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História Alien - Need Your Love - Tortura! Baile de primavra


Escrita por: julythereza12

Capítulo 9 - Tortura! Baile de primavra


Fanfic / Fanfiction Alien - Need Your Love - Tortura! Baile de primavra

Bill me abraçou pela cintura, me fazendo ficar rapidamente mais perto dele. Seus lábios se encontraram com os meus com pressa, foi diferente. Ao contrário do nosso primeiro beijo misturado em sangue e sensações estranhas, aquele foi carinhoso, delicado. Sentir aquela língua brincar delicadamente com a minha, foi bom, uma sensação completamente diferente. Sem eu mesma perceber, me apertei mais contra ele, sentindo o corpo dele ainda quente por causa do que aconteceu mais cedo, as mãos brincando com o meu cabelo e acariciando as minhas costas. Minhas mãos estavam em volta do pescoço dele, acariciando-lhe a nuca.

Ele mordeu delicadamente o meu lábio, me fazendo soltar um fraco gemido. Eu estava me esquecendo de respirar, foi isso que me fez parar de beijá-lo, era um sensação tão intensa que não conseguia fazer o ar chegar aos meus pulmões. E eu, estava com medo de perder o controle, nunca perdi, mas senti que naquele momento... Não responderia pelos meus atos.

Quando nos encaramos, eu estava eufórica e ele não sorriu, apenas me olhou magoado, triste... Não entendi o porquê daquilo, lhe fazendo uma pergunta muda sem me dar conta.

- Desculpe-me. – ele pediu desviando o olhar.

Um clima estranho ficou ali, e eu percebi que era indesejada. Abri rapidamente a porta do carro, puxando a minha mochila.

- Tchau. – minha voz saiu rouca, um sussurro quase inaudível.

Não recebi nenhuma resposta e assim que fechei a porta com força desnecessária, ele arrancou com o carro, dirigindo a toda em direção ao Central Park.

Entrei na mansão com a cabeça trabalhando há mil, tentando entender o que se passou ali. Lucy veio me receber, contei para ela sobre Kim, ela pareceu não gostar muito quando falei que era Kimberly Gauthier, mas não reclamou. Avisou que meu pai e Lana não viriam para o jantar, tinham um compromisso em Berlim, ótimo. Subi para o meu quarto com a desculpa de que iria fazer os meus deveres, mas sinceramente, não estava com cabeça para aquilo.

Larguei a minha mochila no chão e fui para o banheiro. A mansão estava aquecida, mas eu ainda sentia um frio estranho. Enrolei-me no cobertor após ter colocado uns moletons flanelados e fiquei deitada olhando para o teto, pensando em tudo que me aconteceu.

Foram tantas coisas que eu me sentia perdida. Tantos sentimentos, tantas sensações estranhas... Sentia-me uma estranha. Minha cabeça dava mil voltas e com isso, eu cochilei. Acordei com o celular tocando o meu Green Day de sempre, quando atendi, ninguém respondeu, ficou um longo silêncio do outro lado e eu desliguei-o irritada.

Liguei uma música e me dediquei aos meus deveres, algumas coisas eu já tinha visto, outras eram novas e eu me dedicava mais nelas. Quando terminei tudo, começou a tocar 21 guns, eu fechei os olhos me concentrando na letra e ela sinistramente me lembrou o paspalho. Aquele sorriso convencido, aquela erguida de sobrancelha se... Argh, ele é irritante, convencido, paspalho... Mas um paspalho muito bonito. Idiota!

Desliguei o rádio, indo tomar banho. Desci para jantar com Lucy, ela me contava animada sobre o seriado preferido dela, One Tree Hill. Eu ria dela se derretendo pelo Lucas Scott, um dos personagens de lá. O bom de Lucy era que ela me divertia como ninguém, eu adorava a companhia dela nas minhas refeições.

Subi para o meu quarto, após o jantar, querendo ler Diários do Vampiro. Será que Kim ou algum deles tinha um diário? Eu ri sozinha com essa pergunta e mergulhei na minha leitura até ficar com sono. Quando eu não consegui mais ler, eu pensei sobre o meu dia novamente e percebi algo que não havia percebido antes, aquele foi o primeiro dia que eu não chorei após a morte da minha mãe. Na hora que batia a vontade de chorar, eu estava entretida discutindo com o paspalho.

Senti o sono chegar com mais intensidade, mas antes de dormir, eu cambaleei para fora da minha cama e indo até a minha janela, afastando as cortinas para poder ver a noite. As nuvens estavam espalhadas por todo o céu, mas ainda sim consegui enxergar a lua. Estaria muito frio lá fora? Eu me perguntei. Abri um pouco a janela, estava bastante frio. Fechei-a rapidamente, mas não me recordo se a tranquei.

Voltei para a cama com extremo sono e puxei as cobertas. Uma paz estranha tomou conta de mim, como se eu me sentisse protegida por algo, fechei os olhos e dormi instantaneamente.

Aquela noite eu dormi bem, que não me lembro de ter dormido tão bem desde os três dias anteriores a morte da minha mãe, ela ficou três dias e duas noites no hospital ainda um pouco lúcida. Não senti a mínima vontade de sair da minha cama e quando ia acordando aos poucos me lembrei de uma sensação esquisita que tinha sentido enquanto dormia, como se dedos frios tivessem acariciado delicadamente o meu rosto.

Quando consegui sair da cama, fui para o banheiro fazer a minha higiene matinal e coloquei roupas quentes junto com meu gorro preto, nevava um pouco naquele dia.

No café da manhã, contei para o meu pai e Lana sobre a Kim, eles ficaram felizes de eu estar fazendo amizade tão rápido, mas reagiram da mesma maneira que Lucy quando falei o nome completo da minha nova amiga.

Lana me levou para o colégio aquele dia contando entusiasmada sobre a nova linha de roupas dela e também, me contando que tinha separado um vestido que era a minha cara. Não sendo rosa estava ótimo.

Kim me esperava no portão quando Lana me deixou, se despedindo de mim com um beijo na bochecha e me desejando um bom dia de aula. Minha nova amiga deu uma de louca quando viu que eu ia na direção dela, veio correndo me abraçar, me fazendo rir feliz com ela.

- Como está? – ela perguntou assim que me soltou.

- Bem e você? – respondi perguntando.

- Ótima! – exclamou sorrindo enquanto adentrávamos no colégio – E então? Como é almoçar com Bill Kaulitz quando não se é o prato principal e nem a sobremesa? – ela perguntou, pelo que eu pude perceber, curiosa.

- Chato. – respondi fazendo bico – O paspalho é irritante de qualquer modo. As únicas coisas que se salvam, são o CD do Green Day e as coisas de chocolate que ele pediu para mim. – e o bei... Comecei a pensar coisa que não devia, mas segurei meu pensamento, não querendo me lembrar daquelas sensações perturbadoras.

Kim me olhou com expectativa, mas logo murchou tentando se esconder atrás de mim.

- Será que eu não posso ter um pouco de sossego? – perguntou num sussurro.

- Acho que não. – respondi segurando o riso e olhando Tom se aproximar de nós com um sorriso malicioso.

- Oi furacão! – ele exclamou animado com as roupas largas parando na minha frente – E oi gatinha. – falou para Kim piscando.

- Argh, eu mereço. – ela suspirou cansada saindo detrás de mim – Você já me deu oi, anta. – falou irritada.

- Não, eu te dei bom dia. – corrigiu-a sorrindo tranqüilamente.

- Tom Kaulitz, - ela pareceu perder a calma – já não basta ter invadido o meu quarto pela janela, mexido na minha gaveta de calcinhas e me acordado do meu sono de beleza? – perguntou andando para a sala 13 irritada.

- Vocês dormem? – perguntei curiosa, me lembrando do meu crime de ler Twilight.

- Uhum, mas só quando estamos abalados emocionalmente ou com falta de sangue. No caso da Kim, é porque ela é fresca.  – Tom me respondeu seguindo Kim.

A sala 13 ainda estava um pouco vazia, só tinha umas patricinhas que conversavam empolgadas sobre um assunto qualquer, Gustav e Georg, um grupinho de nerds e nós três. Ué, cadê o Andréas e o paspalho? Tom riu, se virando para me encarar enquanto sentávamos nos nossos lugares, ele na mesa de Kim como no dia anterior.

- Bill é o paspalho? – perguntou ainda rindo.

- Óbvio que é. – respondi rapidamente.

Ele gargalhou mais, sendo acompanhado de um risinho de Kim e de um pequeno riso do Georg, que devia estar ouvindo a nossa conversa.

- Ah furacão, você é uma comédia. Bem que meu irmão falou que você o divertia. – comentou – O paspalho veio com o carro dele e Andréas veio junto para que ele não fugisse.

Apenas soltei um resmungo olhando para o quadro de avisos ao lado da lousa. Baile de primavera? Era só o que me faltava, eu odiava esses bailes, tirando o de inverno. Sempre a mesma coisa sem graça, casaizinhos felizes, coisinhas fofas... Preferia ficar na minha casa assistindo filmes de terror.

- Nem pensar Katrina Gibson, você virá comigo nesse baile! – Kim exclamou me fazendo pular um pouco assustada por ela estar ouvindo meus pensamentos.

- Uhum, será ótimo acompanhar duas belas damas. – Tom falou convencido, concordando com a loira.

Seria uma tortura ir a esse baile, mas talvez eu pudesse abrir uma pequena exceção, bem pequena mesmo.

- Quem disse que iremos acompanhar você? – ela o questionou, olhando-o feio – E o vestido de Lana será perfeito para a ocasião! – exclamou me olhando animada.

- Como sabe sobre o vestido? – perguntei espantada.

- É que ela estava pensando nele quando te trouxe. – respondeu piscando – Só acho que será meio provocante para uma pessoa... – insinuou rindo perversa.

- Quem? – perguntei sem entender, ficando curiosa com o vestido e com o que ela queria dizer com aquela insinuação.



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