparava ao um mercadinho assaltado aonde eu era o ladrão que não deveria voltar ao local do crime em nenhuma instancia para não ser pego no flagra e jogado na sarjeta dos olhos acusadores, mas lá estava eu inutilmente naquele lugar que eu havia jurado para mim mesma que jamais voltaria.   

"Você jurou que não voltaria com o Taehyung, não sem ele..." Isso, consciência! Finalmente dando uma dentro! Pensando bem, eu não estou furando nenhuma regra de conduta, voltar com o Taehyung seria uma coisa horrível e deplorável, mas voltar sem o Taehyung era louvável, eu estava praticamente invadindo o seu território feliz, quase como uma gangue inimiga frequentando as festas do rival sem o seu consentimento. Quer ofensa e desonra maior que essa?   

— Ei, Abby! — A voz de Jimin chamou-me no meio da multidão e eu procurei por seu sorriso se aproximando cada vez mais de mim. — Você realmente veio, pensei que ia dar para trás.    

Ah, eu certamente não tinha moral nenhuma, até Jimin que nem me conhecia já sabia que eu era uma arregona!   

— Por que eu faria isso? — Perguntei tentando soar confiante e Jimin deu uma risada baixa dando de ombros, tentei disfarçar o meu sorriso nervoso e o meu coração disparado antes de andar os últimos passos que nós separávamos e parar a sua frente aceitando o meu infortúnio destino. 

O fato era que ou era Taehyung continuando a segunda fase ou era Jimin e depois de acordar com Taehyung mexendo nos meus cabelos e ele tão próximo de mim de tantas maneiras alguma coisa dentro de mim havia dito que não era uma boa ideia deixar ele me ensinar a conquistar as pessoas, não mesmo. Então, havia sobrado Jimin e ele me devia isso de certa forma então antes que eu pudesse perceber eu já havia inconsequentemente aceitado a sua proposta dele terminar de me passar os seus ensinamentos, algo que eu inacreditavelmente não me arrependia tendo as minhas opções limitadas sobre isso. 

— Vou te ensinar a conquistar as pessoas, assim como deveria ser. — Jimin falou com uma voz confiante assim que parei a sua frente. — Mas, não será o Taehyung que dirá se o teste final fez algum efeito.        

— O quê? — Perguntei estranhando enquanto olhava para o garoto sorridente.        

— Taehyung está se corroendo por dentro, eu o conheço. Tenho certeza que ele dirá que você seduziu ele cem por cento só para me manter longe e eu quero ter certeza que você aprendeu as lições, então você vai dar em cima de alguma pessoa que eu escolher como teste final.        

Isso realmente não estava soando muito bem. Jimin, amigo de Taehyung — um cara sem escrúpulos — queria que eu desse em cima de uma pessoa aleatória e testasse os seus ensinamentos excêntricos?