1. Spirit Fanfics >
  2. Am I Loving You? >
  3. 2 Temp. - É efeito da maioridade

História Am I Loving You? - 2 Temp. - É efeito da maioridade


Escrita por: GiowObsessed

Notas do Autor


Sim, 27 mil palavras.
VINTE E SETE MIL PALAVRAS. EU REALMENTE FIZ ISSO, ALGUÉM ME PARE.

OK, GENTE, CALMA! VAMOS POR PARTES:

Primeiro: OI. Eu realmente ainda não acredito no meu sumiço, eu fiquei por quase dois meses sem aparecer pela primeira vez em tanto tempo. (risos) E eu juro que peço desculpas por isso, aconteceu TANTA coisa de uma vez, que eu nem tive tempo pra pensar nessa história! Por isso demorou tanto, e não por causa do tanto de palavras. Então agora que eu FINALMENTE apareci, me deixem falar sobre isso.
SOBRE ISSO: Ok, não fazia mesmo parte dos planos escrever tanto assim. MIL perdões caso isso tudo de palavras canse vocês, mas eu fiquei tão sumida aqui, que acabei pensando em trazer algo maior pra vocês, para que vocês possam ler com calma e se divertir MUITO ao longo disso tudo, sem ter que acabar tão rápido, hihihi. Eu realmente espero que não tenha sido um erro ter escrito tanto assim, MAS se tem uma coisa que eu tenho certeza é de que está FODA. F O D A.
E É ISSO, MEUS AMORES, APROVEITEM MALIBU TANTO QUANTO ELES!! MAS APROVEITEM MESMO, TÁ?!
BEIJOOOS, ATÉ LÁ EMBAIXO! <3

Capítulo 94 - 2 Temp. - É efeito da maioridade


 

    Dia 29 de setembro 

 

    Finn 

 

    -Tá, valeu, mãe. Mesmo. 

    -Por nada, e pode ficar tranquilo, que vai ficar tudo bem. A Alison vai adorar. 

    -Eu espero. -Suspirei. -O Troy e o Johnny também estão indo? 

    -Sim, com os seus tios. 

    -Ok. Boa viagem pra vocês, e avisem assim que chegarem. 

    -Claro, e vocês dois também.

    -Fica tranquila, nós vamos. 

    -Me avisem quando forem pegar a estrada amanhã, tá?

    -Sim, eu aviso. -Respondi. -A Alison está bem mesmo, né?

    -Sim, filho, ela está dormindo no colo do seu pai. Podem ficar tranquilos, eu sei que ficam preocupados, mas ela está bem. 

    -É, eu sei. -Suspirei. -Então tá bom.

    -Eu vou desligar, nós vamos entrar no avião.

    -Ok, manda um beijo pra todo mundo aí. Pro meu pai, pro Nicolas, pra Jenna, pra geral. 

    -Ok, e manda um beijo pra Millie. 

    -Tá, eu mando.

    -Tchau, Finn.

    -Tchau. -Fui desligar, mas mudei de ideia. -Ah, mãe, MÃE! 

    -Oi, meu filho.

    -Pode dar um beijo na Alison por mim? -Perguntei e ela riu. -E pela Millie também.

    -Claro que posso. 

    -Obrigado. 

    -Tchau, filho.

    -Tchau, mãe. -Desliguei e dei um largo suspiro. Então olhei para o Doug, que estava deitado no chão, olhando pra minha cara. -Agora você vê, gastamos dinheiro com camisinha e pílula, pra agora eu estar aqui quase chorando de saudade da minha filha, porque viajou sem mim. Faço o quê? -Perguntei, e ele só me olhando com cara de tacho. -Exato, não faço nada. -Suspirei outra vez e ele deu um chorinho. -Tá chorando por quê? Chorão. -E mais um chorinho. -Que foi, seu bobo, tu também vai viajar com gente amanhã. -Disse e ele veio até mim bem animado. -Sim, é claro que sim, vai com a gente pra Malibu, cara. -O acariciei. -Vem, vamos dormir. -Disse e me levantei do sofá.

    Então fui até o meu quarto, encontrando a Millie na cama, encostada na cabeceira, lendo um livro com uma mão e segurando uma taça de vinho com a outra. E tinha lágrimas no rosto. -Millie? 

    -Shh, um minuto. -Ela pediu, e continuou lendo por mais alguns segundos. Até que fechou o livro, e somente levou a mão à boca, enquanto pensava em nada, ainda chorando. -Eu não acredito nisso. 

    -No quê? -Perguntei, enquanto me sentava na cama, e ela riu abafado.

    -Eu odeio finais de livros, odeio... -Retirou os óculos e enxugou os olhos. -Nem sei o porquê eu ainda tento ler coisas novas. -Se abanou. 

    -Espera, você já terminou o livro? 

    -Sim, acabei de terminar.

    -Millie, você começou a ler ontem. -Ri.

    -E daí, a história é incrível. -Enxugou o cantinho do olho. 

    -Não chora, meu amor, é só um livro. -A acariciei.

    -Mas me emocionou demais. -Respondeu e deu um suspiro. -Acontece. -Bebeu vinho. -Enfim, seus pais já te ligaram?

    -Sim, vão embarcar agora.

    -Como a Alison está?

    -Tá dormindo, então está ótima. -Rimos. 

    -Eu sei que eles acabaram de busca-la, mas eu já estou com tanta saudade...

    -Eu também. -A acariciei. 

    -Pelo menos ela vai se divertir.

    -É claro que vai, a casa da minha avó é incrível. -Rimos. -É melhor nós irmos dormir, já vai dar meia-noite. E amanhã nós acordamos cedo.

    -É, eu sei. -Nos ajeitamos na cama.

    -E eles só chegam em Vancouver de manhã, então vai passar bem rapidinho. -Disse e nós nos beijamos, então ela apagou o abajur. -Boa noite.

    -Boa noite, amor. -Respondeu e nos aconchegamos um no outro. E finalmente iríamos dormir, porque hoje o dia foi cheio, e eu estou bem cansado. -Finn? -Ok, não vou mais dormir agora.

    -Hm.

    -Será que nós colocamos tudo na bolsa dela? -Ela perguntou. -Será que a gente se esqueceu de alguma coisa? 

    -Não, meu amor. -Respondi de olhos fechados. 

    -Olha, nós colocamos a toquinha na bolsa, as botinhas, três pares de luvas, e... Ai, Finn, nós não colocamos a calça térmica! E se ela tiver hipotermia, amor?! 

    -Millie, você guardou a calça térmica dela junto do casaquinho de pelos, meu amor.

    -Ah, é, eu guardei. -Ela pensou um pouco. -Mas amor.

    -Hm. 

    -E se faltar leite em pó? Ela só dorme tomando leite. 

    -Millie, nós colocamos uma lata inteira de leite em pó na bolsa.

    -Eu sei, mas e se faltar fralda? 

    -Nós guardamos cinquenta fraldas na bolsa, Millie, nem se ela tivesse problema intestinal faltaria fralda, meu amor.

    -Eu sei, mas ela pode passar mal e ter dorzinha de barriga. 

    -Ela não vai passar mal, Millie.

    -Tá, mas você avisou pra sua mãe sobre as meias dela? 

    -Como assim?

    -Tem que avisar que o pezinho dela fica gelado à noite, mas não pode vestir duas meias, senão prende a circulação dela. Tem que cobrir ela com os dois cobertorezinhos que estão na bolsa, eles sabem?

    -Millie. -Me sentei na cama e a admirei. -Fica tranquila, pelo amor de Deus.

    -Não dá, Finn, e se ela passar muito frio? E se ficar doente, ou ter dor de ouvido, ela não está acostumada com temperaturas tão baixas assim. 

    -Meu amor, é só neve. 

    -“Só neve”, Finn? -Me olhou com exaustão. -Está fazendo vinte graus negativos em Vancouver agora mesmo, tem noção? 

    -Tenho, mas não é um problema, ela vai ficar aquecida o tempo todo. 

    -As roupas vão ser suficientes? 

    -Claro.

    -Você sentia frio quando saía de casa com temperaturas assim? -Perguntou e eu assenti que não.

    -Não. -Respondi e ela pensou um pouco.

    -Mas você está acostumado desde bebê... -Me acariciou. 

    -Millie, olha pra mim. -Pedi e ela fez. -Fica tranquila, não vai faltar nada pra Alison e tem roupas de frio até demais pra ela. Vai dar tudo certo, ela vai ficar bem. Todas as lojas e restaurantes são aquecidos, até mesmo dentro de casa, então ela nem vai sentir frio à noite. 

    -Mesmo? -Perguntou e eu assenti que sim. -Eu estou confiando em você, porque eu nunca tive essa experiência.

    -Pode confiar, meu amor, eu estou te dizendo. -Respondi. -E outra coisa, Millie, se eu soubesse que poderia ter algum perigo sequer pra Alison, caso ela viajasse, eu nunca teria deixado ela ir. E muito menos os meus pais teriam pedido para leva-la com eles. 

    -É, tem razão. -Pensou um pouco e me acariciou. -Desculpa, eu só fico preocupada.

    -Eu sei que fica, mas não precisa, tá? -A acariciei e ela assentiu que sim. -Podemos dormir?

    -Sim.

    -Ai, graças a Deus. -Respondi e nos aconchegamos outra vez, e eu finalmente fechei os olhos pra dormir bem gostoso. Mas começou a vir uma chamada no meu celular. -Ai, mano, fala sério! 

    -Quem é à essa hora? -Ela perguntou e eu o peguei.

    -Porra, é o Noah ligando por vídeo. -Reclamei e atendi à chamada. -Que é?

    -Ok, estão preparados?! Vocês não estão preparados pra isso, se preparem! -Ele disse na cozinha. 

    -Como assim, nos preparar pra quê? -Millie perguntou.

    -SÓ SE PREPAREM, ESTÃO PREPARADOS?! 

    -Sim. -Respondemos sonolentos.

    -OLHEM ISSO! -Virou a câmera e mostrou um enorme tabuleiro de jogo caseiro, daqueles que só tem putaria, tipo de festa de faculdade. -NÃO É INCRÍVEL?!

    -Uau. -Respondi.

    -O que é isso, exatamente? 

    -Isso, Millie, é só um aperitivo para a nossa foda e incrível festa em Malibu para os meus dezoito aninhos! 

    -É pra todos jogarem?

    -Todos, sem exceção. E quem não fizer o que está escrito no tabuleiro é corno. 

    -Ok, e por que eu estou vendo uma casa escrito “Finn e Millie façam um bebê”? -Franzi a testa.

    -Ué, porque é pra vocês fazerem outro bebê, qual é a dúvida? 

    -Foi você quem fez esse jogo? -Perguntei 

    -Yes, bro.

    -E de onde você tirou essa ideia, Noah, isso é coisa de faculdade. -Ela riu.

    -Eu sei, mas eu vi no Tiktok que uma galera fez, e aí BOOM, EU TAMBÉM FIZ! 

    -Ah, de novo esse Tico e Teco. -Reclamei.

    -Olha aqui, nem adianta reclamar, porque você vai fazer dancinha comigo. -Ele disse e eu ri.

    -Meu cu, Noah, que eu vou fazer isso.

    -Ai, Finn, vai! Meu aniversário!

    -Tá, Noah, depois eu penso nisso. 

    -Não precisa pensar, eu vou te arrastar pra fazer isso comigo quando você estiver bêbado. -Rimos.

    -E quem disse que eu vou beber? 

    -AHAHAHAHAHA, você é tão engraçado. -Ele disse e abriu a geladeira da cozinha, então ouvimos a irmã dele no fundo:

    -NOAH, PEGA LOGO O MEU SUCO! 

    -ESPERA, CHLOE, MAS QUE SACO, TUDO SOU EU, JÁ FALEI QUE EU VOU LEVAR O SUCO E ESTOU LEVANDO! -Reclamou. -ME AMA DEMAIS, NÉ, CHLOE, ME AMA MUITO! -Apoiou o celular em algum lugar e começou a colocar suco num copo. E eu e Millie aqui. 

    -Por que é que você não para de gritar um minuto? -Ouvimos a voz dela outra vez.

    -Porque tu nunca escuta nada, Chloe, toma logo essa merda. Ah, espera. -Bebeu um gole. -Teve frete.

    -Frete?! Eu vim até aqui pegar! 

    -E daí, eu que abri a geladeira. 

    -Ai, você é tão ridículo. -Pegou o suco e se afastou.

    -Você é mais. -Pegou o celular. -Gente, eu vou...

    -Ei, o que é isso?! 

    -Nada que te interesse.

    -Espera, eu quero ver! -Ela riu. -Você que fez isso?!

    -Foi, então não mexe.

    -Ei, eu também quero um! -Ela disse e ele riu de deboche. 

    -Nem morta, Chloe.

    -Por favor, faz um pra mim! 

    -Chloe, tchau, eu estou numa ligação.

    -Wow, Noah, vocês vão fazer isso tudo?! -Riu. -O Finn e a Millie vão ter outro bebê?! 

    -Eu estou pretendendo que tenham, Chloe, sai da cozinha, anda! 

    -Ok, mas faz um desse pra mim.

    -Já falei que não, tá doida?! 

    -Tá bom, vou mostrar pros meus pais. 

    -NÃÃÃÃO!!

    -Então faz um pra mim.

    -Por que é que você não faz sozinha?!

    -Porque a graça é mandar você fazer.

    -Chloe, eu levei uma semana pra terminar isso.

    -Não ligo.

    -Af.

    -Tá falando com quem? -Olhou para o celular.

    -Com o melhor casal do mundo. 

    -Hardin e Tessa?

    -Que Hardin e Tessa o quê, maluca, eu hein! -Reclamou. -Te orienta.

    -Oi, Chloe. -Acenamos para ela.

    -Olha, se preparem, porque o Noah ferrou vocês nesse jogo. 

    -Imaginamos. -Respondi.

    -Ai, Chloe, para de ser estraga prazer.

    -Isso é por você ter feito a minha melhor amiga não vir pra minha festa.

    -Para de reclamar, pelo menos a Addison vem pra sua festa.

    -Eu sei, e ela está chateada com você.

    -Por quê?! 

    -Porque você prefere ir viajar com os meninos da série.

    -Ah, me desculpa se eu não posso levar uma multidão pra Malibu! Agora tchau, Chloe, sai daqui!

    -Ai, chato. -Respondeu e ela suspirou. 

    -Desculpa por isso, gente.

    -De boa, só assistimos. -Respondi.

    -Pois é, e dessa vez eu vou te dar os parabéns por parar de nos trocar por pessoas que você conhece no Tiktok. -Ela reclamou. 

    -Ciumenta.

    -“Ciumenta” nada, você estava foda quando só ligava pra essas pessoas. Falo mesmo. 

    -Relaxa, Millie, ninguém nunca vai ser tão importante quanto vocês.

    -Hm.

    -E vem cá, o que tu fez pra melhor amiga da Chloe não ir pra festa dela? -Perguntei. 

    -Ah... Não é nada, fiquem tranquilos. -Respondeu. -Eu explico amanhã. 

    -Tá bom. 

    -Me deixem perguntar, vocês vão levar a barraca de camping, né?

    -Sim, nós já guardamos.

    -Afinal, pra quê isso? -Millie perguntou.

    -Lá tem uma trilha foda pra fazer com a galera e é muito legal pra acampar. 

    -E nós realmente vamos acampar? -Perguntei. 

    -Algum problema em fazermos isso?

    -Sei lá, acho que não. -Ri. 

    -Então partiu. Relaxa, galera, vai dar bom.

    -Estamos relaxados.

    -Então sucesso. Ah, e outra coisa.

    -Hm.

    -Não esqueçam, nesse final de semana vão ser anunciadas as categorias para a premiação em janeiro. E nós com certeza fomos indicados para alguma. 

    -De boa, a gente vê isso em Malibu. -Respondi. 

    -Ai, gente, eu estou ansioso pra essa viagem, que nem vou dormir!

    -Ah, eu vou, no caso estou tentando há meia hora. -Ri. 

    -Sério, que bom que nós vamos, AI QUE FELICIDADE! 

    -Ok, Noah, calma. -Millie riu.

    -Não dá, eu estou muito ansioso! -Suspirou. -Enfim, eu vou fazer logo esse tabuleiro pra minha irmã e ir pra cama.

    -Beleza, boa noite.

    -Boa noite, gente. 

    -Beijos.

    -Até amanhã. -Desligamos. 

    -O que será que tem nesse jogo que ele fez? -Ela me perguntou. 

    -Não faço ideia e nem quero fazer. -Rimos. -Agora, pelo amor de Deus, vamos dormir. -A abracei.

    -Vamos. -Ajeitou o edredom e nós finalmente dormimos. 

 

    [...]

 

    E então a porra do despertador começou a tocar. 

    -Ah, vai pro caralho. -Comecei a bater no meu celular, mas o som não parava. -Ai, mas que merda.

    -É o meu que está tocando. -Ela disse sonolenta.

    -Desliga aí, Millie. 

    -Mas a gente tem que acordar.  

    -Só mais cinco minutinhos, vai. -Disse e me aconcheguei outra vez. E nada de parar de tocar. -Millie, por favor, desliga.

    -Não dá, amor, eu esqueci meu celular no banheiro ontem à noite. 

    -Ah, tá de sacanagem. 

    -Não, não estou de sacanagem. -Respondeu e se espreguiçou. Então se levantou da cama, e eu logo percebi que ela desligou o despertador. E ouvi a água do chuveiro cair. -Vem, amor, vamos logo. -Veio por cima de mim.

    -Ai, mas por que tão cedo? 

    -Porque eles passam aqui às sete, e já são seis e meia. -Se sentou no meu colo. -Vem, vamos tomar banho. 

    -Quem foi que teve essa ideia de ir pra Malibu, hein? -Rimos.

    -Para de drama, nós já tivemos que acordar muito mais cedo para viajar. 

    -Tá, vai. -Suspirei de me sentei. -Bom dia.

    -Bom dia. -Me deu um selinho. -Vamos, eu já liguei o chuveiro. -Se levantou e foi para o banheiro. E eu fiquei sentado por mais alguns segundos. 

    -Começou. -Disse para mim mesmo e me levantei da cama.

    Então realmente começou. O dia e a nossa longa viagem pela estrada com destino à Malibu, logo depois que eu e Millie tomamos banho e fomos comer alguma coisa. 

    -Ok, garotão. -Vesti a coleira nele. -Tá lindo. 

    -Pronto, essa era a última. -Ela disse com uma mochila na mão, enquanto descia as escadas. -Eles já estão lá fora?

    -Não, ainda estão chegando. -Respondi e ouvi várias buzinadas altas do lado de fora. 

    -MALIBU, AQUI VAMOS NÓS! -Ouvimos a voz do Caleb e mais buzinadas, nos fazendo rir. 

    -Ok, chegaram. -Respondi.

    -Bom, nós pegamos tudo? -Olhou em volta.

    -Acho que sim.

    -Mas não dá pra achar, tem que ter certeza.  

    -Relaxa, nós pegamos tudo sim. Pelo menos o essencial. 

    -Tá, você guardou meu secador na bolsa? 

    -Ih, não, eu esqueci. 

    -Ai, Finn, eu te pedi pra guardar! -Reclamou e foi para as escadas. -Vai saindo com as coisas. 

    -Afinal, por que o secador é tão importante? 

    -Porque eu só seco meus cabelos com ele! -Subiu. -Inclusive, o pelo do Doug, e você sabe! 

    -Viu, já levei esporro. -Peguei algumas mochilas e a guia da coleira dele. -Vamos. -E então saí de casa, encontrando a vã parada logo à frente. 

    -Finn! -Sadie acenou do banco do carona. 

    -Finnlard! -Ouvi a voz do Gaten, e logo abriram a porta de correr do veículo. 

    -E aí, garotão?! -Jack chamou o Doug, então eu o soltei e ele entrou correndo na vã. -Oi, que saudades! -O acariciou.

    -Fala, galera. -Disse, ao me aproximar deles.

    -E aí, cadê a Millie? -Caleb perguntou.

    -Então, eu até iria conversar sobre isso com vocês, porque ela não vai.

    -NÃO?! 

    -Ué, mas como assim?! 

    -O Noah já sabe disso?! Ele vai surtar! 

    -Pois é, né. -Suspirei. 

    -Pera aí, então é sério mesmo?!

    -Claro que não, porra, ela já está vindo aí. -Ri com eles.

    -Chato pra caralho. 

    -Abre a mala aí, pra eu guardar as coisas. 

    -Beleza. -Respondeu e eu fui para trás da vã, então abri o porta-malas. 

    -Porra, vem cá, quantos meses a gente fica fora? -Perguntei de ironia. -Quanta mochila. 

    -Ah, o Noah, exigente pra caralho. -Jack reclamou.

    -Realmente. -Disse, enquanto ajeitava as coisas. 

    -MILLIE! -Caleb buzinou mais algumas vezes.

    -MILAY! 

    -Oi, gente! -Ela riu e vestiu os óculos escuros, ao trancar a porta de casa. Então se aproximou de mim. -Vai caber tudo? 

    -Claro, colocando com jeitinho sempre cabe. -A admirei com malícia e dei um tapa na bunda dela.

    -Ai, para de ser bobo! -Me deu um empurrãozinho. Então terminamos de guardar as coisas ali dentro e entramos na vã. -Uau, é enorme aqui dentro! -Ela disse. 

    -Né, tá parecendo a vã do mistério S.A. -Disse e nós rimos. Então fechei a porta e me sentei em uma das várias fileiras de quatro bancos com a Millie. 

    -Beleza, galera. -Disse Caleb. -Próxima parada: casa do Noah. -Deu a partida. 

    -Vamos nessa. 

    -O ar-condicionado está ligado? -Millie perguntou, ao encostar na janela e apoiar as pernas em meu colo.

    -Sim, eu acabei de ligar. -Caleb respondeu.

    -E aí, estão ansiosos?! -Sadie se voltou a nós.

    -Muito, você não?! -Gaten perguntou.

    -Claro que estou!

    -Isso vai ser incrível. -Millie sorriu.

    -Vai mesmo. -Jack concordou, enquanto acariciava o Doug. Ele e Gaten estavam sentados em uma das fileiras de duas cadeiras, no outro lado da vã. 

    -Aí, o Noah também mandou vocês trazerem barraca? -Caleb perguntou.

    -Sim. -Respondemos. 

    -Então parece que nós realmente vamos acampar, hein. -Rimos.

    -E aí, Sadie, está feliz? -Brinquei.

    -Pelo quê?

    -Nós vamos aprender a apreciar a natureza, seja grata! -Disse e nós rimos.

    -Não, vocês vão aprender a viver na natureza, isso sim!

    -Pera aí, então vai ser mesmo um acampamento?! -Jack perguntou. -Tipo, no meio do mato?!

    -Não não, vai ser acampamento no meio da casa. -Respondi e nós rimos. 

    -Ah, não fode.

    -A gente vai ter que comer planta e bicho?! -Gaten perguntou. -E mijar no mato?!

    -Ai, que nojo, menos! -Sadie riu.
    -Por falar nisso, onde nós vamos parar na estrada para ir ao banheiro? -Millie perguntou.

    -Nós não vamos parar, Millie. -Disse Caleb.

    -Como não?!

    -Olha atrás de você. -Então nós olhamos para trás.

    -Wow, até banheiro tem aqui. -Ela disse. 

    -Mas que ótimo, eu passo dias aqui dentro numa boa. -Jack se aconchegou. 

    -Mas só um aviso: cuidado na hora de fechar a porta. -Disse Caleb. -Se bater muito forte, ela emperra. 

    -Ouviu, né, Finn? -Gaten reclamou.

    -É, adora bater porta, você. -Jack riu.

    -Eu hein, me errem.

    -Mas como assim “ela emperra”? -Millie perguntou.

    -Não sei, o cara que me avisou isso ontem.

    -Ei, e a gatinha de vocês?! Como está?! -Sadie perguntou.

    -É, a Alison está bem?!

    -Está ótima, eles já chegaram em Vancouver. -Respondi.

    -É, e já nos enviaram várias fotos dela. -Millie sorriu.

    -Ai, que bom.

    -Vocês têm que ver, ela já está quase andando. -Disse. 

    -Oww, ti linda!

    -Vou morrer de amores, tem vídeo?!

    -Não, eu peço pros meus gravarem mais tarde. 

    -Beleza.

    -E vem cá, como que vai ser esse rodízio de volante aí? -Perguntei. 

    -Eu vou dirigir durante algumas horas. E aí você troca comigo, e a Millie pode dirigir durante a madrugada. Ou vice-versa. 

    -Ok, a gente decide.

    -Mas nós não vamos parar em alguma pousada pra dormir? -Ela perguntou.

    -Só em extrema importância, porque o que importa é quem for dirigir não estar com sono. -Caleb respondeu. -O resto dorme aí atrás. 

    -De boa. 

    -É, galera, vai dar bom.

    -Beleza, aqui estamos. -Caleb estacionou. -Na última parada.

    -Ué, já chegamos em Malibu? -Gaten perguntou.

    -Não, animal. -Ele respondeu e buzinou algumas vezes. -CHAMADA PARA: NOAH SCHANPP! 

    -Espero que ele não demore. -Disse Jack. 

    -Duvido que demore, ele estava contando os segundos restantes pra esse momento. -Millie disse e nós rimos.

    -Ele vai ficar muito feliz. 

    -Vai mesmo.

    -Alá, está abrindo a porta. -Sadie apontou, e nós logo o vimos. 

    -TÁ BOM, MÃE, BEIJO, TAMBÉM TE AMO! -Pegou várias malas. -TCHAU PAI, TCHAU CHLOE, TCHAU CHANTILLY! -Gritou para dentro de casa, nos fazendo rir.

    -Ai, ai, não muda nunca. -Millie assentiu que não.

    -Coitada da vizinhança toda ouvindo isso tudo. -Rimos. E então a porta da vã se abriu, e era o Noah.

    -Oi, gente, eu vou falar rápido, porque não tenho muito tempo, então não perguntem absolutamente nada, só escutem. E antes de tudo: não fui culpa minha, eu juro que tentei fazer isso não acontecer, mas acontece que...

    -Fala logo, porra. -Pedi, estando nervoso junto deles.

    -Tá, é que tipo assim, eu tive que...

    -NOAH! -Ouvimos um grito, e logo olhamos pela janela. E tipo assim... -Dá pra me ajudar?! 

    -Tá, Julia, um minuto! -Ele reclamou e se voltou a nós, que olhávamos pra ele horrorizados.

    -Vem cá, você tá falando sério?! -Millie reclamou.

    -Eu sei, eu sei, mas olhem, eu juro que não...

    -NOAH!!

    -AI, POMBAS, O QUE É?!

    -PEGA ESSA MALA! 

    -JULIA, É SÓ VOCE SEGURAR ESSE NEGÓCIO E TRAZER! 

    -MAS É SUA!
    -NDIGWOAOWNSK, TAQUEI PEDRA NA CRUZ! SÓ PODE, TAQUEI PEDRA NA CRUZ! -Foi até ela para ajudar com as malas. E nós todos desacreditados. 

    -Estava bom demais pra ser verdade. -Millie suspirou.

    -Ela não era ex dele? -Jack franziu a testa.

    -Pois é, né, e era pra continuar sendo! -Respondi.

    -Mas olhem o jeito como eles se falaram, a relação parece estar péssima. -Sadie disse.

    -Realmente.

    -Mas então por que ela veio?! -Gaten perguntou.

    -Sei lá! -Dei de ombros. 

    -Mas como assim, essa garota é chata? -Jack perguntou.

    -Não, ela é insuportável, inconveniente, invejosa e psicopata. -Millie respondeu, nos deixando quietos. 

    -Millie. -A olhei de um jeito que ela conhece.

    -O quê, vai dizer que não?! 

    -Não é isso, mas você precisa pelo menos dar uma chance.

    -Ela nunca me deu chance nenhuma.

    -Tá, caguei pra ela, mas pelo menos tenta, Millie. Pelo Noah. -Pedi e ela cruzou os braços, ao desviar os olhares. -Millie. -Disse e ela suspirou.

    -Tá, Finn, eu faço. -Respondeu sem saco.

    -Obrigado.

    -Vocês duas não se dão? -Jack perguntou, mas foi respondido pela porta da vã, ao ser aberta. Então a Julia entrou com uma cara de cu e braços cruzados.

    -Oi. -Disse e se sentou na fileira dupla atrás do Jack.

    -Oi, Julia. -Respondemos todos. Menos a Millie. 

    -E aí, galera?! -Noah entrou bem animado e fechou a porta, se sentando ao lado da Julia. 

    -Noah, levanta. -Millie pediu, num tom de voz que ele conhece.

    -Quê, como assim? -Perguntou. Então ela se levantou bem puta e o puxou pela camisa para levantá-lo. 

    -Ei, ei, ei! -Julia o puxou de volta, também pela camisa. 

    -Ai, o que foi, agora?! Acha que eu vou fazer o que com ele?! 

    -Gente, oi, minha camisa. -Ele disse.

    -E você para de frescura. -Millie o respondeu e afastou a mão da Julia, o arrastando com ela até o banheiro. Mas nós ainda escutávamos suas vozes.

    -Millie, calma, só cabe uma pessoa! 

    -Não ligo, você vai entrar. 

    -AI! -Ele gritou e logo ouvimos a porta fechar. E mesmo assim, escutávamos suas vozes, porém bem abafadas.

    -Tá falando sério?! 

    -O quê?! 

    -Você trouxe ela?! A sua ex?! -E eu levantei as sobrancelhas, porque obviamente a Julia também estava escutando. Mas eu olhei para ela e percebi que estava com fones de ouvido, graças a Deus.

    -Millie, eu não tive escolha! 

    -Ah, não?!

    -Não, a gente só tinha voltado a conversar, só que a minha mãe gosta dela! E me obrigou a chama-la, foi sem querer!

    -Por que ela não fica para a festa da Chloe?! 

    -Sei lá, Millie, pergunta pra ela!

    -Ai, você me irrita tanto!

    -Por quê?!

    -Porque nem era pra você ter voltado a falar com ela, Noah, já se esqueceu do Jack?! -Ela perguntou, e o Jack limpou a garganta para disfarçar. 

    -Como assim, Millie?!

    -Você estragou tudo, era pra você e o Jack se desenrolarem em Malibu, agora já era! 

    -Por que já era?! -Ele perguntou, então a Sadie se virou para trás com a testa franzida.

    -Por causa dela! Agora as suas chances com o Jack acabaram, inclusive a minha paz!

    -A sua paz?

    -Óbvio, essa garota cisma comigo o tempo todo! 

    -É só não dar bola, Millie!

    -Ah, jura?!

    -Juro!

    -E você dá bola por quê?!

    -Af, Millie!
    -“Af” você! -Reclamou. -Que seja, Noah, dá licença. -Abriu a porta do banheiro e se sentou ao meu lado, bem irritada. E nós fingindo que nada aconteceu.

    -Princesa? -A chamei baixinho.

    -Hm.

    -Deu pra ouvir a conversa toda, meu amor.

    -Ótimo, essa era a intenção. -Ela disse, me fazendo suspirar.

    -Pelo visto essa viagem vai ser longa... -Me aconcheguei no banco, logo recebendo uma mensagem no meu celular. E era do Noah. 

 

    -Estou com medo, acalma a Millie pra mim, pelo amor de Deus. 

 

    Franzi a testa e me voltei a ele, recebendo agora um “valeu” com a mão.

    -Então, galera. -Caleb tentou melhor o clima. -Mais tarde a gente para num restaurante, se der fome?

    -Não é melhor um drive-thru? -Jack sugeriu.

    -Eu prefiro.

    -Eu também. 

    -Acho que todos.

    -Beleza. 

    -Então é isso, pessoal. -Gaten se aconchegou. -Essa viagem está só começando! 

    E realmente. Estava só começando. Eu não sei se isso é bom ou ruim, porque daqui a pouco a gente vai surtar um com o outro aqui dentro. No caso, não deu nem vinte minutos e a Millie já surtou com duas pessoas. Vamos só ver até onde isso vai. 

 

    [...]

 

    Quase cinco horas se passaram, desde que todos nós entramos na vã. E nós todos começamos a morrer de fome, então paramos em um drive-thru de burritos e comemos no carro como almoço. Na verdade, nós compramos burritos e X-burguers, já que esses seriam para a janta. E é claro, compramos coisas para beber e muitas garrafas de água,, só para abastecer. 

    Depois disso, eu troquei de lugar com o Caleb e fui dirigir. Então a Millie foi pra frente comigo e ficou no lugar do carona. E foi assim por mais muitas horas, porque agora já são sete e pouca da noite. E já nem estamos mais na cidade, estamos todos na estrada já escura. E vamos dizer que nós acabamos de fazer um karaokê altíssimo dentro dessa vã, nós realmente cantamos várias músicas e bem alto. A única que ficou quieta foi a Julia, mas foda-se, ela é chata. Até o Doug ficou empolgado com o nosso show.

    -THIS IS THE GREATEST SHOW!! 

    -UHUUL!! -Eles todos aplaudiram. Menos eu, porque minhas mãos estão no volante.  

    -ARRASAMOS!! -Rimos juntos.

    -Me dá aqui, é a minha vez de escolher a música. -Noah pegou o celular da Sadie. 

    -Aí, alguém aí já está com fome? -Caleb perguntou.

    -Eu, ia comer agora. -Respondi.

    -Eu também. -Disse Millie.

    -E eu.

    -Todo mundo? -Perguntei.

    -Sim. 

    -Ok, calma aí. -Peguei o saco dos lanches e dei pra Millie. -Millie, pega os nossos e dá o saco pra eles.

    -Qual é o seu? 

    -Um X-tudo, abre aí pra mim. -Pedi e ela fez.

    -Toma. 

    -Valeu. -Mordi um pedaço e ela pegou a salada Cesar dela.

    -Aqui, divirtam-se. -Entregou o saco para o Gaten.

    -Valeu, Mills.

    -E não deem nada pro Doug, senão ele passa mal.

    -Tadinho, e se ele estiver com fome?

    -Ele almoçou agora há pouco, fiquem tranquilos. -Respondi e mordi outro pedaço. 

    -Afinal, pra que trazer esse cachorro? Ele só vai atrapalhar. -Julia reclamou.

    -Eu não acho que seja ele quem vai atrapalhar. -Millie respondeu e mastigou a salada, me fazendo rir baixinho pelo que ela disse. -Ah, e só fala mais baixinho, por favor. Agora é a hora do cochilo dele, e ele não gosta que atrapalhem. -A abriu um sorrisinho cínico.

    -Ah, me poupe. -Julia cruzou os braços.

    -Ok, agora é sério... -Noah assentiu que sim, enquanto mastigava. -Se esse não é o melhor X-burguer que eu já comi, eu não sei qual é! -Rimos.

    -Realmente, isso é dos Deuses!

    -Ei, Noah, o seu também veio com esse molho super esquisito que parece menstruação?! -Jack o perguntou.

    -Pode crer! -Riram e bateram as mãos.

    -Agh, que nojo! -Sadie reclamou. 

    -Isso era mesmo necessário? -Ri.

    -Qual o problema, é a natureza feminina!

    -Sim, mas não é nada agradável de imaginar alguém comendo isso! -Sadie disse e nós rimos.

    -Afinal, como vocês sabem que parece com menstruação?! -Caleb perguntou.

    -Sei lá, a gente só imagina. 

    -Será que eu posso comer sem ficar enjoada?! -Millie riu. 

    -Mals.

    -Obrigada. 

    -Millie, tá enjoada?! -Jack perguntou.

    -Se vocês continuarem com esse assunto, eu vou ficar.

    -Ah, claro, até parece que é por causa do assunto! -Noah debochou. 

    -E seria por causa de quê? -Perguntei.

    -Por causa do seu segundo neném, Finn. 

    -Ah, claro. 

    -Pera, sério?! Tem pãozinho no forno?! -Jack perguntou e eu ri com a Millie.

    -TEM, GENTE?! -Perguntaram.

    -NÃO!! -Nós dois respondemos, enquanto ríamos. -Não, gente, não tem pãozinho nenhum no forno. -Ela disse.

    -Af, que saco. 

    -Mas tem essa salada maravilhosa. -Comeu mais.

    -Por que não escolheu um desses? -Assenti o sanduíche pra ela.

    -É muito pesado, a salada cai melhor. 

    -Po, Millie, não sabe o que está perdendo. -Ri. 

    -Ok, vai, me dá um pedaço. -Pediu e eu a dei para morder. -Hm... -Mastigou. -É bom, mas tem vários gostos. -Rimos.

    -Assim que é bom. -Mordi outro pedaço.

    -Ai, Finn, porra! -Ela disse e levou a mão à boca.

    -O quê?!

    -Tem pimenta nisso?! 

    -Bom, é um X-tudo, então deve ter um pouquinho.

    -Não, não tem “um pouquinho”, tem demais! 

    -O que houve, gente?! -Caleb perguntou.

    -A Millie não gosta de pimenta? 

    -Sei lá, ela sempre comeu de boa. -Respondi.

    -Mas tem muita pimenta nisso, eu não consigo comer. -Assentiu que não e cobriu os lábios com a mão.

    -E agora?! -Perguntaram.

    -Ela tá passando mal? 

    -Gente, me dá esse saco dos lanches, tá vazio? -Perguntei.

    -Sim.

    -Me dá, rápido. -Estiquei meu braço para trás, ainda focado na estrada. Então me deram. -Toma, cospe isso. -O entreguei pra Millie e ela fez. Então o amassou. -Tá melhor?

    -Não, minha língua está queimando. -Se abanou.

    -Toma, bebe. -Peguei minha garrafa de água e a entreguei. Então ela bebeu desesperada.

    -Que bom que ela não engoliu, senão seriam a língua e a garganta queimando. -Disse Gaten.

    -Realmente, essas comidas apimentadas são terríveis. -Disse Sadie.

    -Isso nem está tão forte assim, por isso eu dei pra ela comer. -Troquei a marcha. -Ela deve ter mordido a pior parte.

    -Provavelmente. -Respondeu, ao enxugar o cantinho da boca. 

    -Aliviou?

    -Nem um pouco. -Bebeu mais vários goles.

    -Gente, eu acho que água só piora. -Disse Noah.

    -Pra melhorar a ardência, só bebendo leite. -Disse Caleb.

    -Legal, quer que a gente ache leite aonde nesse meio do nada, mula? -Gaten o perguntou.

    -Calma, merda, eu só disse!

    -Finn, dá leite pra ela aí, vai. -Noah riu.

    -Ai, cala a boca. -Reclamei do comentário ridículo.

    -Vocês realmente estão ajudando muito. -Disse Millie.

    -É, só falam besteira. -Sadie riu.

    -Finn, me dá mais uma, amor. -Me entregou a garrafa vazia.

    -Millie, você vai passar mal bebendo tanta água assim.

    -Não vou, eu só preciso de que pare de queimar.

    -Aqui, Millie. -Gaten a entregou.

    -Obrigada. 

    -Noah! -Ouvimos a voz da Julia lá atrás. -Mas que droga, presta atenção! 

    -Opa, desculpa.

    -Sério?! -Se levantou irritada.

    -Qual é, foi sem querer! 

    -Tá! -Abriu a porta do banheiro.

    -Só não bate a porta! -Millie disse num tom alto para ela escutar.

    -O que você fez? -Perguntei pro Noah.

    -Deixei cair o molho de menstruação na calça dela.

    -Puts.

    -Que vacilo.

    -Foi mal, foi sem querer. 

    -E a Millie ali, virando todas as garrafas de água. -Disse Caleb.

    -Ela não vai mais parar de fazer xixi. -Gaten riu.

    -Não mesmo. 

    -Ah, pelo menos tem banheiro, né. -Jack riu, e então a Julia saiu de lá, e ouvimos a porta bater. Então eu percebi que todos olharam para ela. 

    -O quê?! -Ela perguntou.

    -Ih, cacete... -Dei um suspiro.

    -Julia, qual é o seu problema?! -Millie perguntou.

    -Como assim?! 

    -Eu te pedi pra não bater a porra da porta!
    -Ai, estressadinha, eu não ouvi! 

    -Como não ouviu?! 

    -Sei lá! -Reclamou e se sentou. E a Millie boquiaberta aqui do meu lado, só olhando pra ela.

    -Millie, calma. -Pedi.

    -Para essa vã. -Me cutucou.

    -Como assim, você quer que...

    -Finn, só para essa vã! -Pediu e eu freei. Então ela abriu a porta e saiu puta daqui de dentro. 

    -Gente, o que está acontecendo?

    -Não sei. -Caleb respondeu, então a Millie abriu a porta de trás e entrou na vã, indo até o banheiro em seguida. E tentou abrir a porta com toda a força, mas realmente emperrou. 

    -Emperrou mesmo? -Jack perguntou.

    -Sim, emperrou! -Se voltou à Julia com raiva. -Você fez isso de propósito! 

    -Não fiz nada!
    -É claro que fez, só porque eu te pedi pra não fazer! Por que é que você não me esquece de uma vez?!

    -Ah, você realmente acha que eu estou preocupada em te irritar?!

    -Claro, porque é isso que você sempre faz, desde que eu estou perto de você! 

    -Ai, Millie, faça o meu favor!
    -Não, você faça o meu favor e não bata mais a porta quando eu te pedir pra não bater, porque agora quem vai ter que mijar no mato sou eu! 

    -Bem feito, ninguém mandou comer pimenta! 

    -AI, EU VOU TE... 

    -Ei, ei, ei! -Noah se levantou. -Vocês duas, fiquem calmas!

    -Millie, vem pra cá, anda. -A chamei.

    -Manda ela ficar calma, Noah, que surtada! 

    -Julia, vê se fica quieta também e se acalma, por favor. -Pedi num tom grosso.

    -Finn, eu não estou falando com você.

    -Mas eu estou falando com você, então eu vou te pedir pra abaixar a bola, porque você não é nada da Millie pra falar assim com ela. Então fica quieta.

    -Ela também não é nada minha pra fazer isso, mas é claro, vamos defender a Millie e dizer que ela está certa. 

    -Em algum momento eu disse que ela está certa? -Perguntei e ela ficou quieta, porque não teve resposta. Só soube revirar os olhos. -Millie, vem logo pra cá e fica quieta aqui do meu lado. -Pedi, só pra controlar a situação e nada mais ficar pior dentro dessa vã. Então a Millie finalmente saiu dali e veio se sentar do meu lado, mesmo meio estressada. E realmente, com certeza a Julia ouviu o que ela disse. Não custava se lembrar de não bater a merda da porta, até porque pra quê bater essa merda? -Fica calma aqui, tá? -Disse baixinho para ela, após voltar a dirigir.

    -Ela fez de propósito, Finn, eu sei que fez. -Respondeu no mesmo tom, com os braços cruzados. -Que raiva. -Assentiu que não. 

    -Pode ser que ela tenha se esquecido, Millie.

    -Não se esqueceu, eu sei que não. -Respondeu e eu suspirei.

    -Você está apertada?

    -Já estou um pouco. E minha língua ainda queima. 

    -Bom, não tem jeito, quando quiser fazer xixi, me avisa e eu paro pra você fazer no mato. Paciência. 

    -Ah, fala sério. 

    -Relaxa, Millie. Agora todo mundo vai ter que mijar no mato, inclusive a chatinha lá atrás. -Disse num tom baixo. -Fica relaxada. 

    -Tá... -Suspirou. -Me avisa quando quiser que eu dirija. 

    -Ok, por enquanto está de boa. -Respondi e ela assentiu que sim. 

    E então mais uma hora e meia se passaram. Todos estavam dormindo, inclusive o Doug, ele dormia no colo do Jack. Eu estava acordado, por motivos óbvios, e a Millie também. No caso, por motivos de bexiga estourando. 

    -Hmm, que dor, meu Deus, que dor... -Se ajeitou na cadeira e suspirou.

    -Millie, vai no mato.

    -Não, eu suporto, dá pra aguentar.

    -Mesmo? -Perguntei e ela assentiu que sim, roçando os dentes de dor.

    -Não, não dá não! -Se encolheu e apertou meu antebraço pela dor. -Parece com a dor que eu sentia enquanto estava parindo, só que na bexiga, eu acho que estou morrendo. -Fechou os olhos e respirou fundo. 

    -Millie, pelo amor de Deus, só tem a gente nessa estrada. Vai no mato logo! 

    -Ai, tá, eu vou! -Respondeu e eu freei, então ela retirou o cinto bem rápido. -Meu celular descarregou, me dá o seu.

    -Tá, toma. -A entreguei e ela ligou a lanterna.

    -Não tem nenhum papel por aí, né? -Abriu o porta-luvas.

    -Tem, tem aqui. -Peguei um guardanapo fechado que veio com as comidas e a entreguei. Então ela saiu da vã e se afastou um pouco. Espero que não se perca. 

    Tudo que eu fiz foi dar um suspiro e pegar o celular do Jack, que carregava aqui na frente, só pra ver se continuávamos sem um ponto de sinal sequer. E infelizmente era isso, não vou conseguir ter notícias da Alison tão cedo. 

    -Finn. -Ela me chamou, ao se apoiar na janela do carona.

    -Já foi?

    -Não, eu estou com medo de algum bicho me atacar, por favor, vem comigo. -Pediu desesperada. 

    -Tá, Millie, vamos. -Retirei o cinto e saí da vã, indo até ela em seguida.

    -Vem. -Me deu a mão e se enfiou comigo no meio do mato às pressas. -Vai, segura pra mim. -Me deu o celular e o guardanapo. 

    -Como assim você está com medo de algum bicho te atacar, que bicho estaria aqui?

    -Sei lá, uma cobra, um leão selvagem, um assassino em série, nunca se sabe! -Abriu as calças e se segurou em meu braço. -Ai, ai, que dor! 

    -Não está passando?

    -Sim, mas doeu demais... -Suspirou de dor.

    -Eu te disse pra não segurar por muito tempo.

    -Eu sei... -Respondeu e fez expressão de alívio. -Dá pra parar de olhar pra mim, enquanto eu faço xixi no mato? -Perguntou e eu ri.

    -Tá bom, eu olho pro outro lado. -Disse e assim fiz. E nada dela terminar. -Millie, quantos litros de urina estão saindo do seu corpo?

    -Acho que todos os litros que tinham nas três garrafas de água que eu bebi. 

    -É, eu estou percebendo. Só não desidrata, por favor. 

    -Ok, pronto. Me dá o guardanapo. -Pediu e eu a entreguei. 

    -Está melhor agora?

    -Sim, muito melhor. -Vestiu as calças. -Mas fala sério, eu nunca mais quero fazer isso. 

    -A menina do campo não quer mais mijar no mato?! -Ri. -O que aconteceu com a Mini Mills?! 

    -Ai, Finn, não fode! -Respondeu e nós rimos. -Vem, vamos logo! -E então nós voltamos para a vã. 

    Eu fiquei dirigindo por mais um tempo, e a galera no quinto sono. Só a Millie que continua acordada comigo, mexendo no celular, que agora estava carregando. Só nós dois aqui, desde muitas horas. 

    -Tem certeza de que não quer dormir um pouco? -Perguntei. 

    -Sim, eu cochilei bastante, enquanto o Caleb dirigia. -Respondeu e bloqueou o celular. -Estou um pouco agitada. -Disse e eu a admirei.

    -Está agitada?

    -Sim. -Me admirou. -Por que, quer que eu dirija? 

    -Não, não, é que... -Suspirei. -Sei lá, talvez você pudesse fazer algo por mim. -Disse e a admirei rapidamente com um sorrisinho malicioso. 

    -O que isso quer dizer? -Riu. 

    -Você sabe. -Continuei com o sorrisinho no rosto, e ela quieta. Então eu a admirei e peguei no meu pau em seguida. 

    -Finn, não! -Sussurrou surpresa e olhou para trás. -Amor, aqui não. 

    -Por que não?

    -Nós não estamos sozinhos aqui, Finn. 

    -Praticamente nós estamos, tá todo mundo dormindo. 

    -E daí? É melhor não arriscar.

    -Po, Millie.

    -Finn, nós ainda vamos chegar em Malibu e teremos o nosso quarto, por que quer que eu faça isso agora? 

    -Ah, por que não? -Ri baixinho e ela assentiu que não, com um sorrisinho no rosto. -Só uma chupadinha, vai.

    -Shhh! -Me deu um cutucão e olhou para trás. -Finn! -Sussurrou e me deu um empurrãozinho, enquanto ria. -Para, já chega, não vamos fazer isso aqui. -Respondeu e eu suspirei.

    -Tá, né. -Troquei a marcha. -Mas então saiba que está me devendo. 

    -Aham, estou sim. -Debochou e riu comigo. Então foi pegar o celular no compartimento afrente da marcha do carro, mas acabou derrubando alguma coisa, que caiu aqui pro meu lado.

    -Millie, vê aqui.

    -O quê?

    -Você derrubou alguma coisa, caiu por aqui.

    -Sério? -Inclinou o tronco para perto do meu colo. -Eu não vejo nada. 

    -Deve estar bem aqui embaixo, tenta pegar.

    -Ah, eu estou vendo, foi o cartãozinho do carro. -Se ajeitou e esticou o braço, ainda meio jogada aqui no meu colo. 

    -Consegue sentir?

    -Acho que sim. -Respondeu e continuou tentando achar. -O meu cabelo atrapalha. 

    -Tá, eu te ajudo. -Segurei os cabelos dela. -Vai, tenta agora.

    -Ok... -Suspirou e continuou tocando no chão. 

    -Conseguiu?

    -Não, eu acho que perdi... -Respondeu. -Segura direito o meu cabelo, está caindo!

    -Tá, calma. -Os segurei, enquanto ainda dirigia com a outra mão. -Melhorou? 

    -Sim, afasta mais as pernas. -Pediu e eu fiz, então ela se inclinou mais ainda. -Ok, acho que agora vai.

    -Continua tocando, até sentir mais duro.

    -Eu sei, eu já estou tocando. -Se inclinou mais ainda para baixo, me fazendo suspirar de dor pelo peso na minha perna.

    -Ai, Millie, vai devagar. 

    -Desculpa. -Se ajeitou. -Assim está bom pra você?

    -Sim, vai, continua.

    -Ok... -Ficou em silêncio, ainda tentando pegar o que caiu. E até que ficou tentando pegar por bastante tempo. -Nossa, é bem grande.

    -Sério?

    -Sim, eu acho. -Respondeu, e voltou a ficar em silêncio, na tentativa de pegar o que caiu. -Pronto, pode soltar meu cabelo.

    -Só cuidado com a cabeça.

    -Ok. -Respondeu, e então se levantou. -Até que enfim. -Guardou o cartão e se abanou, enquanto se ajeitava. Até que olhou para trás. -O que foi?! -Perguntou, me fazendo olhar pelo retrovisor. E eu percebi que todos eles estavam acordados, nos olhando chocadíssimos. 

    -Que isso, gente, o que foi? -Perguntei.

    -FOI, QUE VOCE REALMENTE DEU LEITE PRA MILLIE, PUTA QUE PARIU! -Noah respondeu.

    -O quê?! -Eu e Millie perguntamos em coro.

    -FINN, EU TINHA DITO NA BRINCADEIRA, OK?! EU ADOREI PRESENCIAR, MAS MEU DEUS DO CÉU! 

    -Do que você está falando?! -Ela riu.

    -QUE VOCÊ ACABOU DE PAGAR UM BOQUETE PRO SEU NAMORADO, MILLIE! TODO MUNDO VIU! -Então nós começamos a gargalhar. -POR QUE ESTÃO RINDO?! 

    -Gente, falem sério! -Riu outra vez.

    -O cartão do carro caiu aqui, e eu pedi pra Millie pegar pra me facilitar. -Respondi. -Só isso.

    -É, parem de pensar besteira! 

    -Claro que foi o cartão do carro que caiu, foi super o cartão do carro que caiu! -Disse Jack.

    -Safados ambulantes do caralho!

    -Vocês realmente estão achando que rolou um... -Comecei.

    -SIM, PORQUE NÓS VIMOS!
    -Viram errado! -Millie respondeu. -E acabou, já chega. 

    -É, sosseguem e voltem a dormir. -Respondi e freei a vã lentamente. Então puxei o freio de mão e suspirei. -Dirige um pouco, vai. -A admirei.

    -Está cansado? -Perguntou e eu assenti que sim. -Ok, vem pra cá. -Retirou o cinto. 

    -Valeu. -Retirei o meu e nós saímos da vã. 

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------   

    Então eu abri a porta e me sentei no banco do motorista, prontíssima para dirigir, já que eu ainda não estou com sono e nem cansada. O que me surpreende um pouco, mas tudo bem. 

    -Ok... -Ajeitei o banco e ajustei os espelhos. -Aqui vamos nós.

    -Pera aí, você mesmo sabe dirigir essa coisa? -Ouvi a voz da Julia falando comigo. Então eu me voltei a ela. 

    -Não. -Abri um sorrisinho e assenti que não. -Então segura firme. -Sorri outra vez e vesti o cinto. 

    -Ela está falando sério?!

    -Claro que não, Julia. -Noah respondeu sem saco.

    -Millie, tem certeza de que não está cansada? -Caleb me perguntou.

    -Absoluta. Então relaxem e curtam o passeio. 

    -Eu vou é dormir. -Finn se aconchegou no banco.

    -Eu sei que vai, meu amor. -Abaixei o freio de mão e dei a partida, começando a dirigir por aquela estrada escura e deserta. 

 

    [...]

 

    Bom, então nós finalmente chegamos no nosso destino final. Mas não pensem que foi tão rápido assim, nós levamos um dia e doze horas para chegar. Isso porque a estrada estava tranquila, senão teríamos demorado ainda mais. 

    Eu acabei dirigindo até amanhecer. Então troquei de lugar com o Caleb, e nós paramos para comer numa lanchonete aberta que encontramos. Também aproveitamos para abastecer a vã. Então continuamos revezando o volante durante o caminho todo, até nós finalmente chegarmos. Mesmo que já esteja de noite.

    -E aí, qual é a casa?! -Sadie perguntou animada.

    -É, é aquela ali?! Jack apontou.

    -Não, deve ser aquela azul! -Gaten respondeu. 

    -Eu não me lembro, gente, eu era criança. -Noah respondeu, enquanto checava o celular. -Finn, Finn, é aquela lá! -O chamou no ombro, já que ele dirigia. 

    -Calma, aquela lá da frente? -Apontou.

    -Isso, número 76, tá vendo lá?

    -Ah, beleza, já vi.

    -Cacete, é aquela coisa enorme?! -Caleb perguntou.

    -Bom, só pode ser, é o endereço que a minha mãe mandou.

    -Gente, eu já estou imaginando a putaria toda rolando ali. -Jack riu.

    -Eu também. -Noah concordou.

    -Que putaria? -Franzi a testa.

    -HAHAHA, COITADA, QUE PUTARIA SERÁ ESSA?! -Noah riu com o Jack.

    -É, Millie, até parece!

    -Ai, tá, não pergunto mais nada. -Reclamei.

    -Beleza, gente. -Finn manobrou a vã e estacionou na frente da casa. -Chegamos. -Puxou o freio de mão.

    -UHUUUL!!

    -AMÉM!

    -MALIBU, AQUI ESTAMOS NÓS! -Desceram da vã.

    -Está animado? -Abri um sorrisinho e retirei o cinto.

    -Por incrível que não pareça, eu to pra caralho. -Rimos e ele retirou a chave, então saímos do veículo.

    Nós tiramos o Doug dali e mais todas as coisas no porta-malas. E realmente, tinha bastante coisa, mas nós finalmente conseguimos pegar tudo. 

    -E agora, o “grand finale”! -Noah se aproximou da porta.

    -Noah, você trouxe mesmo a chave da casa, né? -Finn perguntou.

    -É claro que eu trouxe, já não me conhece?! -Riu de deboche.

    -Conheço, por isso mesmo que eu perguntei.

    -Relaxa, ela está aqui. -Revirou o bolso da calça, mas não encontrou. -Está no outro bolso, relaxem. -Riu outra vez, e revirou o outro bolso. -Ah, pessoal... 

    -Ah, não.

    -Diz que ele não vai dizer o que eu estou pensando. -Disse Sadie.

    -Eu... -Suspirou e assentiu que não. Até que nos admirou com um sorrisinho no rosto. -HAHA! -Tirou a chave do bolso.

    -YAY!!

    -UHUL!!

    -Vai, abre logo! -Pedi ansiosa. 

    -Vamos lá. -Tentou colocar a chave na fechadura, mas não entrou. -Calma, agora vai. -Continuou tentando, até que franziu a testa. -Ué? -Admirou a chave. 

    -Noah? -Caleb o chamou.

    -O que está acontecendo? -Jack perguntou.

    -Sei lá. -Ele respondeu confuso e tentou outra vez. -Que estranho. 

    -Tenta de cabeça para baixo.

    -Eu já tentei. -Fez outra vez. Então deu um suspiro e se voltou a nós. -Gente, eu... Eu acho que essa não é a chave certa. 

    -O quê?! -Perguntamos em coro.

    -Como assim?!

    -Não sei, ela não entra na fechadura! -Deu de ombros.

    -Como não?!

    -Sei lá, só não entra!
    -Noah, para de brincar, vai. -Caleb pediu.

    -Eu juro, não é brincadeira. -Suspirou. -O meu pai que me deu a chave, vai ver ele se confundiu e me deu a errada. 

    -Impossível, o seu pai presta atenção em tudo que faz. -Respondi.

    -Pois é, mas... É a única explicação!

    -Tem certeza de que essa é a casa certa? -Finn o perguntou.

    -Sim, é essa rua, esse condomínio, e essa casa! Está no endereço!

    -Ótimo, então o que a gente faz agora? -Julia perguntou estressada. 

    -Estamos tentando descobrir. -Caleb respondeu.

    -Puta que pariu, que situação. -Finn suspirou.

    -Eu não acredito que isso está acontecendo. -Disse.

    -E se chamarmos o chaveiro? -Gaten perguntou.

    -Nós estamos longe de qualquer civilização agora. -Noah respondeu.

    -E já são quase meia-noite. Não adianta. -Disse Sadie. 

    -Bom, tem como irmos para um hotel, pelo menos? -Jack perguntou.

    -Tá de sacanagem, né? -Finn respondeu.

    -Sei lá, vai que.

    -Não, ninguém vai pra hotel.

    -Então vai ser o quê? -Gaten perguntou.

    -Estou pensando. -Noah respondeu e se sentou na grama. E nós fizemos igual, porque realmente não estávamos acreditando no que estava acontecendo. Então acabamos discutindo tanto sobre isso, que um bom tempo se passou. E eu fiquei deitada no colo do Finn, para talvez me estressar menos com isso tudo.

    -Tá, mano, agora já foi! -Noah reclamou.

    -Porra, mas olha na merda que deu! -Disse Jack.

    -Ok, quer que eu faça o quê?!

    -Podia ter testado a chave antes!
    -Como eu iria fazer isso, animal?!

    -Sei lá, cacete!

    -GENTE! -Sadie os chamou a atenção. -Chega, isso não vai levar em nada.

    -É, nós precisamos saber como abrir essa porta. -Finn respondeu.

    -E se a gente arrombar? -Gaten perguntou.

    -Boa ideia.

    -Eu sei lá, não é uma boa fazermos isso. -Noah suspirou. -Tudo que eu sei é que os moradores daqui costumam usar o método de segurança espanhola. -Riu de deboche. -Seja lá o que isso for. -Me levantei desesperada.

    -Repete. -Pedi.

    -“Seja lá o que isso for”.

    -Antes.

    -“Método de segurança espanhola”? -Franziu a testa.

    -Noah, por que não disse isso antes?! -Me levantei da grama e fui até a porta.

    -O que ela vai fazer?

    -Sei lá.

    -Millie, você sabe abrir? -Caleb perguntou.

    -Shh, quietos. -Mandei, enquanto analisava as madeiras envolta da porta. Então me agachei e fui analisar o rodapé.

    -Millie, tá tudo bem? -Perguntaram.

    -Esperem! -Continuei o analisando. -Consegui. -Disse e o arranquei da parede com força. Mas foi fácil, porque era madeira falsa, e eu sabia disso. 

    -Por que ela está destruindo a casa? 

    -Não sei.

    -Achei! -Peguei a chave escondida ali dentro e me levantei.

    -Pera aí, é sério?!

    -Como você sabia disso?!

    -Só um pouquinho de experiência morando na Espanha por alguns anos. -Inseri a chave na fechadura e ela entrou.

    -Boa, ela conseguiu!

    -Millie, tu é foda!
    -Eu sei. -Virei a maçaneta e empurrei a porta, fazendo-a abrir por inteiro. -Bem-vindos. 

    -AEE, GALERAA!! -Se levantaram animados. 

    -BORA ENTRAR!!

    -VALEU, MILLIE! -Caleb me abraçou com força e me levantou, me fazendo rir. 

    -Viu, é por isso que eu te amo. -Finn disse, ao se aproximar com o Doug na coleira. 

    -Haha, bobinho.

    -UAU, OLHEM ESSA CASA! 

    -JESUS CRISTO, O QUE É ISSO?!

    -AI, VAI SER INCRÍVEL!

    -Vamos entrar, vem. -Pegou em minha mão e nós entramos com o Doug. 

    -Uau... -Suspirei, enquanto admirava aquilo tudo.

    -Puta que pariu, que foda. -Ele disse. 

    -Galera, olhem que sensacional! -Disse Gaten.

    -Olhem o tamanho daquele bar! -Caleb apontou. -Meu Deus do céu!
    -Noah, por que não nos disse sobre essa casa antes?! -Sadie perguntou.

    -Sei lá, nem mesmo eu me lembrava daqui. -Respondeu, enquanto olhava em volta. -Realmente, não me lembro de absolutamente nada. -Riu. -Irado. 

    -Isso com certeza é mil vezes melhor do que hotel. -Disse Caleb.

    -Graças a Millie, que conseguiu abrir a porta. -Disse Jack.

    -De nada. -Ri.

    -Mas esperem. -Disse Gaten. -Se a chave oficial está na casa do Noah, então que chave era essa escondida? -Perguntou e todos olharam para mim. 

    -Provavelmente uma chave reserva. -Dei de ombros. 

    -Quem se importa?! Nós já entramos! -Disse Noah.

    -Isso aí! 

    -Então agora é hora de escolhermos os quartos! 

    -UHUL!! 

    Então nós subimos e ficamos mais animados ainda. E que casa incrível, realmente essa viagem vai ser inesquecível.

    -Beleza, quem fica com quem? -Caleb perguntou.

    -Bom, eu acho que os casais ficam juntos, né? -Noah respondeu.

    -Então o Jack fica o Gaten?

    -Claro, de boa. 

    -É, vai ser maneiro.

    -Ok, então... -Noah começou. -AQUELE É MEU QUARTO! -Correu para algum deles.

    -ESSE É O NOSSO! -Caleb correu com Sadie.

    -Ei, não vale! -Jack riu.

    -VALEU, BOBÕES! -Finn pegou na minha mão e me puxou para o quarto próximo a nós dois, nos fazendo rir. Então entramos com o Doug e fechamos a porta. 

    -Obrigada por ter esperado para avaliarmos o resto dos quartos. -Rimos.

    -Era pegar ou largar, você viu o desespero deles? -Riu e deixou as coisas no chão. -E você, bonitão de papai, está cansado da viagem, né? -O acariciou.

    -Deve estar tanto quanto nós. 

    -Pois é, apesar de só ter dormido e comido a viagem toda. -Rimos. Então eu suspirei e me joguei na cama. 

    -Nem acredito que chegamos. 

    -Nem eu. -Suspirou e se ajeitou para perto de mim. -Dá até vontade de dar uma relaxada... -Sorriu e ficou por cima, me fazendo rir.

    -Você não para de ficar com vontade um minuto, né? -Brinquei. 

    -Claro que não, já viu a namorada que eu tenho? 

    -Sim, ela é linda. Meus parabéns.

    -Obrigado, demorou muito pra conseguir ficar com ela.

    -Por culpa sua, porque ela só faltava se jogar em cima de você.

    -Ah, é?

    -É. 

    -É? -Abriu um sorrisinho, me fazendo o devolver, enquanto assentia que sim. Então demos um demorado selinho nos lábios um do outro. -Então por que ela não se joga em cima de mim agora, hein? -Me beijou outra vez. 

    -Não. -Assenti com um sorrisinho no rosto.

    -Por que não? 

    -Porque com aquilo ali me olhando não rola. -Assenti para trás dele, então ele se virou e percebeu a cabeça de alce que tinha, pendurada na parede. 

    -É sério?

    -Sim. 

    -Ok, sem problemas. -Se deitou e me trouxe por cima dele, me fazendo sentar em seu colo. -A gente dá um jeito. -Sorriu e acariciou minhas coxas com vontade. Então olhou para trás de mim. -Realmente, tá foda. -Me afastou e se levantou.

    -Não dá pra tirar isso daí? -Pedi e ele tentou.

    -Não, tá preso. -Suspirou e olhou em volta. -Me dá esse lençol. -Pediu e eu o joguei, ainda deitada. -Valeu. -O esticou e cobriu a cabeça do alce. E se voltou a mim. -Piorou, né?

    -Sim, eu não vou fazer sexo com um fantasma me olhando.

    -Vai ver já olham e você nem sabe.

    -Para de ser ridículo. 

    -Ok, foi mal. -O retirou dali e veio por cima de mim. -Por que a gente só não finge que aquilo ali não existe?

    -Ok, mas se eu ficar seca, não força. Porque vai doer. -Respondi e ele riu. Então ouvimos a voz do Jack no corredor, enquanto os meninos também falavam entre si.

    -Tá, eu vejo com eles. -Se aproximou do nosso quarto. -Aí, vocês querem pizza? -Perguntou, enquanto abria a porta. E nos admirou. -ALÁ, NÃO FALEI?! -Se virou para o corredor. -PUTARIA TÁ ROLANDO SOLTA JÁ!

    -Não, Jack, nós... -Finn começou.

    -Como assim?! -Algum deles perguntou de longe.

    -NEM ESPERARAM A COMIDA CHEGAR, JÁ ESTÃO COMENDO! -Gargalhou.

    -JACK! -O chamamos. 

    -Oi, foi mal. -Se voltou a nós. -Mas e aí, querem pizza?

    -Sim.

    -Qual sabor? -Perguntou. -Só não tem de Fillie. -Disse e riu sozinho da própria piada. -Desculpa, qual sabor? 

    -Nós vamos decidir com vocês. -Respondi e nos levantamos.

    -É, nós vamos lá. 

    -Beleza, bora descer.

 

    [...]

 

    E então, dia seguinte. 

    A noite anterior terminou com um ótimo e divertido momento de todos nós, porque rimos bastante juntos, enquanto comíamos pizza. Mas eu confesso que a melhor parte do dia foi quando ligamos para os pais do Finn por vídeo chamada e vimos a alegria toda deles com a Alison. E ela estava linda e muito feliz, brincando o tempo todo com os primos do Finn. Aquilo pra mim foi o suficiente, meu coração ficou bem quentinho, quase derretido. 

    A madrugada e a parte da manhã foram incríveis. Agora já é final de tarde do dia 02 de outubro, e nós começamos a organizar as coisas para o festão privado de hoje à noite, que no caso vai começar às 00:00, já que vai ser exatamente o dia do aniversário do Noah. E eu e Finn estamos aqui no banheiro, pois saímos do banho agora há pouco. 

    -Tá, e o que eles disseram, afinal? -Perguntei, enquanto secava meus cabelos, vestindo somente a lingerie. E ele a toalha na cintura. 

    -Que entregam tudo em torno de quatro horas. 

    -Quatro horas? -Desliguei o secador. -É muito tempo de espera.

    -Eu sei, mas a gente encomendou muita comida. -Pegou o desodorante. -E salgadinho pra caralho. 

    -É, tem razão. -Penteei meus cabelos. -E ainda sobrou bastante pizza de ontem. 

    -Pois é, relaxa, vai ter bastante comida. E álcool pra cacete. -Rimos.

    -Eu percebi, depois que você e o Caleb chegaram com milhares de bebidas do mercado. 

    -Em nossa defesa, foi tudo a pedido do Noah.

    -Ah, mas é claro que foi, vocês nem vão beber mais do que a metade desse álcool todo. -Ri e ele fez feição de convencido. 

    -Ah, e a bonita não vai colocar uma gotinha de álcool sequer na boca, né? -Debochou e eu ri. -Me engana que eu gosto, Millie.

    -Chato.

    -É, e tu é malandra pra caralho. 

    -Ok, já entendi -Ri. -E obrigada pelo elogio. -Passei um óleo nas mãos e acariciei meus cabelos em seguida, e logo fiz o mesmo com ele. 

    -O que é isso?

    -Pra deixar os cabelos mais macios e saudáveis, só um pouquinho.

    -Tem um cheiro bom.

    -Sim, é de amêndoas. -Respondi e terminei o que fazia. Então o dei um demorado selinho e o admirei com um sorrisinho no rosto. -Você é lindo demais, eu sou apaixonada. -Disse e ele riu sem graça. 

    -Ok, “obrigado pelo elogio”. -Rimos. 

    -Disso aqui então, nem se fale. -Acariciei o peitoral e abdômen dele. Então abri um sorrisinho ao retirar sua toalha, e o admirei mais embaixo. -E disso aqui, muito menos... -Assenti que sim, ainda admirando aquilo, com o cantinho do lábio preso aos dentes. Então dei um suspiro e o admirei, notando seu sorrisinho de canto. 

    -Já está libertando a diaba que existe dentro de você? -Perguntou, e eu assenti que não.

    -Deixa pra mais tarde. -O acariciei. -A gente bebe um pouquinho e dá uma sumida da festa, só nós dois. -Abri um sorrisinho. -Ninguém vai perceber. -Disse e ele riu.

    -Só vão ter oito pessoas na festa, acha mesmo que não vão perceber?

    -Acho, mas só se estiverem sóbrios. -Rimos. -Relaxa, a gente dá o nosso jeito. -Sorrimos maliciosamente e nos beijamos demorado outra vez, mas nada intenso. E então fomos vestir alguma coisa, só enquanto não nos arrumamos para a festa. E logo escutamos batidas na porta do nosso quarto. 

    -Entra. -Ele pediu. Então a galera toda entrou, menos o Noah e a Julia, e fecharam a porta.

    -O que houve? -Franzi a testa.

    -Vocês não estão ouvindo não?! -Perguntaram num tom baixo.

    -O quê?

    -Está tudo bem? -Perguntei.

    -Acho que não, eles estão brigando pra caralho! -Caleb sussurrou. 

    -Brigando?!

    -Como assim, desde quando?! -Finn perguntou.

    -Há uns quinze minutos. -Sadie respondeu.

    -Mas por quê?!

    -Não dá pra saber, só escutamos algumas coisas. -Disse Jack.

    -Que tipo de coisas?

    -Sei lá, eles...

    -Shh. -Pedi e eles ficaram em silêncio. Então eu abri a porta do quarto um pouquinho para tentar ouvir.

    -FODA-SE, VOCÊ É UMA ESCROTA!

    -EU JÁ FALEI QUE VIM ATÉ AQUI POR VOCÊ!
    -POR MIM PORRA NENHUMA, FOI PELOS OUTROS! 

    -NÃO, NOAH, NÃO FOI! -Então eu fechei e me voltei aos meninos chocadíssima. E eles mais chocados ainda.

    -Viram, a coisa tá feia. -Gaten assentiu que sim.

    -Gente, o Noah nunca ficou assim antes. -Franzi a testa. 

    -Eu sabia que trazer essa garota não seria boa ideia. -Finn suspirou.

    -Mas o que será que aconteceu para chegarem a esse ponto? -Sadie perguntou.

    -Algo muito sério, com certeza. -Respondi. -Vocês ouviram o que eu ouvi, o Noah não é assim. 

    -Vai lá, Millie. -Gaten pediu.

    -Eu, por quê?

    -Porque você é a melhor amiga dele, tenta conversar. -Disse Caleb.

    -É, vai que ele se acalma. -Disse Jack. 

    -Não, eu não posso me meter assim. -Respondi e tentei pensar no que estaria acontecendo. -Por que ele teve que trazer essa garota pra cá, hein?

    -Exato, mano, ela é chata pra caralho! -Disse Caleb.

    -É, tá sempre de cara feia pra tudo. -Gaten reclamou.

    -Assim, eu sei que não a conheço muito bem, mas ela é filha da puta, mesmo. -Disse Jack. -Principalmente com a Millie, puta que pariu.

    -É, ela não tira a Millie da cabeça. -Finn reclamou.

    -Isso tudo é ciúme?

    -Sei lá, ela é louca. -Dei de ombros. 

    -Bom, seja lá o que for, é doentio. -Jack riu abafado. -Eu vi o que ela fez com a porta do banheiro da vã.

    -Como assim?! -Franzi a testa.

    -Ela ia fechar a porta normal, mas do nada deu mó puxão pra ela bater. -E nós quietos. -Eu vi, mas não falei na hora, pra não causar problema. 

    -Eu falei! -Me voltei ao Finn, puta da vida. -Eu te disse, eu sabia que tinha sido de propósito!

    -Claro que foi de propósito. -Caleb respondeu. 

    -Nossa, que escrota. 

    -Total. -E então ouvimos alguma porta do corredor bater, além de mais gritos. 

    -É, VAI MESMO! VAI, ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA!
    -REALMENTE, NOAH, ERA ISSO SIM!

    -PARA DE MENTIR PRA MIM, PORRA! OLHA AQUI, OLHA SÓ! -E então não ouvimos mais nada a partir daí. Até ele gritar outra vez. -NUNCA MAIS, E ACABOU!

    -ÓTIMO, NOAH, QUE SE FODA, ENTÃO!

    -QUE SE FODA, QUE SE FODA, SÓ VAI! E FAZ O QUE VOCÊ QUISER, POSTA E EXPLANA TUDO, ME DEIXA SER O ESCROTO, EU DEIXO! -E ouvimos a porta da frente bater com toda a força. 

    -Gente, ela foi embora?! -Sadie sussurrou.

    -Ah, não tenha dúvidas. -Finn riu abafado. 

    -Millie, vai lá falar com ele. -Caleb pediu.

    -É, Millie, vai. 

    -PIRANHA, VAGABUNDA! -Ouvimos o Noah outra vez. 

    -Ih, caralho. -Finn franziu a testa.

    -Ai, foda-se. -Abri a porta e comecei a descer as escadas. -Noah. -O chamei.

    -CACETE, INFERNO! -Socou a porta. 

    -Noah, olha pra mim. -Me aproximei dele.

    -FODA-SE, AGORA EU SOU GAY! SABE O PORQUÊ?! PORQUE MULHER NÃO PRESTA, MULHER É TUDO IGUAL! SABE, SIMPLESMENTE NÃO DÁ PRA... -Então eu dei um tapa em seu rosto. -AI!

    -PARA COM ISSO E SE CONTROLA!

    -POR QUE ME DEU UM TAPA?!

    -PORQUE VOCÊ ESTÁ ME ASSUSTANDO! -Respondi, e ele respirava fundo para se acalmar, com a mão cobrindo onde eu acabei de bater. -Me desculpa por ter batido em você. 

    -É, né, você quase arrancou meus dentes!

    -Ai, para de drama, deixa eu ver. -Tirei a mão dele dali. -Viu, só está vermelho. 

    -Ok, e eu espero que não fique nunca mais!
    -Noah só assim você iria se controlar! -Disse e ele suspirou, enquanto acariciava o rosto. -O que aconteceu?

    -Como assim?

    -Como assim, “como assim”?! Que gritaria toda foi essa?!

    -Ah, Millie, a Julia que é escrota pra caralho!
    -Jura? -Perguntei num tom baixo.

    -Não, dessa vez foi diferente! Sabe, ela me encheu a porra do saco pra vir pra essa viagem, eu até achei estranho ela não ter ficado para a festa da Chloe!

    -Mas por que você disse pra ela que viria pra Malibu com a gente?

    -Eu não disse, a minha irmã acabou dizendo sem querer, porque ela perguntou! E depois de tanto ela insistir, eu trouxe ela pra cá achando que, pelo menos, ela queria vir pra comemorar o meu aniversário comigo, MAS NÃO, NÃO FOI POR ISSO! 

    -Foi por quê?

    -PORQUE ELA SIMPLESMENTE TEM A PORRA DE UM NAMORADO QUE MORA AQUI PERTO, ENTENDEU?! E EU NÃO SABIA DISSO, SÓ QUE ELE NÃO PODE IR PRA CASA DELA, ENTÃO ELA DECIDIU VIR ENCHENDO A PORRA DA PACIÊNCIA DE TODO MUNDO DENTRO DAQUELA VÃ PRA SIMPLESMENTE DAR UM PERDIDO NA MINHA FESTA DE ANIVERSÁRIO E IR PRA CASA DO CARA! SIMPLES ASSIM, MILLIE!
    -Como você sabe?

    -PORQUE EU VI AS MENSAGENS NO CELULAR DELA, EU VI! FOI TUDO INTERESSE, SEMPRE FOI, SEMPRE! 

    -Noah...

    -AGORA QUEM LIGOU O FODA-SE FUI EU! E ELA FOI EMBORA, NÃO VAI FICAR PRA FESTA NENHUMA! E VAI SOZINHA PRA CASA DO INFELIZ, EU ESPERO QUE ELA ENGRAVIDE NA PRIMEIRA SENTADA QUE DER NAQUELE CORNO, ESSA GAROTA! Sem ofensas, porque você também engravidou novinha.

    -Noah...

    -MAS EU QUERO QUE ELA ENGRAVIDE E NÃO SEJA PRESENTEDADA COM UMA PERFEIÇÃO QUE NEM A ALISON! NÃO, NÃO, NÃO, VAI TER UM DIABINHO! QUE NUNCA MAIS VAI DEIXAR ELA DORMIR! E QUE NÃO VAI TER PAI PRESENTE! -Então eu estendi minha mão para seu rosto. -Ok, ok, parei. -Se encolheu com medo. -Parei, parei. 

    -Por favor, para de gritar.

    -Já parei, estou calminho. -Suspirou. -Entendeu agora o que aconteceu? 

    -Sim, entendi. -Assenti que sim e suspirei. -Será que agora dá pra acreditar em mim quando eu disser que ela é escrota?!

    -Mas eu sempre acreditei!
    -Claro que não, você namorou com essa garota! Fala sério, como você conseguiu?! 

    -Tá falando do que, Millie, você namorou com o Jacob Embustorius, e ainda ficou pegando um monte de moleque esquisito, antes do... -Estendi a mão outra vez. -Te amo, te amo, te amo! -Se encolheu.

    -Olha aqui, pra sua informação, eu não “pegava”! Eu achava que podia ter um romancezinho fofo e só isso, me deixa. 

    -“Romancezinho fofo”, Millie?! Tinha um garoto na sua frente pra te dar um amor de uma vida inteira, pelo amor de Deus!

    -Ok, Noah, o momento de me julgar já foi anos atrás, e agora é a sua vez! Então pelo amor de Deus, se toca e esquece dessa Julia de uma vez!
    -Mas eu nunca nem me lembrei dela!

    -Então que antes tivesse dito “não” quando ela te encheu o saco pra vir!

    -Acha que eu não disse?! Eu falei mil vezes, só que de algum jeito a minha mãe soube e disse pra ela: “Mas á claro, querida, que cabe mais um”! -Reclamou. -Que saco! -Suspirou.

    -Bom, enfim... -Pensei um pouco. -Está um pouco melhor, depois de ter gritado tanto? 

    -É, acho que sim... -Assentiu com a cabeça. -Foi mal, a discussão saiu do controle.

    -Eu percebi, nunca te vi desse jeito antes. -Ri abafado e massageei seus ombros. -Fica calmo, tá? 

    -Eu vou. Acho que já estava de saco cheio dela.

    -Você não é o único, acredite.

    -Eu sei que não, ela te irrita demais. 

    -Sim, mas eu estou falando da galera lá em cima. Ninguém aguentava mais, Noah. -Rimos. 

    -Eu já imaginei. -Suspirou e nos abraçamos. -Obrigado pelo tapa na cara. 

    -Tudo bem, quando quiser é só pedir. -Respondi, ainda no abraço.

    -Valeu.

    -E vê se esquece isso, amanhã é o seu aniversário. -Nos desfizemos. -E a sua festa vai ser incrível. 

    -Eu espero. -Suspirou. -Bom, eu vou tomar banho. Sobe e avisa pros meninos o que aconteceu, eles devem estar preocupados. 

    -Ok, eu vou. -Ameacei me afastar.

    -Ah, Millie, Millie... -Pegou na minha mão. -Posso te pedir um presente de aniversário? Só assim eu vou ficar mais feliz. -Disse e eu ri.

    -Tudo bem, o que você quer? -Perguntei e ele se ajoelhou, me fazendo franzir a testa.

    -Por favor, por tudo que é mais sagrado nesse mundo. -Pegou em minhas mãos. -Engravida do Finn. -Pediu e eu o olhei com exaustão. -É tudo que eu te peço. 

    -Noah, eu já estou grávida. -Respondi e ele levou as mãos à boca, me fazendo rir.

    -MENTIRA?! -Continuou chocado, e eu só rindo. -PARA, MILLIE, É MENTIRA! -Lacrimejou. -AI, MEU DEUS! AI, MEU PUTO DEUS! -Se deitou no chão. -ISSO, PORRA, ISSO! ERA TUDO QUE EU QUERIA! EU JURO, ERA TUDO! -Se levantou e me abraçou com toda a força, chegou a me levantar. E eu só rindo. -EU TE AMO! EU TE AMO MUITO, MILLIE, ISSO AÍ, PORRA! 

    -Ok, calma. -Ri e o dei tapinhas no ombro. -Já deu, me coloca no chão. -Pedi e ele fez.

    -PUTA QUE PARIU, MILLIE, EU NEM ACREDITO! -Sorriu outra vez.

    -Noah, para de gritar, eu estou do seu lado! -Ri.

    -Tá, desculpa, mas e aí?! O Finn já sabe?! -Sorriu e eu franzi a testa.

    -Pera aí, então é sério? -Perguntei.

    -“Sério” o quê, o que houve?

    -Noah, você realmente acha que eu estou grávida? -Ri. E ele cruzou os braços.

    -Ah, não.

    -Noah, por que você acreditou?! -Perguntei e ri.

    -Qual é, Millie, você me disse que estava grávida! Assim, do nada!
    -Exatamente, eu não iria dizer isso “assim, do nada”! Eu e Finn contaríamos pra todos vocês, inclusive nós dissemos ontem que não estamos grávidos! Eu não sabia que você iria acreditar!

    -Af, Millie, eu sempre caio nessas coisas! 

    -Ok, então eu vou parar de brincar! -Ri. -Mas olha, se você realmente quiser esse presente, então vai ter que conversar e pedir pro Finn. Até porque eu também estou querendo. 

    -Então vai, Millie, você consegue! -Disse num tom baixo.

    -O quê?

    -Engravida e diz que foi um acidente!

    -Noah, não! -Ri. -É claro que não, está louco?! 

    -Ah, eu duvido que ele não iria gostar.

    -Bom, eu também, mas não vou arriscar nada disso. Então menos, vai logo tomar banho, e eu vou subir.

    -Tá bom, né.

    -Isso aí, vamos. -Disse e nós subimos. 

    Basicamente eu voltei para o quarto onde os meninos estavam e expliquei tudo que o Noah me contou. Nada mais e nada menos. E nós todos chegamos à conclusão de que isso foi um alívio, porque pelo menos não vamos precisar ficar aturando a Julia na festa, finalmente seremos só nós. E isso com certeza vai ser o melhor para o Noah. 

 

    [...]

 

    Ok, então a festa começou. Um pouco antes do previsto, mas tudo bem. E já começou do melhor jeito possível.

    Já tinha muita comida e bebida para todos nós, talvez mais do que o necessário. Tinha também o bolo para o parabéns, que nós encomendamos mais cedo. 

    Nós colocamos uma playlist de festa e deixamos tocar bem alto pela casa inteira. Literalmente, dá pra ouvir do lado de fora, onde tem a piscina, a mesa de pingue-pongue, etc. E a iluminação estava linda, eles mexeram em alguns equipamentos e ficou tudo bem colorido e divertido. 

    Agora estamos eu e Caleb cantando One Direction, no karaokê que nós mesmos fizemos, já que não tem nem microfone.

    -LET ME KISS YOU! -Terminamos e morremos de rir juntos, enquanto eles todos festejavam. -Boa, boa, arrasamos! -Bateu sua mão na minha.

    -Realmente, melhores do que a própria banda! -Jack debochou e nós rimos. 

    -Beleza, agora é minha vez! -Gaten se levantou.

    -Então bora, eu vou de novo. -Caleb respondeu e eles foram escolher a música. 

    -Millie! -Sadie se aproximou com minha bebida.

    -Ah, obrigada! -Sorri e a peguei.

    -Ok, fala sério, eu AMEI o seu vestido! -Pegou em minha mão e me fez dar uma voltinha, me fazendo rir.

    -Obrigada, eu também adoro esse brilho todo.

    -Está perfeito, adorei a abertura nas costas!

    -Eu te empresto um dia, se quiser. -Bebi.

    -Muito obrigada, eu com certeza vou querer. -Rimos.

    -Saúde. -Assenti minha garrafa.

    -Saúde. -Sorriu e brindamos, bebendo em seguida. 

    -Oi, meninas. -Finn se aproximou com um copo vermelho.

    -E aí, colocou ração pro Doug? -Perguntei.

    -Sim, ele está comendo. -Respondeu e bebeu.

    -Finn, por que você está suando tanto?! -Sadie riu.

    -Porra, tá calor pra caralho aqui dentro, vocês não acham?!

    -Só um pouquinho.

    -Mas realmente, o Noah avisou que à noite em Malibu fazia calor. -Ri.

    -É, eu percebi. -Suspirou pelo calor.

    -Tira a camisa. -Sugeri.

    -Po, não vai pegar mal?

    -Finn, é uma festa de aniversário do Noah. E só tem sete pessoas aqui. 

    -Tá, vai. -Me deu o copo para segurar e retirou a camisa, estando agora só de calça jeans. -Bem melhor.

    -Aí, Finn, boa ideia! -Jack disse e retirou a dele. -Tá calor pra cacete!

    -Ah, então vamos tirar também! -Caleb deu de ombros e os dois tiraram a camisa. -BORA, GATEN, AGORA!

    -I’M ALIVE, I’M ALIVE, I’M ALIVE!! -Cantavam que nem loucos.

    -Tá bom então. -Finn riu.

    -AND OOOOOONNN!! -Eles continuavam. -I CAN FLY, I CAN FLY, I CAN FLY!!

    -Gente, cadê o Noah? -Franzi a testa e olhei em volta. 

    -Aí, galera, chega mais! -Ele disse, enquanto descia as escadas. E sem camisa.

    -Viu, até o Noah está sem camisa. -Sadie riu.

    -Claro que estou, tá um calor da porra! -Respondeu e se aproximou de nós. -Olhem o que eu achei lá em cima.

    -Bandanas?

    -Todas coloridas, nós podemos usar como característica da festa. 

    -Boa, então bora!
    -Escolham as cores. -Pediu e nós fizemos. Então eles colocaram na cabeça, e eu e Sadie deixamos amarradas no pulso. 

    -Foda, mano. -Jack, riu.

    -Tartarugas ninjas. -Finn disse e nós rimos.

    -Olha o Caleb, parece um bad boy malhadão! -Brinquei e ri com Sadie.

    -É?! Mostra o vídeo da mamãe urso com o filhote, pra ver se não perde a marra de bad boy em dois segundos! -Gargalhamos.

    -Olha aqui, Gaten, menos. -Ele reclamou.

    -Não, Millie, assim a bandana vai cobrir a sua tatuagem no pulso!

    -Noah, a minha tatuagem está no outro pulso. -Ri.

    -Ah, bom, amo essa tattoo da Alison linda e perfeita. 

    -Ei, gente, vamos tirar uma foto! -Pedi.

    -Agora?

    -Sim, de todos nós!
    -É melhor, antes que daqui a pouco fique todo mundo estragado. -Gaten disse e nós rimos.

    -Isso, então vamos!

    E nós fomos, deixamos o celular apoiado em algum lugar e tiramos milhares de sequências de fotos muito divertidas e engraçadas. Ficou uma melhor do que a outra, eu amei todas. Porque nós somos únicos quando estamos juntos, nós somos nós mesmos. E não há momento melhor do que os nossos quando passamos juntos, e eu espero que isso nos acompanhe para o resto das nossas vidas.

    -Não, não, não, tira mais uma! -Pedi para o Finn.

    -Ai, gente, eu já tirei vinte!

    -Mas agora vai, só mais uma! -Sadie riu comigo e nós nos ajeitamos no sofá.

    -Tá, vai. -Ele se agachou com meu celular nas mãos e o posicionou. Então eu cruzei minhas pernas e me aproximei da Sadie, para fazermos uma foto bem poderosa. -Ok, assim está perfeito. -Disse e tirou várias fotos de nós duas. -Pronto, vê. -Me entregou o celular. 

    -AI, AMEI! -Sorri.

    -Nossa, essa ficou linda! 

    -Até que enfim, né! -Ele riu.

    -Obrigada, Finn.

    -Obrigada, amor. -Sorri e o abracei, o beijando em seguida. 

    -Millie não esquece de me mandar.

    -Tá, eu mando. 

    -YEAHH!! -Escutamos o Caleb festejar bastante com o Gaten e o Jack, enquanto jogavam sinuca.

    -AGORA SIM, PORRA! -Riram.

    -RUIVA! -Ele a chamou. -Essa foi dedicada especialmente a você! -Deu uma piscadinha e a mandou um beijinho, fazendo-a rir. 

    -Alguém está muito apaixonado hoje. -Brinquei e nós rimos.

    -Sempre está, ele é muito romântico. -Assentiu que não, em meio de risadas. -Eu vou até lá.

    -Vai sim, ele sente saudades. -Finn brincou. Então ela foi até lá. 

    -Eu os amo demais. -Sorri meio boba. 

    -Eu também, mas prefiro a gente. -Riu.

    -Ah, então agora você shippa Fillie?! 

    -Nem vem, eu sempre shippei.

    -“Como amizade”, você dizia. -Rimos. 

    -Tá, eu shippo Fillie como um casal.

    -Ah, mas que novidade. -Debochei e nós rimos, então nos beijamos. -Vem aqui. -Peguei meu celular e abri a câmera, então tiramos uma selfie juntos.

     -MEU CASAL! -Ouvimos a voz do Jack e percebemos que ele fazia um coração com as mãos para nós dois, nos fazendo rir.

    -Essa foto vai parar no meu chat com a sua mãe. -Envolvi seu pescoço, e ele minha cintura. -E talvez no meu Instagram.

    -Ah, jura?

    -Juro. -Abri um sorrisinho. -Mas antes, pega mais uma pra mim. -Me referi à minha garrafa vazia.

    -De limão que você quer?

    -Sim.

    -Ok, eu já volto. -Me acariciou e se afastou. Então eu dei falta do Noah, mais uma vez, e precisei olhar em volta. E eu não o encontrei por ali, o que me fez franzir a testa. Sendo assim eu fui para o segundo andar sozinha, na intenção de procura-lo no quarto onde ele dormiu. E assim que abri a porta, o encontrei sentado na cama, acariciando o Doug.

    -Ei, o que o aniversariante da noite está fazendo fora da festa?! -Brinquei e fechei a porta, fazendo o rir sem cerimônia.

    -Oi, Millie. -Sorriu de canto.

    -Ei... -Me sentei na cama e suspirei, o acariciando em seguida. -Você está bem? 

    -Sim. -Assentiu que sim. -Estou bem, é sério. -Respondeu, e eu só o admirava.

    -Não, você não está bem. -Lamentei. -Esse não é o Noah que eu conheço. 

    -Eu estou sim, só subi para pensar um pouco.

    -Sobre...? -Perguntei num tom baixo.

    -Nada demais. -Riu abafado e assentiu que não. 

    -Noah... -Peguei na mão dele. -Você sabe que eu não vou te deixar ficar assim no dia do seu aniversário. -Disse, e ele permaneceu me admirando. Por uns bons segundos. 

    -Ok, Millie, olha... -Desviou os olhares dos meus e deu um rápido suspiro. -Que bom que veio até aqui, porque eu acho que realmente preciso conversar com você. -Respondeu, me deixando meio preocupada. 

    -Claro. -Assenti que sim e me ajeitei na cama. -Claro, pode conversar comigo. O que aconteceu? -Perguntei, mas ele não conseguia dizer, parecia estar travado. Então eu suspirei por frustração. -Ok, Noah, eu já entendi. E infelizmente você ainda gosta dela, eu sei, mas não vale a pena! Você viu o que aconteceu, sabe do que ela fez, isso não faz bem pra você, Noah. E eu não quero ver você sofrendo por causa de...

    -Eu amo o Jack. 

    Ok, por essa eu não esperava. Mesmo.

    Até parei de falar no mesmo segundo. Eu só consegui levantar as sobrancelhas. 

    -Você... -Assenti que não. -V-você disse que...

    -Que eu amo o Jack, sim, eu disse. -Assentiu que sim e me olhou nos olhos. -É isso, eu precisava dizer.

    -Noah... -Levei minha mão à boca e lacrimejei. -Ah, meu Deus, Noah! -Sorri e me joguei em cima dele, o abraçando com toda a força. -EU ESTOU TÃO FELIZ POR VOCÊ, TÃO FELIZ! 

    -Ok, Millie, calma...

    -Ai, meu Deus! -Ri no abraço e o enchi de beijos na bochecha. Então me sentei outra vez. -Olha o que você fez! -Ri com um sorriso enorme em meu rosto, e enxuguei as lágrimas.

    -Ok, me desculpa. 

    -Não, não peça desculpas, eu estou feliz e emocionada! -Sorri outra vez. -Noah, você ama o Jack! 

    -É, é, eu... -Limpou a garganta e olhou para o chão. 

    -Espera, você não está feliz por isso? -Perguntei preocupada. 

    -Eu não se felicidade é o que eu estou sentindo, Millie. 

    -Mas... -Assenti que não. -Não, mas por quê?!

    -Millie...

    -Desde quando você sabe que tem sentimentos por ele? 

    -Você sabe desde quando. -Ele disse e eu pensei um pouco. 

    -Ei, eu sabia! -O dei um empurrão no ombro.

    -Ai! 

    -Você mentiu dizendo que não tinha sentido nada com aquele beijo, e que fez aquilo sem consciência! Por quê não tinha me dito a verdade desde o início, Noah, sou eu! 

    -Eu sei, Millie, eu não contei, porque eu não queria que fosse verdade, tá? -Me calou. -E achei que se eu não contasse a verdade, então realmente não seria. -Ele respondeu e eu pensei um pouco.

    -Você guarda isso pra você desde esse dia? -Perguntei e ele assentiu que sim.

    -Você é a única que sabe, Millie. A única. -Assentiu que não. -Eu nunca disse pros meus pais, muito menos pra minha irmã. -Pegou na minha mão. -Só pra você, Millie. -Disse, me deixando meio que sem reação.

    -Você está com medo, não está? -Perguntei e ele assentiu que sim, ao lacrimejar.

    -Pra caralho, Millie. -Permaneceu assentindo, então enxugou uma lágrima. -Pra caralho. -Suspirou. E tudo que eu fiz foi enxugar as lágrimas dele. -Não era pra ser assim, não era, Millie, eu não gosto de garotos. -Deu de ombros. -Nunca gostei, eu tinha consciência disso, mas por ele... -Assentiu que não. -Sei lá, eu só sei de que sinto uma coisa forte por ele, Millie, e nem ao menos sei o motivo. 

    -Não tem motivo, Noah, é algo natural que simplesmente acontece. -Assenti que não. -Não tem como fugir. 

    -É, e eu tentei fugir. -Me admirou. -Com a Sommer, Charli, com a Julia... -Deu de ombros. -Adiantou? -Perguntou, me fazendo rir abafado, ao assentir que não.

    -Eu também já tentei fugir muitas vezes, Noah. Muitas... -Ri abafado outra vez. -Mas não adianta. E nunca vai adiantar, até você aceitar que deve parar de fugir dos seus sentimentos. -O acariciei. -Eu falo por experiência própria, Noah. E aceitar isso foi a melhor coisa que eu já fiz na minha vida. 

    -Eu sei, Millie. -Assentiu que sim. -Mas você acha que vai ser fácil pra mim? -Perguntou. -Se pra você já foi difícil aceitar amar alguém do sexo oposto, imagina pra mim, que... -Assentiu que não.

    -Não, ei... -Peguei em seu rosto. -Você não pode pensar dessa forma, só vai te machucar. 

    -Mas eu tenho que pensar dessa forma, Millie, é realidade! Infelizmente, você acha que eu não estou com medo de falar pra minha família?! De falar pros meninos?!

    -Noah, a gente te ama. -O aconselhei. -Muito, tanto quanto a sua família.

    -Mas na hora, o choque é maior, Millie. -Me calou. -É maior do que tudo, e eu não estou a fim de ficar recebendo olhar torto de ninguém, porque vocês são tudo pra mim.

    -Noah! -Franzi a testa e ri de deboche. -Você está louco?! 

    -Estou sendo realista, Millie.

    -Não, você está se esquecendo de que nós somos a sua família. Olha pra mim. -Pedi e ele fez. -Nós somos tudo pra você, e você é tudo pra nós. -Assenti que não. -Nós crescemos juntos e nos amamos, Noah, do jeito que somos. Como você tem a coragem de pensar que não iríamos te aceitar do jeito como você é?

    -Eu não sei, Millie, tudo pode acontecer. 

    -Não na nossa família. -O acariciei. -Nós te amamos, Noah, e não estamos nem aí para quem você deixa de gostar ou não. Isso não importa, isso não faz o Noah que nós conhecemos oito anos atrás ser um Noah diferente. -Disse e ele me admirou. -E eu não falo isso por mim, Noah, eu falo isso por nós sete. -Peguei em sua mão e lacrimejei. -Sabe disso, não sabe? -Perguntei num tom baixo. Então ele segurou o choro e me abraçou com toda a força. E ficamos os dois chorando no meio daquele abraço bem apertado. 

    -Eu sabia que podia contar com você. -Continuou me abraçando.

    -É claro que você pode, sempre. -O acariciei, então nos desfizemos. E enxugamos as lágrimas. 

    -Eu acho que devo desculpas a você e ao Finn. -Suspirou.

    -Por quê? -Enxuguei as lágrimas.

    -Você sabe... -Deu de ombros. -Se algo realmente acontecer entre mim e o Jack, fiquem tranquilos. Nós vamos evitar fazer qualquer coisa na frente da Alison. -Ele disse, sendo respondido por mais um tapa na cara. -POR QUÊ?! 

    -PORQUE MERECEU! 

    -Era só ter sido menos agressiva! 

    -Olha só, olha bem pra mim. -Segurei em seu rosto e o olhei nos olhos. -Nunca mais pense em repetir o que você disse pra mim agora. Nem pra mim, e nem pro Finn.

    -Tá bom, calma.

    -O que você e o Jack demonstrarem um para o outro na frente da minha filha não é doença, não é um crime, não é um erro. É algo natural, que vocês têm o direito de sentir, e não há ninguém quem os impeça. E se por acaso algum dia ela me perguntar, eu vou dizer pra ela “Sim, filha, isso é normal, porque eles se amam. E todos podem amar, não há nada de errado nisso.” E se algum dia ela vier nos dizer que gosta de meninas, não vai ser por influência de vocês, e sim por uma escolha dela própria. Que não vai fazer eu e Finn a amarmos menos por causa disso, você entendeu, Noah?

    -Tudo.

    -Então que eu tenha sido cristalina. Porque você não tem que se esconder de ninguém, muito menos da minha filha. Entenda isso de uma vez por todas. -Terminou e ele assentiu que sim. -Agora me dá um abraço, porque eu quero chorar. -Pedi e ele riu, me abraçando forte em seguida.

    -Obrigado por tudo, Millie. Por tudo.

    -Para de me agradecer. Eu resolvi ser sua melhor amiga, então agora eu que lute. -Rimos bastante e nos desfizemos. -Eu te amo, Noah.

    -Eu também te amo. -Sorriu de canto e eu brinquei.

    -Não tanto quanto o Jack.

    -Millie! -Me deu um empurrãozinho e nós rimos.

    -Ai, Noah, eu sabia. -Ri outra vez. -E você ainda acha que me engana. 

    -Ficou surpresa por que, então, oh “sabe tudo”? -Rimos.

    -Porque porra, eu não esperava que isso fosse ser dito agora!  -Disse e ele riu comigo. 

    -Vai contar pro Finn?

    -Só se você quiser que eu conte. 

    -Bom... Por mim tanto faz. -Suspirou. 

    -Relaxa, Noah. -Ri e o acariciei. -Está tudo bem.

    -Eu sei... -Assentiu que sim e ouvimos batidas na porta. -Entra. -Pediu e o Finn entrou. 

    -Até que enfim achei vocês. -Rimos. -Está tudo bem?

    -Sim, está. -Admirei o Noah e ele assentiu que sim.

    -Está sim, agora sim. -Sorriu de canto.

    -Ok, eu vim dizer que faltam cinco minutos pra meia-noite, não vão descer pra cantar o parabéns?! -Riu.

    -Sim, é claro que vamos! -Respondeu e se levantou comigo. -Vem, garoto, vamos descer! -Chamou o Doug e saiu do quarto, deixando eu e Finn a sós. Então ele franziu a testa pra mim.

    -O que está acontecendo com ele? -Perguntou num tom baixo e eu dei um suspiro, ao assentir que não. 

    -Ele precisava conversar e desabafar algumas coisas comigo, mas agora já está tudo bem. -O acariciei no peitoral.

    -Tem certeza, vocês estão bem?

    -Sim.

    -Ok, eu vou confiar em você.

    -Pode confiar, amor, depois eu converso sobre isso com você, tá? -Perguntei num tom baixinho e ele assentiu que sim. Então demos um demorado selinho.

    -Toma. -Me entregou a garrafa.

    -Ah, obrigada. -Ri e o beijei outra vez. -Vem, vamos descer. -Demos as mãos e fomos para a escada.

 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------   

 

    Então é isso, eu desci com a Millie e logo deu meia-noite. Dia 03 de outubro, aniversário de dezoito anos do Noah. E ele não poderia estar mais feliz. 

    -AEEEE!!!

    -E PRO NINGUÉM LIGA É TUDO OU NADAAA?!

    -TUDOOO!!!!

    -VALEUUU!! -Ele disse e nós rimos, ainda cantando o parabéns e aplaudindo muito.

    -ENTÃO É RÁ!!

    -UHUUL!!

    -TIM!!

    -BUM!!

    -NOAH!! NOAH!! NOAH!! -Então ele assoprou as velas. 

    -YAAAAY!!

    -UHUUULL!!

    -A CHUVA CAI!! -Começamos.

    -A RUA INUNDA!!
    -OH, NOAH, EU VOU COMER SEU BOLO!! -Gargalhamos e aplaudimos outra vez. 

    -Ok, pessoal, eu gostaria de dizer uma coisa!
    -IHH, DISCURSO! -Ri com eles.

    -DISCURSOOO!!

    -Tá bom, tá bom, olhem. -Riu e limpou a garganta. -Primeiramente: muito obrigado mesmo, de coração, por vocês terem se esforçado para vir até aqui comigo só pelo meu aniversário.

    -OWWWW!!

    -LINDOOO!!

    -Porque eu sei que não foi fácil, a Millie teve que mijar no mato! -Ele disse e nós gargalhamos. -Mesmo que depois tenha rolado um BOQUETE NO CARROOO!!

    -UHUUL!! -Festejaram.

    -Parem, é mentira! -Ela riu comigo. 

    -Enfim, gente, obrigado mesmo. Vocês são as melhores pessoas que eu poderia ter.

    -OLHA ELEEE!! -Fiz um coração com as mãos.

    -TÁ SE FAZENDO, SÓ!

    -DIZ ISSO, MAS VOLTA PROS TIKTOKERS, NÉ?! -Caleb disse e nós gargalhamos.

    -Bom, inclusive, eu estou mandando um “feliz aniversário” mentalmente pra minha irmã, mas fora isso, eu amo muito todos... -E o celular dele vibrou ao seu lado. -AAAAH, SAÍRAM AS INDICAÇÕES DA PREMIAÇÃO DO ANO QUE VEM!

    -AI, MEU DEUS, VÊ!! -Pedimos.

    -É, ABRE LOGO!! -Fomos todos para o lado dele, com as caras coladas no celular. 

    -ATENÇÃO, STRANGER THINGS ESTÁ EM TRÊS CATEGORIAS! -Ele disse.

    -AI, MEU DEUS!
    -DIZ LOGO!

    -TÁ! -Leu o celular. -Primeira: MELHOR SÉRIE DIRIGIDA E PRODUZIDA! 

    -WOOOOW!!

    -AEE, PORRAA!! -Festejamos numa felicidade só.

    -SEGUNDA: MELHOR SÉRIE EM DRAMA! 

    -ISSO AÍ!

    -BORA, TIMEEE!! -Rimos.

    -TERCEIRA: -Ele disse e nos admirou animado. -MELHOR ELENCOOOOO!!

    -AAAAHHHH!! -Nos abraçamos todos, morrendo de felicidade. -FOMOS INDICADOS!!

    -NÓS VAMOS GANHAR! 

    -VAMOS!
    -Noah, quando é a premiação?! -Sadie perguntou. 

    -Aqui diz que é em janeiro, vai ter também o... AAAAAAAAI, MEU DEUS DO CÉU, CARALHO!

    -O QUÊ?!

    -FINN E MILLIE! -Ele continuou.
    -O QUÊ?! -Eu e ela perguntamos. 

    -VOCÊS FORAM INDICADOS! 

    -PRA QUÊ?! -Perguntamos.

    -MELHOR CENA DE SEXOOOOOO!!! -Ele disse, pulando extremamente animado. 

    -PORRAAAAA!! -Eles todos se abraçaram. 

    -MERECEM, MERECEM!!

    -UMA SALVA DE PALMAS! -Riram e nos aplaudiram bem alto, e eu e Millie só rindo.

    -Pera aí, então é sério mesmo?! -Perguntei.

    -Nós fomos indicados?! -Ela riu.

    -SIM, ESTÁ DIVULGADO AQUI! A INTERNET VAI PARAR! 

    -GENTE, VAMOS VOTAR MUITO! -Disse Caleb. -TIPO, MUITO! 

    -VAMOS, CLARO!

    -PARABÉNS, PUTOS!! -Nos abraçaram todos com muita força, outra vez, e logo nos acalmamos. 

    -Aqui, galera, presta atenção. Agora é sério. -Noah nos chamou, e nós prestamos atenção. -Agora que eu tenho, oficialmente, dezoito anos, sabem o que vai acontecer? -E nós quietos, só esperando. -VAMO ENCHER A CARA ATÉ AMANHÃ, PORRA, PORQUE LIBEROU GERAAAAAL!!!

    -UUUHUUUUUL!! -Festejamos animadíssimos. 

    -LEGALIZOU, PORRA!!

    E foi isso aí, a gente encheu a cara. Cada vez mais altas as músicas, cada vez mais misturas e gostos nas bebidas, cada vez mais vontade de nos divertir derramando álcool na boca. E que se foda o resto, essa noite nós todos temos esse direito. 

    O Noah então nem se fale, começou a virar um monte de merda que ele encontrou no bar, estava engraçado e divertido pra caralho. E ele nem aí, é o direito dele de se divertir, e agora não há quem o impeça. E agora eu já descobri quem vai ser o parceiro da Millie na hora de virar todas. Não que eu não beba com ela, mas não vamos comparar o tanto que ela bebe com o tanto que eu bebo. E já vi os dois virando tanto shot juntos nessa festa, que já perdi as contas. Mas de boa, vamos nos divertir e esquecer um pouco da vida. 

    -AÍ, EU VOU LÁ PEGAR MAIS! -Assenti meu copo para o Caleb.

    -BELEZA, VAI LÁ! -Riu e eu fui até o bar, então enchi meu copo com a cerveja que tinha num galão enorme ali do lado. Só que eu acabei decidindo ir um pouco para fora de casa, já que a música estava muito alta, e eu queria um pouco de ar fresco. E assim que eu saí, encontrei o Jack fumando por ali. 

    -Ou. -O chamei.

    -E aí. 

    -Tá fazendo o que aqui fora?

    -Vim fumar um. -Assentiu o cigarro pra mim. -Quer?

    -Não, valeu. -Respondi. -Desde quando você fuma?

    -Eu não fumo, é só às vezes quando dá na telha. 

    -Hm. -Assenti que sim. -Quer? -Assenti meu copo.

    -Quero. -Pegou e bebeu um gole. -Valeu. -Me devolveu. -Concorrendo a melhor cena de sexo, hein. -Me deu um empurrãozinho e nós rimos.

    -Só o que faltava, tudo que eu menos imaginava. -Ri.

    -Eu sei. Mas já vai preparando o discurso com a Millie. -Rimos. 

    -Você tá bem?

    -To ótimo. -Assentiu que sim e pensou um pouco. -Me respondeu uma coisa. 

    -Hm.

    -Tu acha que eu tenho chance com o Noah? -Ih, caralho. 

    -Quê?

    -Eu e Noah, chances, acha que temos? 

    -Pera aí, tá falando sério?

    -O quê?

    -Então você realmente... gosta dele?

    -Gosto pra caralho. -Deu de ombros. -Foda-se, Finn, não adianta mais eu fingir que não. 

    -Caralho, mano, pera aí. -Ri. -Jack, puta que pariu, como você só me diz isso agora?! 

    -Relaxa, Finn, eu não sou gay. Buceta ainda é bom.

    -Tá, eu sei. -Franzi a testa. -Das duas coisas eu sei, mas eu não estou chocado com isso, e sim que você realmente gosta do Noah!

    -É, aquele beijo nosso no dia do casamento fui eu que dei. -Ele riu. Então eu ri junto, ainda chocadíssimo. 

    -Porra, mano. -Ri outra vez. -Caralho, cara, chega mais. -Disse e nós nos abraçamos. -Eu super apoio vocês, saiba disso. 

    -É, valeu. -Nos desfizemos. -Por isso eu quero saber se a gente tem chances. 

    -Assim, eu realmente não faço ideia. Mas vai fundo, cara. -Assenti que sim. -Aproveita que ele tá bebendo todas.

    -Isso não seria assédio? -Perguntou e eu pensei.

    -Esquece, não vai fundo não. 

    -Pois é.

    -Mas relaxa, eu tenho quase certeza de que vocês dois têm chances.

    -Você não acabou de dizer que não fazia ideia?

    -Jack, eu estou alto, compreenda o meu lado. -Disse e ele riu.

    -De boa. -Fumou e jogou o cigarro fora. -Bora entrar na festa. -Disse e nós entramos. 

    Então eu fiquei ali num canto bebendo, e comecei a admirar a Millie dançando com a Sadie, as duas muito felizes. E a Millie toda se querendo. Até abri um sorrisinho de canto e bebi outra vez, enquanto a admiro ali. Mas talvez eu tenha admirado demais, porque meu pau começou a querer subir, o que me deixou meio surpreso. E eu logo fiquei muito surpreso, porque eu realmente estou ficando muito excitado. 

    -Ai, não, se controla. -Suspirei e fui para trás do bar, assim ninguém repara no meu pau talvez duro dentro da calça. -Mas que porra é essa? -Perguntei pra mim mesmo.

    -Tá com tesão, né? -Noah perguntou ao surgir do nada, com um sorrisinho cínico no rosto.

    -Que isso, porra, como tu sabe?!

    -Primeiro, dá pra ver seu pau há metros de distância. Segundo: -Me chamou com a mão e eu me aproximei. -Você que aguente a Millie, porque eu coloquei tesão de vaca na bebida dela. 

    -Você fez o quê?! 

    -Ih, relaxou, eu não droguei a Millie! Só quero que ela sinta um tesão absurdo.

    -Mas olha pra ela, ela está bem. -A admirei. 

    -Mordendo o lábio daquele jeito, enquanto dança, eu não diria “bem”.

    -Ai, Noah, olha o que tu inventa. -Reclamei.

    -Não gostou?! -Riu.

    -Tá, mas por quê que eu estou com tesão, afinal?!

    -Ah, eu também coloquei na sua. Foi naquela hora que você me pediu uma bebida. -E eu chocado. 

    -Noah, qual é o seu problema?!

    -Bebida! -Respondeu animado e estendeu duas garrafas de álcool nas mãos. 

    -Que seja, aonde você encontrou esse negócio que dá tesão?

    -Ah, eu estava mexendo nas bebidas do bar e achei. -Riu. -E pelo visto faz efeito.

    -Tá, e você deu isso pra mais alguém?! 

    -Claro que não, eu só quero você e a Millie fodendo, não uma orgia aqui dentro. -Respondeu e eu fiz feição de desgosto. -Enfim, boa sorte aí pra gozar cinco vezes e a Millie ainda querer sentar mais seis. -Me deu dois tapinhas e se afastou. 

    -Ai, puta que pariu, é hoje que o Tyler vem... -Assenti que não, tentando não ficar mais tão excitado assim. 

    -Amor! -Ouvi sua voz e ela se aproximou de mim, com a bebida em mão. 

    -Millie, olha...

    -Não, vem aqui, vem... -Pediu manhosa e me puxou pela barra da calça. -Dança um pouco comigo, vai... -Abriu um sorrisinho e envolveu meu pescoço, me fazendo pegar em sua cintura, deixando nossos corpos coladinhos. -Isso, assim... -Falou baixinho no meu ouvido, toda manhosa. Então eu peguei com mais vontade ainda na cintura dela, a trazendo mais ainda para mim. Foda-se, isso é bom pra caralho. -Hmm, que delícia sentir você assim... -Disse, enquanto me acariciava por fora da calça. Dane-se, me rendi.

    -Eu to com sede de você, sabia...? -Falei em seu ouvido e comecei a beijar o pescoço dela com beijos bem molhados, deixando-a ainda mais colada a mim, agora que minhas mãos estão na bunda dela.

    -Eu sei que está... -Afastou meu rosto dali e mordeu o lábio num sorrisinho que me mata de tesão, ao nos admirarmos. Mas foi só o tempo de eu apertar a bunda dela com toda a força e a engolir no maior beijão de língua. A gente realmente estava se engolindo com muito tesão e vontade. E ela ainda acariciando meu pau. -Quer dar uma sumida agora, quer? -Me perguntou baixinho e desesperada, até mordeu o lábio.

    -Quero te ter todinha pra mim... -Bati na bunda dela e voltamos a nos engolir. Mas nos engolimos muito, até mordi o lábio dela, após ela voltar a me acariciar. E eu tinha me esquecido completamente de que não estávamos sozinhos, até que...

    -IH, CARALHO, ALÁ! -Um deles gritou.

    -QUE ISSOOO, VAI PEGAR FOGO ESSA CASA! 

    -AI, MEU SONHO, MEU DEUS!
    -GALERA, NÃO SE ESQUEÇAM DOS QUARTOS LÁ EM CIMA! -E foda-se, a gente sem parar com o que estávamos fazendo por um segundo sequer. 

    -FODEU, ELES NÃO PARAM! 

    -VÃO PARAR! 

    -Ai, vem, vamos logo. -Ela me disse baixinho e me deu a mão, me guiando até o quarto. 

    Até que nós finalmente entramos. E tudo que eu fiz foi deixa-la encurralada entre mim e a porta do quarto, enquanto a gente se engolia. Mas a gente se engolia tanto, que precisávamos parar para respirarmos, mais ofegantes do que nunca, já sentindo as transpirações dos nossos corpos. 

    -Filha da puta gostosa do caralho... -Apertei os peitos dela por fora do vestido e desci minhas mãos até pegar na bunda dela. E então ela voltou a me agarrar nos cabelos e a me beijar como se não houvesse o amanhã.

    -Me fode, me fode agora... -Pediu completamente ofegante e num desespero só, e agora eu enchi o pescoço dela com beijos. -Finn, por favor, eu só quero foder até não aguentar mais... -Continuou desesperada pra dar, já arranhando as minhas costas com uma vontade absurda. 

    Então eu subi o vestido dela e abaixei sua calcinha. E ela a retirou por completo, enquanto eu abria minha calça. Até que me masturbei por alguns segundos e ela me puxou para perto, outra vez, para continuarmos com o beijão todo. E nós fizemos, nos beijamos pra caralho.

    -Vem cá. -A peguei por debaixo das coxas e ela entrelaçou as pernas em minha cintura. Então apoiou os braços em meus ombros e eu finalmente entrei nela, e a sensação era a de que não fazemos sexo há meses. Há meses não, há anos.

   -Awwnn! -Revirou os olhos e jogou a cabeça para trás, enquanto me arranhava nos ombros e na nuca. Isso quando não segurava os meus cabelos com força. -Awwnn, isso! 

    -Você tá molhada pra caralho, hein... -Mordi meu lábio e continuei metendo com força nela.

    -Eu estou com tanto tesão, tanto, tanto... -Ofegou e segurou na lateral do meu rosto, agora o deixando pertinho do dela. E ela queria muito me beijar, mas não conseguia, porque não parava de gemer e ofegar por um segundo. E nem eu. -Hmm! -Mordeu o lábio. -Vai, Finn, vai! -E revirou os olhos, outra vez. -Me fode muito, vai... 

    -Quer que eu te foda, é? -Enterrei a mão em seus cabelos e os puxei um pouco para trás, ainda metendo com força e velocidade. -Quer que eu te foda, Millie? -Perguntei baixinho, cheio de malícia, fazendo-a engolir seco de tanto que ofegou. -Diz pra mim que quer, anda. -Passei a língua em seu pescoço e o beijei cheio de vontade.

    -Quero que você me foda, Finn, eu quero muito! -Gemeu e agarrou meus cabelos força.

    -Hm, que puta gostosa que eu tenho, hein... -Sorri com malícia e voltei a meter com força, ainda segurando os cabelos dela.

    -Awwnn, isso, isso! -Franziu a testa e me arranhou todo. -Awwnn, Finn, não para! Vai, não para! -Pediu desesperada, e gemeu mais ainda. 

    -Adora uma putaria, né, cachorra? -Perguntei cheio de vontade dela, agora acariciando seu corpo todo, enquanto continuo domando o pescoço dela com vários beijos e chupões. Porque estava uma delícia, ela estava descontrolada de tesão e eu também. Mas nós só permanecemos nessa posição por mais alguns minutos, porque cansa rápido. Apesar da gente estar pegando fogo. 

    Me retirei de dentro dela, e voltou a ficar em pé de frente pra mim, ainda toda debruçada nos meus ombros, e molhando os lábios nos meus, que também já estavam encharcados, graças às nossas infinitas trocas de saliva e encontro de línguas que não terminavam por nada. Eu até enterrei meus dedos na lateral dos cabelos dela com bastante vontade, para que esse beijo ainda dure muito. E que ela fique assim, bem pertinho de mim. 

    -Eu quero mais... -Me pediu ofegante e bem manhosa, ao acariciar meu peitoral. 

    -É, eu sei que você quer mais... -Respondi também ofegante, enquanto ela mordia o lábio cheia de tesão, e logo andamos um pouco no meio do beijo todo que voltamos a dar um no outro. -Você sempre quer mais, sempre... -Disse e ela me puxou para não pararmos de nos beijar por nada. Então eu dei um tapa forte na bunda dela e a apertei com as duas mãos em seguida, também com força. 

    E aí ela acabou se sentando em cima de uma mesa atrás dela, encostada na parede. E nós não descolávamos as línguas e lábios por nada. Ok, falei cedo demais, ela acabou me afastando um pouco para respirar. E a gente respirava como se estivéssemos morrendo sem ar. Mas foda-se, eu ataquei o pescoço dela mais um pouco, porque eu não resisto. E logo me afastei dela por completo para nos ajeitarmos na posição, e tudo que ela fez foi abrir as pernas e lamber alguns dedos, os mesmos que agora ela usou para acariciar essa buceta gostosa e toda molhadinha que ela tem. 

    -Vem... -Pediu manhosa e se abriu mais ainda, enquanto eu me masturbo. Mas antes de eu realmente ir, fiz questão de dar uma gostosa e demorada lambida bem ali nela, o que a fez gemer e se contrair toda. E aí eu ainda não fui, resolvi ficar de sacanagem e masturbar ela com o meu pênis indo e vindo, mas sem entrar. -Hmm, Finn... -Abriu um sorrisinho e mordeu o lábio, ao jogar a cabeça para trás. Até que não aguentou mais e começou ame masturbar, enquanto me admirava, ainda com o lábio preso aos dentes. Então me posicionou bem ali na entrada para eu poder ir de uma vez. 

    -Posso ir com força? -Perguntei baixinho, ao aproximar meus lábios dos dela, e a beijei bem gostoso e demorado outra vez.

    -Pode... -Mordeu o lábio.

    -Posso? -A beijei outra vez.

    -Aham... -Respondeu ofegante. Então foda-se, eu comecei a meter com força mesmo. E aí os gemidos no meu ouvido foram muitos, e agora mais altos. E o que teve de arranhão pelo meu corpo, eu nem comento. Só continuo aqui, metendo gostoso pra caralho nela. 

    -Finn! -Ofegou e enfiou as unhas na minha nuca. -Awwnn! Awwnn, vai! -Jogou a cabeça para trás. 

    -Gostosa... -Ofeguei, enquanto agora ela acariciava todo meu tronco nu e completamente suado, mas acariciava com muita vontade. Então eu quis meter com mais força ainda, porque eu to desesperado, então parei de segurar na cintura dela e agora me apoiei na parede, para melhor na velocidade das estocadas. E ficou maravilhoso, quase as minhas bolas já estavam dentro dela. E aí ela gemeu pra caralho.

    -Finn! -Gemeu pelo prazer, enquanto admirava o meu pau inteiro entrando nela com muita força. -Awwnn! -Revirou os olhos e jogou a cabeça para trás. -Isso, Finn, vai! -Pediu toda manhosa, já descontrolada, se rendendo toda.

    -Geme mais pra mim, vai... -Pedi ofegante, ao pegar com força no rosto dela e deixar nossos lábios pertinho uns dos outros. -Grita pra mim, vai gostosa... -Agora eu comecei a estocar tendo apoio na parede e na coxa dela, então ficou intenso pra caralho. E por isso ela acabou parando com o nosso beijo para começar a gemer muito, enquanto me olhava bem nos olhos. Que delícia escutar ela aos gritos assim, enquanto me olha cheia de tesão. 

    -Hmm... -Ela mordeu o lábio, após eu diminuir um pouco a velocidade. Mas não deu cinco segundos e eu voltei a ir bem rápido, de novo. -Awwnn! Awwnn, isso! -Voltou a gemer alto, pra mim, e isso me fazia ir à loucura. Tão à loucura, que acho que acabei pegando pesado nas estocadas. -Finn, amor, devagar... -Pediu meio manhosa, mas cheia de tesão.

    -Tá machucando? -Perguntei e ela assentiu que sim, então peguei mais leve. -Quer que eu pare?

    -Não, não para, continua... -Pediu com vontade.

    -Tem certeza?

    -Sim, não para! -Então eu voltei a ir com força, e ela acabou gemendo mais ainda. E agora se masturbava, enquanto eu metia. Vai que assim dá mais conforto, né. -Isso, isso, vai! -Gemeu e revirou os olhos. -Hmm, isso... -Jogou a cabeça para trás, mas eu logo me aproximei dela e nós voltamos a nos beijar. E ela parecia estar com sede do meu beijo a cada vez, assim como eu também estava. 

    Então eu continuei metendo nela desse jeito até nos darmos por satisfeitos dessa posição. Ou melhor, até ela ter se dado por satisfeita, porque depois de tanto a gente se beijar e de eu meter, acabei diminuindo um pouco a velocidade. E ela me sugeriu outra coisa.

    -Finn... -Me chamou manhosa e ofegante, ao desencostarmos os lábios. -Me come por trás, vai... -Me abriu um sorrisinho.

    -Quer? -Perguntei e ela assentiu que sim, sem desfazer o sorriso. Então voltou a me beijar, e sem darmos fim a isso, eu acabei me retirando de dentro dela. E ela somente se ajeitou na mesa, deixando apenas o peitoral encostado ali, e o resto todo sendo meu.

    Adoro como ela fica toda gostosa assim empinada nessa posição. 

    -Posso? -Perguntei, ao pegar em seus quadris, e ela assentiu que sim.

    -Só vai devagar, tá...?  -Pediu. Então eu comecei a colocar ali bem devagar, como ela pediu. -Hmm, isso... -Gemeu pra dentro, e então acabou se empinando mais ainda pra mim. Pra me deixar bem claro que é isso que ela quer. Então eu continuei, até que coloquei tudo, e ela chegou mais pra trás ainda. 

    -Tu gosta, né? -Perguntei com malícia. E tudo que ela fez foi virar o rosto para mim, com aquele sorrisinho do diabo, que destrói qualquer um. No caso me destrói por completo, então agora sim, eu peguei com firmeza em sua cintura e continuei indo e vindo dentro dela. A cada estocada eu pegava mais velocidade, após ela me confirmar o prazer todo que está sentindo através de gemidos de puro tesão, deliciosos de se ouvir. 

    Agora eu já sei que não vai demorar tanto pra eu gozar, porque resistir a sexo anal é foda, pelo menos no meu caso. E porque nós estamos com um tesão dos infernos, graças ao puto do Noah, que fez o favor de colocar não sei o quê na nossa bebida. Mas foda-se, pelo menos ainda faz a transa ser maravilhosa. 

    -Finn... -Ofegou e arranhou a mesa, completamente entregue. -Awwnn, Finn! -Continuava gemendo, enquanto escutamos esse maravilhoso som de sexo aqui dentro quarto, desde há um bom tempo. -Vai, me fode! 

    -Quer que eu te foda todinha, né, gostosa...? -Peguei em seus cabelos e os puxei com força para trás.

    -Awwnn!! 

    -Eu adoro quando você me pede assim, sabia...? -Inclinei sua cabeça para o lado, ao puxar seus cabelos, e enchi a lateral do pescoço dela com beijos, podendo sentir o gostinho do suor dela. 

    -Hmm, isso! -Gemeu e se empinou mais ainda. 

    -Adoro te ver assim, toda rendida, que nem cachorra... -Falei em seu ouvido e a dei um tapa fortíssimo na bunda, esse vai marcar.

    -AWWNN, FINN! 

    -Gostosa... -Mordi sua orelha e soltei seus cabelos, então ela abaixou a cabeça, já sem força alguma. Só gemendo e ofegando, como quem está com falta de ar. 

    Continuei metendo com força e vontade, e acabei apoiando uma de minhas mãos nas costas dela, que estava descoberta pelo vestido. E ali eu consegui perceber o quanto ela realmente suava, assim como eu. Isso tá bom pra caralho, parece que nós estamos pegando fogo. 

    Então eu dei mais um tapa nela e agora coloquei dois dedos na parte da frente, indo e vindo até o talo dentro dela. 

    -Isso, Finn, isso! -Arranhou a mesa, outra vez. -Isso, porra, vai! -Ajeitou os cabelos para o lado e olhou para trás, fazendo aquela feição de quem está morrendo de tesão pelo que está vendo. -Awwwnn!! -Apertou os olhos e socou a mesa, abaixando a cabeça outra vez. E abriu mais ainda as pernas. 

    -Você é tão linda assim, desse jeito pra mim... -Abaixei meu tronco e a enchi de beijos nas costas, além de algumas mordidinhas bem na curvinha da cintura dela. -Que mulher gostosa eu fui arranjar, puta que pariu... -Mordi meu lábio e continuei metendo com muita vontade. Daqui a pouco sai o gozo todo.

    -Não para, eu estou quase lá! -Gemeu, e eu percebi que ela começou a se masturbar, enquanto eu a penetro por trás, e pela frente com os meus dedos. -Isso é tão bom, é tão gostoso... -Disse toda manhosa e completamente entregue. 

    E em alguns minutos, eu estava prestes a ter uma das melhores sensações da vida. 

    -Millie... -Ofeguei já desesperado.

    -Isso, Finn, vai! -Gemeu e olhou pra trás. -Vai, me fode, filho da puta... -Mordeu o lábio cheia de tesão, ao me admirar. Aí eu não aguento, foi o suficiente. Eu logo ofeguei como nunca e gozei dentro dela, mas eu gozei pra caralho. E então eu me retirei, após alguns segundos de ida ao paraíso, mas não deixei de masturba-la na frente por nada. Pelo contrário, eu fiz com mais vontade ainda, eu fazia tudo que há direito com os meus dedos dentro dela, sentindo o interior dela completamente encharcado. -Finn, não para... -Pediu completamente fraca. -Não para, por favor... 

    -Eu não vou parar, até você gozar bem gostoso pra mim... 

    -Finn... -Apertou os olhos e engoliu seco. -Finn! -Gemeu alto e parou de se masturbar no mesmo instante, agora apoiando suas duas mãos na mesa, ainda toda empinada aqui pra mim. -AWWNN, ISSO! -Jogou a cabeça para trás, após começar a gemer altíssimo. E aí veio o que me surpreendeu, ela teve um squirt. Ou seja, ela parece uma torneira aberta, de tanta excitação e prazer. E eu achei incrível e completamente prazeroso, não tirei meus dedos de dentro dela por um segundo sequer, então eu estou sentindo a porra toda escorrer. Além de também ver isso tudo escorrendo pelas pernas dela. -Awwnn! Awwnn, porra! -Continuava gemendo, ainda ofegante pra caralho. Até que logo parou de vazar, e aí sim eu retirei meus dedos de dentro dela. Mas permaneceu na mesma posição, respirando bem fundo, ainda de cabeça baixa. 

    -Você tá bem? -Ri e abaixei seu vestido, notando que ela assentiu que sim, ainda ofegante.

    -Isso foi tão gostoso, tão gostoso... -Jogou a cabeça pra trás e revirou os olhos. -Hmm, que tesão... -Disse manhosa e mordeu o lábio. 

    -Foi bom ter um squirt pela primeira vez? -Perguntei com malícia, ao me aproximar dela.

    -Sim, foi maravilhoso... -Respondeu e ficou de frente pra mim, então a peguei na bunda e nos beijamos de língua, pela milésima vez. -Foi tão gostoso... -Envolveu meu pescoço.

    -Ah, eu sei que foi... -Respondi com malícia e a beijei, mas não tão demorado. -Ainda está com tesão? 

    -Muito... -Assentiu que sim. 

    -Então... -Sorri e a coloquei sentada na mesa. -Eu vou ter que dar um jeito.

    -Finn, nós temos que voltar pra festa.

    -Nós já estamos na festa. -Me agachei. -É pecado um namorado deixar a mulher passar tesão, sabia? 

    -Não, isso é mentira... -Respondeu já toda assanhada pra mim.

    -Pois então saiba que passou a ser verdade a partir de hoje. -Abri as pernas dela e caí de boca nessa buceta gostosa do caralho, comecei a chupar ela com muita vontade, sentindo aquela excitação toda agora na minha boca, enquanto ela se contorce toda pra trás e geme a gritos.

    Eu também aproveitei pra lamber tudo aquilo que acabou escorrendo pelas pernas dela, estava uma delícia. E eu decidi fazer esse oral, porque ela quer gozar, e eu sei de que ela goza bem mais rápido com oral do que com penetração. 

    Então foi isso, poucos minutos de pura degustação do mel delicioso que ela tem, e dos gemidos dela ecoando no meu ouvido, que são melhores ainda, até ela finalmente chegar lá e gozar na minha boca. E agora sim ela se deu por satisfeita.

    Eu confesso que nós nos pegamos mais um pouquinho depois desse sexo todo. E nos ajeitamos, também, essa foi a parte que mais demorou. Mas nós finalmente demos as mãos e saímos do quarto. 

    -Vem cá, você vestiu a calcinha, né? 

    -Sim, claro. Além de ficar meia hora arrumando os meus cabelos e o meu batom. -Riu.

    -Ah, mas nem vem, foi gostoso pra caralho.

    -É claro que foi, só que a gente não precisa deixar tão na cara assim.

    -Meu amor, eu acho que a gente já deixou na cara pra caralho. -Ri e nós descemos de mãos dadas. 

    -IHHH, CHEGARAM! -Se voltaram a nós.

    -QUEM É VIVO SEMPRE APARECE! -Disseram e nós rimos. Um pouco sem graça, mas rimos. 

    -CALMA AÍ, GENTE, PAUSA! -Noah riu e se aproximou de nós. -VAMOS ANALISAR! -Apontou para o meu tronco e peitoral. -ISSO SÃO PROVAS DE UMA FODA BEM FEITA, PRESTEM ATENÇÃO!

    -Ok, Noah, menos. -Ri.

    -SERÁ QUE TEM ATRÁS?! -Me virou de costas. -ALÁ, GENTE, MARCAS DE GUERRA! 

    -UHUUL!! -Aplaudiram.

    -PRIMEIRA TREPANÇA DA NOITE, FEITA! -Riram animados. 

    -Ai, parem de ser bobos! -Millie riu.

    -Por que, Millie, você também tem algo a mostrar?! -Noah perguntou.

    -Daqui eu já estou vendo dois chupões no pescoço da Millie, hein! -Jack disse, ficando todo animadinho com eles. 

    -Pelo visto deu certo, né, Finn?! -Noah me deu um empurrãozinho. -Não vou nem dizer sobre os gritos que eu ouvi quando passei pelo corredor. -Deu um soquinho no ombro da Millie.

    -Ok, já deu. -Ela riu e pegou na minha mão. -Vem, vamos beber. -Me levou até o bar. 

    -NOS ENCONTREM LÁ FORA PARA JOGARMOS O JOGO! -Noah disse e saiu da casa com os meninos. 

    -Lá vai sobrar pra gente de novo, graças a esse jogo. -Ri. 

    -Se for pra nos fazer voltar pro quarto, então que sobre. -Abriu um sorrisinho.

    -Pelo visto a diaba ainda está solta, né, Millie. -Sorri com malícia e ela me entregou o copo com bebida.

    -Sempre esteve, sabia? -Envolveu meu pescoço com um sorriso no rosto, o unindo no meu, então voltamos a nos pegar. Até segurei no rosto dela no meio do beijo todo. -O Noah está certo, isso tudo são provas de uma foda muito bem feita... -Acariciou meu tronco, com o lábio preso ao sorrisinho dela. -Gostoso. -Então agora eu abri um sorrisinho e voltei a beija-la com muita vontade. 

    -Vai querer dar mais, é...? -Perguntei baixinho e ela assentiu que sim. Então nós nos pegamos por mais alguns segundos, até eu bater na bunda dela mais uma vez e nós rimos com malícia. -Vem. -Peguei na mão dela e nós saímos da casa, bebendo nossas bebidas. E encontramos os meninos em volta da mesa de pingue-pongue, onde estava o tal tabuleiro da desgraça. -Ok, putos, estamos aqui. -Disse, ao ir para o lado deles com a Millie.

    -Beleza, isso vai ser genial! -Noah disse ansioso e animado. -Ok, cada um escolhe um pino. E as regras são simples: não vale amarelar. E nós temos que chegar até a última casa do tabuleiro. 

    -E por que não chegaríamos? -Perguntei.

    -Coma alcóolico. -Ele assentiu que sim.

    -Hm.

    -Esse jogo é seguro?! -Sadie riu.

    -Eu conto, ou vocês contam? -Jack perguntou e nós rimos.

    -Relaxem, galera, é só por diversão. -Noah disse e nós ficamos quietos. -Ou não. -Abriu um sorrisinho. -BELEZA, VAMOS NESSA! -Bateu as mãos na mesa. -Todos começam na primeira casa, que é... -Deixou seu pino ali. -HORA DO SHOT! 

    -YAAAY! -Rimos todos e cada um pegou um copinho que já estava separado ali na mesa. 

    -Eu vou amar esse jogo... -Jack sorriu animado, enquanto o Noah enchia nossos copinhos. 

    -BORA?!

    -SIM!! -Respondemos e viramos. -UHUUL!! 

    -Boa, galera, vamos nessa! -Noah se animou.

    -Pode vir, que eu estou fervendo! -Caleb riu.

    -OK, EU COMEÇO! -Noah jogou o dado e parou em uma casa. 

    -“Mate, foda, ou case!” -Disse animado e ri com os meninos.

    -Esse vai ser bom! -Gaten aplaudiu.

    -Ok, é pra pegar leve ou pesado?! -Caleb perguntou.

    -Pesado, porra, bora! -Ri.

    -Beleza, chega mais! -Me chamou e falou no meu ouvido.

    -WOOW! -Me animei com ele. -Beleza, Noah, é o seguinte. -Ri e limpei a garganta. -Charli D’amelio. Addison Rae. E Sommer Ray. -Disse e ele levantou as sobrancelhas.

    -BOAAA!! -Eles festejaram animados.

    -SE FODEU, SE FODEU, SE FODEU! -Jack riu com Caleb.

    -Ai, puta que pariu... -Noah riu e pensou um pouco. -Tá, eu acho que mato a Charli. Fodo com a Sommer, e... Não, acho que fodo com a Addison.

    -Vambora, sem demora. -Pedi.

    -CALMA, É DIFÍCIL! -Rimos. -Tá, fodo com a Sommer e caso com a Addison, pronto.

    -Ótimo.

    -Não valeu, tinha que ter a Zendaya nesse meio. -Gaten riu.

    -Nem ousem a brincar com o amor da minha vida! -Rimos. -Agora é vez de... -Ele abriu um sorrisinho para a Millie.

    -Lá vem... -Ela riu e pegou o dado. -Ok, vamos nessa. -Jogou e parou em uma casa. –“Verdade ou desafio”. -Assentiu que não, enquanto ria.

    -IHH, SE DEU MAL!! -Jack riu com a gente.

    -Vamos fazer estrago, hein, galera! -Disse Caleb.
    -Ah, jura?! -Ela riu com a gente. -Tá, eu acho que escolho... desafio. -E o Noah levantou as sobrancelhas. 

    -Tem certeza, flor?!

    -Não, não tenho, eu quero verdade. -Riu.

    -Só lamento. 

    -Ai, Noah, vai se foder! -Rimos.

    -Ok... Já que ainda é o início do jogo, eu não vou pegar tão pesado. -A admirou. -E vou te dar duas opções.

    -Ihhh!

    -Se fodeu, Millie. -Gaten riu.

    -Eu percebi. -Ela riu de volta.

    -A primeira opção é: -Noah sorriu. -Você vai postar um texto nos Stories dizendo “Sim, o nude é meu. O Finn publicou sem querer.”

    -Caralho, mano. -Ri.

    -Pesado.

    -Noah, não... -Ela começou.

    -Ou... -Sorriu outra vez. –“Eu e Finn temos uma Sextape, e se nós vencermos na categoria de melhor cena de sexo, eu publico”. 

    -CARALHOOO!! -Eles todos se animaram.

    -Legal que nas duas coisas eu estou envolvido, né. -Ri.

    -Ah, você quer trocar comigo?! -Ela riu.

    -Escolha uma, Millie. 

    -Não dá, Noah, porra!

    -Eu escolheria a do nude. -Jack deu de ombros.

    -Eu também. -Sadie riu.

    -Isso vai ser hilário, a galera vai ficar desesperada procurando pelo nude que nem existe! -Caleb gargalhou.

    -Ai, olha... -Pegou o celular. -Você está fodido, Noah. 

    -É, eu imagino.

    -Ótimo. -Tirou uma foto preta e digitou o que ele pediu. -Tá aqui, estão vendo?! -Nos mostrou o celular. -Pronto. -Clicou em publicar e bloqueou o celular.

    -Meu Deus, a polêmica que isso vai gerar! -Jack disse animado.

    -É, eu adoro um estrago e caos! -Noah se animou também.

    -Olha só, eu preciso deixar isso até amanhã?! -Ela perguntou. 

    -Não, relaxa, pode apagar daqui a um minuto.

    -Ok, graças a Deus. -Respondeu nervosa e esperou por um minuto. Até que entrou no Instagram. -AI, NÃO! -Arregalou os olhos.

    -O QUÊ?!

    -TREZE MIL PESSOAS JÁ VIRAM!

    -MILLIE, APAGA! -Sadie pediu desesperada. 

    -NOAH, EU VOU TE MATAR! -Ela disse e apagou.

    -Eu também, vão jogar hate pra cima de mim! -Ri.

    -Mas que inferno de jogo! -Ela disse e nós rimos. -Vai, Finn, é sua vez.

    -Ai, que felicidade. -Ri de ironia e joguei. –“Confesse”. -Disse e eles se animaram, e eu só assenti que não. -Quem teve a ideia de jogar isso, hein?

    -VAI, CONFESSA! -Pediram.

    -Vou te meter no meio, tá? -Assenti pra Millie.

    -Já meteu há uns dez minutos, né. -Jack disse e eles riram. 

    -Mete logo, eu já sei que me fodi nesse jogo. -Ela riu e bebeu.

    -Tá, eu confesso. -Respondi. -O primeiro boquete que ela pagou pra mim foi na cama dos meus pais. 

    -UUUUUIII!! -Se animaram.

    -GOSTOOO!!

    -AI, GENTE AMO!

    -CONFESSEM MAIS!
    -É, vai sonhando! -Millie reclamou. -Vai, Gaten.

    -Lá vou eu. -Jogou. –“Eu nunca”.

    -ISSO AÍ, MAIS ESTRAGO! -Noah disse e nós rimos.

    -Bora, Gaten, vai na fé! -Caleb o animou. 

    -Tá, deixa eu pensar... -Riu. -Eu nunca... -Deu de ombros. -Fui num clube de stripper. 

    -Ah, vai se foder, Gaten. -Ri.

    -É, fez de propósito. -Jack riu.

    -E agora, acontece o quê? 

    -Os perdedores viram um shot. -Noah encheu três copinhos. -Ninguém mandou termos entrado numa cilada em Las Vegas.

    -É, né! -Rimos e viramos, eu, ele e Jack. -Agh! 

    -Uhul! -Noah riu. -To bem!

    -Vamos nessa, é a vez do Caleb. -Disse Jack. 

    -Que sorte a minha. -Ele riu e jogou. –“Vire”! 

    -UHUUUL!

    -VIRA, CALEB! 

    -Pois é, chegou a hora. -Pegou uma latinha de cerveja no bar próximo de nós e voltou para onde estava. -Beleza. -Sorriu e a abriu. 

    -VAI! -Noah pediu e ele começou a beber. 

    -VIRA! VIRA! VIRA! VIRA! 

    -ISSO AÍ, CALEB! 

    -VIRA! VIRA!

    -SEM DEIXAR UMA GOTA, HEIN!

    -OLHA ELEEE, VIRANDO TUDO! -Nós gargalhamos. Então ele amassou a latinha e a jogou no chão. 

    -AAAHHH!! -Ele gritou animado.

    -UHUUUL!! -Aplaudimos e gargalhamos. -Vai, Sadie!

    -Boa sorte!

    -Vamos lá. -Ela riu meio ansiosa. –“Todos virem um shot”!

    -Ihh, sobrou pra todo mundo! -Gaten riu.

    -Vamos lá! -Noah disse e encheu todos os nossos copinhos. Então viramos.

    -Ai, gente, minha pressão! -Jack se apoiou na mesa. 

    -Ok, foi! -Millie limpou o cantinho da boca. 

    -Bora, galera, pra dar energia!

    -Vai, Jack!

    -Agora, hein! -Beijou o dado e o jogou animado. Então ele parou em uma casa. –“Beije a pessoa à sua esquerda”. E a pessoa era...

    -VALEU, NOAHH!! -Disse e gargalhei com a Millie.

    -AI, EU SHIPPO! -Aplaudiram. 

    -VAI, TEM QUE BEIJAR! -Festejamos, e eles riram meio tímidos. Então o Jack pegou no rosto do Noah e eles se beijaram. 

    -LINDOOOS!!

    -UHUUUL!!

    -MANDOU, HEIN, RECORDAR É VIVER! -Disse e nós gargalhamos. Então eles pararam de se beijar e riram com a gente. 

    -Ok, sou eu de novo! -Noah disse animado. –“Eu nunca”! 

    -AEE, MAIS ESTRAGOS! -Caleb aplaudiu. 

    -BORAA!!

    -Beleza, eu nunca pedi nudes. -Ele disse, e todos nós ficamos em silêncio. -Ninguém?!

    -“Ninguém” não. -Millie abriu um sorrisinho e me admirou.

    -Ah, Millie, porra... -Ri sem graça.

    -AI, MEU DEUS, O LOBINHO PEDIU NUDES! -Caleb levou as mãos à boca. 

    -TU MANDOU, MILLIE?! -Jack sorriu.

    -Ah, claro que eu mandei! -Debochou e riu. -Eu hein!

    -Tá aí, Finn! -Noah me entregou o copinho e riu. -Ninguém mandou.

    -Porra, não foi minha culpa, o tesão estava foda! -Rimos.

    -Pera, quando foi isso?! -Caleb perguntou.

    -Ah, não importa. -Disfarcei e virei o shot. -Agh, puta que pariu! 

    -Como não importa?! -Gaten perguntou, e a Millie só no sorrisinho.

    -Millie, olha pra mim. -Pedi e ela fez. -Não importa. -Ri preocupado e ela riu da minha cara.

    -Pode deixar, eu estou quietinha. -Piscou pra mim.

    -Ah, que vacilões! -Reclamaram e nós rimos. 

    -Vai, Millie! 

    -Ok, aqui vamos nós... -Sorriu e jogou o dado. –“Sente no colo de alguém por uma rodada”. 

    -IHHH, GOSTO! -Noah bateu na mesa todo animado.

    -Mas já sentou demais hoje, não acham?! -Jack disse e eles gargalharam. 

    -Ai, muito engraçados. -Respondi, fingindo que não ri com a Millie.

    -E aí, Millie, vai pro colo de quem? -Caleb abriu um sorrisinho. 

    -De quem vocês acham? -Perguntou de ironia, enquanto ria. 

    -Tá, e aonde que eu vou sentar? -Perguntei.

    -Pera aí. -Noah se afastou e voltou com uma cadeira de plástico, a deixando atrás de mim. -Senta. -Me deixou sentado ali. -E senta. -Fez a Millie sentar no meu colo com força. 

    -Ei, vai devagar! -Ela riu.

    -É, porra! -Reclamei, enquanto ria.

    -“Blá, blá, blá”, vai, Finn. -Ele pediu. 

    -Joga aí pra mim, Millie. -A acariciei na perna, enquanto ela fazia. 

    -“Jogadores ao lado, virem”. -Riu.

    -Valeeeu, Millie, sobrou pra nós! -Noah riu com ela. 

    -Eu trago as latinhas. -Caleb se afastou. 

    -Eu preciso continuar no colo? -Perguntou. 

    -Claro, meu amor, por uma rodada. -Noah respondeu. 

    -Já até vi no que vai dar... -Ri e me encostei nas costas da cadeira, meu tronco estava quase deitado. 

    -Millie! -Caleb a jogou uma latinha e ela a pegou.

    -Valeu. -A abriu com o Noah. -Bora?!

    -Bora! -Brindaram e começaram a virar.

    -VIREM! VIREM! VIREM! 

    -QUEM ACABAR PRIMEIRO VENCE, HEIN!

    -ISSO AÍ, VIREM! VIREM! VIREM!

    -Vai, gata, você consegue. -Ri e a acariciei no meu colo. Até que ela logo amassou a latinha e limpou o cantinho da boca.

     -OK, FOI! -Ela riu.

    -UHUUUL!!

     -AGH! -Noah a amassou. -PORRA, EU QUASE ME AFOGUEI! -Riu e a jogou no chão. 

    -ARRASARAM! -Aplaudiram. 

    -PRÓXIMO JOGADOR! -E então o Gaten jogou. 

    -Arrasou, hein. -Dei dois tapinhas na lateral da bunda dela.

    -Eu sei. -Sorriu e me deu um rápido selinho, se ajeitando em meu colo em seguida. O que começou a querer me excitar.

    -“Finn e Millie façam um bebê”?! -Gaten riu e nós todos gargalhamos. 

    -Ai, Gaten, não era pra você! -Noah reclamou e nós rimos. -Não gostei!

    -Ué, a culpa não é minha!
    -Passa a vez, agora é o Caleb.

    -Me dá aqui. -Pegou o dado e o jogou. -“Jogue novamente” -Rimos, e ele fez o que o tabuleiro pediu. –“Salvo”! -Festejou.

    -Boa, se deu bem. -Jack riu.

    -Agora o azar vai ser meu. -Sadie riu. -“Você e... viram um shot”. 

    -Escolhe alguém pra virar contigo. -Disse Noah.

    -Adivinhem quem vai ser? -Millie perguntou.

    -Millie. -Sadie respondeu e elas riram. 

    -Aproveitem. -Noah as entregou os shots. E então as duas viraram. 

    -Ok, isso é muito forte! -Sadie riu.

    -E eu espero muito que ninguém desmaie até o fim do jogo. -Caleb riu com a gente. -Vai, Jack.

    -Opa. -Ele pegou o dado. E então a Millie ajeitou de novo a bunda aqui no meu colo, ela com certeza percebeu que eu estou duro. Porque eu realmente estou, então acabei a pegando com vontade nos quadris e me mexi um pouco embaixo dela. –“Vire dois shots”. -Riu. 

    -AEEEE!! -Festejaram.

    -Vai na fé, Jack!

    -Valeu. -Pegou dois copinhos e virou um de cada vez. -Ai, caralho, é forte mesmo! -Apertou os olhos e nós rimos. -Vai, Noah. 

    -Yay, minha vez. -Jogou o dado. –“Verdade ou desafio”!

    -Ai, que bom. -Millie riu.

    -Ah, obrigado, Millie. -Ele riu e pensou. -Quero verdade.

    -Quer se safar, né, Noah?! -Caleb disse e nós rimos.

    -Noah, me responde uma coisa. -Ela limpou a garganta. -É verdade que assim, talvez, você aceitasse pegar uma pessoa do mesmo sexo? -O abriu um sorrisinho e eles todos se animaram. E o Noah só riu com eles.

    -Tá, Millie, eu te respondo que é verdade.

    -UUUUII! -Eles se animaram.

    -QUEM SERÁ QUE É?! -Perguntaram e nós todos rimos. E então a Millie apoiou a mão em meu quadril e deu mais uma sentada em mim. E agora ela fez pra provocar, com certeza. 

    -Minha vez. -Ela riu e pegou o dado, o jogando em seguida. –“Confesse algo”. -Riu.

    -EBAAA, MAIS UMA VEZ!! -Noah aplaudiu. 

    -E VAMOS DE CONFISSÕES! -Caleb riu.

    -TEM QUE SER BOA, HEIN, MILLIE! -Riram. 

    -Ok, eu confesso que... -Pensou um pouco e riu envergonhada. -Eu e Finn já fizemos sexo na cozinha dos meus pais, enquanto todos dormiam. Inclusive a Alison. -E eles todos chocadíssimos.

    -ISSO AÍ, PORRA! -Jack estendeu o copo.

    -É POR ALGO ASSIM QUE NÓS ESPERAMOS! 

    -SAFADOS AMBULANTES DO CARALHO! -Rimos. 

    -Finn, é a sua vez! -Disse Sadie. 

    -Ah, é. -Ri. -Joga aí, Millie. -A acariciei na cintura, já cheio de vontade dela. Então se voltou a mim.

    -“Crie uma regra ou escolha qualquer casa do jogo.” -Me disse. 

    -Ok, então eu escolho que você fica aqui por mais uma rodada. -Disse e ela sorriu de canto, e a galera se animou toda com sorrisinho no rosto.

    -Nossaaa, olha ele! -Jack brincou.

    -Viram, é pra isso que serve a casa de “ficar no colo de alguém”! -Noah disse e nós rimos. -Vai, Gaten. 

    -Espero não me ferrar agora. -Riu e jogou o dado. –“Os mais altos viram”! 

    -GOSTOOO!! -Noah aplaudiu mega animado. 

    -Bora, Caleb, sobrou pra gente. -Ri. 

    -Exatamente. -Riu de volta e pegou as nossas latinhas. Então a abrimos. -Foi?

    -Foi, vambora. -Respondi e começamos a virar a lata inteira, enquanto eles já gritavam. E a Millie aqui no meu colo ainda, me fazendo sentir um tesão absurdo. 

    -ISSO, GALERA, VAI!

    -VOCÊS CONSEGUEEEM!

    -VIREM! VIREM! VIREM! -Então eu terminei e joguei a latinha, no mesmo momento em que o Caleb também jogou. 

    -Viramos! -Ele disse.

    -Isso aí, porra! -Ri e me ajeitei na cadeira. 

    -Vai, Caleb, sua vez! 

    -Deixa comigo. -Ele respondeu. Então eu aproximei meu tronco das costas da Millie, porque eu estou cheio de tesão, e a dei um selinho no pescoço. E a acariciei com vontade nas costas. –“Beije ou bata na pessoa à sua esquerda”. -Ele disse e nós rimos, já que era a Sadie quem estava na esquerda dele. Então se aproximaram e ele a deu um demorado selinho. E eu aqui, só sentindo a Millie se esfregando toda no meu colo, praticamente. 

    -Tá toda molhada, né, Millie? -A perguntei baixinho, como quem não quer nada.

    -Sim, muito. -Respondeu do mesmo jeito. 

    -Ok, agora é a vez da Sadie. 

    -Vai, Sadie! -Riram e ela jogou. 

    -“-Eu nunca”! -Sorriu.

    -Ai, amo! -Noah riu.

    -Melhor casa do jogo! -Gaten sorriu.

    -Ok, eu... nunca fiz sexo no trabalho -Deu de ombros. 

    -OPAAA, ADIVINHEM QUAL É O CASAL QUE VAI BEBER?! -Noah perguntou e todos gargalharam. 

    -Ah, que maravilha. -Ri com eles.

    -Ei, não precisam ser tão diretos! -Millie riu.

    -Me desculpem, mas vocês transavam no trabalho direto! Nem vêm! -Nos deram os shots. Então eu e ela brindamos e viramos. 

    -Isso aí, só virando álcool! -Caleb sorriu.

    -To gostando de ver! -Rimos.

    -Ok, próximo. -Millie riu e se empinou mais ainda no meu colo. 

    -Sou eu. -Jack jogou os dados. –“Beba se for solteiro”. -Lamentou e nós rimos. 

    -Sobrou pra gente. -Noah riu e encheu dois copinhos.

    -Era mais fácil ter me pedido em namoro logo, né, Noah. -Ele reclamou.

    -Eu nada, pede você! -Reclamou de volta e viraram, enquanto nós ríamos bem animados. -UI, TO BEM!

    -Isso aí, galera, tá todo mundo bem! -Assenti que sim de ironia e todos riram.

    -Minha vez! -Noah jogou o dado. –“Escolha alguém para confessar algo”, EU ESCOLHO O FINN!

    -AEEE!! -Aplaudiram.

    -MANDA, FINN!! -Gaten pediu. 

    -Ai, lá vem vocês. -Ri com a Millie. -Tá, foda-se, eu vou confessar uma coisa que nem a Millie sabe.

    -IHHHHH!! -Eles todos gritaram.

    -FODEU, GENTE! -Jack riu.

    -O que eu não sei?! -Ela franziu a testa.

    -Que eu sentia tesão em te ver grávida. -Respondi e ri, ao esconder meu rosto com as mãos.

    -AAAAAAAI, FALOU! -Jack apontou pra mim.

    -REVELOU! -Caleb riu.

    -EU SABIA, SEMPRE SOUBE! -Noah disse bem animado. 

    -Como assim, por que você tinha tesão?! -Ela riu.

    -Sei lá, saber que eu fiz uma filha em você me dava tesão! -Rimos.

    -Agora a gente sabe o porquê ele está recusando outra gravidez! -Gaten brincou.

    -Hmmm, danadinho! -Noah assentiu que não e bebeu alguma coisa.

    -Vai, é a vez da Millie. -Sadie sorriu.

    -Ok... -Jogou os dados. –“Não me julguem, mas...”. -Ela riu. -Já era. 

    -Aí, agora sim!

    -Ninguém vai te julgar, Millie, pode mandar! 

    -Se liberta! -Rimos. 

    -Não me julguem, mas transar violento e com putaria é muito mais gostoso do que com carinho, me desculpem. -Ela riu comigo.

    -PERFEITA, ÍCONE!! -Aplaudiram. 

    -OLHA A SANTINHA SE REVELANDO! -Noah a deu um empurrãozinho. 

    -FINN, ELA GOSTA DE TAPA NA CARA, PRESTA ATENÇÃO! -Jack sorriu.

    -GATILHO, FINN!

    -Ihh, essa aqui vira o diabo na cama, vocês que não sabem! -Ri.

    -Ei! -Ela riu e me deu um empurrãozinho.

    -AAAAH, REVELOU DE NOVO! -Noah me chacoalhou. 

    -MANDA TUDO, FINN!

    -HOJE TEM, HEIN! -Caleb sorriu.

    -JÁ TEVE E VAI TER DE NOVO! -Jack disse e nós gargalhamos. 

    -Vai, Finn, é tu! 

    -Eu jogo pra você. -Millie disse e jogou o dado. 

    -IHHHH, CARALHO! -Noah levantou as sobrancelhas, ao admirar o tabuleiro. 

    -FALEI QUE IA TER, EU FALEI! -Jack se animou com ele. 

    -O quê, o que eu devo fazer no jogo? -Perguntei. 

    -Sair por cinco minutos com alguém da roda. -Ela abriu um sorrisinho, ao me admirar. Então eu sorri de volta e me levantei de mão dada com ela, foda-se.

    -LÁ VÃO ELES!

    -APROVEITEM OS CINCO MINUTOS, HEIN!

    -MAS SÃO SÓ CINCO! 

    Então nós fomos para a lateral da casa, onde eles não conseguiam nos ver. Nem nos demos ao trabalho de entrar, porque foda-se, não vai ser preciso. 

    Tudo que ela fez foi me encostar na parede, enquanto a gente se pegava muito. Mas muito mesmo, justamente por termos pouco tempo.

    -Eu ainda estou te devendo um boquete, se lembra? -Perguntou com malícia.

    -É claro que eu me lembro. -Apertei a bunda dela e voltamos a nos engolir, enquanto ela me acariciava por fora da calça, mais uma vez. Até que a abriu e pegou no meu pau, começando a me masturbar. E eu realmente já estava duro pra caralho. 

    -Eu estou louca pra te chupar, sabia...? -Perguntou baixinho e me beijou bem demorado. Então mordeu o lábio e acariciou meu tronco cheia de tesão, enquanto me masturba. E finalmente se agachou na minha frente. Aí foi só o tempo de eu fechar os meus olhos e jogar minha cabeça para trás, enquanto ela me chupa pra caralho, cheia de vontade disso. 

    -Ahh, Millie... -Ofeguei morrendo de tesão, graças à maravilha que ela fazia me chupando inteiro, desse jeito perfeito que ela sempre faz. Às vezes parava pra me masturbar e logo colocava tudo na boca, outra vez, indo e vindo sem parar. 

    -QUATRO MINUTOS, GALERA! -Ouvimos a voz do Noah. Mas foda-se, ela continua aqui me chupando de olhos fechados na maior vontade. 

    -Você é delicioso... -Ela disse, ao voltar a me masturbar. -Tão gostoso... -Me encheu de beijos por ali.

    -E você é maravilhosa... -Enterrei a mão em seus cabelos e a incentivei a continuar me chupando, porque eu sabia que ela não queria parar de fazer isso tão cedo. E a cada segundo ficava mais gostoso, mais maravilhoso ainda, se é que fosse possível. Até comecei a estocar um pouco, confesso. 

    -TRÊS MINUTOOOOS!

    -UHUUUL!!

    -Ahh, isso, vai... -Suspirei pelo tesão, enquanto ela se acabava com o meu pau na boca, além de me acariciar muito pelo tronco todo, como se estivesse doida por mim. E com certeza ela está, disso eu sei. E assim ela permaneceu, e essa sensação é tão gostosa, que parece durar uma eternidade. Mas na verdade nós só tínhamos mais alguns minutos. No caso, pouquíssimos. O tempo nem parecia estar passando, mas estava sim. E bem rápido.

    -DOIS MINUTINHOS, POMBINHOS! 

    -Vai, Millie... -Ofeguei de novo pelo prazer. Então ela resolveu me masturbar bem rápido, agora, enquanto me admirava com tesão. E não parava de me masturbar, às vezes me lambia rapidamente, mas voltava a fazer as maravilhas com a mão. 

    -Hmm... -Mordeu o lábio e me lambeu com vontade, do final até o topo, onde ali o colocou todo na boca, outra vez. E eu quase fui pro céu, dessa vez. Na verdade, está quase. 

    -Millie... -Comecei a ofegar com mais vontade. -Ahh, porra... -Apertei os olhos. 

    -Vai, Finn, goza pra mim... -Abriu um sorrisinho, enquanto me masturbava. -Me coloca pra mamar, vai... -Ai, não fala assim. 

    -Ahh, Millie, porra...

    -Isso, vai... -Pediu manhosa.

    -UM MINUTO! -Eles gritaram, outra vez. E eu percebi que seria agora, então eu peguei no rosto dela e a fiz colocar o meu pau inteiro na boca, outra vez. 

    -Ah, porra! -Suspirei completamente satisfeito, agora gozando na boca dela, enquanto ela me chupa com os olhos fechados. 

    -Hmm... -Me chupou mais um pouco, enquanto me acariciava. Até que me retirou da boca e limpou o cantinho do lábio. 

    -TRINTA SEGUNDOS! 

    E aí me lambeu algumas vezes, para não deixar nada escorrendo. Então finalmente terminou e veio pra perto para me beijar como nunca, e foi isso que nós fizemos. E ali ficamos, no maior beijão, enquanto eu guardo meu pau dentro da calça, mas foda-se. Logo consegui voltar a pegar nela, no meio dessa pegação toda. 

    -DEZ SEGUNDOS! -Disseram, nos fazendo rir baixinho. Então demos mais um demorado selinho.

    -Vem, vamos! -Falou baixinho e me deu a mão. 

    -E... -Noah bateu na mesa. -TEMPO!

    -Estamos aqui! -Disse ofegante, enquanto nos aproximávamos rapidamente deles. -Chegamos. 

    -Olha eles, pontuais! -Sadie riu.

    -Foram fazer o que escondidos, hein, safadinhos?! -Jack abriu um sorrisinho. 

    -Fica no sigilo. -Peguei meu copo e bebi, ao envolver a cintura da Millie. -E aí, vez de quem? 

    -Do Gaten.

    -Vai, Gaten, arrasa! 

    -Ok... -Jogou o dado. –“Todos virem um shot”!

    -UHUUUL!! -Festejamos. 

    -NOSSO MOMENTO, TIME! -Noah sorriu e começou a encher os copinhos. -Pera, são quantos, hein?! 

    -Ihh, Noah, tá bem?! -O dei um empurrãozinho. 

    -Olha o álcool já fazendo efeito, alá! -Rimos. 

    -Tá, vai, bora! -Encheu todos e nós os pegamos. -SAÚDE!

    -SAÚDE!! -Rimos e viramos todos. -YEAH, BORA!

    -COMBUSTÍVEL, GALERA, COMBUSTÍVEL!

    -QUEM DESMAIAR PERDE, HEIN, LEMBRETE! -Rimos.

    -Bora, McLaughlin, arrasa! -Sorri e os meninos riram. 

    -Deixa comigo! -Assoprou o dado nas mãos e o jogou. Então andou as casas. –“Eu nunca”!

    -YAAAY!!

    -VAI, SOLTA UMA BOMBA, HEIN! -Noah pediu.

    -Ok, deixa eu ver quem eu estou a fim de ferrar... -Pensou um pouco e abriu um sorriso. -Beleza, eu nunca mais me masturbei depois de namorar! 

    -Hmmm, quero ver! -Jack riu e bebeu alguma coisa.

    -Ok, vai, eu perdi essa. -Ri.

    -Eu também. -Millie riu de volta

    -QUE ISSO, MILLIE, COMO ASSIM?! -Jack perguntou.

    -O quê?!

    -FINN, TU SABIA DISSO?! -Noah se voltou a mim. 

    -Claro que sabia, eu vi quando ela fez, porra. -Sorri de canto e peguei um copinho. 

    -GENTE, PUTA QUE PALIU! -Jack sorriu animado. 

    -Pera, essa conta com ex?! -Noah perguntou ao Caleb. 

    -Claro!

    -Ah, então eu também perdi, merda. -Riu e encheu os três copinhos de shot. -Bora, trio.

    -Bora, vamos desmaiar os três. -Respondi e nós rimos, virando em seguida. Então a Millie riu e se apoiou na mesa de pingue-pongue. 

    -Tá bem, Millie? -Gaten riu. 

    -Estou ótima. -Sorriu. -Ficando doida, mas estou ótima. 

    -Vai terminar que nem no aniversário dela, querem ver? -Perguntei e nós rimos. 

    -Beleza, vai, Sadie. 

    -Ok. -Respondeu animada e jogou. –“Os mais novos virem dois shots”! -Rimos. 

    -Valeu, Millie e Noah! -Gaten aplaudiu. 

    -Virem dois shots aí, novinhos! -Caleb gargalhou com a gente. 

    -Bora, Noah! -Ela riu e pegou o shot.

    -Bora, Millie! -Sorriu e brindaram. Então viraram um. -Mais um, bora!

    -Vai! -Brindaram e viraram outro.

    -AGH, MEU DEUS DO CÉU! -Ele riu. 

    -Ok, essa foi boa! -Ela riu de volta e bebeu a bebida do copo. -Bora, continuem!

    -Vai, Jack!

    -Beleza, se preparem! -Jogou o dado. –“Escolha qualquer jogador para ‘confessar ou virar’”! 

    -Aí sim!!

    -Foda, vai, escolhe! -Caleb pediu animado.

    -Eu escolho Finn e Millie, óbvio!

    -Por quê?! -Ri com eles. 

    -Porque agora, meus queridos, é a hora da verdade! -Riu e se voltou a nós. -Confessem que é verdade, Finn e Millie, verdade mesmo, que vocês NUNCA se pegaram escondido antes de namorarem.

    -UUUI!!

    -EU GOSTO É DO ESTRAGO! -Noah riu com eles. 

    -Confessem. -Nos desafiou. -Ou... -Deu de ombros. -Virem. -Então eu e Millie rimos. 

    -A gente vira. -Respondi.

    -É melhor assim. -Ela concordou.

    -WOOOW, PERA AÍ, COMO ASSIM?! -Noah arregalou os olhos.

    -ENTÃO NÃO É VERDADE?! -Caleb perguntou. -VOCÊS JÁ SE PEGARAM ANTES DE TUDO, TIPO, HÁ MUITO TEMPO?! 

    -Não sei, nós escolhemos virar. -Millie deu de ombros e riu comigo. -Traz as latinhas. -Sorriu.

    -Que filhos da puta! -Noah riu.

    -É sério que vocês não quiseram que eles confessassem o que fizeram durante os cinco minutos?! -Gaten perguntou.

    -Está óbvio o que eles fizeram, olha os joelhos da Millie. -Jack apontou. 

    -Ai, menos, vocês são filhos da puta! -Respondi e nós rimos. 

    -Aqui está, galera. -Caleb nos entregou as bebidas.

    -Estão prontos?!

    -Claro!

    -Então, virem!! -Pediram animados e nós as abrimos, começando a virar em seguida. 

    -VIREM! VIREM! VIREM! 

    -VAI, CASAL, EU CONFIO EM VOCÊS! 

    -PELA ALISON, GALERA, NÃO DESISTAM!

    -ISSO, BOA, TIME! 

    -VÃO FUNDO! -E então nós terminamos. -AEEEE!!

    -ISSO AÍ, FILLIE!! 

    -NUNCA CRITICAMOS! 

    -Vai, Noah, sua vez! -Ela riu.

    -YAY! -Sorriu e jogou. –“FAÇA UMA LIVE”, AE, PORRA!! -Pulou animado e pegou o celular no bolso.

    -Agora sim que fodeu! -Disse e nós gargalhamos. 

    -Fodeu total! 

    -Ok, live iniciada! -Ele disse e nós rimos. -COÉ, FÃÃÃS, COÉ, COÉ!

    -Gente, pelo amor de Deus. -Sadie riu.

    -Tá dando merda aqui, gente, muita merda! -Ele riu e franziu a testa, enquanto lia algumas coisas no celular. -SIMMM, ELES FORAM INDICADOS, ESSES PUTOS, OLHEM AQUI! -Virou a câmera e nos gravou.

    -É sério isso?! -Perguntei enquanto ria. 

    -Gente, olhem os joelhos dessa criatura! -Apontou pra Millie.

    -NOAH, MENOS! -Ela riu e a gente gargalhou. 

    -Ok, deixa eu mostrar a galera. -Colocou na frontal e nos gravou todos. -DÁ OI, PESSOAL!
    -OII, GALERA!! -Acenamos todos. 

    -E AÍ, PESSOAL?!

    -Bom, por hoje é isso, valeu a quem está me dando parabéns, E PARABÉNS, CHLOE, EU TE AMO! -Mandou um beijinho. -LINDA! 

    -Qual é o problema desse garoto, gente?! -Gaten riu. 

    -Bebida, muita bebida! -Noah respondeu.

    -“Dezoito anos”, esse é o problema! -Respondi e nós gargalhamos.

    -Ok, beleza, eu preciso voltar para um jogo importante! Tchau, pessoal, AMAMOS VOCÊS!

    -TCHAU, GALERA! -Acenamos outra vez. 

    -VALEU, PESSOAL!

    -STRANGER THINGS, ASSISTAM! -Caleb disse e nós rimos. 

    -Beleza, vamos continuar! -Guardou o celular no bolso. -Vai, Millie, arrasa, rainha!

    -Eu vou, dá licença. -Riu e jogou o dado. –“Beba um shot do jeito mais sexy que conseguir”! 

    -AI, PODEROSAAAH!

    -OLHA ELA, TODA TODA! 

    -Ok, eu nem sei se realmente consigo fazer isso! -Riu e pegou um copinho com shot. -Vem aqui. -Me posicionou na frente dela.

    -Meu Deus, o Finn vai ser cobaia?! -Jack sorriu. 

    -Vai. -Abriu um sorrisinho e derramou o shot por todo o meu tronco. 

    -IHHH, OLHA ELAAA!!

    -VAI, MILLIE!! 

    Então ela riu e se agachou, começando a me lamber todo, desde a barra da calça até em cima, com mó cara de quem está adorando.

    -UI, UI, UI!!

    -NÃO É FRACA NÃO, MINHA GENTE!

    -JÁ TEVE HOJE E VAI TER DE NOVO, HEIN!

    -ALÁ O FINN DE PAU DURO! -Eles brincaram e nós gargalhamos. E ela aqui, ainda me lambendo todo, com aquele sorrisinho dos infernos.

    -VALEUU, MILLIE!

    -EU VIVO POR ISSO, PESSOAL, É SÓ POR ISSO! 

    -MIKE E ELEVEN SÃO TÃO INOCENTES E ROMÂNTICOS, É LINDO DE VER! -Noah disse e nós gargalhamos outra vez.

    -Ok, eu acho que deu certo. -Ela riu, ao terminar o que fazia. 

    -Pra mim foi sexy pra caralho, então sim, deu certo! -Respondi e nós rimos. -Vai, me dá o dado. -Pedi e eles me deram. Então eu joguei. -Ai, fodeu, “verdade ou desafio”. -Ri. 

    -IRRAAAAA!!

    -ALGUÉM VAI SER EXPOSEEED!! 

    -O DESAFIO É: FAZER UM TIKTOK COMIGO! -Noah disse e eles gargalharam. 

    -TÁ DE SACANAGEM, PORRA?! -Ri com eles. 

    -Claro, o desafio vai ser pior do que isso! -Respondeu. 

    -Beleza, lobo, presta atenção. -Caleb esfregou as mãos uma na outra. -Já que você odeia exposição e fazer comentários que possam causar tumulto...

    -IHHH, JÁ VI TUDO! -Jack riu.
    -Vai sobrar pra mim. -Millie assentiu que não, enquanto ria. 

    -Vai mesmo. -Caleb concordou. -Você vai entrar no seu Twitter. E vai...

    -Ou, calma aí, a gente também não pode se expor tanto. -Reclamei. 

    -Eu sei que não, eu poderia te desafiar a fazer algo muito pior! -Rimos. -Mas você vai marcar a Millie num tweet e dizer: “ainda te chamo para ser minha atriz pornô”. 

   -Assim mesmo, tem que esculachar! -Jack se animou. 

    -Ai, gente... -Ri.

    -Bora, tem que fazer! -Disse Noah. 

    -Eu sei que tem! -Ri e peguei meu celular. -Eu posso apagar depois, né?

    -Pode, mas não adianta nada, em trinta segundos o mundo inteiro tira print e explana. 

    -Pois é, azar o meu. -Assenti que não e comecei a digitar no meu celular. -Tu nem usa muito o Twitter, né? -Assenti pra ela.

    -Mais ou menos.

    -Ok, pronto. -Mostrei o celular –“@MillieBobbyBrown ainda te chamo para ser minha atriz pornô”. Felizes?

    -Só se você realmente for chamar. -Jack abriu um sorrisinho. 

    -É, como se eu dirigisse filmes. -Ri. 

    -Mas vai dirigir, você vai ser diretor de cinema! -Noah franziu a testa, como se fosse óbvio. 

    -Ok, que seja. -Publiquei. -Ai, cacete, postei. -Guardei o celular. 

    -Boa, Finnlard! 

    -É, Finn, isso aí!

    -Vai sobrar pra você, tá?! -Assenti para a Millie. 

    -Ah, eu sei disso. -Riu comigo. 

    -Beleza, sou eu! -Gaten jogou. –“Todos bebam um shot”!

    -Opa, mais combustível! 

    -Porra, eu já não estou legal, até esse jogo terminar e nem vou saber mais qual é o meu nome! -Jack disse e nós rimos.

    -Ok, bora! -E viramos todos, mais uma vez. A gente realmente estava se divertindo muito. 

    -Vai, Caleb!

    -Foi! -Jogou. –“Eu nunca”, outra vez!

    -Irra!!

    -Porra, Noah, tu gosta disso, hein! -Reclamei. 

    -Adoro, meu amor, vai!

    -Ok, eu nunca deixei de ter a certeza de que a garota realmente chegou lá! -Caleb disse animado.

    -Então naquele dia você me perguntou por quê?! -Sadie riu.

    -BOA, SADIE, CARALHO! -Disse animado e nós gargalhamos. 

    -ISSO AÍ, EXPLANA!

    -Qual é, ruiva, eu queria vencer essa! -Ele reclamou. 

    -Ok, essa eu perdi. -Jack riu.

    -Pois é, eu também. -Disse Caleb.

    -Três. -Gaten levantou a mão. 

    -Azar o de vocês, eu não. -Noah se gabou.

    -Claro, porque a Sommer te disse que gozou. -Caleb riu.

    -E daí, a Millie também deve falar pro Finn. -Deu de ombros. 

    -Ninguém me fala nada não. -Ri.

    -Ah, fala sério, tu sempre sabe quando a Millie goza? -Cruzou os braços. 

    -Sim, porra, eu estou acostumado a saber. 

    -Millie, já fingiu orgasmo? -Caleb perguntou convencido. 

    -Claro que não, se a gente começa, então a gente termina. -Riu de deboche. 

    -Ui.

    -Na cara.

    -Bem feito. -Ri com eles. 

    -Ok, perdedores... -Jack estendeu o shot. -A nós.

    -A nós. -Riram e viraram. 

    -YAUU!! -Jack bateu na mesa.

    -BORA, BORA QUE EU TO QUENTE! -Caleb pulou animado. 

    -Minha vez! -Sadie jogou. –“Livre”.

    -Boa, deu sorte. -Jack riu e jogou em seguida. -Fala sério, “passe a vez”. 

    -Eu que dou sorte, estou quase chegando no final do jogo. -Noah se gabou e jogou o dado. –“Passe a vez de um jogador”. Tchau, Millie, vai, Finn.

    -Nossa, obrigada. -Ela riu. 

    -Ok, vamos nessa. -Joguei e franzi a testa. –“Descubra o sabor do beijo”? 

    -AI, QUE BOM, ESTAVA ESPERANDO ESSA PARTE! -Noah sorriu e foi até o bar, logo trazendo um negócio de vidro com vários pacotinhos de bala dentro. -Estão vendo isso?!

    -Não. -Caleb respondeu e nós gargalhamos.

    -Haha, ridículo. -Riu. -Ok, vai ser assim: O Finn vai ficar de olhos vendados, e a Millie vai comer alguma bala, até ficar com o gosto dela na boca.

    -Tá, e aí? -Perguntei. 

    -E aí que vocês vão se beijar, e você vai ter que adivinhar o sabor da bala!

    -Só isso? -Ri de deboche. 

    -Acha que é fácil?! -Jack perguntou.

    -Acho. -Ri. 

    -Ele se garante, ele.

    -Você só tem três tentativas. -Disse Noah. 

    -Ok, vambora. -Respondi.

    -Vem cá. -Millie riu e se sentou na pontinha da mesa, me puxando para perto. Então cobriu meus olhos com a bandana. -Vê alguma coisa?

    -Não, nada.

    -Ótimo. -Respondeu, e eu ouvi a bala sendo aberta. 

    -Me avisa quando for.

    -Ok, espera.

    -Meu Deus, eu vou amar esse momento! -Ouvi a voz do Noah. 

    -Eu vou amar se ele perder, isso sim. -Riram. 

    -Po, valeu, galera. -Disse e nós rimos. 

    -Ok, vem. -A ouvi me chamar e logo pegou em meu rosto, me trazendo para mó beijão. E voltamos a nos engolir, no caso não tanto quanto antes, mas ainda assim era algo intenso. Mas logo paramos. 

    -Ok, calma. -Disse e passei a língua nos lábios. -Tá, eu me fodi, isso é difícil pra caralho. -Rimos. 

    -Não sente gosto de nada?! -Ela riu. 

    -Só de álcool, vai mais uma vez.

    -Tá, vai. -Respondeu e me trouxe para outro beijo, bem melado e bem molhado. -E agora? -Perguntou e eu franzi a testa.

    -É cereja?

    -Uva. -Ela riu e nós rimos de volta.

    -Boa, Finn, direitinho. -Aplaudiram.

    -Valeu, valeu.

    -Vai, mais duas chances. -Noah disse. 

    -Ok, espera. -Ela respondeu e se passaram alguns segundos. -Vai, esse com certeza você vai saber. 

    -Espero, né. -Ri e nos beijamos de novo. Mas dessa foi bem rápido, por motivos óbvios. -Agh, é banana. -Fiz feição de desgosto e eles riram.

    -Eu fiz pra você acertar, porque sei que você odeia. 

    -É, obrigado por me dar um beijo com gosto de banana. -Rimos.

    -Ok, a última. -Ela disse e abriu mais uma bala. E eu esperei mais um pouco, outra vez. -Pronto?

    -Acho que sim.

    -Vem. -Riu e pegou no meu rosto, ao voltarmos com mó beijão do cacete. Até porque esse eu tenho que acertar. 

    -Espera. -Me afastei e pensei um pouco. -Porra, eu sei que sabor é esse! 

    -Então diz! -Riu. 

    -Calma, eu to processando. -Disse e nós rimos. -Vai mais uma vez. 

    -Tá, vai. -Riu e nos beijamos mais. Muito mais, estava gostoso pra caralho, mas infelizmente nós paramos. E eu pensei por alguns segundos, tentando sentir o gosto que estava na minha boca. 

    -Sabia, é framboesa!

    -É morango. -Respondeu.

    -Merda. -Rimos e eu tirei a venda. 

    -Finn, pelo amor de Deus, não é tão difícil! -Ela disse. 

    -Quer tentar?! -A desafiei.

    -Sim, eu quero! 

    -Ihhh, aí sim! -Jack riu. 

    -Falem sério, eu tenho certeza de que vou acertar! -Ela riu. 

    -Se garante, Millie?! -Abri um sorrisinho convencido. 

    -Claro!

    -Vou até gravar, eu posso registrar esse momento?! -Noah perguntou.

    -Sim, eu vou acertar! -Riu e eu cobri os olhos dela com a bandana. 

    -Vê alguma coisa?

    -Não. -Riu.

    -Beleza, então vamos lá. -Peguei uma das balas, e essa era mista, de caramelo com chocolate. Duvido que ela acerte. Então eu fiz os procedimentos todos, até achar que o gosto já estava na minha boca. -Pronta?

    -Sim. -Sorriu animada. Então eu peguei em seu rosto e nos beijamos gostoso e demorado. E bem molhado. Realmente, foi o que mais durou, mas ela logo se afastou e pensou um pouco. -Ei, eu adoro esse sabor... -Sorriu e me beijou bastante outra vez. Nós trocamos muita saliva, até que se afastou outra vez. E pensou mais um pouco. -Chocolate com caramelo. -Sorriu.

    -Ah, tá de sacanagem. -Respondi frustrado.

    -Sério, ela acertou?! -Perguntou. 

    -Acertou. -Ri. 

    -IHHH, MILLIE, BOA! 

    -AI, EU SABIA! -Sorriu animada e descobriu os olhos. Então se levantou da mesa e me deu um selinho toda feliz.

    -Se deu bem. -A abri um sorrisinho. 

    -Olha, foi tudo registrado, as provas estão aqui! -Noah respondeu.

    -E que só fiquem aí, pelo amor de Deus! -Rimos. 

    Então nós jogamos por mais um tempo, foram só mais três rodadas. E só rolou muita bebida e muita risada, a gente realmente só ia de mal a pior com tanto álcool. Quero só ver quando chegar amanhã. 

    Até que finalmente, tivemos um vencedor.

    -HAHAHA! -Noah se animou e andou as casas do tabuleiro. -VENCI, PORRAAA!!

    -UHUUUULL!! -Festejamos todos e o abraçamos bem forte. Ninguém batia bem. 

    -E agora, o que o vencedor faz?! -Sadie perguntou. 

    -O vencedor faz um desafio... -Ele respondeu bem convencido. -E eu desafio a TODOS vocês a... -Levantou as sobrancelhas, e nós desesperados. -Beberem uma bebida especial que eu mesmo vou fazer!

    -Fodeu, é hoje que a gente morre. -Jack respondeu. 

    -Tá, e a bebida é de quê? -Perguntei.

    -De tudo que eu encontrar no bar. -E agora nós levantamos as sobrancelhas.

    -Puts, aí nos quebra. -Caleb assentiu que sim. 

    -SIGAM-ME! -Ele pediu e nós fizemos. Até que foi para trás do bar e pegou aquele negócio que o barman usa pra misturar bebida, enquanto nós assistíamos. -Ok, vamos começar com... -Pensou um pouco. -Vodca. -Pegou a garrafa e derramou litros dentro do bagulho. 

    -Noah, menos, porra! -Ri desesperado. 

    -Ai, relaxa! -Pegou outra garrafa. -Um pouquinho de uísque não faz mal a ninguém. -Sorriu e derramou a bebida ali. -Vamos ver... 

    -Gente, vai dar ruim. -Gaten disse.

    -Já deu ruim há muito tempo. -Jack respondeu. 

    -Leite de onça, essa é nova! -Pegou a garrafa e derramou na mistura bem animado. -Ah, sim, tequila não pode faltar. -E adicionou mais coisa. 

    -Quem vai se arriscar a beber primeiro? -Sadie perguntou.

    -Eu que não vou. -Millie assentiu que não. 

    -Uma pitada de licor... -Derramou um pouquinho. -E só uma gotinha desse vinho todo empoeirado por fora. -Abriu a garrafa. -Essa é pra você, Millie.

    -Ah, muito obrigada.

    -Beleza, vamos lá! -Fechou o utensílio e sacudiu tudo de qualquer jeito. Então pegou um copo de vidro e derramou tudo ali dentro. -E aí, quem vai primeiro?! -Sorriu. E nós todos em silêncio.

    -Vai, Finn, po. -Caleb pediu.

    -Eu?! 

    -É, tu tá na frente.

    -Estou nada! -E o Jack me empurrou. 

    -Agora está.

    -Mano, vai ser foder!

    -E aí, Finn, vai, ou não vai?! -Noah assentiu para o copo. 

    -Por favor, não vai, eu ainda quero que a minha filha tenha pai. -Millie disse. 

    -Relaxa, ele vai ficar bem! -Noah riu.

    -Noah, essa é a última vez que eu faço algo por você. -Respondi. 

    -Ainda tem o Tiktok.

    -“Tiktok” meu ovo. -Reclamei e peguei o copo. -Meu Deus... -Assenti que não e fechei os olhos. Então eu bebi só um pequeno golinho.

    -E aí?! -Perguntaram. 

    -Quer que chame a ambulância?! -E eu quieto, até que dei de ombros.

    -Ah, até que não é tão ruim.

    -NÃO?!

    -Não, digo, é horrível. Mas não tanto quanto eu achei que fosse ser.

    -Deixa eu ver. -Jack pegou o copo e bebeu. -Agh, pelo amor de Deus... -Assentiu que não e passou pra Millie. Que bebeu um golinho também.

    -Nossa, quanto álcool. -Passou o copo e tossiu um pouco.

    -Ok, você consegue... -Gaten suspirou e bebeu um golinho. E fez uma cara igual a de quem faz quando chupa limão.

    -Mãe, me proteja. -Caleb se benzeu e bebeu. -Puta que pariu, sai fora! -Deu pra Sadie.

    -Que se dane isso. -Fechou os olhos e bebeu. -Agh, Jesus Cristo! 

    -Viram, ninguém morreu! -Noah riu.

    -Ainda. Espera uns três minutos. -Jack respondeu. 

    -Qual é, eu duvido que seja tão ruim assim! -Noah debochou e pegou o copo, dando um grande gole em seguida. E cuspiu tudo no chão. -MAS QUE MERDA É ESSA, PUTA QUE PARIU!

    -TU QUE FEZ, CORNO! -Reclamei.

    -E DAÍ, COMO VOCÊS BEBERAM ISSO?! -Jogou tudo na grama e deixou o copo de vidro na ponta da mesa do bar. -Eca, esse gosto não sai da minha língua. 

    -Já sei, vamos entrar e comer o bolo! -Sadie sugeriu. 

    -É, isso!

    -Ei, já querem acabar a festa?! -Ele perguntou frustrado. 

    -Claro que não, ainda são três e quarenta da manhã! -Respondi. 

    -A gente come, bebe, e dança mais, muito mais! -Caleb disse animado.
    -E canta também?! -Gaten perguntou.

    -SIM!! -Respondemos. 

    -UHUUL, ENTÃO VAMOOS!! 

 

    [...]

 

    Tá, e a gente bebeu pra caralho. E comemos pra caralho. E fizemos muitas coisas pra caralho.

    Assim, eu tenho a total consciência de que eu estou bêbado, isso é fato. E eu finalmente me dei conta de que estava todo mundo bêbado a partir do momento em que eu tive que ver o Noah dançando que nem uma lacraia em cima da mesa do bar, enquanto gritava “eu sou um gordinho gostoso”. Mas ok, já está todo mundo mais pra lá do que pra cá. 

    E depois de tanto álcool, tanto suor, tanta dança, tanto grito por causa do karaokê, tanta pegação, depois de tanto tudo, nós não nos demos por satisfeitos. E voltamos para a parte de fora da casa, onde estávamos jogando o jogo mais cedo. Então aqui estamos nós, ouvindo a música aos berros, desde não sei quanto tempo. 

    -Alá, mano, alá! -Jack apontou para o vídeo mega engraçado que assistíamos no celular dele pela milésima vez. -HAHAHAHA!
    -MUITO BOM, PORRA, FODA! -Gargalhei com ele e nos enchemos de tapas pelas risadas. -Ai, puta que pariu, essa foi boa... -Enxuguei o cantinho do olho e ri outra vez. 

    -Aí, tu já bebeu quantas?!

    -Porra, sei lá, perdi a conta!
    -Mano, sério, a cada vez tu me impressiona mais!

    -Por quê?!

    -Cara, eu podia jurar que depois da Alison você nunca mais iria viver nada disso aqui, mano! Muito menos a Millie, ela é outra que extrapola e se diverte pra caralho!

    -Mas sempre foi assim, a gente gosta e se diverte muito, não tem essa não! -Assenti que não e bebi a cerveja. -Jack, a Alison tá bem, entendeu, e isso é tudo pra mim. Eu amo aquela coisa miúda, cara, ela é o amor da minha vida inteira, puta que pariu.

    -Aiinn, você se declarando pela sua filha!

    -Não, eu falo sério mesmo, ela é tudo pra mim. Tudo, simplesmente tudo. Pra mim e pra Millie.

    -Iti, que amor!
    -Me emocionei, me abraça. -Pedi e nós nos abraçamos com força. 

    -Tá de boa, cara, faz parte!

    -Pois é mano, foda! -Assenti que sim e bebi mais. -Ai, ai, a vida é linda. Puta que pariu.

    -É, pois é. 

    -AÍ, FINN! -Ouvimos a voz do Caleb e eu me virei, o encontrando um pouco distante de mim. -Tu se esqueceu de apagar o tweet, mano!

    -Oi?! -Franzi a testa.

    -Você esqueceu de apagar! -Apontou pro celular. E então eu me toquei do que era.

    -Ihh, caralho... -Peguei meu celular que nem desesperado. 

    -Quantos retweets já tem?! -Jack perguntou.

    -Vinte e três milhões! 

    -Ihh, puta que pariu! -Gargalhou e chacoalhou meu braço.

    -Tá falando sério?! -Perguntei ao Caleb.

    -To, mano, tu se fodeu! -Ele riu.

    -Ai, quer saber, foda-se, também. -Dei de ombros e bebi, ao me voltar ao Jack. -Juro, foda-se.

    -É, mano, que se foda. Já foi. -Riu. -Pelo menos a Millie apagou aquela outra coisa, né.

    -Já até me esqueci do que tinha sido.

    -Eu também. -Assentiu que sim. -Aí, por falar na Millie, cara, vê lá como ela está. 

    -É, eu vou. 

    -Beleza, eu vou ficar por aqui. 

    -Eu sei que vai. -Ri e o dei dois tapinhas no ombro. Então me afastei para ir até a Millie, que estava deitada em uma das cadeiras da piscina, enquanto fazia carinho no Doug, que estava deitado no chão. E ela estava bem abatida. -Ei... -Me sentei ao seu lado e acariciei a lateral de seu rosto. -Como você tá? -Perguntei e ela assentiu que não, com os olhos já pesados. -Tá bem mal, né? -Perguntei, e ela só me admirava, sem dizer nada. -Vai pra cama, Millie, vem, eu te deixo lá. 

    -Não, Finn, não... -Assentiu que não e deu um suspiro, fechando os olhos em seguida. Até que agora se sentou, com a testa apoiada nas mãos e com os olhos ainda fechados. 

    -Quer que eu traga água? -A acariciei, e ela fez que não com o dedo, na mesma posição.

    -Eu vou pegar. -Suspirou e levantou a cabeça. 

    -Tem certeza?

    -Sim. -Respondeu e se levantou meio devagar, indo até o bar em seguida. Então o Doug veio pra perto de mim. 

    -Oi, garotão. -Sorri e o acariciei.

    -FINN! -Ouvi a voz do Noah e ele se aproximou, então eu me levantei. -Mano, isso está incrível, essa festa está foda! Eu sabia que essa viagem seria sensacional! 

    -Todo mundo sabia, por isso a gente veio! -Rimos.

    -Mas porra, é sério, eu to sentindo uma coisa muito boa! Tipo, muito foda, que sensação maravilhosa! -Ele disse e eu ri.

    -É efeito da maioridade. -Bebi e o dei um soquinho no ombro. -Meus parabéns.

    -Valeu, eu não sabia que ser maior de idade poderia ser tão foda!

    -Mas não é, amanhã isso tudo passa. -Rimos. -Sem querer estragar a vibe.

    -Não estragou a vibe, nada estraga a vibe! Simplesmente, porque... -E escutamos um barulho de vidro quebrando. 

    -Ah, porra! -E a voz da Millie, me fazendo virar no mesmo segundo. E a vi segurando o antebraço, enquanto escorria sangue da mão dela. A única perto dela era a Sadie.

    -Millie, tá tudo bem? -Eles se aproximaram.

    -O que aconteceu? -Perguntei ao Noah, ao franzir a testa.  

    -Millie, o que... -Sadie começou.

    -Não, não fala comigo! -Respondeu irritada.

    -Como assim, eu só quero te...

    -Não me toca! -Afastou o braço da Sadie à força e se afastou. E eles chocados, só se olhando.

    -Millie, para com isso, você está bêbada. -Ela riu.

    -Não, eu não estou bêbada. -A encarou com raiva. -Eu não quero falar com ninguém.

    -Millie, como assim, o que aconteceu?! -Gaten perguntou. 

    -É, o que houve?! 

    -Não falem comigo, me deixem em paz! -Pediu completamente estressada, e começou a se afastar deles, ainda segurando o antebraço e com expressão de dor.

    -Finn, o que é isso? -Noah me perguntou sem reação. 

    -Não faço ideia. -Respondi, percebendo que ela passaria do meu lado. -Ei. -Me aproximei dela.

    -O quê?!

    -Para com isso, olha pra mim.

    -Não, eu não quero!

    -Millie, vem aqui. -A peguei no braço.

    -Para, me solta!
    -Só conversa comigo! 

    -Não, Finn, me deixa! -Se soltou de mim à força.

    -Millie, você está machucada, me deixa ver! 

    -Não precisa. -Respondeu num tom grosso e saiu dali extremamente puta, sem mais nem menos. E a gente sem entender porra nenhuma. 

    -Tá, e o que foi isso?! -Jack perguntou preocupado. 

    -Não sei, eu nem vi o que aconteceu! -Respondi. 

    -Não foi nada demais, ela só estava... -Sadie começou. 

    -Finn? -Gaten me chamou a atenção e apontou, me fazendo virar para trás. E encontrei a Millie apoiando uma mão na parede do lado de fora da casa, enquanto tinha o tronco um pouquinho inclinado para baixo. E a cabeça completamente baixa. 

    -Ela vai vomitar? -Caleb perguntou. 

    -Não, ela não vai vomitar. -Respondi, ainda prestando atenção no que estava acontecendo. Até que ela se virou de frente e se encostou na parede, de olhos fechados, e foi deslizando até se sentar no chão como quem perde as forças. E abaixou a cabeça outra vez. -Fodeu, segura. -Dei minha garrafa pro Noah e comecei a ir até ela às pressas. -Millie. -A chamei e me agachei ao seu lado. -Millie, ei, fala comigo. -Peguei em seu rosto e dei alguns tapinhas nele, mas nada acontecia. -Jack, me ajuda. -Pedi e ele começou a vir. -Rápido, Jack, anda! 

   -Ok, ok, estou aqui. -Se aproximou preocupado. -Ela desmaiou?!

   -Sim. -A levantei com dificuldade e logo a peguei no colo, a segurando nas costas e por debaixo das pernas.

    -Finn, o que está acontecendo?! -Me perguntaram. 

    -Vai na frente, rápido. -Pedi ao Jack às pressas. 

    -Ai, meu Deus, ok. -Respondeu e entrou na casa, enquanto eu ia atrás com a Millie no colo. E ele subiu as escadas bem rápido e abriu a porta do nosso quarto pra mim, então eu entrei e deitei a Millie na cama, ainda estando ao lado dela. 

   -Millie. -Tentei chama-la outra vez, enquanto tiro a bandana que ela usava no pulso, para o sangue circular melhor. -Millie! 

    -Finn, e agora?! -Perguntou preocupado. 

    -Traz água, rápido. 

    -Tá. -Respondeu e saiu dali às pressas.

    -Millie, acorda, meu amor, anda... -Inclinei sua cabeça para o lado e a acariciei, morrendo de preocupação.

    -Toma. -Ele me entregou e eu deixei o copo na mesa. Então percebi que ela abriu os olhos devagar e ameaçou se ajeitar na cama. 

    -Ai, isso, graças a Deus. -A acariciei no rosto.

    -Ela acordou?!

    -Sim, vem cá, Millie. -A ajudei a ficar meio sentada na cama. -Toma, bebe um pouco. -Peguei o copo d’água e dei pra ela, então bebeu vários goles. Até assentir que não e me entregar. -Não quer mais? 

    -Millie, quantos dedos tem aqui?! -Ele a perguntou, mas tudo que ela fez foi apertar os olhos e engolir o nada, ao se segurar em mim. Eu sabia exatamente o que aquilo quis dizer. 

    -Pega o lixo do banheiro. -Pedi a ele desesperado. 

    -Quê?!

    -Pega logo, anda! -Disse e ele saiu correndo. E foi o tempo dele o colocar embaixo da Millie, que ela se inclinou pra frente e colocou tudo pra fora, enquanto eu segurava os cabelos dela. 

    -Puts, quanto álcool. -Ele assentiu que não. 

    -Coloca pra fora, vai... -A acariciei nas costas, e ela vomitando mais. Até que eu admirei o Jack e ele me admirou, ainda segurando a lata de lixo. -Obrigado. -Disse num tom baixo e ele assentiu que sim. Então ela logo se deitou na cama, outra vez, e eu consegui dar mais água pra ela, depois de vomitar tanto. 

    -Precisa de mais alguma coisa? -Me perguntou. 

    -Leva isso lá pra fora e vê com o Noah se tem alguma coisa que eu possa usar pra cuidar da mão dela. -Pedi e ele se levantou com a lata de lixo na mão. -E apaga a luz quando sair. 

    -Ok. -Respondeu e a apagou, fechando a porta em seguida. E agora só tinha a luz acesa do abajur ao meu lado, enquanto eu estou aqui acariciando a Millie, que provavelmente já caiu em sono profundo. 

    Então alguns minutos se passaram e me trouxeram a bolsinha de primeiro-socorros que tinha dentro da vã que nós viemos. E eu acabei conseguindo fazer um curativo na Millie, porque por sorte ela está ferrada no sono, e finalmente eu me aconcheguei ao lado dela para conseguir relaxar. E logo alguém abriu a porta, e o Doug veio subir na cama todo feliz e agitado.

    -Shhh... -O acariciei para ficar calmo e não acordar a Millie.

    -Finn! -Ouvi o Noah sussurrar na porta. -Precisa de alguma coisa? -Perguntou e eu assenti que não com o dedo, logo fazendo o sinal com a mão para ele ir embora. E ele foi, só porque agora não é hora de explicar nada, amanhã nós vamos resolver isso. E descobrir o que aconteceu lá embaixo para a Millie ter ficado desse jeito, que é o que eu mais quero saber. 

    -Mas enquanto isso a gente fica aqui cuidando dela, né, garotão? -O acariciei ao meu lado. -Vem cá, deita aqui com o papai pra gente descansar dessa festa toda de hoje, vem. -Disse baixinho e ele se deitou ao meu lado. 

 

    Então quando eu menos esperava, também acabei apagando. Graças à essa noite de pura farra e festa em Malibu. 

 


Notas Finais


BELEZA, AGORA EU DEIXO OS COMENTÁRIOS COM VOCÊS, PORQUE EU NÃO TENHO NADA A COMENTAR! Na verdade tenho: AGUARDEM PELO PRÓXIMO CAPÍTULO! SÓ AGUARDEM! (E dessa vez não por tanto tempo, eu prometo :D)
Eu só espero que saibam que eu me segurei pra não fazer um estrago terrível com essa galera durante essa festa, HIHIHI, SOU DO MAL. AGORA A GENTE ESPERA PRA VER NO QUE DEU ISSO TUDO.
Amores, eu espero muito que vocês tenham gostado, se divertido e dado risada tanto quanto eu. (E que também tenham pego fogo junto com o nosso casal, porque HAJA FOGO, VIU! E eu decidi trazer o mini hot de brinde nesse capítulo, porque já faz milênios que não surge um hot nessa história. Nem sou dramática, eu.)
Por favor, não se esqueçam de me deixar saber se gostaram, tá? Isso é mega importante pra mim, e interagir com vocês é tudo de bom <3 E podem me dar esporro para eu diminuir o tanto de palavras, eu deixo.
Beijão, amores, até o próximo!! <3 <3 <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...