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História Amnésia transdimensional - Cap. IV Alquimia (parte 1)


Escrita por: TsukiHime0713

Capítulo 4 - Cap. IV Alquimia (parte 1)


 

Ao fim do passeio, já havia anoitecido. Kurisu escolheu (convencida pelo dragão) um dos quartos do térreo para passar a noite (e que ficava próximo da porta proibida que lhe pareceu ser o quarto de Leiftan já que ele entrou lá para dormir). A falha de se lembrar do que quer que fosse a deixava incomodada. Observava deitada na cama, o quarto que escolheu para tentar distrair-se: um quarto inteiramente decorado com o tema de lua e estrelas, e uma pequena área de jardim no fundo; mas não lhe era o bastante para que pudesse conseguir dormir...

“[roxa]E aí Cris! Como foi o seu passeio com o Leiftan dragão?”

Ela ergueu-se com tudo da cama ao ouvir a estranha voz feminina (e que lhe parecia vir de dentro da cabeça?). Sem perder tempo, ela começou a procurar pelo quarto para saber se realmente estava sozinha.

“[roxa]Eu estou aqui Cris. Na cadeira do jardim.” – ouviu ela a voz novamente e voltando-se para o local descrito ela viu uma mulher negra com longos cabelos feitos de penas e asas negras, além de uma imensa cauda, e mais uma vez ela teve aquela sensação de que conhecia aquele ser (porém, com mais certeza).

– Mas qu...

“[roxa]SHIII! Não fale! Só pense! Posso usar telepatia e aquele dragão não pode nos ouvir!” – Se antes a moça estava confusa, agora ficara ainda mais.

“Tá, tudo bem. Mas voltando, quem é você? E o meu nome é Cris e não Kurisu?” – a mulher soltou um longo suspiro ao mesmo tempo em que revirava os olhos.

“[roxa]Esqueci que você está meio desmemoriada no momento, mas isso não atrapalha a missão que você tem aqui. Agora sobre suas perguntas, posso dizer que sou uma amiga e sim, seu nome é Cris. Kurisu é um apelido que você criou para proteger a si mesma muito antes de conhecer Eel.”

Uma amiga? E que missão é essa de que você está falando?” – questionava ela se sentando no gramado para ficar mais próxima da estranha criatura.

“[roxa]Olha, nós não temos muito tempo para concluir o que viemos fazer aqui, então apenas pense em tudo que você fez deste que acordou sem lembranças.” – e assim a Cris o fez, com a mulher negra vendo tudo o que os dois fizeram juntos – “[roxa]Ééé... Parece que você conseguiu adquirir um pouco da confiança dele graças à poção que tomaram. E essa liberdade que ele lhe forneceu nos será bem útil!”

“Que quer dizer? O que nós iremos fazer?” – a Cris ficava cada vez mais ansiosa.

“[roxa]Fique calma! Antes de mais nada, temos que reunir algumas coisas que iremos usar no laboratório de alquimia.”

“Que coisas?”

“[roxa]Pega papel e caneta para anotar.”

E outra vez a Cris lhe obedeceu. Foi até a escrivaninha onde conseguiu encontrar o que precisava e quando estava pronta, começou a anotar o que a mulher lhe ditava em três listas:

1ª lista: 1 frasco de Ícaro; 10 escama de Arielle; 1 pérola de energia; 1 agua purificada; 1 leite de moogliz dourado; suco de 3 frutas da lua vermelha e 1 frasco da vida.

2ª lista: 1 copo de precipitação; 1 bico do pássaro marinho; 1 pequeno buraco negro; 1 energia tenebrosa; 1 veneno de ornak; 15 pétalas de rosa envenenada e 1 frasco do nada.

3ª lista: 1 tigela grande; 1 agua de Lete; 1 bola da noite; 1 lótus preciosa; 1 esfera da sabedoria e 2 tubos de ensaio.

“O que é que nós vamos fazer com tudo isso?”

“[roxa]Primeiro temos que conseguir essas coisas, depois eu lhe explico o que fazer com elas.”

“Como vamos reunir tudo isso? Até onde sei, muitas dessas coisas são quase impossíveis de se achar!” – questionou a Cris que acabou se surpreendendo consigo mesma por saber aquilo.

“[roxa]O que não puder pegar no mercado, pegará nos quartos ou no laboratório mesmo. E não se preocupe! Se algum dia os donos originais dos itens que usarmos descobrirem como que eles foram utilizados, eles vão nos agradecer com toda a certeza.”

“Se você diz... Mas ainda não me sinto a vontade com isso.”

“[roxa]Ihhh minha querida... Tu não se lembra, mas você já encarou coisas bem mais piores que isso!”

Cris... Kurisu... Ou seja lá como ela se chamava, apenas guardou as listas na bolsa e tentou dormir outra vez, mas só o conseguiu quando a mulher começou a lhe afagar os cabelos.

 

***

 

“[roxa]Ei Cris! Acorda!! Anda menina!” – chamava a mulher antes mesmo do sol surgir no horizonte e claro, Cris não estava muito afim de obedecê-la – “[roxa]Acorda criatura... Temos um trabalho a fazer menina!”

“Me diz dona, como é que você se chama mesmo?” – perguntou a Cris em pensamento se encolhendo na cama.

“[roxa]Olha, eu não recebi bem um nome ao nascer, mas sou um oráculo. Isto basta?”

“Acho que sim... Porque temos que começar tão cedo?...” – perguntou ela ainda relutando com a coberta.

“[roxa]Porque Leiftan não pode desconfiar de você! E porque alguns dos itens de que precisamos só iremos encontrar nos quartos de cima. Agora levanta vai.”

“Quais quartos?” – questionou ela se sentando finalmente na cama.

“[roxa]No 5º andar encontraremos um quarto que contem a Agua de Lete e no 3º há um quarto que tem a Energia tenebrosa e outro com um frasco de Veneno de Ornak. Mas nós temos que pegá-los antes que o Leiftan acorde! E sugiro que deixe para calçar essas sandálias barulhentas depois de pegarmos as coisas.”

“Como a oráculo desejar...” – comentou ela de forma sarcástica e desistindo de calçar-se já que o sono lhe atrapalhava. Pegou sua bolsa e conferiu os corredores antes de deixar o quarto – “Ok oráculo. Mostre o caminho.”

“[roxa]Vam’bora!” – disse a oráculo mostrando rápido onde elas tinham que ir.

De acordo iam obtendo os itens, a Cris os colocava em sua bolsa e riscava da lista o que já obteve. Não gastaram mais que 20min. e isso porque a oráculo acabava pedindo para ela entrar em outros quartos do caminho onde elas puderam obter: o pequeno buraco negro; uma rosa envenenada; o leite de Moogliz dourado e as frutas da lua vermelha.

“[roxa]Vamos deixar essas coisas no laboratório de alquimia para que você não fique carregando peso para cima e para baixo sem necessidade. Depois vamos para a cozinha preparar o suco e arranjar a tigela.” – sugeriu a oráculo quando chegaram na sala das portas e a Cris concordou. Já dentro do laboratório, a oráculo se aproximou de uma estante dos fundos – “[roxa]Vem cá! Tire esse livro pra mim, por favor.” – pediu ela apontando para o mesmo.

“Porque você mesma não o faz?” – perguntou a Cris já o pegando e assim fazendo a estante se mover revelando um cômodo secreto.

“[roxa]Eu até o faria, mas estou aqui em forma espiritual! O máximo que consigo erguer são umas 200g aqui, nessa condição.” – explicou-se a oráculo enquanto segurava o riso da expressão de surpresa que a garota mostrava.

“Isso são frascos da vida, do nada e da fúria?” – perguntou ela ao notar os líquidos coloridos, já pegando os de que necessitava.

“[roxa]São sim e ali...” – apontava ela para um frasco meio alto – “[roxa]São as escamas que queremos. Os recipientes de vidro, o bico do pássaro marinho e a pérola de energia podemos conseguir no laboratório. Mas é melhor deixarmos tudo nesse esconderijo para termos certeza que o dragão lá fora não irá nos atrapalhar!”

“Tudo bem. A senhora é quem manda. Mas ao final de tudo isso eu terei a minha memória de volta?”

“[roxa]Isso e um pouco mais. Vai por mim!”

Aquilo animou a Cris. Ela procurou pelos itens que estariam no laboratório e colocou todos sobre a mesa que havia dentro do esconderijo separando-os de acordo com suas respectivas listas. Estando tudo no lugar, ela recolocou o livro da estante que voltou a ocultar o esconderijo, descendo as duas para a cozinha, não só para transformar as frutas da lua vermelha em suco como também para a Cris tomar seu café da manhã (seu estômago já reclamava), mas antes tinha de calçar suas sandálias ou Leiftan ia questioná-la sobre o porquê de ela estar perambulando pelo lugar descalça. Mal alcançou o interior do salão e pode ver Leiftan de costas mexendo na cozinha.

“[roxa]De jeito nenhum o dragão aí pode me ver!” – falava a oráculo já se escondendo – “[roxa]E se falharmos nessa missão, além de nós não podermos voltar para casa, de jeito nenhum que você vai recuperar a sua memória!”

“Ah não! Isso não!” – a Cris respirou fundo para que Leiftan não notasse nada de errado e foi até a bancada – Bom dia Leiftan! – cumprimentava ela.

– Oh, bom dia Kurisu! Eu já ia acordá-la para tomar o dejejum. Como foi a noite, dormiu bem? Lembrou-se de alguma coisa? – perguntava ele ao mesmo tempo em que levava dois sanduíches e dois sucos em uma bandeja para uma mesa próxima.

– Bom eu não dormi mal, mas bem que gostaria de ter dormido um pouco mais. – ela pensou rápido em uma forma de não fazê-lo desconfiar enquanto ela preparava o suco e buscava o resto dos itens que faltava – Quanto às lembranças... – ele lhe prestava atenção – Lembrei-me de uma poção que costumo preparar de tempos em tempos. Tudo bem se eu buscar as coisas de que preciso no mercado e utilizar o laboratório de alquimia?

– Claro, sem problema. Mas que tipo de poção é essa? – perguntava ele enquanto ela se sentava à mesa.

– Segredo de mulher. E eu agradeceria muito se você não me espionasse a preparando. Como eu posso dizer... é meio... constrangedor! – terminou ela ao notar uma leve desconfiança que logo sumiu do rosto dele.

– Está certo. E não é lá muito educado espiar uma dama. Há algo em que possa lhe ajudar?

– Me permitiria dar uma olhada por cima do seu quarto? – ele logo entendeu a que quarto ela se referia.

– Não. – respondeu ele extremamente seco e quase irritado.

– Então não. Afinal, como eu disse, é constrangedor. – respondeu ela (que ficou pensando em dezenas de obscenidades para conseguir enganá-lo melhor) ficando corada e lhe desviando o rosto.

– Já disse que não vou espioná-la. – ele agora falava com um sorriso por conta do rosto vermelho da moça – Só me avise quando terminar, pode ser?

– Pode sim! Obrigada Leiftan.

Eles terminaram de comer e a Cris se pões a preparar o suco para depois recolher os itens restantes para terminar a sua poção. Leiftan avisou que iria se manter dentro do quarto proibido e reforçou que a entrada dela lá estava vetada. A Cris deu sua palavra que não entraria ali sem a autorização dele (coisa que ela nem tinha tempo para fazer) e ainda se ofereceu a preparar o almoço como forma de pagá-lo por toda a ajuda recebida, o que ele acabou rejeitando, mas pediu para que ela o avisasse caso conseguisse se lembrar de algo interessante.

Assim que Leiftan a deixou sozinha na cozinha, a oráculo negra a elogiou pela forma como ela havia conseguido fazer o precisava sem deixar o dragão com suspeitas sobre ela. Elas levaram o suco pronto e uma grande vasilha que a Negra disse servir para o propósito delas até o laboratório. Conseguiu a esfera da sabedoria na biblioteca e encontrou o que mais lhe faltava nas lojas do mercado. Para não precisar ficar se escondendo o tempo todo, a negra disse que iria se esconder dentro do laboratório de alquimia e que elas continuariam se comunicando através de telepatia. Era perto do meio-dia e meio quando ela terminou de colocar tudo sobre a mesa do esconderijo secreto.

“Finalmente consegui juntar tudo.” – desabava ela sobre uma cadeira do laboratório.

“[roxa]Nem tudo de que precisamos está aqui.” – declarava a oráculo enquanto estudava os itens sobre a mesa.

“Como é que é?!?”

“[roxa]Relaxa! O que nos falta ainda você consegue de boa e só será adicionado perto do fim, então não se preocupe.” – explicou a Negra com um sorriso.

“É bom mesmo. Estou confiando em você para poder recuperar o que é meu.”

“[roxa]E você terá. Agora... vá comer alguma coisa! Como você mesma diz às vezes: saco vazio não para em pé.”

Um sorriso escapou da Cris e ela obedeceu.



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