1. Spirit Fanfics >
  2. Aishiteru-Os anjos também amam!!! >
  3. Capitulo 22-A constelação de Peixes...

História Aishiteru-Os anjos também amam!!! - Capitulo 22-A constelação de Peixes...


Escrita por: EvyScence

Notas do Autor


Hey pessoas, ainda tem alguém ai? Espero que sim ^-^
Uhul!!! Um ano nessa bagaça!!!
E como eu sou muito doida e ainda continuo insistindo nisso....lá vai mais um capitulo que eu tirei sei lá de onde
(provavelmente de algum buraco desabitado da minha cabecinha bugada)
Boa Leitura!!!

Capítulo 23 - Capitulo 22-A constelação de Peixes...


“Me escute, eu te darei tudo o que eu tenho.

Me dê tudo isso, eu tenho confiança em mim mesmo.

Me escute, eu te darei tudo de mim. Me dê tudo isso, eu preciso disso tudo pra mim.

Eu preciso disso tudo. Então me diga que você me ama.

Apenas essa noite. Apenas essa noite.

Mesmo que você não me ame. Oh, oh.

Apenas me diga que você me ama.

Eu vou te dar tudo de mim, eu vou te dar tudo de mim.

Mesmo que você não me ame.

(Wicked Games-The Weekwnd)”

Certa vez ouvi por alto uma historia sobre a constelação de peixes que remontava a antiga civilização babilônica, mal sabiam eles que a historia verdadeira é bem mais antiga do que se possa lembrar, dos tempos em que certos amores eram proibidos demais para serem aceitos, dos tempos onde às coisas eram “resolvidas” de modos nada corretos, onde amores eram ceifados ao bel prazer de quem os achava incorretos.

+Um passo no passado+ (Narrador Pov)

Conta à lenda que logo no começo dos tempos, o anjo do amor se apaixonou perdidamente por uma jovem prometida a outro homem, era um amor proibido, mas já não havia como impedir ou retroceder aquilo, quando a semente do amor verdadeiro é plantada em dois corações não há como parar, só se pode sentir. Safira era a mulher mais linda que os olhos de Anael já haviam visto, ela era deslumbrante da cabeça aos pés, os longos cabelos negros, os lindos olhos verdes, os lábios vermelhos, a pele alva que parecia ter sido feita sob encomenda, apenas para ela, ela era simplesmente uma obra prima em forma de ser humano.

Do céu, Anael vislumbrava toda aquela perfeição, apaixonando-se pouco a pouco pela protegida do irmão, ele já havia tentado de todos os modos manter-se longe dela, mas a doçura dela parecia captura-lo mais e mais, como um vagalume preso em uma teia de aranha, o brilho dela era fatal. Seu irmão já o havia alertado que se apaixonar por ela só lhe causaria dor, logo ela se casaria com outro e teria filhos, e ele, como anjo que era, teria que aceitar aquilo e seguir em frente sem poder tê-la, mas ele não era homem do tipo que desiste fácil, em sua mente ele já planejava tudo.

Certa noite quando Mikael se distraiu, ele pôs seu brilhante plano em pratica, assumiu sua forma humana e deu seu jeito de capturar a atenção de Safira, ela era curiosa demais e por nada no mundo perderia a chance de descobrir de onde havia saído aquele rapaz de beleza tão exótica. Então ela o seguiu, pela noite a fora, floresta a dentro, a cada minuto um pouco mais longe do palácio dos seus pais, sua mãe sempre lhe dissera que sua curiosidade exacerbada era um problema, mas ela não se importava, a sensação da adrenalina correndo em suas veias era maravilhosa.

Parados no meio da floresta, só a lua e eu como testemunhas daquilo, o torpor do primeiro contato invadindo os sentidos, os corações acelerados, o nó na garganta impedindo-o de falar, era lindo demais de se ver, o jeito como o amor invadia o coração dela sem que ele dissesse uma palavra sequer. Ele se virou em direção a ela, vislumbrando o quão linda ela estava, os longos cabelos negros soltos esvoaçando pelo vento, o delicado vestido branco delineando o corpo curvilíneo, os lindos olhos verdes brilhando na escuridão, faiscando de curiosidade, creio que em momento algum presenciei tanta beleza e doçura em toda a minha vida.

Ela caminhou devagar até estar a uma distancia suficientemente boa para enxerga-lo perfeitamente, já que a luz lunar não contribuía muito com sua visão, de onde estava ela pode observar, o modo como os cabelos castanhos cor de mel dele lhe caiam sobre a face, o modo como os olhos heterocromáticos, vermelho e dourado, cintilavam a observando. O rubor tomou conta do rosto dela, o jeito como ele a olhava era intenso demais, parecia que ele desejava ler sua alma, e talvez fosse essa mesmo a intenção dele, eles ficaram ali, apenas trocando olhares até que Anael tomou coragem e passou a caminhar até ela, tomando-a de surpresa com o ato.

Ele sorriu pequeno, fazendo o coração dela acelerar, havia tanta doçura naqueles olhares, tanta pureza, havia tanto sentimento, tanto amor em cada batida acelerada daqueles corações, era inegável que um havia sido feito para o outro, tanto amor que quase dava para sentir, ele ergueu a mão em direção à mão em direção a dela, deslizando até que a mão pequena estivesse dentro da sua, levou-a até os lábios e depositou um beijo casto. Vi-o erguer o olhar em direção ao dela, vendo-a sorrir também, ele a puxou devagar em direção a si, envolvendo a cintura fina com um braço, levando a mão esquerda em direção ao rosto corado dela, deslizando o polegar suavemente pela bochecha de textura aveludada.

-Você é ainda mais linda de perto-proferiu Anael, a voz calma soando baixo.

-Já nos vimos antes?-questionou Safira no mesmo tom.

-Sim e não-falou ele e ela observou-o confusa-Eu já te vi inúmeras vezes-murmurou-Mas você nunca me viu antes dessa noite-concluiu.

-Não entendo-sussurrou ela-Como você pode já ter me visto? Se diz que essa é a primeira vez que te vejo, se você me vê, eu te vejo também, não?-proferiu ela fazendo-o rir baixo.

-O caso, minha pequena flor de lótus, é que eu te conheço desde o dia em que você veio ao mundo-proferiu ele fazendo-a juntar as sobrancelhas em confusão.

-Isso não é possível-murmurou ela e ele riu-Só se você for...

-Eu sou um anjo-falou ele fazendo-a prender a respiração-Literalmente falando-concluiu.

-Então você é meu anjo da guarda?-questionou ela-Como minha mãe costuma dizer?

-Não-sibilou ele e ela o observou-Você é protegida do meu irmão-continuou-Ele que é responsável por manter a senhorita a salvo quando você resolve sair por ai sem permissão ou companhia.

-Ah, então anjos tem irmãos?-questionou ela e ele sorriu.

-Às vezes-sibilou ele-É uma coisa rara, mas às vezes acontece-completou.

-Hum-murmurou ela baixinho-Você tem um protegido?

-Os anjos do trono não costumam ter protegidos-proferiu ele colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.

-O que são anjos do trono?-questionou ela.

-Uma espécie de guarda divina para manter o cetro a salvo-disse ele-Somos responsáveis por manter uma das relíquias mais preciosas do paraíso a salvo, mas hoje eu não estou de guarda-sussurrou-Os celestiais estão em uma espécie de reunião na sala do trono, o cetro está bem guardado-concluiu.

-Entendi-proferiu ela sorrindo pequeno-Mas você não me disse o que te trouxe até aqui-murmurou ela baixo, uma carinha docemente corada.

-Eu não podia mais aguentar toda essa vontade de ouvir a sua voz-disse ele-Esperei demais por esse momento-murmurou.

-Es-esperou?-murmurou ela gaguejando.

-Sim-murmurou ele-Você é meu único pensamento desde a aurora até o poente, não há nada que eu deseje com mais afinco do que a sua presença.

-Você sabe que eu tenho noivo, não é?-proferiu ela de cabeça baixa.

-Sim, eu sei, mais isso não me impede de sentir o que eu sinto por você-disse ele-Não se manda no coração.

-E o que você sente?-proferiu ela baixinho, quase inaudível.

-Eu te amo-disse ele, fazendo-a erguer o olhar, surpresa-Cada centímetro dessa divina obra que é você-concluiu, deixando-a sem palavras.

-Amor?-perguntou ela.

-Sim, amor-respondeu ele.

-Mas como você pode me amar?-questionou ela-Anjos não se apaixonam, se apaixonam?-perguntou, os olhos faiscando de curiosidade.

-É mais comum do que você possa imaginar minha flor-sussurrou, os olhos gravando cada detalhe do rosto dela.

-Você é tão bonito-sussurrou ela baixinho, o rosto totalmente corado.

-Não tanto quanto você-sibilou ele em meio a um riso-Que sabor terão seus lábios?-proferiu ele, fazendo-a corar ainda mais.

-Isso não é coisa que se pergunte-sussurrou ela envergonhada.

-É coisa que se prove-proferiu ele.

-Que?-sibilou ela e eu pude ver quando ele a puxou um pouco mais para si, selando seus lábios aos dela.

Fiquei me perguntando onde ele havia aprendido aquilo, mas me dei conta do numero de horas que ele passava observando a terra, sempre de olho nela, mesmo que não fosse esse seu trabalho, eu via, era claro como agua o quanto ele a amava, não havia como esconder aquilo de ninguem, aquele amor era claro como cristal, os dois eram perfeitos um para o outro, tão perfeitos que eu me peguei pensando qual seria a sensação de sentir aquilo que chamavam de amor, qual seria a sensação de ser amada? Provavelmente eu nunca descobriria, eu não havia nascido para aquilo, então apenas me permiti observar aquele doce amor se dissipar com o vento, suave e magico.

Vi de soslaio quando Mikael passou por mim bufando com o irmão, não que ele estivesse mesmo irritado com Anael, ele só se preocupava com ele, desde o parto eram só eles dois, era compreensível que ele não quisesse que nada de ruim viesse a acontecer com o irmão “mais novo”, Mikael sempre se fez de forte, sempre foi o super protetor da historia, mas no fundo eu sabia que ele às vezes se sentia sufocado, tentado a sempre estar ali pelo irmão, sempre ser aquele que dizia estar tudo bem, o pilar se sustentação dos dois, ele se sentia no dever de proteger Anael, mesmo que este não lhe pedisse proteção, mesmo que milhares de “eu sei me cuidar sozinho” tenham sido ditos, ele não se cansava de repetir que só agia daquele jeito por que era o certo a se fazer, mas no fundo eu sabia que não era bem assim.

Ele tinha medo, medo de perder o irmão, medo de perder a única referencia de família que ele tinha, ele tinha medo de ficar sozinho, era compreensível, a maioria de nos não teve a sorte de ter sido criado pelos pais, ou sequer por um deles, os seres humanos em geral não costumam aguentar uma gestação tão delicada quanto à de um filhote de anjo, somos completamente dependentes do ventre que nos carrega, dependemos cem por cento do ser que nos gerou, mas também lhes causamos alguns problemas que o corpo frágil deles não suportam, muitas vezes o corpo humano nos entende como ameaça e tenta se livrar de nós de todas as formas, mas o caso da mãe dos dois não foi bem assim, ela era uma de nós, e se apaixonou perdidamente por um guerreiro humano.

Mas como tudo relacionado aos amores é imprevisível, um dia chegou ao paraíso a noticia de que ele havia morrido em um confronto, e qual não foi o choque que ela recebeu, ela o amava demais e não suportou a dor de perdê-lo, ela começou a sofrer as dores de engolir os cacos do amor que ela tinha por ele, é triste falar, mas é essa a nossa realidade, quando quem amamos morre, caso não tenhamos cuidado ou quem nos cuide, nós entramos em uma espécie de depressão, só que nos anjos ela é um pouco mais complicada, nossa alma começa a se despedaçar, e nós só temos dois caminhos a seguir, colocar os cacos para fora e nós machucarmos superficialmente para nos recuperarmos, ou engolir os cacos e nos mutilarmos por dentro de modo que não haja uma cura para a dor, infelizmente ela escolheu o modo mais doloroso.

Ela definhou dia após dia e não importava o que lhes dissessem, ela apenas meneava a cabeça em um gesto qualquer e fingia não estar ouvindo, por muito pouco não perdemos Anael e Mikael quando o corpo dela chegou ao limite das forças, por algum milagre celeste alguém a encontrou antes que sua vida tivesse se esvaído por completo e conseguiu salvar os gêmeos, ninguem sabe dizer ao certo quem foi essa alma iluminada, mas os boatos correm soltos para quem tiver interesse de ouvi-los, não ha confirmação, mas dizem por ai que o mesmo celestial que os criou foi o responsável por salva-los, mas este sempre nega, ou pelo menos negou quando eu lhe perguntei sobre o assunto, mas isso não chega a ser relevante no momento.

Pude ver quando Mikael apareceu perto do irmão que recebeu sua presença inesperada de modo discreto, ela não podia ver Mikael, mas Anael podia ver o irmão, outro ponto interessante quando se é um anjo e se está na forma humana, os anjos mais próximos de você podem te enxergar sem nenhum problema, seja isso bom ou ruim, pude ver quando Anael se despediu dela dizendo que tinha que ir, e que ela deveria voltar para casa, pois já estava muito tarde para estar sozinha fora de casa, então ela sorriu e lhe deu as costas começando a caminhar de volta para o palácio de seus pais, Mikael murmurou um “Mais tarde nós dois vamos ter uma conversa seria” e foi atrás dela, estava estampado nos lábios de Anael que ele não se arrependeria nem um pouco por ter feito o que fez, vi quando ele voltou ao seu eu angelical e retornou aos céus, Anael sempre teve um caso serio de teimosia crônica, ele era a personificação do “eu faço do meu jeito”, não havia como freá-lo.

Três meses haviam se passado desde aquele dia, e por mais que Mikael persistisse batendo na tecla de que Anael estava se metendo onde não devia, este não tinha parado de ir ver Safira, Mikael ainda não tinha percebido que não existiam palavras nem argumentos que pudessem impedir Anael de ir vê-la, ela era como o ar que ele respirava, você não pode impedir alguém de respirar, você não pode simplesmente deixar que alguém se sufoque e morra, para Anael ela era como o próprio ar, e ele definitivamente não pretendia se anular, não pretendia se impedir de sentir aquele amor que ela despertava em seu peito, como uma pequena chama crepitando dentro de si, ela era o combustível que o mantinha de pé, ele não se imaginava longe dela, nem sequer cogitava a ideia.

Bem...eu não queria chegar a esse ponto da historia, não queria ter que encher alguns olhos de lagrimas, mas as vezes eu não consigo impedir os fatos de se desdobrarem, como já diziam os sábios que eu ouvi por anos, toda ação feita desdobra consequências além do nosso poder de impedi-las, o dia do casamento de Safira havia chegado, Anael não pode impedir que ela fosse ao altar com outro, por mais que ele a amasse, ele era em primeiro lugar um anjo, ele tinha seus deveres e obrigações para com o paraíso, e justamente naquele dia, alguém resolveu sumir com o cetro do trono, a desordem se fez, e ninguem podia sequer pensar em sair do paraíso para qualquer lugar que fosse, meu ser se inundou de dor quando eu o vi chorar por ela, seu coração sendo partido de tal modo que eu jurei ter ouvido os cacos se estilhaçando dentro dele, tudo o que eu via naqueles olhos era dor e sofrimento, o sangue vertendo dentro de si.

Os dias foram se passando e ninguem conseguia encontrar o culpado de ter sumido com o dito cetro, não que ele fosse à relíquia mais preciosa dos céus, mas era de certo modo importante, era ele que nos mantinha intactos por mais que sofrêssemos determinadas dores em prol do bem estar de nossos protegidos, há dias eu não via Anael, ele havia sumido feito fumaça na brisa, como se tivesse se escondido do mundo, pedi a quem quer que pudesse me ouvir que ele não tivesse escolhido o mesmo caminho que a mãe, ledo erro meu pensar que eu poderia ser ouvida, triste admitir mas ele já havia escolhido um caminho sem volta, um caminho que nem eu nem ninguem poderia impedi-lo de trilhar, a dor de um coração estilhaçado destrói qualquer alma, e a alma dele já não aguentava mais prosseguir, em um ultimo suspiro ele trilhou o restante do seu caminho de sofrimento solitário, o caminho que o tirou de nós.

Não imaginei que pudesse sentir tanta dor por alguém, mas o modo como às coisas acabaram foi cruel demais até para mim, eu sempre soube que havia muito por trás do sumiço daquele cetro desgraçado, mas nunca imaginei que alguém pudesse ter uma atitude tão torpe e desalmada como aquela, eu conhecia Charlote muito bem para saber que ela era pior que uma cobra quando desejava ser, mas nunca imaginei que pudesse fazer algo tão brutal quanto matar um dos seus do modo mais sórdido possível, ainda me pergunto como aquela naja conseguiu fazer aquilo, ainda me lembro vividamente do que vi, ainda sinto o impacto negativo que aquela cena me causou, aquele cetro desgraçado quebrado ao meio e afundado nele, o sangue escorrendo daquele corpo já sem vida, só de me lembrar meus olhos já enchem de lagrimas, a verdade é que eu sempre nutri algo por Anael, só não tive coragem de tentar contar-lhe, eu não queria impedi-lo de ser feliz, mas nem todos pensam como eu.

E lá estava eu, parada ao lado daquele corpo inerte e sem saber o que fazer, sem ter nem ideia se deveria gritar por ajuda ou continuar chorando desesperadamente, foi ai que o sabor amargo da derrota se apossou do meu ser, eu não podia chamar ninguem, tinha sido condenada ao esquecimento, ninguem me veria ou ouviria se eu tentasse, eu tinha ideia dos meios, mas não podia ajuda-lo, me senti inútil, completamente impotente. E depois de tanto chorar, tanto que mal saiam lagrimas dos meus olhos, vi Mikael caminhar até onde estávamos, o horror nublando a face morena, observei-o olhar para os lados como se procurasse o culpado, mal sabia ele que não acharia a culpada nem tão cedo, e as lagrimas vieram como desabafo silencioso de toda a dor que seu peito guardava, e a cada lagrima dele, eu só conseguia me sentir mais e mais inútil, eu daria a minha vida pela de Anael se eu pudesse, mas eu não podia.

Aquela foi com toda a certeza uma das noites mais longas da qual me lembro, Safira parecia chorar sem motivação, seu marido achava que era culpa da fragilidade feminina, mas sabia ele que aquele ventre já carregava a prova mais concreta de que o amor verdadeiro supera até mesmo a morte, ela não tinha nem noção do que havia acontecido com Anael, mas seu coração apaixonado lhe mostrava silenciosamente aquilo que seus olhos não podiam ver. Os meses foram se passando, e com eles o anjo dentro de Safira foi crescendo, naquela época não havia como saber se era menina ou menino, mas a ansiedade e o amor de mãe já se solidificavam, só cresciam cada vez mais dentro dela, ela amava aquela criança tanto quanto amava Anael, aquele anjinho seria o fruto mais puro de um amor sincero, o amor que eles não tiveram a chance de viver.

Aquele menininho era realmente lindo, e lembrava tanto Anael que era quase impossível não ficar observando-o, e conforme crescia, só lembrava cada vez mais o pai, ele já era um homem feito como dizem por ai, formou sua família e logo vieram os descendentes, não falarei muito deles, pois essa historia se estenderia demais, mas vamos a aquela que realmente nos interessa, Kyara, sim a mãe de Kattherine, ela que recebeu o nome de sua bisavó, sexta ou sétima geração, de uma família que nem mesmo chegou a ser formada, segundo as leis humanas, a doce morena de olhos castanhos, aquela humana que já tinha resquícios do sangue dos anjos em suas veias, aquela que foi escolhida para dar a vida a um dos anjos mais preciosos do paraíso, mal sabia ela que seu destino já havia sido escrito a muitos e muitos anos antes de seu nascimento, aquela que escolheu dar a vida pela da sua doce flor de inocência, a ponte para que as linhas se religassem, vocês não estão entendendo não é? Deixe-me explicar.

“‘Akai Ito’ ou ‘Fio vermelho do destino’ é uma lenda antiga que diz, que quando duas pessoas são destinadas uma para a outra (almas gêmeas), ambas tem um laço vermelho que as liga (no dedo mindinho ou no tornozelo). Esse laço pode emaranhar, embaraçar, o que quer que seja, mas ele nunca se quebra. Esse laço não é visível a olho nu, mas está lá desde o momento do nascimento. Quanto mais longo estiver o fio, mais longe as pessoas estão e consequentemente mais tristes estarão. Diz-se que sequer a morte o rompe, apenas o alarga para que as almas se encontrem novamente em outra vida...”

E depois de muitos anos separadas, as almas se reencontraram, em mundos diferentes, mas com o mesmo amor inicial, Kattherine não sabia explicar como se apaixonou por Yllana, nem Yllana por que sonhava com a morena de olhos de âmbar e esmeralda, e nem poderiam, aquilo era algo que elas traziam dentro de si de outras vidas, incontáveis vidas, sendo separadas, até que finalmente se reencontrassem para finalmente viverem aquele doce amor, admito que estou extremamente feliz de ter vivido para presenciar essa cena, o amor delas é tão lindo, que as vezes me faz querer ser amada, doce amor, que sobreviveu a tantas guerras e inconstâncias, lutou contra tantas coisas e mesmo calejado soube se reinventar, um amor tão suave quanto a brisa, aquele amor que ninguem separa, e que nem mesmo a morte poderá desfazer, elas continuaram se reencontrando e se reencontrando, e a cada nova vida, o amor só crescerá cada vez mais, até que elas tenham vivido todo o amor que puderem, e assim então, possam retornar ao seu lugar brilhando na constelação de peixes, presas uma a outra pela linha do amor.

“Eu vou continuar chamando o seu nome.

Vou continuar aqui do seu lado, te ouvindo.

Sussurrando os meus “eu te amo” para os seus sorrisos.

Orando para que esse amor nunca acabe.

Você pode me ouvir não é?

Continue me amando, e me amando.

Pequena, me ame sem pressa.

Há tempo suficiente para que você possa me amar.

Você é a minha razão de acreditar.

Aqui e agora, sem pressa, continue.

Eu estarei sempre do seu lado, esperando seus sorrisos.

Sem pressão, pequena, o mundo não comanda nosso amor.

Eu preciso da sua atenção, não é um jogo.

Você é a minha estrela da sorte.

A doçura dos meus dias.

Aqui e agora, apenas nós.

Escute, daremos tempo ao tempo.

Eu estarei sempre com você.

Em minha mente e em meu coração.

Não se apresse pequena, sem pressão.

Nosso amor é intenso demais para acabar.

Eu vou sempre amar você.

Sem pressa.”


Notas Finais


Então...acho que não tenho nada para comentar...
Bem, obrigada aos 17 favoritos, não sei se todos leem, mas agradeço...
E pelas meninas que me incentivam a continuar escrevendo, mesmo que eu ache que não sou tão boa nisso...
É só isso...até a próxima ^-^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...