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História Alien - Need Your Love - Minha pessoa especial


Escrita por: julythereza12

Capítulo 17 - Minha pessoa especial


Fanfic / Fanfiction Alien - Need Your Love - Minha pessoa especial

- Sabe o que eu acho mais engraçado? – ele perguntou me apertando mais – É que você está com medo do fantasma do filme e não do vampiro real que está te abraçando. – respondeu colocando o nariz no meu cabelo.

- Hunf, me solte paspalho! – mandei, a irritação voltando por causa daquele comentário dele e minha demonstração de fraqueza.

- Ah Katy, estávamos indo tão bem. – reclamou me soltando como eu mandei.

Não gostei do ‘Katy’, gostava mais dele me chamando de ‘Katrina’, apesar de eu odiar meu nome, eu gostava da forma que ele falava... Okay, estou pensando besteira again, sabendo que ele pode ouvir tudo que se passa na minha mente, que ótimo! Virei-me para o lado, de costas para ele e voltei a assistir o filme em silêncio. Continuava morrendo de medo, mas não pedi conforto em nenhum momento... Estava acostumada em guardar minhas emoções.

- Você irá surtar uma hora. – Bill falou tirando a minha atenção do filme, lendo meus pensamentos.

- Vou? – perguntei dando corda para ele. O filme estava assustador e apesar de ele ser um paspalho, eu preferia falar com ele a prestar atenção no filme.

- Sim, irá. Não pode guardar as suas emoções para si mesma. – respondeu como se fosse perito no assunto.

Nunca fui muito de contar o que eu pensava, o que eu sentia e com a morte da minha mãe, isso piorou. Nos Estados Unidos, eu era a fria, porque mal eu sorria, era apenas a Anne que me alegrava, Anne e Drew, os irmão alocados e meus melhores amigos. Anne sempre sabia como eu me sentia, ela a única que realmente me conhecia. Mas agora tinha o Bill, um ser que eu não podia esconder nem se quer uma sensação.

- Eu queria sumir. – afirmei me virando para olhar o teto – Não queria ser um encargo para ninguém, queria apenas achar o meu lugar e ficar nele.

- Você é uma humana normal, vai encontrar o seu lugar. – Bill falou tranquilamente – É normal pensar, na sua idade, que se é um encargo para todos, mas uma hora você irá achar o seu lugar. Até eu, uma criatura das trevas que não vive nas trevas, achei o meu lugar... Para mim só falta encontrar a minha pessoa especial. – suspirou desanimado.

- Não encontrou ainda? – perguntei me sentando direito na cama.

- Não. Acho que essa pessoa ainda nem nasceu. – respondeu triste.

- Hum, às vezes até nasceu, você que ainda não a encontrou. – falei dando de ombros.

- Sabe Katrina, têm momentos que eu tenho vontade de sair pelo mundo em busca dela, mas não posso simplesmente deixar meu irmão, Simone, Gordon... Tenho uma vida aqui. Se ela simplesmente viesse até mim, seria muito mais fácil.

Não soube o que dizer, podia falar que talvez ele já a encontrou e que não percebeu isso... Mas iria ficar estranho, como se eu fosse essa pessoa especial e com certeza eu não era ela!

- Já cheguei a pensar nisso. – falou para a minha surpresa, tinha me esquecido que ele podia ouvir meus pensamentos – Mas não é você, tenho certeza, ela não iria ser tão besta como você.

- Paspalho! – permiti-me apenas xingá-lo.

- Besta! – ele revidou se divertindo com a minha irritação.

- Argh, você realmente me tira do sério. – afirmei me levantando rapidamente para tirar aquele maldito filme de terror, não ia conseguir assistir de jeito nenhum.

- Besta medrosa. – provocou-me.

- Você vai ver quem é a medrosa aqui! – exclamei tirando o DVD do aparelho.

Meu movimento foi rápido, mas o dele foi ainda mais. Eu lancei com toda força o DVD na direção dele, mas ele o segurou com a mão mais rápido do que eu consegui enxergar. Bill riu divertido e me encarou com aqueles mesmos olhos de terça-feira. Arrepiei-me na hora, mas não deixei de encará-lo com raiva.

- Não entendo como você consegue não ter medo de mim. Isso me deixa confuso. – ele falou suavizando o olhar.

- Eu apenas acredito que você não vá me machucar. – falei, as palavras saindo sem eu pensar enquanto colocava o outro filme.

- Por que acredita nisso? – quis saber.

- Não sei. – respondi verdadeiramente.

Bill me encarou intensamente, mas não com aqueles olhos de predador, ele me olhou como se tentasse me ver além do que conseguia. Depois, desviou os olhos para a minha TV.

- Quando você virou um vampiro? – eu perguntei voltando para a minha cama.

Ele me encarou novamente por um longo momento e começou me respondendo:

- Foi em 1803. Minha mãe era camponesa, e nós, eu e Tom tínhamos começado há pouco a trabalhar na colheita. Um dia, nós nos encontramos com a dona das terras que trabalhávamos, era uma mulher de no máximo uns trinta anos, muito bonita e sofisticada. Nathalie se interessou automaticamente por nós, mas especificamente em mim. E naquela noite, nossa mãe não agüentou, acabou morrendo de frio. Tínhamos um inverno muito rigoroso naquela época, não existia aquecedor nem nada, era apenas a lareira. Nathalie ficou conosco, nos levou para a casa principal e na noite seguinte nos transformou. – contou – De início, nos encantamos. Ela transformou nós dois porque sabia que eu não iria a lugar nenhum sem meu irmão. Manipulou e ensinou-nos tudo durante um século, até que nos rebelamos. Encontramos Gordon e Simone, estamos com eles até hoje. Fomos os primeiros da família dos Trümper. – terminou o curto relato, curto porque eu tinha certeza que ele deixou de contar muita coisa.

- Nunca mais viu a sua criadora? – perguntei.

- Não, eu a odeio. – respondeu grosso.

Fiquei em silêncio por um momento, assistindo ao filme. Anjos da Noite, a Evolução era um dos filmes de vampiro que eu mais gostava. Mas a curiosidade falou mais alto e eu não me contive em fazer outra pergunta.

- Como é virar um vampiro?

Dessa vez, ele me encarou emburrado, quase com raiva, mas eu apenas continuei encarando-o.

- Por que acha que eu devo te responder isso? – perguntou ao invés de responder.

- Acho que é justo. – respondi – Você saberá tudo que se passa na minha mente por causa dessa conexão de sangue, acho que é justo eu saber sobre você também.

- É como eu te falei, besta. – ele começou a responder meigo – Para se tornar um vampiro é necessário sugar o sangue do individuo até quase a morte e depois devolve-lo transformado. – falou contra gosto – Não é um processo lento, é apenas um pouco doloroso. Afinal, é a morte humana. – conclui prestando atenção na TV.

Voltamos a ficarmos em silêncio, prestando atenção no filme. Eu gostava de assistir, ler essas coisas em meio a amor e sangue, mas nunca desejei que isso acontecesse comigo. O filme agora, prendeu a minha atenção, começou uma daquelas cenas quentes que não mostrava nada demais... Não fiquei nem um pouco envergonhada em assistir aquilo ao lado dele, aquele paspalho já tinha me mordido mesmo e... Droga, estava pensando besteira again. Olhei para o lado temerosa, Bill já não prestava mais nenhuma atenção no filme, os olhos amendoados estavam na minha direção com um ar de divertimento.

- Você realmente me diverte, Katrina. – ele falou começando a rir.

Emburrei-me e encarei-o raivosa.

- Pare de se divertir às minhas custas, paspalho. – mandei voltando a minha atenção para o filme.

- É um pouco difícil, seus pensamentos me divertem. – ele falou muito próximo ao meu ouvido.

Eu não o percebi nem sequer se mexer, devia ser coisa de vampiro e aquilo me irritou, era como se ele estivesse se aproveitando da situação. Com esse meu pensamento, Bill riu ainda próximo do meu ouvido, um riso baixo e musical. Não tive dúvidas, ele com certeza estava se aproveitando da situação.

- Não sei como você consegue me deixar assim, por mais que eu não me dê bem com você, eu nunca me senti tão eu, tão normal... Estou me sentindo como voltasse a ser humano novamente. – falou dessa vez no meu ouvido com a voz musical fazendo os pelinhos da minha nuca se arrepiarem.

- Você é esquisito. – sussurrei. Sabia que ele ia me ouvir mesmo que eu não tivesse aberto a boca.

Os próximos atos dele, eu não consegui nem sequer prever ou para-los. Bill era um mistério para mim, por causa daquela bipolaridade toda, eu nunca tinha ideia do que ele faria, muito menos que tentaria e conseguiria aquilo novamente.



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