1. Spirit Fanfics >
  2. Aliança de Fogo >
  3. Linha do Tempo.

História Aliança de Fogo - Linha do Tempo.


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


VOLTEI, AMORES!!!!!
Seguinte......eu não tava conseguindo continuar EXATAMENTE de onde eu parei porque acabei me desconectando um pouco da história. Então eu to retomando ela primeiramente fazendo uma Linha do Tempo do que aconteceu nos anos que se seguiram, e depois vou dar a continuação devida com novos personagens protagonistas. Tá bom?
A história vai se passar 18 anos depois da gravidez da Maëlle, e teremos como foco os filhos dela.
Edit1: Desenho meramente ilustrativo de Maëlle e Baelor Targaryen.

Capítulo 50 - Linha do Tempo.


Fanfic / Fanfiction Aliança de Fogo - Linha do Tempo.

 

Fevereiro, Ano 73 D.C – Depois da Conquista

 

Maëlle Targaryen casou-se, em uma das cerimônias mais luxuosas já vivenciadas por Westeros, com o Rei Daerion I. Seu irmão, seu porto seguro, o amor da sua vida e agora seu marido e parceiro para toda a eternidade. Assim, o título de Rainha de Westeros foi somado ao seu título de Imperatriz de Artena. Um por sangue e herança, e outro por paixão e liberdade. Para a Targaryen, ser Rainha de Westeros era um legado familiar deixado para si por seu pai e sua mãe. Era algo que, no fundo, Maëlle sempre soube que iria herdar. Já seu outro título, do outro lado do Mar Estreito, era completamente diferente. O Império de Artena não lhe foi dado, e sim conquistado. Maëlle, juntamente com sua mãe e seu noivo, o recém-coroado Rei Daerion, voaram em direção as Cidades Livres para vingar a morte de Jaeherys I e erradicar completamente a ameaça existente. E, após isso, negando-se a deixar a população à mercê de fome e da miséria, Maëlle assumiu o comando das terras.

Em questão de 7 meses, a Imperatriz reergueu as cidades literalmente das cinzas de uma forma incrível, capacitada e inteligente. Maëlle havia estabelecido residência na luxuosa cidade de Yunkai, uma das Cidades Livres que não fora destruída. E, desde então, a Imperatriz prometera pra si mesma que iria salvar aquelas pessoas. Não só as mulheres e crianças que encontrara num abrigo subterrâneo da cidade de Lys, mas sim toda a população. E foi o que fez. Maëlle não se importava com títulos, com terras, com reverências, recebera isso a vida inteira. Queria somente fazer o bem. Ser sua protetora, ser aquela pessoa a quem eles poderiam recorrer, poderiam confiar. Queria dar-lhes um motivo para seguir em frente. Durante um curto período de tempo, lá no início, a princesa de Westeros havia revolucionado completamente a situação socioeconômica, política e o estilo de vida das pessoas. Estabeleceu residência na cidade de Yunkai, tornando-a capital do Império de Artena e a renomeando de Vale do Dragão. A fortaleza principal da cidade, localizada em um alto morro aos pés de Vale do Dragão, fora renomeada de Forte Jaherys, em homenagem ao falecido Rei. O Forte era imenso, possuía três grandes torres, cobertas com janelas e fendas de vidro tão grossas que isolavam o som externo. O resto da cidade possuía diversas casas residenciais, condomínios, uma igreja principal, dois descampados enormes para plantações, uma floresta para caças, e um comércio bem desenvolvido. Tudo funcionava e era a cidade perfeita para fazer de sede. Com ajuda de um pequeno Conselho temporário Pós-Guerra, homens de sua confiança trazidos de Westeros, ela distribuiu uma casa para cada família de até 5 integrantes. Não só em Vale do Dragão, até porque não existiam residências para todos, mas também nas cidades de Astapor, Braavos e Pentos. Era o principal a se fazer no início. Providenciar abrigo, alimento e vestuário para quem necessitasse mais. Cestas básicas contendo comidas, bebidas essenciais como águas e tônicos para desidratação, roupas de tamanho único adulto e infantil, e remédios foram distribuídos de porta em porta. Maëlle também abriu o Forte Jaherys todas as noites para acolher a população, recebendo-os e a seus filhos, providenciando largos banquetes. Queria encher-lhes a barriga e afagar suas necessidades essenciais antes de estabelecer um ritmo mais intenso para o Império. Precisava criar empregos, fazer a economia girar, reconstruir as cidades destruídas e reabitá-las. Com a ajuda de seu irmão, o Rei do Outro Lado do Mar, como ele era conhecido ali no Império, Maëlle conseguiu emprestado os serviços de mais de 5 mil homens Westerosis para ajudar inicialmente no recolhimento de entulhos, destroços, concretos e lixos das Cidades que foram incendiadas. Depois de alimentar seu povo, e se certificar de que ninguém estivesse miserável, morando na rua e sofrendo, a Targaryen tinha um objetivo maior. Reerguer o Império. Limpar as cidades, reconstruir as ruas, construir novas casas, novos campos de plantações, novas igrejas, novas lojas e tavernas para o comércio.

E, hoje, 7 meses após, a Targaryen estava acostumadíssima com seu novo estilo de vida. Morava oficialmente em Yunkai, mas voava frequentemente para Porto Real. Nos últimos meses Daerion havia insistido para que sua Rainha ficasse em Westeros, visto que estava prestes a dar à luz. Os dois haviam acordado que seus filhos deveriam nascer em Porto Real, para que jamais ficassem dúvidas de que eles eram filhos de Westeros, ao invés de estrangeiros. O fatídico dia ocorreu em 3 de fevereiro do ano 73 - Depois da Conquista. A Rainha de Westeros começou a sentir as dores antes do previsto, mas o Meister Brann havia lhe garantido que isso era totalmente normal. Uma gravidez de gêmeos raramente completava seu curso total, de acordo com os estudos da medicina até então. O Rei, que estava em uma comitiva real em Derivamarca, largou absolutamente tudo e voou com Meraxes a tempo de chegar em Porto Real para o nascimento dos seus filhos. Foi impedido pelos meisters responsáveis de entrar na sala de parto num primeiro momento, alertado do sofrimento agudo da Rainha e da sensibilidade da cena. Porém, ao ouvir repetidamente os gritos de Maëlle, Daerion não aguentou.

Invadiu a sala e ficou ao lado dela, segurando sua mão até o fim. Não havia visto nenhuma mulher dar à luz antes e agradeceu mentalmente que não era uma. A dor parecia algo equivalente a estarem lhe matando, ou então a morte seria melhor. Maëlle desmaiou duas vezes, e foi acordada pelas parteiras com um pouco de álcool embaixo do nariz. Força, e força novamente. Mais uma vez. Gritos. Muito sangue. A Rainha parecia prestes a desistir. Daerion chorou, e quis sair correndo porque não aguentava ver o amor da sua vida sofrendo daquela forma. Parecia até mesmo idiota esse pensamento. Já havia passado por guerras, queimado cidades inteiras, havia perdido seu pai e quase perdera sua mãe, mas aquilo ali...aquilo ali era demais pra si. Porém, menos de 1 hora depois que o Rei entrou na sala de parto, seu primeiro filho veio ao mundo. O choro...Daerion lembrava-se do choro dele. Fraquinho, reservado, sem alarde. A criança foi enrolada em um pano branco, a parteira limpou seu rostinho com uma toalha molhada, e lhe trouxe como se fosse um pacotinho.

— Vossas Majestades têm um lindo filho! — a parteira falou, sorrindo e com lágrimas nos olhos. Daerion levantou-se de onde estava sentado, ao lado de Maëlle, e encarou a criança no colo da mulher. Não soube bem explicar qual foi a sensação de viver aquilo pela primeira vez, mas foi um misto de sentimentos que lhe preencheram o peito e pareciam explodir dentro de si. Amor foi o primeiro. Muito amor, e Daerion sentiu que seu coração estava fora do seu próprio corpo. Como se o seu motivo para viver agora fosse aquela criança ali, abrindo os minúsculos olhinhos violeta e esfregando o rostinho com as mãoszinhas. Depois o Rei sentiu alegria, nervosismo, medo, pavor, e mais felicidade. A parteira inclinou-se para lhe dar o bebê nos braços, e Daerion arregalou os olhos. Dando um passo para trás.

— Eu...eu não sei pegar! — ele gaguejou, sentindo-se um completo idiota e inútil. Era Rei de uma nação inteira, tinha a responsabilidade do mundo nos seus ombros, mil e uma habilidades, mas não sabia pegar uma criança no colo? Voava em um dragão gigantesco e perigoso, mas estava com medo de uma criança? Entretanto, na sua cabeça, seu questionamento era válido. E se machucasse seu filho?

— Assim ó — a parteira falou, sorrindo ao ver sua hesitação e pavor. Ela pediu permissão para tocar seus braços, ajeitá-los e colocou de forma lenta e cuidadosa a criança ali. Naquele momento, Daerion assustou-se. Chegou a dar um pulo para o lado. Maëlle havia gritado e aparentemente acordado de mais um desmaio. A Rainha sentou-se na cama, com as cabelos bagunçados, molhada de suor, e os olhos tão vermelhos que pareciam sangue puro. A parteira que havia acabado de lhe dar seu filho pediu que Daerion fosse para o canto da sala, e se afastasse o máximo possível. Aparentemente estava na hora de Maëlle dar à luz ao segundo filho. A Rainha berrou, e o bebê nos braços de Daerion começou a chorar. O Rei não sabia se consolava o filho ou se corria para ajudar sua mulher. Estava apavorado, perdido, e sentia que ia começar a chorar junto a qualquer momento. Droga. O Rei respirou fundo e, para concentrar-se, focou no pedacinho de ser humano quente e aconchegante no seu colo. Olhou para o bebe, seu filho. Tirou o pano branco que estava cobrindo parcialmente seu rosto, e o olhou fixamente pela primeira vez. Ele era pequeninho, tinha o rosto enrugadinho na testa, olhos violetas característicos dos Targaryen. Talvez um pouco mais escuros do que os seus, relembrando os olhos mais densos que seu pai Jaherys e sua mãe Alysanne possuíam. Os cabelos ainda estavam ralinhos, e molhados pelo sangue do parto. Mas podia-se ver que eram loiros-platinados. Lindo, Daerion pensou. Seu herdeiro era lindo.

— Você é, a partir de agora, o novo Príncipe de Pedra do Dragão. Sabia disso? — o Rei falou baixinho, enquanto passava o dedo pelo rostinho do bebe em seu colo. Daerion ficou ali, por um tempo que pareceu interminável. Até que, exatamente 01 minuto e 54 segundos depois, outro choro infantil preencheu o quarto. Dessa vez muito mais forte e alto, como se o bebê tivesse um pulmão extra para fazer tanta força e barulho. O bebê em seu colo chegou a se remexer dentro do paninho branco, incomodado com a repentina gritaria. Daerion o acalmou, ninando-o e o colocando mais perto do seu peito. Depois, virou-se para ver seu segundo filho. A parteira havia o enrolado em um paninho igualmente branco, e lhe levado diretamente para o colo de Maëlle. A Rainha estava atirada pra trás na cama, exausta, mas ainda sim levantou os braços na direção da mulher.

— É uma menina? — a voz fraca da Rainha fez-se presente, questionando sobre seu segundo filho que viera ao mundo. O primeiro Maëlle havia escutado a parteira falando que era um menino, e torceu que a segunda fosse uma menina. Tal qual sua mãe tinha dado a sorte de te gêmeos-casal, Aegon e Rhaenys. Ambos eram grudados desde sempre e, quando atingissem a idade necessária, certamente se casariam. Maëlle chegara a rezar para os Sete Deuses que lhe abençoassem com a mesma sorte. Qualquer coisa diferente disso seria...complicado. Duas meninas gêmeas significaria mais um ano sem herdeiro aparente para o Rei, pois a tradição dita que o Trono de Ferro deve ser passado somente de homem para homem.

E dois meninos gêmeos...bom, é de se imaginar qual seria o maior problema nisso.

— Não, Vossa Majestade. É outro menino! — a parteira se limitou a responder, colocando o bebe no colo da Rainha. Sem soltá-lo, porque Maëlle estava completamente sem forças para segurá-lo sozinha. A Rainha mal ouviu o que sua médica falou, pois seu mundo parecia ter se deslocado de eixo. Quando bateu os olhos no seu filho, pela primeira vez, algo dentro de si transformou-se. Meu Deus. Ele era lindo. Grande, forte, com os olhos violeta extremamente claros tais qual os seus e os de Daerion. Os cabelos eram tão brancos que pareciam descoloridos.

— Meu filho — Maëlle falou, com os olhos cheios de lágrimas. Impossível não se emocionar naquele momento. Queria muito que seu pai estivesse ali para ver aquilo. Seu falecido pai. Como sentia saudades dele. Maëlle enxugou os olhos, e virou-se para o lado. Daerion estava lhe encarando, com outro bebezinho no colo. O Rei ficara paralisado desde que escutara a parteira falando que seu outro filho também era um menino.

Milhares eram os pensamentos que atravessaram sua mente naquele momento.

Dois garotos. Dois príncipes. Mas somente uma Coroa.

 

Novembro, Ano 73 D.C – Depois da Conquista

 

— Eu nunca concordei com isso, e você sabe disso. Nós deveríamos ter esperado até eles completarem pelo menos uns 5 anos — Maëlle bradou, com a voz irritada e o dedo em riste na direção do Rei Daerion Targaryen, seu marido. Referia-se ao fato dele ter coroado Baelor Targaryen como seu Herdeiro Legítimo e Príncipe de Pedra do Dragão diante de todo o Reino logo após sua recuperação pós-parto. Baseado no quê? Só porque Baelor havia nascido 1 minuto e 54 segundos antes de Aemond? Isso, na cabeça da Rainha, não fazia absolutamente sentido nenhum. Tanto Baelor quanto Aemond Targaryen eram seus filhos primogênitos. E a escolha de quem iria herdar o Trono deveria ser feita com o tempo. Agora eles só tinham 8 meses, eram impossível distinguir qual dos dois seria a melhor escolha. O mais capacitado, o mais corajoso, o mais responsável, o mais inteligente. As crianças deveriam crescer, apresentar minimamente seus interesses, suas capacidades...

Cinco anos era a idade perfeita. Não mais que isso. A Rainha havia tentado, durante meses, convencer Daerion a esperar. Mas ele se recusou inúmeras vezes e, em um dia que a Rainha estava viajando para Artena, anunciou Baelor Targaryen como o filho que herdaria o Trono de Ferro e sua Coroa.

— Eu precisava de um herdeiro, Maëlle! Eu precisava dar um nome em prol da estabilidade do Reino, você sabe como essas coisas funcionam melhor do que eu! — Daerion, que estava em pé ao lado da mesa de reuniões, explicou pacificamente sem levantar o tom de voz. Maëlle revirou os olhos, bufou e depois respirou fundo. Era verdade. Maëlle sabia que aquilo era verdade. Os Lordes e o povo de Westeros precisa estar sempre visualizando um futuro, para não se sentir perdido e desesperançado. E esse futuro resume-se na linha de sucessão. O Rei precisava sempre ter um herdeiro, para dar a certeza pro povo de que o Reino irá continuar após sua morte. Mas, mesmo sabendo de tudo isso, Maëlle não conseguia tirar da cabeça que essa fora a escolha errada. No fundo talvez até fosse a certa, mas ela queria ter esperado até seus filhos atingirem uma idade onde ela ficaria mais segura com a decisão tomada.

— Eu só espero que...você não se arrependa disso futuramente! — a Rainha comentou, depois de alguns segundos em silêncio. Daerion a encarou, com seu olhar violeta sério e reflexivo. Depois, ele se aproximou lentamente da sua Rainha e a puxou para dentro dos seus braços. Afagando seus cabelos loiros, e sua cintura delineada.

— Vai ficar tudo bem, meu amor! — o Rei falou, por cima da sua cabeça. Os dois haviam tido uma discussão mais cedo sobre políticas externas entre seus dois Reinos, mas acabaram se resolvendo na cama. Como sempre. O fogo existente entre ambos não diminuíra nem um pouco desde o ano passado, quando ambos ficaram famosos no Reino pelo barulho que provinha dos aposentos reais. Maëlle ficava muito tempo fora da Fortaleza Vermelha, resolvendo negócios e governando Artena do outro lado do Mar Estreito. Então quando vinha...eles matavam a saudade.

— Eu e os meninos sentimos saudade de você. Pode ficar um tempo por aqui?  — Daerion pediu, enquanto ainda lhe abraçava. Maëlle praticamente gemeu, lembrando-se do quanto sentia saudade dele e dos seus filhos também. Nas últimas semanas havia finalmente, depois de meses, conseguir retirar o peito e finalizar a amamentação de ambos. De forma que agora ficava mais livre para voar com Vhagar para Artena e dar continuação aos negócios que requeriam sua atenção pessoal. Porém, mesmo assim, sentia falta dos seus pequenos.

Do seu mini e comportado Baelor, e seu barulhento e furacãozinho Aemond.

 

Março, Ano 79 D.C – Depois da Conquista

 

Baelor entrou correndo pelos corredores da Fortaleza Vermelha. O pequeno príncipe Targaryen, agora já com 6 anos completos, chorava copiosamente e atravessou o grande salão em direção as saias da Rainha Maëlle. A Rainha interrompeu a conversa que estava tendo com o Meister Brann sobre seu recente diagnóstico de infertilidade. Maëlle estava tentando engravidar do seu terceiro filho com Daerion, pois ambos queriam muito ter uma menina. Uma garota com quem Baelor pudesse se casar e continuar a linhagem pura do sangue Targaryen. Aemond poderia se casar com qualquer garota de ascendência nobre, mas o ideal para Baelor era uma garota com os traços da Antiga Valíria. Quando a Rainha Maëlle e o Rei Daerion descobriram que ela não poderia mais ter filhos devido as complicações pós parto dos meninos, foi um choque. Principalmente para a própria. Estava satisfeita com os filhos que tinham e os amava mais do que amava a si mesma, mas também tinha o sonho de ter uma princesinha. Sonho esse que agora jamais se realizaria.

Claro que Daerion, eficiente e rápido para resolver os problemas como era, logo tratou de encontrar uma solução para seu problema com linhagem. Sua tia e princesa Daella Targaryen, irmã da Rainha-Mãe Alysanne e hoje Lady de Dorne, havia dado à luz a um menino no mesmo ano em que Maëlle engravidara. O garoto se chamava Lucerys Martell, e atualmente estava completamente 7 anos de idade. Ele possuía os traços dorneses do pai, o Lorde de Dorne Sir Doran Martell. Cabelos acastanhados, pele morena e bronzeada pelo sol, olhos verdes compenetrantes. Porém, três anos após, Daella deu à luz a uma garota. Uma garota tipicamente Targaryen, com os perfeitos traços do sangue do dragão. Cabelos platinados como os de Daella, a pele alva e branca, e seus olhos eram um mistério e raridade em particular. Eram violetas, tais qual de todos os membros da Casa Targaryen, porém o olho esquerdo da bebe puxava da cor lilás para um pouco do verde dornês. Os meisters informaram para Daella e Doran Martell que o nome dessa condição ocular extremamente incomum era heterocromia. E que, apesar dos olhos raros da menina, não havia absolutamente nada de errado com ela. Muito pelo contrário. A garota, que fora nomeada Alyssa Martell, cresceu e se tornou uma garotinha extremamente encantadora e bela. Considerada por muitos a mais bela Não-Targaryen já existente, visto que Alyssa não tinha oficialmente o sobrenome da Casa de sua mãe, e sim da Casa Martell de seu pai. Com isso, após o diagnóstico da Rainha Maëlle, Daerion começou a procurar outras opções. Convocou Daella para se apresentar na corte, junto com seu marido, e os apresentou uma proposta para unir Alyssa e Baelor numa união matrimonial quando ambos completassem a idade necessária. Os governantes de Dorne aceitaram, e a garota dornesa foi prometida em casamento para Baelor Targaryen desde os seus 03 anos de idade. A cerimônia deveria acontecer quando o Príncipe Herdeiro chegasse aos seus 18 anos, ao passo que Alyssa teria apenas 15.

— Mamãe! — o pequeno Baelor gritou, quando agarrou-se as suas pernas. Maëlle pediu licença para o Meister, e puxou o filho para seu colo. Ele estava chorando e tremendo, e colocou os bracinhos ao redor do seu pescoço lhe abraçando fortemente enquanto soluçava. Maëlle sentiu o coração doer ao vê-lo naquele estado.

— O que houve, meu amor? — ela perguntou, colocando as mãos ao seu redor e afagando suas costas. Ele tentou lhe responder, mas estava soluçando demais e não conseguia formular as palavras direito. Só depois de se acalmar um pouco ele falou no seu ouvido algo ininteligível que a Rainha só conseguiu compreender porque o conhecia muito bem.

— Eu não quero mais, mamãe. Não quero nunca mais ir — Baelor havia dito, entre uma fungada e outra.

— Ir onde? — Maëlle perguntou, sem compreender nada.

— Com papai e o Aemi — o pequeno herdeiro do Trono de Ferro respondeu, referindo ao Rei e seu irmão Aemond Targaryen. Maëlle fechou os olhos, finalmente compreendendo o que havia acontecido. Meu Deus. Lá na entrada do salão, naquele exato instante de segundo, Daerion apareceu. Seus olhos violetas encontraram os seus, e ele veio na sua direção seguido por seu outro filho de apenas 06 anos. Porém, diferentemente de Baelor, Aemond estava com um sorriso de orelha a orelha, os cabelos bagunçados e a expressão de que havia acabado de ter a maior aventura da sua vida.

— Você levou ele pra voar? — Maëlle perguntou para Daerion assim que ele se aproximou, com a voz tão afiada e cortante que fez o Rei fechar a expressão. Odiava quando ela falava assim consigo, lhe atacando. Na sua mente, não havia feito absolutamente nada de errado. O Rei Jaherys I havia lhe levado para passear em seu dragão Syrex logo após o se aniversário de 06 anos também.

— Claro — Daerion respondeu, com a voz baixa para que ninguém ao redor percebesse a eminente discussão.

— Contra a vontade dele? — a Rainha perguntou, apertando corpo mirrado do filho que estava agarrado no seu colo.

— Ele tem que perder o medo dos dragões uma hora ou outra! — Daerion respondeu, entredentes. Fazia meses que estava tentando colocar Baelor dentro do Fosso dos Dragões, nem que fosse apenas para passear e dar uma olhada nos animais. Do solo mesmo. Mas seu filho morria de medo e saía correndo na maioria das vezes. Ele tinha, aparentemente, um verdadeiro pavor dos dragões. O que era extremamente estranho, pelo menos para um Targaryen. O amor e a paixão pelos animais estava no seu sangue, e a maior prova disso era Aemond. O príncipe era fascinado pelos dragões e voava com Daerion desde seus 04 anos de idade. Vivia lhe fazendo perguntas, e o questionava quando poderia ter um dragão para si. Aemond era a típica criança espoleta, cheia de energia, vivaz, feroz, curioso e apaixonado sobre tudo na vida. Gostava de dragões, gostava de aventuras, dava trabalho para suas babás e fugia da maioria delas. Na última vez em que isso ocorrera o príncipe fora encontrado no telhado da Fortaleza Vermelha. Uma criança de apenas 06 anos havia conseguido sair por uma das janelas do castelo, e estava passeando pelo telhado deste. Como se fosse a coisa mais tranquila e normal do mundo. Bom, pelo menos pra ele era.

Já Baelor era o seu completo oposto. Uma criança sensível, frágil, quieta, e dedicada a diversas outras tarefas e interesses. O pequeno Targaryen não acompanhava o irmão em suas brincadeiras violentas e espoletas, e tampouco o seguia em suas aventuras. O Herdeiro do Trono de Ferro gostava de ler, de brincar sozinho, de andar pelos jardins do castelo e conversar com as plantas, com os funcionários, com as pessoas que via pelo caminho. Era considerado extremamente inteligente para sua idade, mas o fato de ter medo de dragões e não gostar de frequentar as aulas de espada fazia seu pai ficar cada dia mais preocupado. Ele é apenas uma criança, Maëlle falava para o Rei. Mas esse argumento sempre caía por terra quando seu irmão mais novo Aemond demonstrava interesse e afinidade para tal.

— Eu não to crendo nisso! — Maëlle respondeu, tentando não mentalizar a imagem do seu filho aterrorizado voando em Meraxes. Baelor era uma criança de apenas 06 anos, que morria de medo de dragões. Impossível que Daerion não visse ou se sensibilizasse com isso.

— Você é inacreditável, sabia? — ela xingou o marido, e virou-se com o filho no colo para sair do salão. Daerion ainda tentou segurar o seu braço, para que ela não se afastasse assim. Mas a Rainha desviou do toque dele, e lhe lançou um olhar zangado enquanto deixava o Salão.

 

Droga. 

 


Notas Finais


Baelor Targaryen lê-se: Beilor.
Aemond Targaryen lê-se: Eimon.
Comentem por favorrrrr, oq vcs querem ver mais pra frente? O que acham que vai acontecer?
GOSTARAM?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...