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História Afraid Of The Dark - Prólogo


Escrita por: jennergarsm

Notas do Autor


- Mais uma vez editando esta história

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Afraid Of The Dark - Prólogo

 

Inglaterra

 

Século XVIII

 

 

Justin Bieber Narrando

Continuava a escrever em meu bloco de anotações enquanto a carroça andava. Charles dormia ao meu lado, quase babando e Ryan e Christian continuavam a jogar cartas com as outras pessoas presentes na carroça.

Uma das coisas que mais gostava de fazer era escrever. E isso veio de sempre, acho que a partir do momento que aprendi a escrever, o que era um privilégio da onde vim, já que obter educação requeria muito dinheiro. 

A carroça deu um tranco fazendo Charles bater a cabeça ao meu lado, e acordar irritado com a risada dos outros presentes ali.

O homem que dirigia a carroça desceu e abriu-a, assim todos poderiam descer. Como estava encostado perto da saída, fui o primeiro a descer. Em seguida Charles, e então ajudamos Ryan a descer, já que o mesmo se encontrava com o pé lesionado.

Agradecemos o senhor com um aceno e começamos a caminhar pela cidade. Ryan ficava resmungando de dor ao meu lado e então Christian se pronunciou.

— Você precisa de um curandeiro o mais rápido – O loiro assentiu e todos concordamos em procurar ajuda por ali.

— Onde é que estamos mesmo ? - Christian perguntou enquanto ajudava Ryan a se sentar

— Hawkshead, Inglaterra - Respondi - Mas não ficaremos muito tempo na cidade, nossos negócios estão na floresta.

Ouvi risadas femininas atrás de mim e me virei. Havia duas garotas nos observando e cochichando. 

— Isso meninas podem vir ! Tem um pedaço de mim para cada uma – Ryan soltou um grito e ameaçou levantar mas logo grunhiu por conta da perna.

 — Fique quieto aleijado – Christian o deu um tapa na cabeça. Ri dos dois e as meninas saíram dali rindo.

— Certo, Charles você consegue levar Ryan para um curandeiro sem nossa ajuda ? – Botei minha bolsa envolta de mim e fechei minha vestimenta. O moreno assentiu e começou a se levantar para carregar Ryan. – Você – Apontei para Christian – Vamos comprar mantimentos

— Nos encontramos na grande casa ? – Ryan perguntou se apoiando em Charles.

— Isso, vocês tem o mapa certo ? – Christian apontou para a bolsa de Charles, que assentiu em resposta.

Christian se levantou animado e nós passamos a andar pela vila.

— Ei Justin – Ouvi o grito de Charles, me virei, e ele jogou uma bolsa com moedas em minha direção – Vocês também podem precisar. – Assenti em agradecimento.

— Tomem cuidado - Gritei sorrindo.

— Sempre ! – Ryan jogou um soquinho para o ar. Olhei para Christian e voltamos a andar pelo lugar.

[...]

Após andar pela cidade por algumas horas,a noite já começava a dar indícios. Christian pegou seu relogio de bolso e suspirou alto

— Devemos encontrar uma carroça disponível logo, antes que fique muito tarde - Assenti rapidamente e avistei algumas pessoas entrando e saindo de um estabelecimento. Podia se ouvir risadas e música do lado de vindo de dentro do lado de fora.

— O que acha que tem la dentro ? - Perguntei a Christian

— Eu não sei, talvez algum tipo de bar ou bordel, vamos dar uma olhada - Ele saiu andando pela minha frente.

Logo que entramos no lugar havia muitos homens, e algumas mulheres. O lugar estava pouco iluminado, porém era um ambiente confortável.

— Vamos nos sentar em qualquer mesa e beber alguma coisa - Christian sugeriu. Havia uma mesa disponível perto da porta e nos sentamos ali mesmo.

Uma garota veio nos atender e pedimos apenas duas cervejas. Christian fez questão de olhar para os seios da moça, e ela apenas sorriu para ele maliciosa, mas saindo dali em seguida.

— Não viemos aqui para isso - Dei um tapa em sua cabeça

— Se divertir nunca mata ninguém - Bebeu um gole de sua cerveja, balancei minha cabeça negativamente e ri.

Voltava a observar o lugar quando a porta se abriu ao nosso lado e uma pessoa encapuzada entrou. Meu primeiro instinto foi segurar minha arma, já que a pessoa usava roupas muito escuras, e claramente se via que era mulher. Até que no momento seguinte, a mulher abaixou sua capa e mostrou seu belo rosto.

 Suas bochechas estavam rosadas por conta do frio, seus olhos marrons grandes traziam um olhar inocente porém curioso, seu cabelo preto longo ondulado dava um certo charme a mesma. Ela era linda. Devo ter ficado muito tempo a olhando ja que Christian pigarreou ao meu lado

— "Não viemos aqui para isso" - Imitou minha fala engrossando a voz, me assustando

— Droga Christian ! - Bati em seu ombro com força e ele resmungou e me bateu de volta – Eu já volto - Me levantei e fui em direção ao bar.  A mesma garota que serviu a mim e Christian abriu um sorriso malicioso em minha direção, apenas ignorei. Pedi um pano emprestado e ela voltou a atender outras pessoas.

Esfreguei o pano em minha perna para tentar amenizar a situação, ao levantar minha cabeça, observei a garota da capa no canto do bar, observando alguns quadros. Larguei o pano acima da mesa e me direcionei até ela. Cheguei em silêncio atrás dela e perguntei

— São quadros bonitos, não acha ? - A menina pareceu se assustar com minha pergunta, e quase caiu do banco em que estava sentada. Me arrependi de ter chegado tão cauteloso - Me desculpe, não deveria ter chegado assim

— Tudo bem - Se recompôs e se virou de vez para mim. Prendi minha respiração ao encarar seu belo rosto - Eu que estava distraída de qualquer forma - Soltou um sorriso tímido

 — Você não parecer daqui - Ela me encarou confusa - Sabe, suas vestimentas - Apontei para seu corpo. Eu não mentia em relação ao que havia trazido a tona, todas as outras mulheres do bar vestiam trajes diferentes aos dela, porém o dela era mais atraente.

— Mas eu sou - Soltou uma risada fraca - Pelo o que aparenta você não é daqui - Apontou para minha bolsa

— Culpado - Levantei minhas mãos como se estivesse me rendendo - O que uma garota como você está fazendo em um bar de vila, sozinha de noite ? 

— Uma garota como eu ? - Levantou uma sobrancelha - Por favor exemplifique melhor sua pergunta senhor

— Você sabe, uma garota bonita, com um olhar bastante penetrante – Ela riu e balançou a cabeça negativamente.

— Eu vim aqui pensar um pouco, estou tendo alguns problemas ultimamente -  Soltou um longo suspiro  - E quanto a você caro senhor, o que faz aqui ? Vejo que não está sozinho - Indicou a cabeça em direção a Christian que nos encarava com um olhar debochado

— Estou a procura de negócios - Voltei a encará-la - Aquele é um dos meus parceiros, estamos em 4

 — E eu teria a permissão de perguntar do que lhe trata seus negócios ?

 — Você não acreditaria

— Posso tentar - Tomou um gole de sua bebida e mais uma vez levantou sua sobrancelha. O que havia sido bem sexy - Me aproximei dela e falei baixo

— Estou a procura de bruxas - A garota engasgou um pouco com sua bebida, mas se recompôs. Estranhei sua reação, mas deixei de lado.

— Bruxas ? Achei que haviam sido sumido há alguns anos - Tomou mais um gole de seu drinque

— Eu lhe disse que não acreditaria, mas posso lhe afirmar que existe sim, eu já cacei várias. - Me gabei. Ela olhou para o relógio acima dos quadro e se levantou rapidamente - Ei eu disse algo errado ?

— Sobre as bruxas, é incrível o que você faz, e não você não disse nada demais - Apanhou sua capa que estava dobrada em cima do balcão e a colocou de volta - Eu realmente preciso ir - Não entendi sua agitação - Nos veremos em breve, com licença  - Fez uma breve referência e saiu andando em passos rápidos até o lado de fora, a segui. Antes que ela pudesse deixar o lugar puxei-a pelo braço, e a mesma se virou rapidamente.

— Apenas me diga seu nome antes de ir - Lhe pedi gentilmente.

— Annelise. Annelise Meier - E se soltou do meu braço, correndo na direção de uma rua mais escura.

— Annelise – Repeti seu nome em um sussurro – Bom te conhecer Annelise. – A observei andando cada vez mais longe e então voltei para dentro do bar.

 

Annelise Meier Narrando

 

Não. Eu não podia ter conversado com aquele homem. Eu estava encrencada se minha tia soubesse.

Logo após a morte de minha mãe, minha tia criou a mim  e minhas irmãs. Nosso clã começou apenas com magia branca, porém com o passar dos anos minha tia decidiu se envolver com magia negra. No começo ela só achava fascinante a magia mas com tempo ela foi mudando, e assim querendo que nós mudássemos junto.

 A ideia de machucar um ser vivo não me faz bem. A colheita virá dentro de alguns meses, porém minha tia com seu clã, possuem outros planos para colheita. Sem querer ouvi todos seus planos e fugi sem olhar para trás. Não podia fazer parte de tudo aquilo;

Andei mais por aquela rua, quando um homem me parou. Suas hálito cheirava a álcool e sua falta de equilíbrio denunciava sua sanidade.

— Ora ora, olha o que temos aqui, uma bonequinha muito bonita – Entrou na minha frente, atrapalhando minha passagem e agarrou meu braço com força -Olha a boneca está com medo de mim 

— Me solte seu imundo ! - O empurrei mas o próprio apertou meu braço com mais força - Se você não me soltar agora eu vou gritar - O homem deu um tapa na minha cara e me jogou no chão subindo em mim

— Agora você vai ver ! - Fechei os olhos com força e esperei pelo pior. as o que veio em seguida não havia sido pior. Em uma fração de segundos eu vi a cabeça do homem virar restos de carne. O corpo do homem se encontrava no chão em pedaços. 

Levantei horrorizada e limpei o sangue que havia em meu rosto. 

— Você não devia estar por ai sozinha Annelise - Me virei e encarei a figura loira atrás de mim. Era Elena, minha irmã mais velha.

— Eu que lhe digo. Como me encontrou ? - Se aproximou de mim 

— A casa virou uma bagunça depois que você sumiu, eu tinha que te achar de alguma forma. Precisamos voltar antes que algo ruim aconteça - Puxou meu braço com calma

— Eu não vou com você Elena - Ela me olhou estranha - Não podemos voltar. Ela quer nos transformar como ela foi transformada - Elena soltou um suspiro profundo

— Eu sei Annelise, mas não há nada que podemos fazer... - Interrompi sua frase

— Fuja comigo então, temos a Inglaterra inteira para descobrirmos, não temos de ficar aqui se não quisermos 

— Não Annelise - Me cortou - Temos de que voltar, ela nos matará e você sabe disso, não é uma escolha inteligente

— Você não tem certeza disso Elena, eu vou embora, irei arcar com as consequências, se quiser vir comigo...

— Eu não irei - Senti uma pontada de tristeza em meu peito. Tirou o colar que estava em seu pescoço e se aproximou de mim - Leve isto contigo, assim toda vez que você sentir que está em perigo eu irei atrás de você, não importa a distância nem o tempo - Passou o colar por meu pescoço e o fechou. Senti meus olhos lacrimejarem e a abracei

— Muito obrigada Elena - Nos soltamos - Eu vou ficar bem, prometo a você

— Tome muito cuidado Annalise, ela irá atrás de você - Foi se afastando aos poucos - Seja forte - E assim se foi

Limpei minhas lágrimas e voltei a andar pelas ruas escuras.



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