Cris e Lance saiam para beira da floresta de modo discreto para que ele pudesse continuar a ensinando sobre o poder dela e como utilizá-lo. Absol ficaria observando a área ao redor para lhes garantir maior segurança.
– Porque não largou essa bolsa para trás como mandei. – reclamava ele – E se algum daqueles canalhas que te persegue resolver aparecer e acabar roubando as suas coisas?
– Não trouxe nada que fosse de valor comigo. São só alguns biscoitos, agua, primeiros socorros e algumas poções para emergência. – esclarecia ela sem se importar com o mau humor de Lance.
– Poções para emergência? Quais?
– Bom, tenho dois frascos de poção do sono, uma de névoa paralisante e uma poção da verdade.
– Aquele elfo desprezível te deixou levar um frasco de poção da verdade?!? – questionou ele incrédulo ao mesmo tempo em que mexia em sua bolsa para ver a poção com os próprios olhos.
– Provavelmente o Ezarel nem percebeu. Mas a Miiko já havia me dado permissão para carregar um pouco comigo se eu quisesse. – respondeu ela retomando a bolsa e o pequeno frasco que continha a poção poderosa.
– Você quis dizer: para usá-la em mim, não é mesmo? – falou ele com seu costumeiro sorriso que sempre irritava a Cris.
– Viemos aqui para treinarmos ou para batermos papo? – reclamou ela alargando ainda mais o sorriso do dragão de gelo que não demorou a ficar sério para começarem.
Hoje, ele continuava a ensinar a faeliana sob como lidar mais ou menos com o elemento Terra do poder dela que ao que puderam perceber, se concentrava em suas capacidades de luta e compreensão do ambiente a sua volta. Treinaram por uma hora e meia no mínimo antes de fazerem a primeira pausa (graças ao Ēnukungi, não podiam ficar muito tempo fora da proteção dos muros de Eel. Sem falar que seu líder ainda precisava acreditar que o dragão estava acorrentado nas masmorras e não protegendo o seu alvo primário).
Como eles haviam consumido toda a agua que tinham (que não foi suficiente para matar a sede dos dois) e um pequeno riacho corria próximo de onde eles estavam. Lance pediu para que a Cris esperasse por ele enquanto o mesmo ia pegar um pouco mais de agua para eles.
A Cris até que pretendia obedecê-lo depois de perdê-lo de vista, mas ao ouvir um gemido que lembrava a um choro infantil, acabou por ir atrás do que lhe chamara a atenção com todo o cuidado e com a adaga que estava usando no treino em mãos mais a sua bolsa com as poções. – “Melhor prevenir do que remediar!” – era uma de suas frases que lhe passava na cabeça.
Ela seguiu cautelosa, aproximando-se da origem daquele som, no entanto, sem saber bem como, ela escorregou em uma ribanceira. Caindo direto para dentro de um portal dimensional que havia se aberto por apenas dois segundos. Tempo de a Cris atravessá-lo sem ao menos compreender o que acabara de lhe acontecer. E ela não o atravessou sozinha...
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