História Amor de Vampiro! ( Imagine Kim Seokjin) - House

— Vamos? — Lêh bota a cabeça para dentro do meu quarto, me pegando de surpresa, mas assenti rapidamente me sentindo pela primeira vez entusiasmada só porque vou sair.

Hoje é o dia que marcamos para fugirmos de todos os nossos problemas. Programamos várias coisas para fazermos apenas hoje, e podemos definitivamente chamar hoje como "O dia das meninas" como diz Hoseok.

— E se ela querer me matar? — Yoongi faz outra pergunta sem sentindo, arrancando risadas dos outros mas deixando Bia impaciente.

— Primeiro que ela não vai querer fazer isso, mas seria bem melhor pra mim se ela fizesse. Segundo que ela mal vai ver você hoje. Yoongi, eu já expliquei. Chin vai para a casa da Haeun depois da aula e você só vai buscá-la de noite. Não sei porque esse desespero todo, pois quando ela chegar só vai querer dormir, nem vai perceber que saí. — Ela explica tudo irritada mais uma vez.

— Vamos logo antes que ele faça sua cabeça explodir — Deb segura no pulso da Bia e a puxa para fora. — Até mais meninos!

...

— Humanos nojentos — Deb reclama após um grupo de meninos passar por a gente, nos olhando como se fôssemos meninas virgens indefesas.

— Já está escurecendo, temos que ir embora. — Kay diz, olhando para o céu.

— Não imaginei que hoje iria ser tão divertido — Afirmei sorrindo e elas assentiram. Fizemos todas as coisas que estavam ao nosso alcance, basicamente viramos crianças por um dia, fizemos coisas que nem mesmo sabíamos que eram tão divertidos assim. — Corrida? — Perguntei quando já havíamos chegado ao início da trilha que dava para nossa casa.

— Nem preciso lembrar que vou vencer — Lêh diz convencida, enquanto olhava para os lados, verificando se havia pessoas por ali, logo se transformando em um enorme lobo.

— 1... 2... Ei! Isso é trapaça! — Gritei indignada quando Lêh, Kay e Bia começam a correr sem nem mesmo eu ter terminado minha contagem.

— Você acha mesmo que eu vou gastar o resto da minha energia correndo? — Deb pergunta. — Está muito enganada, querida. Boa sorte! — O lugar onde ela estava apenas continha fumaça e ela havia desaparecido aos meus olhos, sobrando apenas eu ali.

Comecei a correr rapidamente, usando da minha rapidez para alcançar as outras meninas e que não foi tão difícil. Corriámos com tanta rapidez pelo o meio da floresta - e que já estava ficando escura - que as árvores passavam como vultos.

Faltava pouco para chegarmos em casa mas algo no caminho me chamou atenção e que me fez parar brutalmente de correr para olhar.

"Vamos S/n, já está escurecendo." Lêh esfrega seus pêlos macio nas minhas pernas, como forma de me convencer.

"O que você viu que chamou tanto sua atenção?" Kay também se pôs ao meu outro lado e olha na mesma direção onde eu estava olhando.

Uma casa.

Uma casa havia me chamado atenção, mas não era uma casa qualquer. Era a mesma casa que Jin me mostrou naquele sonho estranho que tive quando toquei na mão dele.

Balancei a minha cabeça negativamente e olhei para as meninas - todas transformadas - dando um sorriso forçado.

— Nada de interessante. — E voltei a correr tão rápido que fui a primeira a chegar em casa, parando no hall de entrada, com as meninas logo atrás.

— Finalmente — Deb não havia entrado ainda, nos esperava sentada perto da porta, mas logo entrou com as outras meninas, me deixando para trás.

Antes que eu entrasse, parei e olhei para trás, pelo o caminho por onde eu tinha vindo. A imagem da casa não saía da minha cabeça, eu podia ver aquela casa de longe, mas que era apenas fruto da minha imaginação.

É estranho eu nunca ter percebido um movimento aqui por perto, muito menos de uma casa, mas ela havia despertado em mim uma vontade imensa de ir até lá.

E é isso que eu vou fazer.

Quando entrei todos já estavam reunidos mas uma pessoa havia roubado minha atenção. Jin. Ele finalmente estava acordado, sentado ao lado de Hoseok que olhava a cada instante se ele estava bem.

Fiquei parada alguns segundos. Era uma surpresa e tanto ver que ele estava acordado depois de um bom tempo desmaiado. Jin deu sua atenção a mim e um sorrisinho mínimo brotou em sua feição, parecia se divertir com a minha surpresa. Ele fez um gesto, apontando lá para cima e se levantou. Eu finalmente me mexi, o seguindo para o nosso quarto, onde passei dias dormindo sozinha.

— V-você... — Não consegui pensar no que falar e ele me abraçou, um abraço que tanto senti falta.

— Eu estou bem — Correspondi o abraço, escondendo meu rosto na curvatura do seu pescoço e inalei o cheiro dele que havia se tornado um vício pra mim.

— E-Eu... — Jin me interrompe com um beijo carinhoso, segurando em minha cintura e apertando no local com uma força aceitável.

— Vamos deixar os questionamentos pra depois.

...

— Appa, por favor! Eu não quero ir nesse brinquedo, é muito alto. — A criança pedia chorosa, com um biquinho fofo nos lábios e olhos cheio de lágrimas.

— Não precisa ter medo, meu amor. Vou estar com você, vou segurar sua mão e se qualquer coisa acontecer você me abraça, tá bom? — O homem encoraja a filha e ela concorda ainda temerosa, acabando por aceitar ir no brinquedo. — Eu te amo, minha pequena.

— Eu também te amo, Appa!

As estrelas tinham um brilho mais intenso no céu. É como se elas soubessem do que eu preciso e que de alguma a natureza sempre me dar o que eu quero. Paz. Eu preciso de paz, de um tempo pra botar meus pensamentos em ordem, de me acalmar, e eu sempre encontro isso ao ir para a varanda do meu quarto todas as madrugadas. A natureza sempre me acalma.

Fiquei alguns minutos inspirando o ar puro, sentada numa cadeira de balanço que continha ali, enquanto minha mente estava longe. O vento estava gelado e me ocupei em quebrar os gelos que se formaram da chuva, mas que o vento congelou. Bia tinha razão quando falou que iria nevar, mas não falou que iria durar tanto tempo.

Fiz o máximo de silêncio ao passar pelo o quarto e não acordar o Jin, que parecia estar num sono pesado. Jin é um vampiro, mas digo que ele dorme muito, sendo que nem precisa disso. Mas quem sou eu pra reclamar, sendo que sou do mesmo jeito. Só hoje que de alguma maneira não consigo pregar meus olhos e esperar até o amanhecer para abri-los. Sonhos estranhos me perturbam todas as noites desde pequena, mas agora eles se tornaram diferentes, muito diferentes.

Saí do quarto tendo todo o cuidado para não fazer barulho ao fechar a porta, mas quase tudo foi em vão quando vi Chin perto de mim, sonolenta e com o cabelo todo bagunçadinho. Eu quase gritei de susto ao perceber ela ali, mas consegui continuar em silêncio.

— Chin? O que faz acordada uma hora dessas? — Sussurrei e a peguei no colo. Ela cresceu muito nesses últimos dias e agora está mais pesada.

— Não consigo dormir. — Disse com a voz carregada de sono, não conseguindo repreender o bocejo que veio logo em seguida.

— Não chamou seus pais? — Perguntei enquanto comecei a andar, levando-a até o quarto dos pequenos, onde ela também dorme. O quarto é dividido em duas cores para não terem briga de espaço: Azul para Beomgyu e Kwan; Rosa para Chin.

— Eu iria chamar eles, mas vi você primeiro. — Ela respondeu e sozinha ela puxou o lençol para cobrir seu corpo até o pescoço quando eu a deitei na sua cama. — Tô com medo, tia S/n. — Chin começa a chorar baixinho e eu a abracei mesmo não sabendo o motivo de seu medo. Ela sempre foi tão animada e vê-la assim é de quebrar milhões de corações.

— Você pode me dizer o que aconteceu? 

“— Appa, eu não quero dormir sozinha! Têm monstros embaixo da minha cama! — A menina diz gritando, enquanto agarrava o braço de seu pai.

— Não tem nada aí, minha pequena! Não precisa ter medo. — O homem tentou acalmá-la, mas ela tinha mesmo muito medo. — Não vai acontecer nada!

— Appa! — A menina gritou e soltou o braço de seu pai rapidamente quando viu os olhos dele mudarem de cor e presas aparecerem de sua boca. — Appa! — Foi seu último grito após ser atacada pelo seu próprio pai, o verdadeiro monstro."

Levei minhas mãos até meu peito e tentei voltar a respirar normalmente. Chin estava assustada e segurava o lençol com força, enquanto me esperava a dizer algo, mas que eu não sabia o que nem mesmo pensar.

Chin estava com medo de um sonho que ela mesmo teve e me mostrou isso quando me encarou com os olhos mudados para o rosa, é a primeira vez que ela faz isso. O mais estranho é que eu já tive um sonho como esse, mas que eu apenas conseguia ver a menininha que é igual a do sonho de Chin, e ambos os sonhos, o homem, o pai da menininha, sempre estava de costas, não deixando que víssemos como ele era.

Porém, tenho a impressão de já ter ouvido a voz dele. Em algum lugar.

...