História Amigas de Infância - Vamos causar?

POV MARINA

Percebi que Pâmela havia ficado incomodada com o fato de Enzo ter ido nos buscar, por isso segurei na sua mão para lhe passar confiança e descemos para o primeiro andar. Enzo, Ingrid, dona Clara e meus pais estavam esperando na sala principal e quando Enzo nos viu se levantou. Ele estava muito bonito, estilo esportivo, com uma camisa polo vermelha, um calção jeans escuro e um sapatênis preto, seu cabelo estava espetado para cima e usava um perfume bem marcante, enquanto Ingrid também estava linda e isso acabou me passando uma certa insegurança, com um shortinho estilo social grafite que deixava à mostra suas pernas totalmente torneadas e marombadas, uma batinha de alcinha branca com alguns brilhos que ressaltava seus lindos ombros, sandália preta de salto, cheia de acessórios e o cabelo amarrado com alguns fios soltos no rosto. A maquiagem realçava ainda mais os seus olhos e o sorriso branquinho.

- Oi Enzo! -- dei um abraço nele.

- Oi meu bem! -- ele também me abraçou -- Você está linda! -- disse baixinho no meu ouvido.

- Oi linda. - Pâmela se meteu em nossa conversa para cumprimentar sua amiguinha e ignorou totalmente Enzo. - Essa é a Marina. Marina, essa é a Ingrid.

- Até que enfim te conheci! – sorri cinicamente.

- Eu quem diga, prazer! -- sorriu largo, me cumprimentando com um beijo no rosto.

-  E aí, vamos?! As meninas devem estar nos esperando por lá já.

- Tchau pai, tchau mãe, tchau dona Clara.

- Tchau mãe, tchau dona Maria, tchau seu Augusto. – Pâmela.

- Tchau meninas. – Minha mãe e dona Clara falaram juntas

- Voltem cedo heim e se cuidem, juízo! – meu pai como sempre com seus recadinhos básicos hahaha.

Carlos já nos aguardava em frente minha casa para nos levar, Pâmela não queria ir no mesmo carro que Enzo e para evitar brigas já no começo da noitada, resolvemos que iriamos separadas dele.

Não havia muito assunto entre a gente. Sempre que podia, eu me encostava ou pegava em Pâmela, para mostrar que eu estava ali e não daria chance para a Ingrid.

 No caminho tentei puxar assunto.

- E aí Ingrid, você gosta de dançar? Vai dançar hoje, né?

- Não me dou muito bem com dança, mas tento.

- Hum... hoje vou dançar muito, mostrar meu talento!

Vi que Ingrid só sorriu. Eu estava agitada, toda hora ficava dando beijinho no rosto de Pâmela.

 Enfim, chegamos. Era o mesmo pub da noite em que as meninas resolveram sair para me dar as boas vindas. De longe, já avistei a Eduarda, a Tatá, a Débora, a Lucy e a Camila que conversavam com um pessoalzinho conhecido. Elas vieram ao nosso encontro e Pâmela sempre muito entusiasmada correu para abraçá-las. Eu fui mais devagar. Logo Enzo se juntou a nós também.

Estávamos reunidos na porta do pub conversando, quando Ingrid resolveu chamar Pâmela para um canto, tentei escutar o máximo a conversa delas.

- Pam, acho que não estou de bom humor hoje, não sei se seria bom eu ficar.

- Relaxa... Eu não vou te deixar sozinha. Estou aqui com você! -- ela sorriu e apertou a bochecha da Pâmela.

Vi que Pâmela chegou mais perto do ouvido dela e sussurrou:

- A propósito... você está linda, viu?

- Quem sabe não encontro o amor da minha vida hoje, né?

- Pois é. Vamos agitar e não se desgruda de mim, ok?

- Um comentário a parte, sua Marina é o que há, hein? Porém...

- Porém?

- Não ganha de você!

Quando escutei aquilo, arrastei as meninas para perto das duas. Pâmela já foi apresentando as meninas para Ingrid e eu confesso que não aguentava mais de ciúmes, afinal desde que Pâmela voltou para casa com essa amiga dela, ela mal estava me dando atenção, eu tinha que ficar implorando e tentando mostrar a todo momento que estava ali, até que me estressei e resolvi sair de perto delas.

- Enzo, Vamos causar?

- Bora!

Saímos todos na frente deixando as duas bem para atrás.