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História All my Senses - JiHope - Sob o mesmo céu


Escrita por: LanaAranha

Notas do Autor


Para @joicehayase e todo o carinho (e motivação) que ela dedicou a mim e à essa estória 🧡 obrigada mesmo, por tudo, teus comentários me fazem um bem danado!

Musiquinha de hoje, uma última vez em algum tempo: https://youtu.be/pJFxn-W8xtg

Capítulo 16 - Sob o mesmo céu


Fanfic / Fanfiction All my Senses - JiHope - Sob o mesmo céu


Não fazia muito tempo que Hoseok estivera alí.
Definitivamente não.
Fora há menos de um dia.
Parecia até irônico que, logo ele, quem sempre tivera uma aversão bem mais que declarada ao pequeno distrito onde nascera, o estivesse visitando, com uma frequência igualmente notória, do que não fizera em todos os seus vinte e seis anos de existência, desde que deixou para trás o lugar.
E ainda assim, novamente parado em frente ao primeiro lugar que lhe fora um teto, não haviam, em si, sinais de desconforto. Apenas uma vaga e quase agradável sensação de tranquilidade, paz.


Aqui, onde o céu está caindo

Estou coberto de tristeza

Estou correndo e estou rastejando


Lutando por você


"Hum... é um lugar... diferente. Que lugar é esse, hyung? O que estão construindo... alí?" Ao seu lado, como apenas horas atrás sua irmã tinha estado, apoiados sobre o capô escuro do próprio carro, Jimin perguntou, desviando a atenção da construção velha alguns bons metros à frente deles, sendo aos poucos demolida, e então buscando em seus olhos as respostas que os cinza azulados expressavam curiosamente querer saber.

Era ainda meio da tarde (tirara a parte de mais cedo do dia para entregar a não mais sua, moto, para o comprador e resolver as demais pendências acerca de documentação e transferência do seu nome para o outro), e Hoseok só pôde visitar Jimin naquele horário... Levando consigo os prometidos bolinhos de arroz frito (disformes e tostados, deve-se acrescentar) feitos por si mesmo, com as (não tão eficazes, aparentemente) instruções de Jiwoo.
E ao chegar à clínica, ele sequer perdeu tempo, tão logo fora conduzido pela (estranhamente calorosa para consigo) enfermeira Shin, encontrando Jimin no interior do local, lendo um de seus livros para uma sonolenta Sra. Algodão. Bolinhos entregues e, como das outras vezes, dividindo o que ganhara com quem estivesse por perto, fazendo Hoseok provar do próprio tempero e, não exatamente apreciando o gosto forte de orégano, mas contente ao menos pelo queijo derretido no interior da massa... E então ambas as mulheres mais velhas também tiveram que degustar de seus dotes culinários inexistentes, a enfermeira presente tentando, inutilmente, impedir a interna idosa de comer das frituras pouco saudáveis.

"Ele cozinha até que bem, Jimin-shi! É homem pra casar!" Fora o que a velhinha Algodão, disparou, sem qualquer receio ou filtros, depois de devorar três bolinhos e, um tantinho relutante, ao que parecia, em soltar a Tupperware com estampa de ovelhas contendo as ditas tentativas de bolinhos.

E mesmo um pouco envergonhado como estranha e subitamente se sentia, diante da fala e reação alheias que recebera ao chegar alí, Hoseok não pôde conter a própria ansiedade e euforia que sentia, quando convidou Jimin a acompanhá-lo a um lugar que queria muito o mostrar.
A resposta dele, como o Jung estava tão necessitado por saber, fora pronta e animadamente positiva.
E naquele ponto, Hoseok supunha que a enfermeira Shin já não via mais tanto sentido em tentar conter seus avanços com relação à sua aproximação com Jimin.

E então, alí estavam eles, o sol já distanciando-se a oeste, mas seus raios ainda deixando rastros claros nas esparsas nuvens esbranquiçadas e laranja-róseas acima.

"Esse lugar, Minie, é onde eu praticamente nasci e vivi pelos primeiros anos da minha vida. Foi nesse orfanato que conheci a Woo-noona." Explicou, paciente e atencioso, até mesmo fazendo uso do honorífico, apenas porque o próprio Jimin o fazia, consigo, com sua irmã e mesmo seus companheiros de equipe. "E também, Jiminie, atualmente que as crianças foram realojadas pra um outro lugar temporário enquanto a reconstrução disso aqui fica pronta, já que fui eu quem comecei com esse projeto, me deixaram escolher um novo nome... Acho que pensaram que eu escolheria o meu próprio ou algo assim..." Hoseok riu brevemente da última fala que disse, realmente lhe era risível de tão ridícula, tal ideia. Mas deixando de lado os próprios pensamentos sobre isso, ele logo prosseguiu: "Quer me ajudar a escolher, Minie?" E de imediato, a resposta de Jimin fora um risinho baixo seguido do desviar dos olhos acizentados para baixo, como fazia as vezes. Como antes... "Eu gosto de Saem." Em um impulso, Hoseok soltou, respondendo à própria sugestão. Era algo em vê-lo tão genuíno e seguro consigo, que o fazia sentir quase como se fossem os mesmos de cinco anos atrás.
Mas porque sabia que já não eram mais os mesmos, nunca seriam novamente, Hoseok fixou seus olhos castanho afogueados no pequeno e silencioso garoto ao seu lado.
Vestido em algumas das roupas que Jiwoo tomara a liberdade de comprar enquanto esteve fora (fazendo excelente uso de um dos seus cartões ainda na posse da mesma, desde a ocasião em que pedira que ela trouxesse para ele e Jimin o café da manhã, naquela primeira noite em que dormiram parcialmente juntos no chalé), bem como devolver o estimado pijama azul que Hoseok ficara de lavar e o entregar (cumprindo apenas com o primeiro feito)... A camisa amarela de mangas compridas e finas linhas horizontais azuis, combinava perfeitamente com a cor alva da pele dele e o tom escuro também azul dos cabelos, e o macacão jeans, provavelmente ao menos dois números maior que seu manequim miúdo, o fazia parecer ainda menor, adorável e meninil. Isso, e os converses vermelhos quase iguais aos que outrora usara. Hoseok sequer conseguia parar de olhá-lo.

"Saem." Após um minuto ou dois daquele silêncio quase palpável, ainda que nada desconfortável para Hoseok, que levara todo esse tempo para observar o outro, sem esboçar maior reação, a voz alheia então resoou, baixinha e suave.
Pelo que Hoseok já sabia e entendera, o Dr. Bae e a enfermeira Shin tendo lhe dito bastante sobre, Jimin havia esquecido por completo sua família. Seus pais. Seu irmão... Para Jimin, ele era apenas sozinho, desde que despertara num quarto estranho de hospital, com queimaduras na pele e confuso. Policiais o enchendo de perguntas e informações receosas de que sua família estava morta, médico e enfermeiros lhe explicando seu quadro, a provável necessidade de uma cirurgia para enxerto de pele em seu braço e mão, da qual ele próprio deveria autorizar a retirada de outros tecidos de seu corpo. E nada referente à família morta, talvez o próprio passado por inteiro, tinha qualquer relevância para ele, porque Jimin não lembrava deles. "É um bom nome, Hobi." E lá estava, outra vez, a voz sussurrada e doce, um ínfimo sorriso daqueles que faziam seus olhos pequenos semifechados.

Mas quando ele deitou a cabeça em seu ombro, e se deixou ser envolvido pelo braço firme alheio em sua cintura, um milésimo de segundos antes de se afastarem do velho orfanato em reforma, Jung Hoseok jurou ter visto um brilho correr fugidio, líquido e silencioso, pelas bochechas de Park Jimin.

Você me dá uma razão, algo para acreditar

Eu sei, eu sei, eu sei

Você me dá um significado, algo que me faz respirar


...


Quando Hoseok fez a pergunta, ainda naquele fim de tarde, de volta à Gamgho, em parte, ele estava tão receoso quanto nervoso.
Talvez não fosse o momento certo... Talvez ele estivesse se preciptando e causaria alguma reação negativa em Jimin e no progresso que estavam tendo na própria relação recém retomada...

Mas ele aceitou. Lhe dissera sim.

"Hobi? Antes você pode só me ajudar a ver um outro lugar também?" Puxando na manga de sua jaqueta brevemente, Jimin chamou sua atenção com o pedido, soando só um pouquinho tenso na voz quase sussurrada e os olhos pedintes.

"É claro, Minie! Vamos onde você quiser ir." Reforçou que o mais novo poderia confiar em si, e lhe pedir o que quisesse. Hoseok sempre tentaria o dar.


É um sentimento agridoce

Com saudades, e eu estou partindo

Eu irei, eu irei, eu irei


Mas eu queria estar aí com você

Oh, eu queria estar aí com você


E ainda pelo caminho que precisavam percorrer, no interior climatizado e confortável do Mercedes Classe A de Hoseok, Jimin começou lhe contar mais algumas coisas sobre seu antigo amigo Popeye, o Sr. Lee Mingi.
O contou que, do pequeno patrimônio que construíra em sua juventude, sem um herdeiro vivo para quem deixar, antes de morrer, em seu testamento, o velho homem sempre com seu estimado cachimbo inativo no canto da boca e piadas prontas e histórias sobre o mar, já havia escolhido o que fazer quanto a isso.
O sistema dos aquecedores melhorados e também os de refrigeração, bem como, aparentemente alguns meses dos salários dos funcionários da CAIG, foram contribuições dele. A enfermeira Mochi foi quem o tinha dito.

Então, quando estacionaram enfim, diante da entrada estreita de muros baixos encardidos pelo tempo e desgaste, tomados por ervas e musgo, cercando um extenso e ligeiramente descido campo de sepulturas, Hoseok sabia um pouco mais sobre aquele que uma vez tinha sido companhia e amigo para o garoto ao seu lado, que lhe era tão caro.

Sem estar devidamente vestido no uniforme militar, desprovido de boína ou capacete, quando levou o joelho destro ao chão, mantendo o esquerdo dobrado erguido, sacando do cós da calça a pistola Beretta (antes de deixar o chalé, a trouxe junto, apenas por força do hábito em tê-la consigo, um instinto de autodefesa e mais ainda, poder proteger Jimin), devidamente travada, com a mão esquerda, segurou-a rente ao peito, a outra mão posicionada atrás das costas, inclinou levemente a cabeça e fechou os olhos.

"Teria sido uma honra servir com os senhores." Em hierarquia, Hoseok sendo Sargento da tropa de Infantaria do Exército Sul-Coreano (das armas rainha), não tinham sido superiores a si, mas em idades sim, quando vivos. E, não apenas por Jimin, mas também pelas histórias próprias deles, de algum modo, mesmo sem nunca tê-los conhecido, o Jung apenas sentia a estranha necessidade de curvar-se em respeito ao peso que carregaram.
O Sr. Lee, até os dias de sua aposentadoria, serviu com honra como um excelente soldado da Marinha de Guerra Sul-Coreana, pelo que soube das recentes e também anteriores, narrativas saudosas de Jimin.
O filho, por um breve período, também serviu como Fuzileiro Naval, depois, porém, conseguiu ingressar no Exército, no qual, serviu exímio, até ser promovido a Cabo (posição na qual infelizmente veio a perder ambas as pernas em um acidente de campo)...

"Ele teria gostado de te conhecer... Digo, o Sr. Popeye, porque não conheci o... filho dele." Trazendo-o de volta, com a voz doce e o toque de casa em seu ombro, Jimin ditou baixo, porém com um ínfimo sorrisinho no rosto de bochechas cheias e coradas pelo açoite do vento frio de fim de tarde.
Hoseok sorriu de volta, pequeno porém genuíno, guardando de volta na parte frontal do cós da calça, a pistola Beretta, internamente grato que o mais novo sequer estranhava ou demonstrava medo, pela presença de uma arma em suas mãos.

Um dos braços de Hoseok protetivamente posto sobre os ombros menores alheios, ao que Jimin envolvia de volta sua cintura magra, a mão pequenina apertando nos dedos gordinhos o tecido cinza de seu casaco, eles então seguiram, assim tão próximos, para uma outra parte daquele campo contendo tantas histórias e memórias sepultadas.

E quando pararam diante das três pequenas lápides posicionadas lado a lado uma da outra, em um silêncio mútuo, sentaram os dois sobre a grama alta.
Sobre cada uma das lousas tumulares, preenchendo o espaço vago das próprias flores dias antes alí também deixadas, provavelmente levadas pelo vento, Jimin então depositou os três lírios brancos que trazia amassadinhos pelos finos caules verdes entre sua palma e dedos pequenos marcados. E por um longo tempo, que nenhum dos dois poderia estimar, apenas ficaram assim, contemplando partes de um passado que infelizmente não poderia presenciar do futuro.

Enquanto mantinha os olhos cinza azulados nas três pedras cinza, Jimin apenas girava e girava a pulseira prateada no próprio pulso, os dedos curtos da outra mão brincando com os berloques da mesma. E então Hoseok delicadamente os envolveu com os próprios.

"Jimin..." Chamou, baixo e cuidadoso. "... você sabe por que eu escolhi te dar essa pulseira, com essas exatas peças?" Perguntou por fim, e um leve negar com da cabeça alheia foi sua resposta, mas rapidamente Jimin acrescentou, verbalmente:

"Hum... porque eu gosto do sol e sempre te associei a ele? Ah, e as estrelas, eu acho que... não sei." Sorriu pequeno, envergonhado. O que só fazia o Jung o achar ainda mais adorável e querer o apertar e proteger em seus braços. Mas contendo o próprio impulso, só o acarinhou nas bochechas fofas com o polegar.

"Você está certo quanto ao sol, Jiminie. Eu realmente quis te dar um pequeno símbolo que te fizesse lembrar de mim. Não porque ache que você vai me esquecer, mas porque, como esse..." Puxou as plaquetas de dentro do próprio casaco, segurando o pequeno e antigo girassol entre o polegar e indicador. "... pequeno pedaço seu que sempre carrego comigo desde que você me deu, eu também quis retribuir com algo parecido. Assim, você e eu temos agora, pequenas partes um do outro para levarmos sempre com a gente." Tão honesto quanto se sentia, Hoseok confidenciou. "E as estrelas, como luz que ilumina e guia, sempre presentes, mesmo nas noites mais escuras em que elas pouco aparecem, mas nunca nos deixam realmente... Assim como eles, seus pais e seu irmãozinho..." Deslizou o toque de seus dígitos para o trio de estrelas pendentes no pulso magro e lateralmente marcado de Jimin, deixando também uma carícia na pele suave da região. "Mesmo não estando aqui com você, mesmo que você não consiga lembrar, agora ou ainda daqui muitos anos... a sua família sempre vai estar presente, fazendo parte de quem você é, como as estrelas fazem parte do céu, seja dia ou seja uma noite escura, fria e solitária. E esse céu, essa pulseira, é você, Jiminie. O elo que une em si, sua família, e também a mim." Finalizou, os olhos castanho quase dourados nunca desviando dos cinza tempestuosos alheios.

Desviando ambas as mãos miúdas do toque das suas esguias, calejadas e ainda em processo de cicatrização dos cortes que sofrera, mas já livres dos curativos... Os dedos gordinhos foram guiados em um trilhar de suas orelhas e pelas mechas encaracoladas marrom avermelhadas cobrindo sua testa e olhos, afastando-as para poder o olhar diretamente, e só então guiou os lábios grossos tão belos quanto suaves, de encontro aos seus, mais finos e tão sedentos daquele toque.

"Obrigado, Hobi. Isso é... é tão lindo! Obrigado... pelo significado ainda mais especial que você deu a esse presente... a cada pedacinho dele..." Enquanto falava, nos olhos pequeninos um brilho singular que os fazia parecer tão maiores do que realmente o eram, Jimin abraçou Hoseok mais forte, deixando vários selares por todo o rosto alheio, desde a testa, têmpora, seu nariz, bochechas, queixo, e por fim, uma vez mais, lenta e intensamente, sua boca.

"Obrigado a você, Jimin-ah, por me deixar encontrá-lo. E por me aceitar de volta. Obrigado, meu amor." Devolveu em resposta, suas bocas ainda conjuntas, um fio de saliva conectando ambos os lábios sensíveis avermelhados ao se distanciarem aos poucos.

"Hobi, só... só têm mais uma coisa... Eu... eu não lembro deles... eu só... não consigo lembrar..." Jimin tampouco precisava verbalizar sobre quem falava. Estava literalmente diante de Hoseok nos três nomes e datas que, só coincidiam no dia em que partiram. "E-e agora, eu não lembro tanto sobre nós... eu só lembro do garoto bonito com sorriso brilhante e cabelos quase vermelhos como pequenas ondas cobrindo os olhos de mesmo tom... Era você." Ele concluiu, os olhares díspares recusando-se deixar um ao outro.
E mesmo que não pudesse fazer muito, Hoseok ainda queria tanto poder fazer algo, qualquer coisa, que ajudasse seu pequeno garoto a lembrar da própria família...
"Você pode... me falar deles? Só um pouco...?" E quando Jimin então o pediu por isso, mesmo que o próprio peito estranhamente doesse por dentro, Jung Hoseok sorriu pequeno quando confirmou que sim, o faria.

"Sim, Jimin. Eu posso."

"Me ajude a lembrar, garoto do Sol." Chegando mais perto do corpo alheio, Jimin apoiou-se em seu ombro, os olhos pequeninos cor de chuva lentamente fechando-se. Ele parecia só um pouquinho sonolento, o Jung podia dizer.

E enquanto deixava o menor o fazer de abrigo, como anos antes já fora feito, Hoseok o fez o que podia para ajudá-lo.
Do melhor jeito que conseguia, ele começou contar para Jimin as partes que possuía, da história dele.

Ele falou sobre um garoto com sobrenome Park que tinha um pai cozinheiro de sorriso fácil e sempre muitas histórias para contar, uma mãe tão pequena quanto mandona e um tanto intimidadora também, e por fim, um irmãozinho pequeno e fofo que o chamava 'rung' por não conseguir pronunciar corretamente hyung...
E quando achou que ainda não fora o suficiente, buscou, nas próprias lembranças, tudo o que mais pudesse oferecer.

"Na sua risada e no seu sorriso, o seu pai sempre estará presente... Porque ele tinha esse mesmo riso contagiante que você têm, Jimin-ah." Afastando-se só um pouco do corpo menor alheio apoiado no seu, Hoseok o fez para poder melhor o olhar. Dos contornos dos grossos lábios de Jimin que trilhava com o indicador, seguiu para a bochecha naturalmente corada e ainda mais realçada pela temperatura ligeiramente fria do cair da tarde. "O tom claro da sua pele, suas bochechas, mesmo o seu tamanho... são característcas herdadas da sua mãe, tenha essa certeza sempre contigo." Tão suave quanto o toque do vento ameno, Hoseok tracejou então o contorno delicado e estreito de um dos olhos cinza com nuances de cerúleo, como a chuva caindo de um céu lenta e gradativamente cedendo o azul para o nublado de nuvens carregadas. "Mesmo sendo negros, não cinza azulados como os seus, os olhos do pequeno Saem tinham o exato formato dos seus, até um deles parecia só um pouquinho menor que o outro, como os seus olhos são..." Com um mordiscar num canto do lábio inferior e mais um segundo ou dois para inspirar e expirar ar, ele prosseguiu. "Então, Jimin, você não precisa se forçar a tentar lembrar da sua família... não agora. Porque sempre que se olhar no espelho, haverão traços deles em você. E mesmo quando não puder ver, você vai conseguir senti-los, aqui dentro." Tocou-o então no lado esquerdo do peito, pressionando de leve sua palma alí. "Porque eles te amaram demais, e você os amou tanto... que, por eu sentir o mesmo por você, posso te afirmar, Jimin, que não apaga. Mas fica gravado. Sempre."

Ao fim do que disse, Jimin se deixou novamente cair em seus braços, as mãos pequenas apertando a frente do seu casaco, o rosto pressionado em seu peito enquanto chorava, baixinho e encolhido contra si.
E tudo o que Hoseok fez, foi o puxar ainda mais perto, colocando-o sentado entre suas pernas compridas dobradas, os braços magros porém fortes, envolvendo-o pelas costas, as mãos hábeis para o manuseio de armas, mas também para proteger e cuidar, afagando-o sobre a camisa amarela com listras azuis, e também no pescoço exposto... Antes de tirar o próprio gorro também amarelo que surpreendentemente optara por usar naquela tarde (ao invés dos bonés de cores escuras e neutras que normalmente preferia), o ajeitando então sobre a cabeça alheia, cobrindo as orelhas pequenas e rosadas para melhor o proteger do quase frio outonal de fim de tarde.

"Eu... quero ir embora, hyung. Quero ir... quero estar aqui, desse lado de fora... outra vez, sem precisar voltar para a clínica. E-e quero você." Afastando-se só um pouco para poder o encarar, olhos pequenos com bordas vermelhas e cílios úmidos, bochechas também notoriamente avermelhadas, lábios cheios ligeiramente trêmulos, Jimin deixou vir enfim a resposta para a proposta que Hoseok o fizera dias antes, antes de partir para o cumprimento de sua última missão. "Me leve com você, Hobi-hyung."

Com um sorriso pequeno, quase hesitante, porém feliz, genuíno, entre as àsperas e esguias mãos, Hoseok ergueu o rosto de Jimin, ao que inclinava o seu próprio para baixo, acolhendo os resquícios das lágrimas alheias em seus lábios, suas pernas o abrigando ainda mais em si... E quando suas bocas enfim se reencontraram, ínfimos e emocionados sorrisos em ambas, eles tiveram certeza... Estavam, finalmente, em casa.


Há uma rachadura na minha janela

Um pássaro no meu quarto

Anjos por toda parte

Que zelam por você


"Vamos." Quando um bom tempo havia passado, nada com o que eles se preocupassem, ainda guardando Jimin em seu seguro e cálido abraço, Hoseok então o chamou. E segurando a mão pequena de dorso marcado por cicatrizes, na sua palma também levando as próprias marcas de feridas recentes, antes de oferecer suas costas para que seu garoto subisse, o impulsionou para cima, fixando então as mãos fortes na parte de trás dos joelhos alheios, ao que ele apoiava o rosto de bochechas macias em seu ombro, os braços quentinhos envoltos em seu pescoço e os dígitos miúdos pairando apoiados sobre seu peito, brincando com os cadarços do seu casaco. Seguiram assim juntos, para fora do pequeno cemitério.
Era a última página já escrita do capítulo encerrado que Jimin revisitava e, então a virava.


...



O dia tinha amanhecido, surpreendentemente ensolarado, a temperatura de fim de outono e quase início de inverno, estava amena, agradável.
Como no primeiro dia em que estivera alí.
Na manhã atual, Hoseok sequer vestia um sobretudo como na dita ocasião passada, apenas a jaqueta de couro que usualmente vestia ao pilotar a antiga moto, fazendo par à uma de suas também habituais, calça jogger preta, e nos pés um Jordan igualmente escuro.

"Bom dia, pequeno passarinho." Abaixando-se até estar na altura do garoto menor, sentado sobre a grama alta ainda orvalhada da noite anterior, Hoseok sussurrou rente à orelha pequena e morna, adornada por uma pequena e solitária joia prateada.

"Passarinho? Por quê passarinho, hyung?" Virando-se para trás, ainda sentado onde estava, ao pé do tronco robusto da árvore de copa alta e frondosa, as folhas laranja e marrom caindo e caindo, as bochechas fofas e coradas, Jimin respondeu ao seu cumprimento.

"Não sei, pássaros são belos e alegres. Isso me faz pensar em você. E também, eu nem teria uma história para contar, se não fosse o pequeno corvo de asa quebrada invasor de árvores, por quem um esquilo solitário se apaixonou." Sorriu aquele sorriso imenso e genuíno que formava e exibia as raras covinhas que possuía sobre os cantinhos do lábio superior, o entorno dos dentes brancos alinhados imitando o perfeito desenho de um coração.

"Uma das minhas histórias favoritas, hyung, porque foi você quem a inventou! E só para mim!" Os olhinhos fechados pela elevação das bochechas cheias no expandir dos lábios grossos sorridentes, foi a resposta alheia, quando Jimin levantou do gramado, ficando de pé e, de frente a Hoseok, pressionou com as mãos miúdas gordinhas as bochechas natural e ligeiramente infladas que o Jung também possuía, em contraste com o corpo inteiramente esguio.

"Jimin-ah, você já se despediu dos seus amigos? É só que, você sabe, precisamos partir em pouco tempo." Envolvendo as próprias mãos ossudas em torno da cintura alheia, por sobre a cobertura grossa do casaco de tricô com estampa de esquilo e nozes que Jimin vestia, Hoseok perguntou por fim, mas sem realmente o estar apressando.
Fora na tarde anterior, enquanto visitavam as sepulturas da família Park, Jimin decidira que queria ir embora, consigo, então tiraram a noite para apenas noticiarem a clínica, pela estima que o próprio Jimin tinha por alguns de seus cuidadores e a única companheira interna de quem era amigo, bem como os mesmo, muito claramente, sentiam grande afeição por ele. Hoseok sequer podia contrariá-los, sabia que era apenas inevitável, amar Park Jimin.
Não foram preciso medidas judiciais (ainda que o Jung já até mesmo estivesse preparado para isso, se necessário fosse). A liberalização de Jimin seria como a alta emitida nos hospitais para àqueles que já não necessitam de cuidados da ala hospitalar.

"Hunrum... Eu me despedi sim, Hobi. Só deixei a Yeo por último, porque ela sempre foi minha companhia mais constante."  Apontou com o indicador gordinho, a árvore grande de folhagem quase sempre vermelha, cuja imensa copa os cobria. Hoseok somente assentiu, nos lábios um mínimo sorriso, porque entendia perfeitamente porque Jimin gostava tanto daquelas plantas, por cinco anos, elas haviam sido, de fato, companheiras para ele. "Elas vão continuar a serem companhias para outras pessoas... que precisarem." Concluiu, a pureza que ele sempre exalava quase palpável através da fala carregada de empatia e os olhos pequeninos tão brilhantes quanto centenas, milhares de fogos de artifício explodindo na imensidão do céu em noites escuras.

"E a Sra. Algodão, meu amor? Você já falou com ela hoje?" Perguntou novamente, genuinamente interessado na resposta que obteria.

"Ela nunca para de dizer que você é muito bonito. E que seu nariz é quase um monumento de tão perfeito!" Hoseok franziu as sombrancelhas com aquele papo outra vez sobre seu nariz, mas riu sonoro e honesto. "A Algodão também disse que devo aproveitar todos os bailes que eu puder... para construir um monte de histórias que levarei para sempre comigo e que sejam ainda melhores que as dela." Jimin então acrescentou, um sorrisinho de canto nos lábios enquanto falava, os olhos fixos nas próprias mãos brincando com os dedos miúdos uma da outra.

"Seus amigos são pessoas muito boas, Ji." Puxando gentilmente o garoto menor para si, envolvendo-o pelos ombros com um braço, Hoseok deixou um beijo terno no topo da cabeça alheia, e só então disse, contra os fios azulados revoltos. Alguns segundos antes de seguirem para as últimas despedidas.

...


Hoseok não quis interferir naquele momento, então os deixou sozinhos, ficando alguns bons metros afastado, observando discreto os abraços apertados que a enfermeira Shin dava em Jimin, parecendo bastante emotiva e um tanto relutante em soltá-lo. O Dr. Bae, junto, depois de deixar um afago desajeitado nos cabelos azuis do garoto, parecendo murmurar alguma coisa breve, como o próprio Jung, parecia somente assistir a interação da enfermeira e paciente que evidentemente haviam se tornado bem mais que apenas isso.

...


"O que a Mochi falou com você quando te segurou no portão?" Trazendo protetivamente numa mão e apoiada na lateral da cintura, a caixinha de papelão comportando suas pequenas plantas que podia carregar consigo, ao que Hoseok levava seus outros pertences (as poucas roupas e os diversificados e pesados livros que possuía) na mochila camuflada em suas costas, levando também algumas das próprias coisas numa pequena mala de mão (a maleta comportando suas armas inclusa no interior da mesma), evidentemente curioso, Jimin então lhe mandou essa. Tão logo atravessaram, uma última vez, ao menos por um bom tempo, o citado portão férreo da clínica psiquiátrica, os olhos tão fixadamente familiares em si, aguardando uma resposta.

Hoseok lembrou do que a mulher mais velha tinha lhe dito baixo um instante antes de deixarem o lugar que por tanto tempo havia sido a casa do seu garoto. "Você também é alguém muito bom, rapaz. Tenho certeza que vai cuidar bem do meu querido Hélio."

"Hum... algo como tenho certeza que vai cuidar bem do meu querido Hélio." Respondeu em um meio sorriso de quem realmente estava bem consigo mesmo. "E pra você, o que ela disse? Não precisa me dizer tudo, se não quiser, imagino que tenha sido um bocado de coisas." Sendo honesto, guardando para si mesmo só umas poucas palavras, Hoseok verbalizou também a própria curiosidade.

"Hobi-ah, nem foram tantas assim! A Mochi sempre foi muito preocupada, não só comigo, mas com todos os internos." Riu docemente enquanto falava, usando a mão livre para desferir um empurrão pouco leve num dos ombros de Hoseok para finalizar. E o que fez ele próprio rir também, afinal, por vezes falar batendo com aquelas mãos fofas surpreendentemente pesadas, também era um hábito que o Park sempre tivera. "Ela disse que a Algodão estava certa, que vai me fazer bem ir embora. Que... você vai cuidar bem de mim..." Sorriu tímido então, um contraste adorável com a mãozada de antes. Ele era precioso demais aos olhos apaixonados do Jung. "Ela disse que tem certeza que vou ficar bem, que meu lugar nunca foi ... mas aqui, desse lado de fora do mundo. Ela também prometeu cuidar do Pulguento, quando ele aparecer, e do jardim. E foi isso... ah, e mais um monte de recomendações e promessas de que devo me alimentar bem!" Riu de novo, sonoro e contagiante, ao fim de sua narrativa. Mas Hoseok, conhecendo-o quase tão bem quanto a si mesmo, captou o exato momento em que ele começaria chorar.

"Ji... amor? Se você não tiver certeza, podemos ficar em algum lugar aqui por perto... você não precisa se afastar deles... Se você quiser ficar, então eu também fico." Sim, ele faria isso. Desistiria de todos os seus planos traçadamente certos sobre ir embora, deixar o país, construir uma nova vida longe, ele abriria mão de todos eles, por Jimin. Não seria a decisão mais fácil ou prazerosa que tomaria em sua vida, mas, por ele...

"Você... faria isso... por mim?" Ergueu o rosto vermelho pelo choro que tentava prender, o olhando com os olhos ligeiramente grandes e brilhantes, as sombrancelhas finas meio franzidas, as bochechas infladas em um bico fofo do que parecia curiosidade, pura e ingênua. Hoseok assentiu prontamente, sem qualquer hesitação. Ele era, e seria para sempre, sua certeza.
E após um tempo que poderia ter durado alguns segundos apenas, ou mesmo minutos inteiros e longos, Jimin abriu um sorriso pequeno e genuíno, os olhos cor de chuva dançando com os seus ensolarados. Naquele exato momento, Hoseok sentiu a mão pequena livre da caixa de sapatos abrigando girassóis-anões e uma acinzentada suculenta, fechar-se firme em um aperto contra o couro negro de sua jaqueta. "É por isso, hyung... por isso, eu tenho certeza que quero ir com você. Não importa onde, eu só quero estar com você."

Jimin, como se interpretasse suas próprias palavras subentendidas em seus olhos que nunca o deixavam, verbalizou-as quase que exatas.
Outras mais eram desnecessárias naquele momento.

Tendo deixado cair de qualquer jeito no chão a pequena mala que segurava, acolhendo nas palmas ásperas e cálidas o rosto delicado que mais amava em todo o mundo, Hoseok inclinou-se para baixo, de encontro a ele, como era certo, e o beijou.


...


Quando estou andando sobre a água

Todos os meus sonhos se tornam realidade

Ainda assim, nada significa nada

Sem você

Você me dá uma razão, algo para acreditar


"Eu não sou uma pessoa boa, Jimin." Repetiu, o que apenas alguns dias antes, já havia confessado ao outro. E de prontidão, Jimin negou leve com a cabeça, mas antes que ele pudesse dizer algo, muito possivelmente o repreender, Hoseok acrescentou: "Eu de verdade não sou, mas para você, eu sempre vou tentar ser. Porque eu amo você, Jimin, antes mesmo de entender que esse sentimento era mesmo possível. Então... obrigado, por uma vez mais, você me escolher."

"Eu também... também não sou, Hoseok." Jimin não o olhou quando respondeu. Os olhos pequenos fechados, só sentindo o vento oceânico com cheiro de maresia contra o rosto, agitando-lhe os cabelos tingidos de um azul profundo contrastando tão bem com o cinza azulado do olhar... Ele era tão lindo assim... Hoseok não achava que um dia pudesse deixar de notar e ressaltar tal fato. Aquela era também a primeira vez, em muito tempo mesmo, que ele o chamava por seu verdadeiro nome. Era quase melodioso o ouvir dizer...
"Perdi minha família e nem sequer lembro deles. Porque fiquei meio doido. É claro que eu também não sou uma boa pessoa, hyung. Boas pessoas não deviam ficar loucas."

É claro que você é, Jimin! Você é a melhor pessoa dessa merda de universo! Você é tão puro e bondoso, que precisou apagar toda a dor que te causaram e se isolar na própria mente, só pra não ter que encarar a maldade e podridão nesse mundo e assim se permitir ser parte delas... Você escolheu esquecer para não odiar, Jimin. Algo que eu nunca fui capaz de fazer. Você é pura bondade e esperança. A minha esperança.

Naquele momento, Hoseok discordava tanto de Jimin! Tanto!
Mas ele só conseguiu oferecer um ínfimo sorriso quando o olhou de esguelha, encontrando-o já também o encarando da mesma forma, com aqueles olhos doces e brilhantes nuca deixando os seus.

"Você me dá esperança, Jimin-ah." Deixando uma carícia singela com o polegar tocando a bochecha alheia, Hoseok confidenciou, apenas para aquele diante de si, uma de suas maiores e mais significativas verdades.

"Eu...Eu costumava te dizer isso... não era? Hey, tenha um pouco de esperança!" Sorrisinho pequeno, tímido, nos lábios cheios corados, Jimin então jogou de volta, citando a si mesmo e surpreendendo, talvez a ambos, já que ele próprio parecia meio desconcertado com o que lembrava e dizia.

Hoseok sorriu grande dessa vez, seus olhos quase fechando-se por um instante para conter o próprio brilho. Sempre que Jimin lembrasse de algo, por menor que fosse, seria seu pequeno êxtase!

"Sim. Era o que você me dizia." Trazendo o outro mais perto contra seu peito, confortando-o no calor de seus braços, Hoseok ditou contra a boca alheia.

Jimin sorriu grande e abertamente então, a mão pequena buscando a sua em um aperto cálido e familiar.

Tantas pessoas e vozes em volta, o som das ondas do mar abaixo deles, quebrando contra o casco do Cruzeiro que os levaria para o primeiro destino, de muitos, que ainda buscariam, a imensidão azul abaixo e acima, um céu lindamente límpido que os permitia vislumbrar o pôr do Sol em seus tantos tons...
E ainda que houvessem tantos, de diferentes tantos, Jung Hoseok e Park Jimin só precisavam de um. Terem um ao outro.

"Eu também, também amo você, Hobi. Então, me leve pra casa, Garoto do Sol."



Você me dá uma razão, algo para acreditar

Eu sei, eu sei, eu sei

Você me dá um significado, algo que me faz respirar



Homesick - Dua Lipa 🧡


Fim.


Notas Finais


E então.... oq acharam???
Espero que não muito ruim! :)

O negócio é que eu escrevi demaaais nessa short (era pra ser uma one e deu nisso... nem é mais novidade cmg!).
Mas o ponto é que foi mesmo preciso, sabe, pra um melhor desenvolvimento/construção da história. Tipo, acho que talvez (é muito provável) que quem leia pense: "encheção de linguiça pqp" mas sério, pessoa daí, eu realmente precisei/quis fazer 'AMS' desse jeitinho mesmo, porque desde o início, focar no romance era o principal, mas não o 'tudo'.
Mesmo feita sob a ótica do Hobi, sempre foi minha intenção abordar, de forma leve (porque óbvia e infelizmente, não sou psiquiatra/neurocientista), meio por alto, os transtornos do nosso bolinho Chim, e o que houve para que ele chegasse a tal ponto, pra gente tentar entender um pouco mais ele e as cicatrizes que o moldaram.
Bem como, de início, cogitei usar de tópico, para a condição do Jimin a Síndrome de Alice no País das Maravilhas, mas lendo e pesquisando sobre, como pude, não vi como a inserir no enredo, simplesmente não funcionava, apenas o nome coincidiria com a personagem original que me inspirou no molde incial do Jimin, o que eu também não queria. E por falar nela, é justo aqui que eu queria chegar:
Ellis Earnshaw e Heathan James, ou Dolly e Coelho Branco, respectivo casal a ser quem me inspirou para moldar as bases dos JiHope, ambos personagens de um livro ao qual amo muito mesmo (com suas vibes meio dark/crazy e tudo 💋💀🔫).

Da autora Tillie Cole, "SICK FUX".
Alguém aí conhece? Se não (tu gosta de darkromance?), recomendo que vá lá agora mesmo procurar essa perfeição literária e comece a ler já! Sério, livro fod@ demais!

Fim do textão:

Se cuida.
Se protege.
Se ame 🧡
Ame nossos meninos.
E vamos apenas 'viver e tentar ficar legal, ok?
Chu!


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