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História Always and Forever - "Você não pode desistir de algo por ser difícil."


Escrita por: KatyQueen_

Notas do Autor


Boa Leitura ~<3

Capítulo 4 - "Você não pode desistir de algo por ser difícil."


Fanfic / Fanfiction Always and Forever - "Você não pode desistir de algo por ser difícil."


Otohsara Isabella's POV
Colégio
Noite

 

Depois da suposta "conversa" que tive com Subaru, o meu humor e a minha vontade diminuíram rapidamente, como uma queda na montanha-russa.

Eu estava voltando para a classe novamente, e pelo jeito, sozinha. Provavelmente terei que arranjar alguma maneira para terminar esse trabalho logo e quem sabe, mudar de dupla.

Não que eu realmente queira isso, mas... Ele me odeia! Eu acho... Não! Eu não "acho", eu tenho certeza que ele me odeia.

Oh, céus, o que fiz para receber isso? Subaru ficou tão bravo de repente e... Não pude fazer nada para impedi-lo. Mas o que eu poderia fazer? Afinal, eu vim atrás dele justamente para... Espera, por que eu vim mesmo? Deve ter sido apenas impulso. Ou aquela enorme curiosidade em descobrir mais sobre ele.

E no momento em que virei o primeiro corredor para ir de volta á minha classe, uma leve ventania se bateu contra o meu rosto.

— Olá, Bella-chan! – levei um enorme susto ao me deparar com Kou bem do meu lado.

De onde ele apareceu?!

— O-Oi Kou! – coloquei a mão em meu peito, respirando fundo. — Você me deu um susto! O que você está fazendo aqui?

— Hã? Eu estudo aqui. – disse o loiro movendo as suas mãos.

— Sério? – arqueei uma de minhas sobrancelhas, surpresa.

— Hai. – afirmou ele. — A Bella-chan não gostou de me ver? – o loiro fez uma expressão chateada, fazendo-me rir fraco.

— É claro que eu gostei. – sorri, dando um leve soco em seu braço. — Mas o que você está fazendo aqui no corredor durante a aula?

Ele encarou um pouco os lados, até fechar totalmente a cara de repente, o que me assustou um pouco pela a troca de humor apreensiva.

— Você conhece o Subaru-kun, Bella-chan? – a sua voz foi um pouco grossa. — Por que vocês estavam aqui?

Espera... Como ele sabe que estávamos aqui? Por que ele ficou tão sério do nada?!

— Hm... Eu o conheço mais ou menos... É que aconteceu uma "confusão" durante o trabalho de literatura. – comecei a lhe explicar a situação firmemente, fingindo que não estava aflita. — Mas já estou voltando para a sala, parece que ele não vai voltar. – eu comentei baixinho, de modo que o fizesse rir.

— Ahn, Subaru matando aula... Que feio. – o loiro me mostrou uma careta, o que me fez rir também. — Mas... – a sua voz ficou séria novamente. — Não se aproxime dele, Bella-chan.

Ah, não! Outro não!

— Por quê? – revirei os olhos.

— Porque... Ele é perigoso demais para alguém como você. 

Franzi o cenho. 

— Como assim "alguém como eu"?

Por puro estímulo, coloquei as mãos na minha cintura transmitindo segurança, o que lhe fez rir mais.

Kou se aproximou lentamente de mim de uma maneira estranha. Com os seus olhos azuis semiabertos. Eles seguiram diretamente para um lugar que eu sabia exatamente que não era para a minha boca. Hã? Era para o meu pescoço?

O loiro pegou uma das mechas do meu cabelo, brincando com ela dentre os seus dedos.

— Alguém extremamente inocente, frágil e... – eu pude ler em seus lábios algo como "deliciosa", mas não poderia ser... Ou poderia? O quê?

Afastei-me de si com uma expressão confusa.

— O que você quer dizer, Kou?

Se ele pensa que eu sou inocente, pode tirar o cavalinho da chuva, porque é só de rosto mesmo! Se ele soubesse que eu já me peguei olhando para a bunda dele e de outros garotos, mudaria de ideia completamente! E ainda bem que não pode ler os meus pensamentos...

Bem, e sobre seus olhos estarem encarando o meu pescoço, tenho que admitir que Kou demonstrava não estar brincando, ou olhando discretamente. Ele estava com as pupilas grudadas em minha pele, como se fosse algo incrivelmente chamativo. E foi algo que me assustou... Um pouco.

— Quero dizer que... Não fique com ele, okay? – vi um sorriso majestoso brotar de seus lábios, enquanto se afastava de mim.

Segurei um suspiro de alívio ao vê-lo se afastar, já que a situação sairia de controle se continuássemos como estamos por mais alguns segundos.

— Mas... – não pude argumentar nada, já que o seu rosto provava que era algo sério. — Tudo bem. – murmurei baixinho, vendo-o se alegrar de novo.

— Ainda bem, M Neko-chan! Eu espero que cumpra a sua promessa...  – assustei-me ao ouvir a palavra "promessa". Que promessa?! Eu não prometi nada. — Então até mais! Encontramo-nos depois! – Kou virou-se na direção oposta, acenando com o braço erguido até o final do corredor, onde não pude mais vê-lo.

Sinceramente, eu não estou entendendo mais nada. Primeiro a minha mãe, depois Kou... Quem vai ser o próximo? Que saco! O que tem demais em me aproximar dele? É apenas um cara da minha idade...

Acho que eu só aceitei a proposta de Kou, porque confio nele. Nós somos amigos de infância e acredito que ele não teria a capacidade de me enganar se o caso fosse mesmo sério... Né?

Mas isso é tão duvidoso! Por que ele estava me encarando daquele jeito...? Por um instante, pensei que iria ser devorada viva. Eu senti as minhas mãos suarem frio, e achei que não estava com medo dele. Por mais que confie e apoio mais que tudo a nossa amizade, acredito que ele está bem diferente de antes... Quando éramos crianças.

Talvez seja apenas minha impressão, porque já crescemos e amadurecemos, ainda que ficamos inúmeros anos sem nos encontrar, mas isso me atrai várias suspeitas e dúvidas.

Tudo bem, mas... Voltando ao caso, eu vou fazer o que Kou me pediu, ou me obrigou a fazer. Mas isso, logo depois de tomar minhas próprias conclusões. Estou destinada a acabar com todo esse mistério sobre Subaru Sakamaki. O que uma pessoa pode ter de tão ruim para se tornar "perigosa"? 

Ah, se ele for um ladrão ou sei lá, um gângster da máfia japonesa, pelo menos é um bom argumento para terminar com todo esse mistério.

Arg... Desde quando fiquei tão intrigada para descobrir sobre um cara durante toda a minha vida? Posso ter certeza de que nunca. Entretanto, posso afirmar apenas uma coisa: desde quando adentrei nesta cidade, eu nunca senti o meu coração bater tão forte ao ver um garoto qualquer. Alguém qualquer. Pois até agora desconfio que ele seja diferente dos outros, ou até algo diferente.

... Mas o que caralhos eu estou pensando?! Okay, vou voltar para a minha sala para ver se paro com toda essa paranoia.

Apressei os meus passos à caminho daquela sala, até ficar perplexa na porta.

O que eu diria para a professora? Que não consegui trazê-lo de volta para a aula e... Terei que fazer o trabalho sozinha. Essa é uma péssima notícia para quem precisa de ajuda em um grupo.

Soltei um suspiro breve e logo criei coragem para abrir a porta, dando de cara com a professora em pé ao lado de sua mesa, e quase todos os alunos com os olhos posicionados na minha pessoa.

— Ele não vem, né?

Para evitar mais constrangimento, apenas neguei com a cabeça e fui para o meu devido lugar. 

Srta. Naomi parecia já lidar com esse tipo de comportamento de Subaru, já que ela nem me questionou mais sobre o assunto. Só soltou um leve bufo e continuou a explicar a matéria como se nada tivesse ocorrido.

Mas de certa forma, isso até que é bom. Digo, bom para mim, pois evitamos um interrogatório.

Agora, voltando para o foco, meu olhar certamente curioso percebe uma concentração de expressões curiosas e aterrorizadas na sala. O que aconteceu?

E quando menos percebi, uma menina de trás me chama a atenção.

— Está tudo bem, Bella-chan? – perguntou ela com as mãos meio trêmulas ao segurar o lápis, o que me atraiu um pressentimento ruim.

— Eu estou bem, por que não estaria?

Ela olhou um pouco para os lados.

— V-Você e-estava com o-o S-Subaru-san no c-corredor s-sozinha e... – a sua voz claramente trêmula me fazia entrar em alerta, mas quando tal colega iria continuar de me explicar a situação, a professora nos alertou.

— Podem parar de conversar meninas? Vocês tem muito trabalho pela frente e não quero ver nenhuma nota abaixo de 6. Ah, e Isa, podemos conversar depois da aula? - aquela frase fez o meu corpo entrar em choque por um instante.

— Claro.

E a partir daí, passei (ou fiz o máximo para passar) a aula concentrada naquela bendita matéria e o trabalho infeliz. Teoricamente já consegui concluir 1/4 dele, já que a cada minuto eu perdia o raciocínio para ele, para a proposta da professora, ou para os cochichos incomodantes dos alunos.


(DIA SEGUINTE, 03:30 P.M)

 

"— O que foi, Bella? Você está andando muito distraída ultimamente." – falou Mikoto através da chamada.

"— É verdade Bella, aconteceu algo?" -- Koharu também concordou.

— Q-Quê? – desta vez fui eu que falei totalmente perdida.

Eu, Koharu e Mikoto (minhas melhores amigas de infância) estávamos diretamente conversando pelo computador pelo o Skype, já que na escola não temos muito tempo para desabafar sem ser o intervalo.

"— Por que você está tão distraída?".

Nesse momento, eu que estava deitada em minha cama de barriga para baixo, com o computador no meu rosto e uma grande quantidade de folhas de pesquisa sobre o trabalho em frente, enquanto brincava com o marca-texto entre os dedos.

Distraída? Nem um pouco.

— Eu não estou "distraída", é que apenas estou concentrada no trabalho de literatura que vou ter que entregar no fim do semestre. E vocês não sabem o quão odeio essa matéria. – bufei forte, revirando os olhos.

"— Ah, entendo... Mas está muito difícil? Precisa de ajuda?" – perguntou Mikoto.

— É um trabalho em dupla, então creio que não. – falei isso mais para acalmá-las, já que eu, internamente, permanecia em desespero para não receber uma nota ruim.

"— Dupla? Quem é a sua dupla?" – a pergunta de Koharu me deixou um pouco apreensiva.

Mentir ou não mentir? Eu não sei a reação delas ao saberem que Subaru é a minha dupla e nem o que vão dizer com aquilo. Aliás, eu tinha várias evidências que teriam a mesma reação que todo o povo da sala. E aquilo me intrigava muito.

Mas de certo modo, elas são as minhas melhores amigas de infância e não devemos esconder segredo uma da outra, certo? E é apenas uma dupla...

Engoli em seco, dizendo por fim.

 Sakamaki Subaru.

No momento que as palavras saíram da minha boca, grudei os olhos na tela do PC para ver a reação delas (já mencionei que estávamos em uma chamada por vídeo?).

"— Hm." – o som da voz monótona de Mikoto arqueou a minha sobrancelha.

Pelo o que eu esperava: "Ai meu deus, fuja para as montanhas, esqueça todo mundo e passe a morar e sobreviver com ursos. É bem melhor do que fazer um trabalho com ele", a única coisa que recebi foi um olhar acompanhado com um sorriso malicioso de Mikoto.

"— Hummmmmmm... Olha quem já tem um ‘crush’.”

Afundei a minha cabeça nas folhas.

— E-Ele não é o meu "crush", é apenas um trabalho. – comentei baixinho de modo que não pudessem ver o meu rosto se esquentando.

Koharu permaneceu em silêncio, pensativa, o que me fez perguntar o que estaria passando em sua mente sobre isso agora mesmo.

— O que foi, Koharu?

Ela primeiro abriu a boca, para só depois começar a falar um pouco séria.

"— O-Olha Bella, tome cuidado."

Revirei os olhos, começando a ficar emburrada.

— Okay, eu já estou tomando cui... – fui interrompida.

"— É sério, Bella. Ninguém se aproxima dos Sakamakis. Ninguém sequer já falou com um deles. E dizem que Subaru é muito agressivo, além de que todas as meninas que tentaram ter alguma proximidade com ele, tiveram seus corações partidos." – e essa frase, apertou o meu. "— E eu não quero que isso aconteça com você."

Apenas depois de uma respirada funda, retornei a falar.

— Mas como eu disse, é apenas um trabalho. Não vai acontecer nada de mais.

Eu sabia muito bem, que para mim, não significava apenas isso. Ainda contando que a minha curiosidade não colabora comigo.

— Desde quando uma pessoa ficou tão... Perigosa?

Um silêncio permaneceu na chamada, entrando em um clima ruim. Era como se nem elas soubessem do motivo, mas só... Soubessem. É estranho e alimenta minha curiosidade.

"— Ah, gente, vamos mudar de assunto.”

— É... Você tem razão. – pisquei inúmeras vezes até me acostumar com as informações, grifando um pequeno parágrafo do texto onde continha assuntos importantes.

Mas até agora, eu queria entender por que a Srta. Naomi me disse aquilo naquele momento, o que ela estava tramando?


FLASHBACK

 

Um por um, os meus novos colegas saíam apressados pela a porta da sala pelo o sinal da saída que acabara de tocar.

Eu já tinha arrumado minhas coisas dentro da minha bolsa fazia algum tempo, e por isso, quando caminhei em direção à saída, fui parada por uma voz feminina atrás de mim.

— Bella, pode vir aqui um segundo? – perguntou a professora, fazendo-me cessar os passos.

— Er... Claro.

Virei-me de costas com a cabeça meio baixa, segurando firme a alça da bolsa pendurada em um de meus ombros e caminhei para a sua mesa.

— O que foi...? – perguntei de um modo que não parecesse grosso.

— Olha, eu não quero que você fique mal pelo o Subaru, okay? Não pense que eu lhe juntei com ele para você fazer o trabalho sozinha. – concordei com a cabeça, sem falar nada por enquanto. — Quero que você seja bem-vinda nesta sala e faça muitos amigos, pois é quando você volta para essa escola depois de vários anos e... Eu vi que você é uma pessoa extremamente corajosa e determinada no momento em que te vi. Porém, Subaru sempre foi um daqueles alunos mais "na dele", que não se relaciona com ninguém da sua classe e sempre compareceu às minhas aulas, mesmo sem participar dela. E às vezes ando percebendo que os alunos têm um tipo de "medo" dele, correto?

Aham. – continuei ligada à suas palavras, agora entrelaçando minhas mãos super ansiosa para a próxima frase que dissera.

— E no momento que você correu para vê-lo no corredor, foi quando eu percebi que você é a pessoa certa para ser a dupla dele.

Arregalei os olhos, surpresa.

— Apenas te chamei aqui para pedir que não desista dele tão facilmente, okay? Você não pode desistir de algo porque é difícil. Você tem que continuar insistindo para tornar um pouco mais fácil. – continuou ela. — Eu tenho certeza que vocês tirarão uma boa nota nesse trabalho. Além de que você poderá encontrar um incrível relacionamento.

 

NOW

 

Talvez a professora tenha razão. Eu não sou uma pessoa muito insistente, só que não desisto muito fácil. E quando ela disse tudo aquilo para mim, foi mais uma motivação do que uma obrigação.

Agora tenho que tentar criar um pouco mais de coragem para confrontá-lo, e perguntar o que está acontecendo com ele. Ou o que eu fiz de errado para deixá-lo tão frustrado de repente. E vou fazer isso quando for a primeira aula no final da tarde, já que agora são quase 4 da tarde e a escola tem horário noturno, iniciando as aulas às 07:00 PM.

Criar apenas um pouco mais de coragem...

 

CONTINUA...

 

 



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