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História Amnésia transdimensional - Cap. VII Final


Escrita por: TsukiHime0713

Capítulo 7 - Cap. VII Final


 

“[azul]Leifthanatos...” – O dragão reconheceu na hora a fraca voz que lhe chamava.

– Vai indo na frente Cris. – dizia Leiftan – Vou só conferir algo e já te encontro, mas não saia os portões sem mim! Fui claro?

A Cris apenas assentiu já descendo as escadas. Ele as desceu atrás e se dirigiu para a Sala do Cristal enquanto ela ia para fora. Entrando na sala, Leiftan encarou o Cristal por um instante.

“[azul]Leifthanatos...” – chamava a oráculo, caída, outra vez.

– Não é comum você me chamar. – Leiftan encarava o espírito da mulher.

“[azul]Foi preciso... A convivência que tivemos até aqui em breve acabará.” – esforçou-se ela a dizer, causando incomodo no dragão.

– Do quê está falando? O que vai acontecer?

A oráculo não disse mais nada. Voltou a lhe dar apenas as costas e antes que ele pudesse questioná-la outra vez... um poder. Não tão forte quanto o que ele sentiu no dia da chegada da Cris, mas era parecido.

“[azul]Ela o espera.” – comentou a oráculo com a indecisão do dragão entre continuar questionando a oráculo e ir averiguar aquele poder – “[azul]Quer perdê-la?” – isso foi o suficiente. Leiftan saiu da sala ao encontro da Cris.

 

Depois que a Cris se separou de Leiftan, a Negra contatou-lhe outra vez.

“[roxa]Será que dá pra se apresar? Estou de esperando diante dos portões.” – a Cris disparou.

“Você não disse que o Leiftan não podia vê-la? E se ele não tivesse ido ver sei lá o que?”

“[roxa]Relaxa! Acha mesmo que se houvesse esse risco e a esperaria aqui? Ao menos consegue se lembrar qual é a maior habilidade de um oráculo?”

“Prever o futuro.”

“[roxa]Exatamente. E pegue.” – a Negra entregava à Cris a bolsa dela deixando a mulher surpresa.

“Mas você não havia tido que não era capaz de erguer mais de 200g?” – questiona a Cris averiguando a bolsa que estava completa com seus pertences – “Como foi que conseguiu trazê-la e porque?”

“[roxa]Recebi uma força extra de minha mãe para fazer tudo que tinha que fazer. E quando essa missão acabar seremos mandadas imediatamente para casa. Acaso queria deixar suas coisas para trás? Sem falar que tenho certeza que há coisas aí que você pode precisar.”

“Nisso você pode ter razão, mas eu achei que teríamos tempo de pegar meus pertences...” – refletia a Cris colocando a bolsa sobre o corpo.

“[roxa]Mostra a Esfera, vai! Quero ver como ela ficou!” – pedia a Negra ansiosa em vê-la. A Cris começou a desembrulhá-la e, assim que foi possível observar a joia mística, era impossível ignorar a energia emitida por ela – “[roxa]Ok, pode cobri-la novamente. Como pretende fazer o nosso amiguinho assumir sua forma dragônica?”

“Não tenho muita certeza... Leiftan está desconfiado e com razão. Até eu ficaria no lugar dele! Ele só acreditou tranquilamente em mim quando estávamos sob o efeito da poção ao que pude entender...” – suspirava a Cris.

“[roxa]Faça-o lhe ver tomando ela então! Aí você só vai precisar tomar cuidado com as palavras, pois, você vai estar proibida de mentir, mas não será obrigada a dizer toda a verdade.” – sugeria a Negra com um toque de malandragem no rosto.

“Pode não ser uma ideia ruim... Quando exatamente devo pedir a ele para se transformar? E onde é o local que você preparou?” – questionava ela enquanto conferia se Leiftan se aproxima ao mesmo tempo em que pegava a poção em sua bolsa.

“[roxa]A armadilha que criei para podermos usar a esfera de modo um pouco mais tranquilas só se ativará quando ele estiver completamente transformado em dragão, já sobre o lugar, eu vou dizendo por onde você deve ir ao mesmo tempo que me escondo dele. Você pode correr pra floresta assim que ele tiver lhe visto tomando a poção! Tá na cara que ele não está afim de lhe deixar ir embora, então vai segui-la com toda a certeza. Também pode pedir para ele se transformar quando chegar no local!”

“E eu poderia tirar proveito de estar sob o efeito da poção e dizer algumas verdades sobre mim...” – dizia a Cris já pensando nas coisas que ela poderia dizer para convencê-lo, erguendo o frasco para o alto e assim observando a poção.

“[roxa]Eu vou indo que já, já ele aparece. Que toda a sorte do universo esteja do nosso lado!” – as duas riram nervosas se separando. A Negra para a floresta, e a Cris aguardando Leiftan diante do portão ainda observando o frasco no alto.

Não demorou muito, logo a Cris avistou Leiftan que pareceu reconhecer o frasco na hora. Ela fez como as duas planejaram. Leiftan ao ver a Cris derramando umas duas gotas do frasco (que ele realmente reconheceu pertencer à Poção da Verdade) sobre a língua, ficou sem entender, mas ao notá-la correr para fora ao mesmo que guardava o líquido, correu atrás dela sem pensar duas vezes.

“O que você acha que está fazendo... hein, Cris?...” – pensava ele consigo mesmo ao vê-la entrar na floresta. Porém estranhou quando ela olhou para trás apenas para conferir se ele a seguia.

A Cris continuou correndo com Leiftan atrás de si, seguindo as orientações da Negra até chegarem à uma parte mais escura da floresta, mas bem ampla. A armadilha mencionada pela oráculo, era um desenho rúnico ocultado pelas folhas caídas do local. Ela esperou pelo dragão um pouco depois da armadilha com a esfera ainda embrulhada em suas mãos.

– Você sabe o que foi que eu tomei antes de correr até aqui? – perguntou ela ao dragão apenas para ter certeza quando o mesmo a alcançou.

– Sei... – respondeu ele a observando com cuidado.

– Então sabe que mesmo se eu quisesse, não conseguiria mentir pra você agora.

– O que você tem em mente? O que viemos fazer aqui? – perguntava ele se aproximando bem devagar, mas parando quase em cima da armadilha.

– Fazer o que eu preciso para recuperar minha memória, mas...

– Mas... – Leiftan percebia que a Cris estava nervosa apesar de ela tentar se mostrar calma.

– Bom, eu ainda tenho um pouco de medo, mas eu queria muito conhecer a sua real aparência. – ela respirou fundo – Conhecer a sua forma dragônica...

– Não precisávamos vir até aqui para eu me transformar... Você... vai me mostrar o que tem nas mãos? E quando foi que pegou as suas coisas?

– Não posso te mostrar o que tenho sem antes conhecer sua forma verdadeira e também...

– Também...

– Posso te contar outra coisa de mim como compensação. Eu já sei qual é a minha mestiçagem. – isso despertou um grande interesse no dragão e como sabia que ela estava sob o efeito daquela poção irritante, não tinha porque duvidar dela (apesar daquele embrulho lhe fazer recordar as palavras que ouvira junto ao Cristal).

– Tudo bem. – falou simplesmente – Mas se você não me revelar o que está prometendo, vai se arrepender... – ameaçou ele começando sua transformação.

A Cris observava tudo com temor. Um brilho vermelho com uma aura sombria o rodeava, seu corpo assumia uma aparência grotesca como se ele fosse feito quase só de ossos. Ele era imenso. As pernas da Cris quase vacilavam do mesmo modo que fizeram mais cedo – “Minha Santíssima Virgem, que tudo dê certo, por favor...” – rezava ela diante da monstruosa criatura.

– E então... – a voz dele, antes gentil e suave (e às vezes, maliciosa), agora soava um pouco mais cavernosa com a transformação finalizada – Fiz minha parte, é hora de você fazer a sua. – a Cris ainda estava espantada, mas graças à Negra que lhe sussurrou para falar, ela voltou a si dando uma sacudida na cabeça.

– Sou faeliana... – Leiftan a observava com ainda mais atenção – Mestiça de dragão e aengel. – respondeu ela ainda observando detalhadamente a temível criatura.

Dragão e Aengel???” – Leiftan se surpreendeu e lembrou-se do poder que sentira com a chegada dela – “Aquele poder... deve ser o poder oculto dela! Ele deve ter se manifestado naquela hora para protegê-la de seja lá o que for que lhe aconteceu, causando a sua amnésia.” – ponderava ele, aumentando seu interesse por ela – “Se eu puder fazê-la ser minha... poderei ensiná-la a controlar o seu poder. E ela pode vir a ser tornar ainda mais poderosa que a minha falecida Fiuh!...”

– Leiftan? – interrompia ela (que continuava observando cada um de seus detalhes) os seus planos mentais .

– Vai me mostrar agora o que tem embrulhado aí? “Minha nova joia preciosa...” – falava ele ainda sem se mover deste que concluiu sua transformação. Ela apenas lhe assentiu.

– Poderia, ehr, chegar um pouquinho mais perto? – perguntou ela com receio e ele apenas baixou a cabeça aproximando uma das garras, bem sobre a armadilha.

– Mas o que é isso?!? – perguntou ele ao ver uma espécie de circulo mágico prendendo e imobilizando parcialmente o seu corpo.

“[roxa]Use a sua poção de paralisia nele!” – sussurrava a Negra para a Cris – “[roxa]Ele é mais forte do que eu imaginava!” – ela foi logo pegando a poção.

– Eu realmente sinto muito. – disse ela ao Leiftan enquanto jogava a garrafa por baixo dele, neutralizando parte da resistência antes fornecida pela irritação do que lhe acontecia.

– Você vai... o que é isso? – Leiftan interrompeu sua ameaça ao ver o que a Cris havia desenrolado em suas mãos.

– Me disseram que isso é para o seu bem, então... – falou a Cris encostando a esfera no rosto do dragão que pareceu incomodado pelo toque da esfera.

No que a esfera tocou na pele da criatura, inúmeros veios de luz começaram a se espalhar por sobre o dragão que as sentia queimando e penetrando dentro de si. Logo em seguida, a Cris começava a cantar em uma língua que ele não soube reconhecer no momento, fazendo com que aquelas linhas agissem com mais velocidade. Ele estava com um péssimo pressentimento.

Quando as linhas de luz clara azulada terminaram de lhe cobrir o corpo, elas começaram a ficar negras. Partindo do corpo do dragão até alcançar a esfera que aquela mulher mantinha firme nas mãos, como um rio que começava a correr ao contrário e a aura sombria dele se dispersava (Leiftan sentiu que algo estava sendo arrancado dele, aumentando a sua fúria). Assim que a bola começou a receber aquela energia negra, a Cris se afastou um pouco do dragão, mas nem por isso a rede energética se rompeu. Aquela esfera continuou lhe sugando seja lá o que for que sugava e começou a lhe causar dores, terríveis dores. A Cris começou a chorar notando aquilo.

Com muito esforço, Leiftan começou a conseguir movimentar dificilmente uma das garras – “Se sem o uso de seu poder, ela é capaz disso comigo... o que ela poderia fazer se pudesse controlá-lo?” – ele tinha como alvo a esfera nas mãos dela – “Mas se eu não convencê-la a ser minha... Será um desperdício, mas vou matá-la!” – ele acabou soltando um urro de dor. Seus ossos agora pareciam rachar ou algo do tipo.

“Oráculo, quanto tempo isso ainda vai demorar? Não era pra ele estar se mexendo e essa esfera está começando a ficar negra.” – dizia a Cris cada vez mais chorosa e assustada com aquilo tudo (principalmente com o que lhe aconteceria se alguma coisa desse errado).

“[roxa]Fique firme Cris. A transformação já começou. Infelizmente é um processo bem doloroso, mas ficará tudo bem quando acabar. Se importa de eu usar suas poções do sono para ganharmos um pouquinho mais de tempo?”

“À vontade. Mas quanto tempo ainda vou ter de aguentar?” – perguntava ela sentido a esfera esquentar.

“[roxa]Considerando o poder dele, acho que uns dez ou quinze minutos...”

“Tudo isso!?!” – assustou-se ela observando a garra que ele tentava mover.

“[roxa]Ele não vai lhe encostar em um só fio de cabelo sequer. Já planejei tudo! Você está segura.” – disse a Negra com confiança e a Cris começou a respirar fundo para tentar obter um pouco de calma naquela situação.

A Negra finalmente surgiu diante da Cris e do Leiftan, para poder pegar as poções dentro da bolsa para usá-las sobre o dragão. Leiftan parecia não acreditar no que via diante de seus olhos, se não fosse por toda aquela dor, ele facilmente se esqueceria do que estava lhe acontecendo ao ver aquela... oráculo versão negra. Sentiu-se um pouco tonto quando a mesma derramou algo em seu focinho, mas continuou se esforçando para alcançar aquela maldita esfera.

Uns oito minutos já haviam se passado com aquela teia negra se mantendo firme e a Cris começava a sentir-se cansada. Não terminara cochilando porque os gemidos e urros de dor que o dragão dava a mantinha desperta. Leiftan agora parecia um pouco mais humano e seu tamanho tinha sido reduzido pela metade mais ou menos. Ele voltou a conseguir se mover muito levemente e começou a querer se aproximar da Cris que havia encostado-se à uma arvore para ganhar apoio, rasgando parte dos tecidos que começava a sentir sobre o corpo por causa da dor e para tentar se mover mais livremente.

“Negra...” – chamou-a a Cris ao ver tal cena – “Ele voltou a se mexer...”

“[roxa]Apenas tente se manter distante dele. Metade do processo já foi!” – respondia a oráculo animada e roubando parte da atenção de Leiftan ao lhe derramar o segundo (e último) frasco de poção do sono.

E assim a Cris fez. Aquela esfera já lhe pesava nas mãos por segurá-la por tanto tempo e ao contrário do que ela pensava, a temperatura da esfera não aumentou mais do que ela sentira no começo. Por causa da poção, Leiftan se sentiu tonto outra vez, mas nem por isso deixou de manter seu olhar fixo na Cris que se dirigiu para uma arvore mais para o lado, sendo sua raiva a única coisa que o mantinha acordado.

Uns treze minutos já haviam se passado no total quando Leiftan voltou a se mexer. A teia continuava firme (faltava pouco para acabar) e ele sentia sua mente querendo vacilar, mas não tinha intenção alguma de desistir. Começou a se forçar outra vez a aproximar-se dela, porém mudou de ideia e resolveu concentrar o que podia de energia para atacar a distância mesmo.

Assistir aquele sofrimento todo já estava deixando a Cris psicologicamente fragilizada. Não aguentava mais continuar assistindo aquilo! E por consequência, não percebeu o ataque que ele preparava contra ela. Isso até um mascote que ela não teve tempo de reconhecer se atirar contra o ataque de Leiftan transformando-se em uma grande poça de sangue que caiu sobre ele. Aquilo serviu como uma injeção de adrenalina.

Irritado com a sua falha e somado a novos solavancos de dor que o fazia se retorcer, acabou rasgando o resto da roupa que havia no corpo, impressionando a Cris – O quê... – ele finalmente conseguia falar com ela – está fazendo... comigo?

– Me desculpe. – respondia ela entre lágrimas, irritando-o ainda mais – Eu realmente sinto muito.

Vou te matar. – ele declarava com um largo sorriso – Antes eu a queria para mim, agora eu a quero morta!

O coração da Cris falhou por um segundo – “Eu realmente já vivi coisas piores que isso?” – ela tentava controlar a respiração que ficou acelerada com a declaração dele.

“[roxa]Não dê ouvidos a ele!” – a Negra tentava acalmá-la – “[roxa]Ele já não está mais sendo capaz de distinguir raiva de desespero. Isso é normal no caso dele que está passando por isso contra a sua vontade.”

“O quanto ainda falta?... Eu quero ir embora!” – soluçava a Cris.

“[roxa]Está quase acabado. Olha para ele! No momento em que as asas brancas lhe surgir, será o fim.”

“Essa esfera era bem dizer branca...” – observava a Cris a esfera em suas mãos que permanecia ligada ao corpo de Leiftan – “E agora está parecendo piche ou petróleo. E a sua luz foi substituída por uma aura negra. Não gostei nem um pouco de nada disso!” – fungava ela.

“[roxa]Oh minha querida...” – a oráculo a abraçava por trás acariciando lhe a cabeça – “[roxa]Sinto muito por fazê-la se sentir assim... Mas acredite em mim quando digo que ficará tudo bem.” – ela ainda a consolava quando um novo estrondo seguido de mais um grito raivoso de Leiftan era ouvido.

– Vocês me pagam. – falava ele quase sem voz e bem ofegante para as mulheres com ainda mais sangue sobre o corpo (um novo mascote havia se sacrificado para proteger a esfera) – Caçarei-as até no inferno, argh!...

Aquele ritual estava finalmente acabando, Leiftan já não sentia mais dores. No entanto, ele gastara tudo o que lhe restou de força naquele último ataque, e em seu íntimo sabia que se adormecesse agora... ele deixaria de existir. Começou a sentir uma leve ardência em suas costas e por isso se virou de bruços no chão. Era o fim. As asas finalmente surgiram! Leiftan já não era mais um dragão. E devagar a esfera segurada pela Cris absorvia aqueles fios negros que se soltavam de seu novo corpo.

Mais uma vez ele tentou seguir em direção às mulheres, com o máximo de determinação que podia sustentar dentro de si. Cris começava a afastar-se, andando de costas e sem tirar os olhos dele e com a outra oráculo ainda a abraçando, também o observando. Ele percebeu algo se formando por trás delas e elas pareciam não notar. Era um portal, ele sabia muito bem disso, mas quem o abria? E para onde ou para quê? Ele não teve muito tempo para questionar, pois a Cris acabou tropeçando em uma raiz, fazendo-a atravessar o portal que fechou-se assim que elas passaram, levando a esfera com elas. Com o portal fechado, ele pôde ver a Oráculo Eldarya.

“[azul]Adeus, Leifthanatos.” – ouviu ela dizer. O cansaço finalmente o venceu e adormeceu. Eldarya ainda pode assistir um homem mascarado (que havia assistido ao ritual inteiro) segurar-lhe a cabeça de Leiftan e fazendo uma grande sombra deixar o corpo do ex-dragão.

 

Quando acordou, o sol já acabava de se pôr. Leiftan se sentia desorientado – “O que aconteceu? Aonde é que eu estou? E como foi que eu vim parar aqui?” – pensava ele. Tentou se levantar, seu corpo ficou dolorido ao se mover e sua visão turva. Ele começou a andar a esmo até a cidade ou vila mais próxima para pedir ajuda, que no caso, era Balênvia.

 

***

 

– Ei Cris. – ela ouvia uma voz longe a chamando – Cris, acorde! – aos poucos essa voz parecia mais próxima – Cristinne!!

– O quê!?! O que aconteceu!?! – ela acordava finalmente, assustada e sob os braços de Lance.

– O quê que aconteceu? Eu é que lhe pergunto! Eu não te mandei me esperar enquanto pegava agua? Você desapareceu! – falava ele com alívio e desespero na voz.

– Eu desapareci? Como assim? Eu apenas fui conferir um barulho que parecia um choro de criança e depois acabei caindo! Depois disso... o que foi que aconteceu? – perguntou ao sentir uma leve dor de cabeça.

– É o que eu mais desejo saber. Não é brincadeira, você realmente sumiu! Desapareceu! Em um momento podia senti-la claramente por perto e no outro... nada. Como se você nunca tivesse existido. – Lance começou a abraçá-la – Fiquei te procurando por quase uma hora e tudo o que encontrei foi a sua adaga de orichalcos aos pés de uma ribanceira que estava cheia de raízes e plantas quebradas. E de repente... você aparece outra vez. Assim como no dia que chegou da Terra em Eldarya.

– Me desculpe. Eu realmente não posso lhe dizer o que foi que aconteceu. A última coisa que consigo lembrar foi da queda, mais nada. – respondeu ela devolvendo o abraço.

– Quem esteve com você? – perguntou ele cheirando-lhe discretamente o corpo – Quando que trocou de roupas?

Ela se afastou por um instante para se olhar – Essa... é uma boa pergunta... – mais uma vez ela tentava se esforçar, porém tudo o que conseguia era fazer a dor de cabeça ficar um pouco mais forte.

– Não é o mesmo, mas você parece estar com o cheiro do Leiftan! – um riso escapou dela.

– Do Leiftan? Sério? – falava ela com sarcasmo – Você sabe tão bem quanto eu que ele é louco pela Erika. Que ganho ele teria me fazendo sumir? Sem falar que a coleira dele não permitiria! E... – a Cris observava as próprias roupas – Espero que eu mesma tenha me trocado! – Lance repensava a situação.

– Vamos para dentro. Se eu quase fiquei louco, o que dirá meu irmão e seus amiguinhos. – decidiu ele a segurando em seus braços.

– Tá, tudo bem. – concordou ela meio sem jeito e com Lance lhe roubando um selinho.

 

Quando foi a tarde, já perto da noite e a mando da oráculo negra, Absol encontrou perto de onde a Cris reaparecera uma esfera sombria que entregou para a Cris ainda naquela noite.

 


Notas Finais


3 historias restauradas. Só faltam duas.


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