História Amity or love? - Chapter six

Even if it takes time, it is always possible to find love. Never lose your hopes.

        Uma dia antes do jogo;

Lá estávamos nós assistindo o treino dos meninos para o jogo. Já tínhamos acabado o nosso treino, e já estávamos ótimas na coreografia nova. 

Todo o colégio estava tenso. Isso sempre acontece quando é dia antes de um jogo.

— Eu tô nervosa demais - Âmbar disse batendo os pés.

— Não precisa! O Blacke vai ganhar com certeza amiga...- tentei ser otimista, mas na verdade estava mais nervosa do que ela - Ah quem eu tô querendo enganar? Tô muito nervosa também.

— Vou dar uma volta que é melhor do que ficar aqui! Isso tá me deixando mais estressada, ui- se levantou - você vem?

— Claro - me levantei.

— Vamos logo - ela me puxou.

Ficamos dando voltas e voltas pelo colégio. Fomos no refeitório, no vestiário, nas salas, em todos os lugares possíveis. 

Estávamos um pouco mais calmas do que antes. 

— Acho que já podemos voltar para ver o treino...

— Também acho! - falei, e tomamos o rumo ao campo.

Quando chegamos ao campo de futebol, Ambar me virou de repente para ela.

— O que foi criatura? - perguntei, confusa.

— Nada! - ela falou rápido - só acho que deveríamos voltar a dar uma caminhada pela escola! Você não acha? Eu acho...- começou a me puxar para fora do campo. 

— O que houve? Viu um mostro no campo ou oque? - perguntei, cruzando os braços.

— Pior...

— O que poderia ser pior do que...

Quando me virei me deparei com uma cena, que puta que pariu.

Jennifer e Matteo, no meio do campo de futebol, se abraçando.

— O que porra é essa, mano...

Dei um passo pra trás. Senti meu coração doer. 

Era isso, meu destino estava selado! Eu nunca ia poder ser feliz, sempre algo ia estragar o que eu tinha...

De repente minha dor se transformou em raiva...

— Ah mas eu vou cantar 50 reais! E vai ser na cara dessa vadia desgraçada...- falei a passos rápidos, na direção deles.

— Essa é minha amiga - Âmbar disse me seguindo, enquanto eu andava em direção aos dois.

— Bonito! Que bonito hein - comecei a gritar, batendo palmas lentamente, quando já estava próxima a eles - que cena mais linda - eles separaram o abraço  - será que eu estou atrapalhando o casalzinho aí? - eles me encararam. Matteo parecia assustado, por eu ter pegado eles juntos. Já a Jennifer estava com um sorriso sinico no rosto. - Que lixo!

— Luna...- Matteo tentou falar.

— Luna nada! Oque porra era isso aqui? - falei irritada.

— Desculpa Luninha, mas não sabia que o Matteo te devia explicações de nada...- Jennifer ainda estava com o sorriso sinico no rosto.

— Verdade...não deve mesmo! Agora não mais...- sai correndo. 

Pude ouvir um pouco do que Âmbar disse a Jennifer.

Senti alguém puxar meu braço e parei.

— Oque foi, Matteo? - falei, tentando segurar as lagrimas.

— Você vai deixar eu explicar,o porque daquela cena? - me virei para ele e cruzei os braços.

— Vai, explica! Inventa uma desculpinha esfarrapada, Matteo.

— Não tenho nenhuma desculpa esfarrapada pra te falar! Vou falar a verdade! Ela tropeçou perto de mim, fui lá ajudar ela, e ela me abraçou me agradecendo, só isso! Eu juro foi só isso, Lu.

— Fala sério né, Matteo...

— Eu tô falando Luna! Eu já falei que gosto de você, já me abri pra você. Você acha mesmo que eu ficaria com outra, se já fiz isso tudo para você? - ele parecia sincero...

— Desculpa - eu disse com um suspiro - é que eu não suporto aquela garota, aí eu chego aqui e vejo vocês dois abraçados...ah deixa! 

— A gente tá bem então? - ele perguntou, com um sorriso tímido no rosto.

— Sim - assenti sorrindo.

— Posso te abraçar ou vai chamar a Âmbar pra me bater igual ela fez com a Jennifer?

— Que? A Âmbar bateu na Jennifer? Não acredito que perdi isso mano - disse gargalhando.

Envolvi o pescoço dele com meus braços, e ele envolveu minha cintura.

— Quer sair pra tomar alguma coisa? - ele sussurrou no meu ouvido.

— Tá me chamando para um encontro? - arqueei a sobrancelha.

— Se quiser chamar assim...-deu de ombros.

— Tá, eu aceito! 

— Vamos então - ele desfez o abraço, mas não me soltou. Me pegou no colo e começou a andar.

— Ei...

Dia do jogo

O dia do jogo chegou, e a escola inteira está eufórica.

As arquibancadas estavam lotadas. Estavam mais lotadas do que o normal.

So oque era possível de se ver, eram pessoas andando pra lá e pra cá, com baldes de pipoca, refrigerantes ou outro tipo de guloseimas.

Dava para sentir a tensão que vinha do campo, mesmo de onde estávamos.

— Hoje é um dia importante para o Blacke, então vamos arrasar meninas. E vamos ajudar eles com a nossa energia. - a treinadora nos disse - em dois minutos vocês entram!

As garotas se dispersaram, umas foram se sentar, e outras conversar.

Eu e Âmbar fomos falar com os meninos.

— Vocês também estão com o cu trancado? - Âmbar chegou falando.

— Âmbar! - repeendi ela, gargalhando.

— Oque? Nada demais na minha pergunta...

— Sim, meu amor nós estamos nervosos! - Simon disse e puxou ela para um beijo.

Matteo me puxou pro canto.

— Ui, que foi? - perguntei sorrindo.

— Não vai me dar meu beijo de boa sorte? - ele disse envolvendo minha cintura com os braços, fiz o mesmo com seu pescoço.

— Hmm, tenho que pensar...- fiz cara de pensativa - não sei se o senhor tá merecendo isso...

— Ah é?! Vou pedir pra Jennifer então...tenho certeza que ela vai querer me dar - disse soltando minha cintura, e fez menção de sair.

— Vai pedir pra ela, que eu corto seu amiguinho...

— Pegou pesado, senhorita Valente.

Ele disse sorrindo, e me beijou.

Já tínhamos apresentado a nossa coreografia, e estávamos os meninos entrarem para o jogo começar.

— Eu vi o beijo de vocês no vestiário sua safada - Âmbar disse - e a vaca da Jennifer também...ate vi a fumacinha saindo da cabeça dela.

Rimos.

— Talvez agora ela se coloque no lugar dela. Já que antes isso não aconteceu...

— Acho que depois do que eu disse pra ela, e também de um tapinha, ela percebeu qual o devido lugar dela...

— O Matt me disse que você bateu nela! Queria ter visto essa cena - gargalhei.

— Também queria que você estivesse lá pra ver. Na verdade, queria que você tivesse me ajudado né...mas em vez disso, a senhorita fez foi sair com seu boy. Me deixou sozinha lá...

— Desculpa - falei rindo.

— Mas me conta, o que vocês fizeram nesse encontro? - perguntou com um olhar malicioso.

— Não fizemos nada disso, senhorita Smith! E vai demorar um bom tempo, pra isso acontecer comigo...

— Duvido muito! Com um homem desses, eu não esperava. E tenho certeza que você não vai!

— Âmbar eu...

Ia falar mas fui interrompida pelos aplausos das pessoas. O jogo ia começar.

Começamos a balançar os pompons, gritar e fazer tudo o que líderes de torcida faziam.

Quando o tempo acabou, e percebi que havíamos ganhado o jogo. Corri para o meio do campo, junto com o resto das garotas, onde todos os garotos comemoravam.

Pulei no pescoço do Matteo, e comecei a distribuir beijos pelo seu rosto.

— Você foi incrível!

— Ei! - Simon protestou vindo na nossa direção.

— Tá, vocês foram incríveis - revirei os olhos.

— Agora sim! - Gast disse sorrindo. Ele não estava com Nina, ela estava com o resto das meninas conversando. Talvez não tivesse vindo aqui por vergonha de ter que nos encarar.

— Vou roubar ela um pouquinho! - Matteo disse e me puxou.

— Oque foi agora, senhor Matteo Balsano? - eu disse sorrindo.

— Só queria poder te roubar um pouco. - disse, já começando a beijar meu pescoço.

— Meu Deus que fogo é esse, garoto - disse rindo.

Ele me encarou com um sorriso malicioso no rosto.

— Saudades! - deu de ombros, e beijou minha boca.

— Ei o casalzinho ai - ouvi Âmbar nos chamar - vamos comemorar a vitória! Vocês vem ou vão ficar aí se comendo?

Parei o beijo, e respondi:

— Já estamos indo! - gritei.

— Você tava brincando né? Porque tá ótimo isso aqui pra mim.

— Não tava não! - falei e ri - vamos logo, Matteo! - falei já andando e puxando ele.

— Tá falando sério?

— Nunca falei tão sério na minha vida! - continuei puxando ele.

— O.k. então! Mas deixa eu me divertir um pouquinho...- ele me puxou para perto, e me pegou no colo.

Soltei um gritinho.

— Odeio quando você faz isso, sabia? - perguntei, dando um tapinha nele.

— Sei. Por isso eu faço isso queridinha! - disse e me deu um selinho.

— Vamos logo seu trouxa...

— Assim você me mágoa, meu amor. - disse e começou a caminhar.

Eu não esperava por aquilo. "meu amor" ficou martelando na minha cabeça. Nunca ninguém havia falado isso pra mim...

Apenas sorri, e encostei minha em seu peito.

O pessoal do time, as líderes e mais algumas pessoas da escola, foram comemorar na casa de um dos jogadores.

Não era uma comemoraçãozinha não, o bagulho tava louco lá! Tinha de tudo.

— Que festão hein?! - falei para Âmbar.

— Festão é pouco - ela riu - você viu o Simon?

— Tava com o resto dos garotos do time, quando eu vi ele pela última vez!

— Vou procurar! - disse e saiu.

Fiquei sentada no balanço, sozinha, só observando o pessoal.

— Não acredito que você está sozinha! - Gustavo brotou do nada no meu lado.

— Pois é, me abandonaram aqui! - disse sorrindo.

— Te faço companhia - disse e se sentou no balanço ao lado, do que eu estava.- você foi incrível hoje.

— Eu? - perguntei, confusa.

— Sim, você. Naquela coreografia locona.

— Ah, a coreografia - falei rindo.- nem era tão difícil assim.

— Não era difícil? Se eu fosse tentar fazer aquilo acabaria com o pescoço quebrado! - ele disse e eu ri.

— Tá, pra você pode ser difícil sim!

— Fala sério, aquilo é difícil pra todo mundo. Só você mesmo pra conseguir.

— Não exagera! - disse, e dei um tapinha nele - não sou só eu que consigo! Todas as líderes conseguiram! - revirei os olhos, mas depois ri.

— Mas você foi a melhor! - disse e me fitou com os olhos. - Vou ter que deixar sozinha aqui. - disse, depois de sair do transe.

— Tudo bem! Vou procurar meus amigos.

Nos despedimos, e fui procurar o pessoal.

Mas no meio do caminho, encontrei o Matteo.

— Posso saber quem era aquele? - ele disse, cruzando os braços.

— Quem?

— O garoto que você estava conversando! - disse com a cara fechada.

Não acredito...

— Você tá com ciumes! - disse rindo. - owwn que bonitinho! - apertei as bochechas dele.

— Que ciumes o quê?! - se fez de desentendido.

— Tá com ciumes sim!

— Tô não.

— Tá sim!

— Não, tô não.

— Tá sim, e não adianta negar! - disse sorrindo.

— Tá, eu tô! - revirou os olhos e abriu um sorriso.

— Já falei que amo seu sorriso? - falei e o beijei.

— Ah, aí estão vocês seus safados.- Âmbar nos interrompeu.

— Você ama atrapalhar a gente não é?! - Matteo perguntou, me abraçando por trás.

— Amo mesmo. Mas queria era falar com a Lu.

— Pode falar!

— É que tipo assim, não vai dar pra você dormir lá em casa. - ela disse rápido.

— O que? Porque? - eu falei prós meus pais que dormiria lá. Eles estão viajando.

— Porque eu vou dormir na casa do Mike esse fim de semana.

— Você vai mesmo trocar sua melhor amiga, por um garoto?

— Um não. O garoto! - disse o  piscou para mim - Já tô indo, beijo. - ela falou e saiu.

— Tô ferrada!

— Porque? - Matt perguntou.

— Eu ia dormir lá porque meus pais estão viajando. Não posso ficar sozinha em casa.

— O que? Você tem medo de ficar sozinha? - ele perguntou rindo.

— Que? É óbvio que não! - tá, eu tinha mesmo medo. Ainda mais que eu iria dormir sozinha mesmo, meu pais levaram meu irmão na viajem também.

— Ah, tudo bem então. Tava pensando em uma solução para o seu medo!

— Qual? - perguntei me virando para ele.

— Hmm, você dorme na minha casa. - falou no meu ouvido.

— E porque você acha que eu aceitaria? - perguntei, me fazendo de difícil.

— Porque eu sei que você não vai querer ficar sozinha em casa. - ele disse e me deu um selinho. - e também...porque eu sei que você quer ir!

— Ah é? E como tem tanta certeza, senhor Matteo Balsano.

— Por que você me ama. - disse e me beijou.

— Seus argumentos são bons! - falei rindo, quando separamos o beijo. - é...eu aceito sim.

— Sabia! - ele falou e me beijou de novo.

— Você já veio aqui, mas estava tudo bagunçado por causa do meu irmão. - falei quando entramos no meu quarto. Tínhamos ido buscar minhas coisas.

— Seu quarto é muito princesinha! - Matteo falou enquanto mexia nas minhas coisas.

— Queria o que? Um monte de pôster de banda de rock?

— Não, credo. - ele falou, me fazendo rir. - a sua risada é linda sabia? - me abraçou por trás.

— É mesmo? Não sabia que imitar uma pessoa tendo um infarto é lindo.

— Você torna tudo mais lindo! - ele começou a beijar meu pescoço.

— Pronto, terminei de arrumar minhas coisas! - me virei para ele.

— Vamos? - assenti.

Fechei a casa, e entramos no carro.

— Seus pais não vão reclamar? - perguntei, botando o cinto.

— Não, estão viajando. Vamos ter a casa só para nós dois.- falou e ligou o carro.

Quando ele disse isso senti o  nervosismo surgir. Eu aceitei ir para a casa do Matteo, porque pensava que os pais estariam lá. Só por isso. Porque sabia o que ele queria, e eu ainda não estava pronta para isso.

— Ah sim...- foi oque respondi.

Acho que ele percebeu meu nervosismo.

— Não fica assim. Não vou fazer nada que você não queria! - ele falou e colocou na minha perna. Peguei ela e entrelaçei nossos dedos.

Sussurrei um "obrigada", e encostei minha cabeça no banco.

Cochilei no carro, e só acordei quando senti braços ao meu redor.

— Acordou bela adormecida. - Matteo disse quando abri os olhos.

— Oi - sorri.

— Chegamos!

— Você não quer me levar no colo não? Dessa vez eu quero! - perguntei meio sonolenta.

Ele riu.

— Tudo bem então. - ele me pegou no colo e entrou na casa.

— Que linda! - falei ainda sonolenta.

A casa dele era bem grande, e muito bonita.

— Vou te levar pro meu quarto, pra você dormir. - disse e começou a subir as escadas.

— Pensava que seu quarto ia ter vários pôster de rock - disse rindo.

Ele me colocou na cama.

— Pensou errado! - me deu um beijo testa - Boa noite.

Ele disse e ficou fazendo carinho no meu cabelo.

Rapidamente cai no sono.

Acordei, já deviam ser provavelmente dez ou onze da manhã. Levantei e vi que ainda estava com a roupa de ontem, no corpo.

Dei uma procurada no quarto com o olhar e achei minha bolsa em cima de uma poltrona no canto.

Levantei e a peguei. Fui até o banheiro, fiz minhas higienes e me troquei.

Depois de fazer isso, sai do quarto e desci as escadas.

Encontrei ele na cozinha.

— Você cozinha? - falei rindo.

— Digamos que sim. - disse e deu a volta na ilha da cozinha, e me deu um abraço apertado.

— Porque isso tudo?

— Saudades, e também tenho uma surpresa.

— Primeiro, saudades? Segundo, que surpresa? - perguntei animada.

— Só depois do café!

— Ah não!

— Só depois do café, queridinha! - puxou a cadeira para mim e me sentei.

— Nossa...

Tomamos café conversando sobre coisas aleatórias. Mas eu estava morrendo pra saber o que era essa tal surpresa.

— Terminei o meu café! Pode falar qual é essa surpresa! - me levantei.

— Meu Deus, mas que menina mais curiosa! - ele pegou minha mão e me levou até área da piscina, da casa dele.

Tava tudo muito decorado.

— Oque...- ia perguntar o que era aquilo tudo mas me interrompi quando vi ele se ajoelhando.

— Luna Valente - ele começou. Eu sabia onde isso ia dar, já senti as lágrimas brotando. - sempre que olho nos seus olhos, você prende minha atenção, não há outro lugar onde eu vou querer estar a não ser a seu lado. É o seu jeito de sorrir que é demasiado cativante, é a sua forma de falar que me deixa encantado. Você é linda, simplesmente linda e palavras são poucas para definir o quanto. Imagino a toda a hora você bem perto de mim e acredite que nos meus sonhos não há quem me faça mais feliz. Por isso peço, imploro que sua vontade seja ficar um pouco mais e deixar que uma história de paixão possa começar entre nós. Deixe que o meu olhar percorra sua alma, descubra os traços cativantes da sua vida e fale tudo o que eu não consigo dizer. Dê uma chance aos meus sentimentos, pois eles só querem fazer você se sentir uma mulher verdadeiramente amada. Quer namorar comigo?

Eu estava chorando igual uma criancinha. As palavras dele para mim, palavras que nunca imaginei escutar de alguém, me deixaram simplesmente feliz e maravilhada.

— É claro que sim.