História Amor mutante - When I'm Gone

Estava de noite, estava frio e o céu demonstrava que iria chover. A noite perfeita para uma boa história de terror, certo?

Bom, naquela noite, bem no meio de uma floresta havia uma mansão enorme... Igual as histórias.... Porém havia algumas coisas diferentes.

Aquilo não era uma história, aquelas pessoas poderiam MESMO morrer ali. O medo é real. 

Splinter respirou fundo, estavam todos escondidos ao redor do casarão, por entre as árvores , observando em silêncio.

Donnie olhava para seu relógio com atenção, cada passo foi minimamente planejado, sua feição era séria, a situação toda exigia foco e cautela. Todos necessitavam fazer suas partes com perfeição. Um erro e tudo ia pelos ares.

O roxo olhou para a direção da Amoly que estava roendo as unhas de tanta ansiedade, ela o encarou vendo o sinal que combinaram. Então rapidamente ela pegou dois bastões pequenos com enormes fitas nas pontas e pulou no telhado na mansão, onde haviam alguns guardas. Com movimentos rápidos ela derrubou e apagou todos, pegando os dois cartões de acesso que tinham nos bolsos de dois dos guardas.

Logo a terceira equipe entrou no prédio. No total eram três equipes: (1)mutanimais com dois amigos da Rafa, April e Casey, (2) o resto dos amigos com o mestre Splinter e (3) as tartarugas.

O primeiro andar foi fácil de " limpar" pois só haviam robôs normais do clã. O segundo andar já não havia sido tão fácil pois continha os robôs melhorados. 

Moly estava segurando o braço de um deles que a estava forçando para baixo, a fazendo apoiar um joelho no chão, mas antes de ele acertar a espada na cabeça dela, Mickey enfiou as lâminas de seus nunchakus na nuca e costas dele. 

Talena não era tão boa no combate mano a mano por conta de sua condição muscular, ou seja, era mais fraca que suas irmãs. Portanto ela evitava ao máximo um confronto frente a frente, mas não dava para evitar naquela situação, então pensando nisso, ela fez algumas modificações no seu Bo, que agora era feito do metal mais puro que se pode conseguir, colocando um pequeno objeto na ponta dele que permitia dar choques violentos. Então ela abusava bastante de sua arma, conseguindo se defender por um tempinho.

Ela, Amoly e Michelangelo estavam atrasando os robôs que restaram enquanto os outros subiam mais um lance de escada.

Enquanto isso, a segunda equipe entrou pelo telhado. O último andar estava vazio, contendo apenas câmaras de contensão, uma sala cheia de computadores e um tanque de vidro vazio preso no teto.

— O que a gente faz? - perguntou Sparkle se aproximando dos computadores, analisando o conteúdo nas telas. - essas são imagens de câmeras de segurança... - ela olhou para os computadores da esquerda vendo que tinha vários códigos e imagens de algo que ela não conseguia entender o que era- bando de gente doida...

Ela tirou fotos das telas, pretendendo mostrar para os roxos, se afastando e indo para perto de seu grupo.

— não baixem a guarda. Esse andar pode estar vazio, mas ainda tem muitos lá embaixo. - advertiu o rato, indo para as escadas em seguida.

No andar de baixo tinha um dojo enorme. No final dele, bem lá na outra ponta do cômodo, Bee Bop e Rocksteady os aguardavam.

— Caraca grandão, você acertou! Eles realmente vieram pelo telhado! - disse o javali apontando para os mutantes que adentraram o dojo 

— É claro que eu acertei, eu sou incrível. - respondeu o rinoceronte com seu sotaque forte e arrastado.

— Enfim, bem vindos ao nosso local de treinamento! Preparamos uma surpresa especial para vocês! - Bee Bop aportou um botão fazendo o chão se abrir no meio, deixando todos os intrusos caírem dentro dele. Apertou outro botão e surgiram espinhos nas paredes, buracos no chão e a parede na frente deles se abriu, fazendo alguns robôs saírem dele 

— Estava fácil demais pra ser verdade... - choramingou Astriya, olhando para seus pés, analisando os pequenos buracos no chão.- gente .... Esses buracos saem fogo! Tínhamos um negócio parecido no meu clã!!

Logo todos estavam lutando contra os robôs, tentando não tocar nos espinho da parede, que descobriram estar com veneno, e tentavam desviar dos jatos de fogo que surgiam do nada em pontos aleatórios do chão.

enquanto isso na equipe 3~

— NADA LEGAL! - gritava Talena ao ter sido aremessada na parede pelo garra de tigre.

— Gatinho feio! - esbravejou Moly jogando algumas kunais na direção do listrado, que desviou com facilidade, tendo que dar uma estrelinha para a esquerda para não levar um tiro de gelo na cara.

— Eu vou mostrar quem é o gatinho. 

Eles estavam no quarto, estupidamente grande, do tigre. Estava tudo destruído, Vênus estava inconsciente no chão após o garra ter jogado Donatello, também inconsciente, nela.

— Talena, como isso funciona?! - perguntou Raphael, segurando o bastão de metal, olhando de forma irritada para a púrpura.

— O botão... A-aperta o botão!! - respondeu se levantando com dificuldade. A parte de trás de sua cabeça estava sangrando por conta do baque que teve com a parede. — NÃO ESSE, O AZUL, SUA ANTA! - esbravejou vendo que Raph tinha apertado o botão que separava o bastão em dois.

Ao apertar o botão azul, após juntar as duas partes novamente, a ponta do metal começou a brilhar, parecendo que tinha vários raios nela. O vermelho correu na direção do tigre, vendo Leonardo se aproximando do outro lado.

— AGORA! - Leo deu um salto desferindo um chute no rosto e estômago do listrado, que defendeu facilmente, o distraindo o suficiente para que Raphael pudesse encostar a ponta do bastão no gatinho.

O grito agonizando do peludo fez eco pelo quarto, só parando quando ele havia desmaiado.

— Vênus, Donnie! - Mickey chacoalhava os dois rapidamente - Gente vamos.... - ele deu um tapa na cara deles, que instantaneamente acordaram no susto

— ACORDEI! - disseram em uníssono, olhando em volta vendo que a luta havia acabado.

— Caraca Don, precisava acertar seu casco bem na minha cara?- Reclamou a azulada acariciando sua cabeça

— Ah foi mal, na próxima eu tento cair mais pra esquerda. — o laranja ajudou eles a levantarem e logo eles subiram para o próximo andar.

Mas antes Raph se assegurou de prender garra de tigre com correntes e o jogar pela janela aberta.

— Você....  tá doido?! - Talena olhou espantada para a ação do colega

— O que? Os mutanimais estão lá embaixo. Provavelmente pegaram ele. - rebateu despreocupado indo acompanhar sua equipe até o andar superior.

Taly iria dar uma bronca nele, mas não iria adiantar nada.

 Do lado de fora~

Juliana lutava contra fish face com sangue nos olhos. Ele havia chamado ela De alguma coisa que ela não lembrava mais, mas a raiva era tão grande que deveria ter sido algo bem ofensivo.

— bem que eu estava com vontade de comer sushi. - disse ela após subir nas pernas robóticas do peixe, sentar nos ombros dele e se jogar para trás, fazendo ele bater com tudo as costas no chão.

— Boa sorte com isso, gatinha. - Ahhh, era isso! " Gatinha". Não sabia por que, o jeito que ele disse essa palavra a deixou irritada, ele a olhava como se fosse devorar ela viva.

O peixinho mordeu a perna dela, que gritou com o ato, conseguindo se soltar e se levantar. Ele a encarava com um sorriso no rosto, vendo a lobinha se estremecendo com as mãos na coxa esquerda.

— Quem vai devorar quem ago--- foi interrompido por um coice bem na nuca, o fazendo desmaiar na hora.

— Trouxa. - Ju olhou para sua amiga caída no chão, a colocando em suas costas e a levando para o doutor Rockwell que levitava com elegância enquanto fazia dois robôs foot baterem a cabeça um contra o outro. - Doutor!! Ela foi mordida!

O macaco olhou para a Centauro e depois para a loba, pegando uma seringa dentro da bolsa que estava levando consigo 

— Sorte que eu previ que algo como isso aconteceria! - disse calmamente injetando o antídoto no braço de Juliana. 

— Cara, o Jack vai ficar tão pistola quando ver isso... - disse ao ver os dois grandes furos na coxa da amiga. - gente, a boca daquela coisa é enorme .. olha só isso! - dizia impressionada com a distância que os furos estavam.

— amigos, foco! - disse Leatherhead segurando os dois punhos de Rahzar derrubando ele com sua cauda. 

Slash destruiu o último robô que havia ali, se virando para ver se estavam todos bem. Ele olhou para cima por um momento vendo que algo tinha sido lançado pela janela lá de cima da mansão, estendendo as mãos para pegar, vendo que se tratava do garra de tigre

— Tá chovendo gatos! - brincou a tartaruga jogando o corpo do bichano junto com o dos outros colegas.

Voltando para a equipe 2~

a situação não estava nada boa. Embora Splinter, Astriya, Ivan e Jack tivessem conseguido sair do buraco, Sparkle e Luana ainda estavam la dentro.

— Bee Bop, vá lá pra baixo que eu cuido desses daqui. - disse Rocksteady arrastando o pé esquerdo no chão, bufando e depois correndo na direção de Astriya.

— Podexá maninho! - o javali pulou no buraco, bem em cima de Luana, que deu um grito pelo susto, mas a cauda dela bateu no tronco dele como reflexo.

— Boa Lu! - comemorou Sparkle, desviando de um tiro roxo que o javali desferiu nela - Que viagem é essa?! Tu atira pelo cabelo?!

— Ehee! - cantarolou ele atirando nelas e logo ficando invisível. - Ah, cara... Me parte o coração bater em meninas.... - ele derrubou as duas e desviou de um jato de fogo que surgiu do nada embaixo dele - bom.... Vai doer mais em vocês do que em mim, Ehee!

Elas se levantaram e tentavam acerta-lo, porém como você bate em algo que não pode ver? A sorte delas é que Bee Bop não cala a boca.

Sparkle deu um chute no ar, acertando bem nas bolas do porquinho, que ficou visível na hora, conseguindo dar uma mordida nele e o paralisar.

— Ow, Guilherme! - Luana gritou vendo seu amigo voando por cima do buraco - OW, CABEÇA! AJUDA A GENTE!

Gui tirou as duas de lá e quando olharam na direção dos outros, viram que o rinoceronte estava caído no chão, desmaiado.

— Vamos! - e foram correndo para o andar inferior.

°•°•°•°•°•°

As duas equipes se encontraram no último andar. Era uma mansão estupidamente gigante.

— Wow, wow, wow.... espera.... - Moly disse confusa, olhando em volta vendo as duas equipes no mesmo andar. - Vocês não viram o destruidor?

— Achamos que vocês estariam lutando com ele... - respondeu Jack ofegante.

Todos se olharam extremamente confusos. O destruidor sabia que eles iriam atacar? Mas como?

— Ele não estava no laboratório? - perguntou Donnie

— Que laboratório, meu filho?

— O que fica no Sótão... 

— Só tinha isso no último andar - Sparkle mostrou as fotos que ela tirou, ficando preocupada com o quão confusa era a expressão do roxo.

Ficaram em silêncio por um momento. Donnie pensava em uma resposta plausível para aquela situação. Estavam todos machucados e cansados... Tão distraídos que não perceberam Amoly mexer numa prateleira que havia no corredor e ser sugada pela parede.

— Então tudo isso não passou de uma distração?! - esbravejou Raphael batendo o pé no chão e apertando os punhos.

— Calma, Raphael! - ordenou Splinter olhando em volta enquanto passava a mão em sua barba - Devemos ter deixado algo passar.

Mickey se virou para o lado, na intensão de dizer um pensamento aleatório que o occoreu para a rosada, quando não encontrou Amoly em lugar nenhum ele resolveu chamar a atenção de todos. 

Assim todos começaram a procurar o destruidor E a Amoly. Porém ninguém dava a devida atenção para a estante de livros que tinha no corredor... Bom, para falar a verdade, somente Talena notou o móvel lá 

 

— Não deve ser tão fácil... - duvidou passando a mão nos livros vendo que um estava menos empoeirado do que os outros, puxando levemente e se afastando, vendo a prateleira se mover e abrir uma passagem na parede. - É claro que tem uma passagem secreta.

Logo se separaram em equipes novamente, as tartarugas junto de seu mestre entraram na passagem, os amigos de Rafa ficaram lá fora caso alguém aparecesse.

Era um corredor longo e escuro, só não era impossível de enchergar graças a uma luz que tinha no final dele.

Quando chegaram no final, viram um laboratório diferente, era menor, mas tinha mais equipamentos; Moly estava lá, junto com o destruidor, se arrastando  no chão, para trás, só parando quando seu casco encostou na parede.

— Não tenha medo, criança. Vai morrer tão rápido que nem vai dar tempo de sentir nada! - ela estava chorando, apavorada e com machucados pelo corpo, tentando ir para trás na esperança de entrar na parede e nunca mais sair.

— ORUKO SAKI. - o humano parou bruscamente, olhando para trás e vendo seu inimigo de anos. - SUA LUTA NÃO É COM ELA! - Splinter deu um salto parando a uns dois metros de distância do Destruidor. - venha lutar com alguém do seu tamanho.

Foi o suficiente para o destruidor se enfurecer e correr na direção do roedor. 

As tartarugas não ousaram se intrometer. Amoly já estava junto das irmãs recebendo vários beijinhos de Mickey e tendo seus machucados examinados por Talena. 

Não se sabe quanto tempo se passou, mas a luta estava emocionante, nenhum  dos dois parecia cansado, estavam bem feridos, mas pareciam mais dispostos do que nunca. Porém, graças a uma pequena poça de sangue, Splinter escorregou e acabou caindo. Saki se aproximou com uma gargalhada e estendeu as lâminas pronto para perfurar o inimigo tão odiado.

— NÃO! - Somente nessa hora os rapazes foram ajudar, mas não iria dar tempo.

De repente um vulto passou por eles, tão rápido que mal pode ser visto, apenas sentido. Splinter olhava espantado para a rata em sua frente, segurando os punhos do destruidor e o encarando com uma fúria enorme.

As mãos de Hopu foram perfuradas pelas lâminas, porém a adrenalina era tão grande que ela nem sentiu.

— Desculpe ter vindo sem convite... - ela dizia com a voz calma, seus braços tremiam pela força que ela fazia para segurar as mãos do homem. - Mas eu não poderia ficar de fora. - segurou as pernas dele com o seu rabo, o derrubando, se livrando das lâminas em suas mãos. O sangue escorria por elas, manchando aquele pelo tão branco, mas ela não ligava.

— Hopu ... O que está fazendo aqui? - Splinter se levantou, sendo ignorado pela amiga, observando ela segurar Saki pelo pescoço com seu rabo.

— Eu não podia perder... Você achou que eu iria deixar só você se divertir Hamato? - ela deu uma risadinha jogando o humano na parede ao ver que ele iria cortar sua calda.- todo seu. Vê se não morre.

— Mas se você está aqui, sensei... Quem está tomando conta da Rafa? - perguntou Vênus se aproximando de sua mestra com bandagens em mãos, começando a enfaixar a mão da rata.

— Eu preciso de babá e não tô sabendo?

As tartarugas olharam para trás dando de cara com a escarlate com as mãos na cintura e o rosto respingado de alguma coisa preta.

— RAFA! - Todos gritaram e foram correndo abraçar a esquentada. Porém ela deu um passo para trás em sinal de " Não me abracem que eu tô dolorida!"

— o que é isso no teu rosto? - Amoly perguntou passando a mão no mesmo e limpando o líquido respingado.

— sangue daqueles robôs.... Ou óleo.... Acho que óleo te tipo o sangue deles, certo?

— Por aí... - concordou Talena.

Enquanto eles enchiam ela de perguntas, Splinter e Hopu lutavam contra o Destruidor. 

— Não precisava terminar assim Saki ... - disse Splinter se aproximando dele, o encurralando, vendo que atrás do humano havia um tanque cheio de mutagênico. 

— só termina quando eu parar de respirar!- ele se jogou na tentativa de sofrer uma mutação e ficar mais forte do que Hamato Yoshi, porém Hopu o segurou com sua calda pelo pescoço e o trouxe de volta, prensando ele contra o chão, observando Splinter para saber o que fazer.

O rato nada disse, apenas respirou fundo, sussurrando um doloroso pedido de desculpas, se aproximando de seu antigo amigo e , depois de Hopu sair de cima dele, Splinter pegou a espada de Leonardo que estava jogada no chão . Em um movimento rápido ele enterrou a espada no peito de Oruko Saki, assistindo ele dar seu último suspiro

— Descanse em paz... Velho amigo.... - disse em lamentação, fechando os olhos por um momento, só abrindo quando sentiu uma mão em seu ombro.

— Você está bem, Yoshi?-  a albina perguntava o olhando preocupada, começando a sentir suas mãos latejarem.

— Viu ficar ...

— Sensei... - Leonardo chamou a atenção de seu mestre, que por sua vez se deparou com oito olhos brilhantes a sua frente. - então.... Acabou?

Os ratos olhavam seus filhos com um sorriso leve. As tartarugas pareciam não acreditar que venceram... Parecia que eles iriam piscar e ver que, na verdade, era tudo um sonho e eles perderam.

— Sim.... Acabou. 

°•°•°•°•°•°•°•°

As tartarugas estavam no esconderijo dos rapazes, tomando um delicioso café da manhã, ouvindo os roncos dos outros mutantes que estavam dormindo na sala, totalmente amontoados. Noite passada eles estavam em uma batalha de vida ou morte contra o clã do pé, agora, estavam rindo sobre coisas bestas enquanto comiam torradas e panquecas 

— Então eu fiquei apagada por cinco semanas?! Puta merda.... - Rafa disse jogando-se para trás, encostando as costas nas costas da cadeira, olhando espantada para as outras tartarugas. - eu perdi muita coisa...?

— É.... Mais ou menos... - Vênus deu de ombros pegando um copo e enchendo com água - mas todos ficamos bem preocupados com você! - ela voltou a se sentar do lado de Leo, que abraçou os ombros dela com o braço direito. - principalmente o Raphael. - ela fechou os olhos bebendo a água, sentindo o aperto em seus ombros aumentar levemente, como se dissessem " você não perdoa "

Todos ficaram quietos, tentando não rir da cara que Raphael fez ao ouvir a fala de Vênus, encarando os dois azulados com um olhar ameaçador. Rafa deu uma risada, encarando Raphael com um sorriso travesso no rosto.

— Aaw, que bonitinho, ele ficou preocupado comigo! - dizia com uma voz engraçada enquanto cutucava levemente o ombro do maior, dando risada das caretas que ele dava. - fica com vergonha não, neném.

— Não estou com vergonha... E eu não estava preocupado. - desviou o olhar, para qualquer outro lugar que não fosse na direção da garota, comendo sua torrada.

— Ah ele ficou sim. Não saía de perto de você! Tínhamos que arrancar ele do dojo pra ele vir comer... E olha que as vezes não dava certo e alguém tinha que ir levar comida pra ele- Moly disse tacando fogo na palha, dando altas risadas com a cara de Raphael ficando cada vez mais vermelha.

— ai, ai.... eu vou ir acordar os vidas mansas- disse a escarlate se levantando entre risos, limpando as lágrimas que escorriam de seus olhos, indo em direção a sala

____•____

Logo estavam todos alimentados, acordados e trocados para ir embora. Os mutanimais se despediram e foram primeiro, não sem antes Mickey e Leather darem um abraço bem apertado. 

— Quantas vezes eu vou ter que repetir? Eu estou bem! O doutor Rockwell me deu o antídoto na mesma hora em que eu fui mordia! - esbravejou Juliana impaciente, já havia falado a mesma coisa quinhentas vezes, mas seu namorado continuava perguntando se estava tudo bem.

— Mas vai que ainda tem alguma coisa dentro do seu sangue! Não é todo dia que levamos uma picada de um peixe!- ele estava seguindo ela mas parou de andar quando ela parou bruscamente o encarando com um olhar bravo, mas ela não estava tão brava, era fofo ver ele se preocupando com ela... porém Jackson exagerava muito.

Ele abraçou ela, levantando-a do chão e enchendo a cara dela de beijinhos dizendo " tá bom, desculpa eu te amo " várias vezes

— É mordida, cabeção! Peixe não pica. -  Sparkle disse passando pelo casal, indo até Rafaela, abraçando a garota por uns segundos e logo a soltando, encarando seu rosto como se estivesse se certificando de estava tudo bem.- Que bom que você está bem...

— Não vai se livrar de mim tão fácil. - ela deu uma piscada e as duas deram mais um abraço antes de Sparkle e o resto do pessoal irem embora.

— vê se entrem no Skype, hein! Toda sexta! - lembrou Ivan olhando para seus amigos. - eu mandei o horário no grupo. E não se preocupem com fuso horário, eu madei os horários de todos cantos do mundo

— misericórdia - disse Julia passando pelo o amigo alado com Luana e Astriya em cima dela. - depois dessa nem dá pra escapar.

— ESSA é a intensão, Mon Amour! 

Rafa ficou ouvindo os gritos e risadas deles ecoarem pelos túneis até eles saírem e irem para a superfície.

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Mickey e Amoly estavam na sala, sentados abraçados, junto de Taly e Donnie, que estavam com os braços esquerdo e direito entrelaçados, assistindo a alguma coisa na Tv.

— Calma, calma.... Ele teve um Imprint com um bebê?! - Donnie dizia inclinando a cabeça para o lado, sendo acompanhado por sua namorada.

— Esses diretores estão fazendo roteiros tão.... Ousados.... - concluiu a lilás encarando a tela um tanto quanto indignada.

— Acho que tem gosto pra tudo né... Se fizeram o filme com tantas sequências, é porque alguém gosta. - Amoly opinou apertando o abraço que estava dando em Mickey, sendo retribuída com um beijo na cabeça.

— Alguém topa assitir o último episódio de Crognard? - perguntou o alaranjado já pegando o controle, obtendo um " sim " unânime imediato.

Leo estava no balanço de pneu afiando suas katanas e as lâminas das armas de seus irmãos, a pedido deles, cantarolando alguma melodia oriental mentalmente.

— Mestre? - Vênus entrara no dojo vendo sua sensei com as mãos estendidas recebendo o tratamento de cura do mantra do mestre Splinter. - como está se sentindo?

— Melhor impossibel, minha filha ...Esses mantras são uma benção. - respondeu ela, serena, direcionando o olhar para Splinter que estava de olhos fechados, concentrado na pronúncia dos mantras.

Vênus deu um sorriso, se juntando a eles para aprender aquela técnica.

 

enquanto isso, Rafa guardava os lençóis, edredons e cobertores que foram usados para forrar o chão da sala para as visitas dormirem confortáveis. Estava terminando de colocar o penúltimo cobertor no armário quando ouviu uma voz atrás dela.

— Precisa de ajuda?

Ao olhar para trás, ela viu Raphael encostado no batente da porta de braços cruzados a encarando com um olhar sereno 

— Hum.... Pode colocar esse ali? - perguntou apontando para o edredom e depois para o espaço vago lá em cima do guarda-roupa. Ele então pegou o edredom e colocou no lugar indicado. - Obrigada, ó grande herói. Eu não teria conseguido sem você!

Ele se virou para trás vendo a garota dar uma leve risada, botando uma das mãos na cintura e encarando o guarda-roupa para ver se estava tudo em ordem. 

— Por nada, madame. - ele brincou também, imitando o tom de voz engraçado que a outra acabara de usar, fazendo ela dar mais uma risada. Nessa hora o coração dele errou algumas batidas, como alguém poderia ser tão linda?

- sabe, foi até bom você ter aparecido.... Eu estava mesmo querendo falar com você.- ela disse virando os olhos na direção dele, o encarando por um momento antes de retomar a fala. - bom.... Eu tenho uma pergunta para te fazer.... 

Ele ficou quieto, apoiando as costas na porta do guarda-roupa após fechar a mesma, observando a moçoila a sua frente. Ela parecia nervosa, mas só dava pra perceber se você realmente prestasse atenção, cruzando os braços ele esperou pacientemente que ela desembuchasse.

— Certo........ Isso é mais difícil do que eu pensei- ela disse respirando fundo, dando alguns passos para ficar na frente dele, colocando as mãos atrás do casco depois de respirar fundo mais uma vez.- seja sincero comigo, okay? E não ria!

Ele concordou com a cabeça lentamente, parecia que ela iria dizer a coisa mais estupidamente vergonhosa do mundo, então ele já estava se preparando mentalmente para qualquer coisa.

Rafaela pensou em deixar pra lá e ir embora, mas as palavras de Vênus soaram claramente em eus ouvidos " a vida é curta "

— Serei direta... Eu ... Eu gosto de você... Não no sentido " Ah, somos bons amigos " mas no sentindo " eu gosto de você " - ela dizia sem olhar nos olhos dele, a coragem se esvaindo aos poucos, querendo apenas rir no final e dizer " HAAA PEGUEI VOCÊ!"- E minha pergunta é se você gosta de mim....

Menos pra isso.... Raphael definitivamente não estava preparado para isso.

Raph ficou boquiaberto por um instante, ele foi lá na tentativa de se confessar, não acreditava que ela fez isso primeiro. Se sentiu derrotado e vitorioso ao mesmo tempo.

— sim. - foi tudo o que conseguiu dizer 

— o que?! - ela olhou, pela primeira vez, em seus olhos, chocada com o que ouviu. Definitivamente não esperava por essa. - puta merda...

Antes dela fazer qualquer coisa, Raphael puxou-a pela cintura e selou seus lábios em um selinho simples, mas logo se transformou em um beijo intenso e com muita paixão, com direito a mordidas no lábio inferior e beijos no pescoço. Rafa soltou leves suspiros inclinando a cabeça para o lado, facilitanto o acesso para os beijos e mordidas, segurando nos ombros do maior, que inverteu as posições deixando a garota contra o guarda-roupa , voltando a beijar-lhe os lábios. Suas línguas exploravam cada canto de suas bocas, a mão de Raph deslizou para a coxa dela, levantando até sua seu quadril, se separando apenas para recuperar o ar.

— Puta merda.... - sussurrou Rafa, recuperando o fôlego e colocando os braços em volta do pescoço do rapaz. Voltaram a se beijar, Rafa puxava o vermelho para mais perto, sentindo seu coração acelerar cada vez mais. O beijo foi ficando mais intenso, Raphael pegou ela no colo sem se separar do beijo, ainda prensando ela contra o guarda-roupa. Eles só se separaram quando ouviram alguém chegando chamando por eles. Rapidamente se soltaram e se afastaram um do outro, para disfarçar, ela abriu rapidamente o guarda-roupa, puxando um cobertor e entregando para Raph.

— Raphael? - Leo botou a cabeça para dentro do quarto vendo os dois guardando o cobertor. - os senseis estão chamando... A Hopu quer dizer alguma coisa importante 

Os dois concordaram rapidamente, vendo o Leo sair sem suspeitar de nada, se entreolhando em seguida.

— estraga prazeres.... - resmungou o rapaz, recebendo uma leve risada de sua amada, dando-lhe um último selinho antes de saírem do quarto e irem para a sala.

___•___

hopu estava na frente da TV, encarando as tartarugas sentadas no sofá, vendo também Splinter mais ao canto, respirando fundo antes de começar.

— Certo, o que eu iei dizer não será fácil... Vocês não vão gostar e não vão conseguir me fazer mudar de ideia - começou direta, recebendo olhares confusos em troca, fazendo-a vacilar levemente. - aqui em NY é maravilhoso, vocês fizeram amizades e amores novos, conseguiram até mesmo lutar em uma batalha épica.... E olha que vocês só tem 17 e 16 anos. 

ela respirou fundo mais uma vez, procurando as palavras certas, percebendo que começou a dar rodeios tentando prolongar o assunto.

— Mas.... Infelizmente, a cidade é pequena demais para todos nós.... Já tem muitos mutantes e muitos heróis.... Acabamos sobrando.... Sendo assim nós vamos nos mudar.... para o Japão.... - fez uma breve pausa analisando as expressões de todos. - eu e as meninas 

— O QUE?! - todos disseram em uníssono, olhando espantados para a ratazana, como se ela fosse louca.

— Como assim, mãe? Por que? Não precisamos nos mudar! - protestou Rafaela, vendo sua mãe levantar a mão em sinal de " paciência " 

— Não temos espaço, filha... Não tem mais como continuarmos aqui. Vocês ainda tem muito o que aprender, mas não vão mais aprender nada aqui... Já falei com uma antiga amiga, ela nos ajudará lá no Japão.... Sem contar que, agora que a Talena inventou o dispositivo de mudança de forma, nós podemos nos misturar com os humanos.... Vamos voltar para Tokyo, onde tem um templo abandonado do meu clã, e aprimorar mais ainda seu treinamento....

 

os rapazes olhavam para seu pai em um pedido de ajuda.

— e se nós formos também? -perguntou o laranja

— aí teria mutantes de menos aqui... - respondeu Hopu com um certo pesar na voz.- Nove Iorque precisa de vocês aqui ... Mas não de nós.

— Pai... Diz alguma coisa! - suplicou Leonardo.

Splinter, porém, negou com a cabeça.

— eu já sabia dessa decisão faz algum tempo, meu filho.- mesmo se desse para irmos, temos assuntos a tratar Aqui... Karai ainda está desaparecida e o treinamento da April não está completo.

Moly, que estava de pé, se sentou ao lado de seu namorado, apoiando a cabeça no ombro dele, sentindo seus olhos encherem de lágrimas.

— Eu não quero ir.... - disse a rosada em um tom sofrido. Ninguém queria que elas fossem... Mas, de certa forma, parecia ser o certo a se fazer. Mickey depositou um um longo beijo na têmpora da menor na tentativa de confortá-la.

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Estavam todos almoçando, ou quase todos já que os mestres não estavam entre eles, não dizendo uma palavra sequer. Evitando olhar uns para os outros, o clima tenso e triste dava para ser sentido de longe. Então, na tentativa de quebra-lo, o laranja pigarreou.

— O que acham de comermos pizza Gyoza de noite? Eu peço para o Murakami-Sama reservar uns lugares para a gente... - ele dizia enquanto pegava o T-phone e o ligava. Aguardando apenas a resposta dos outros para saber se ligava para o restaurante ou não.

Eles até pensaram em recusar, porém aquela poderia ser a última vez que eles iria poder comer no Murakami-Sama juntos. Então aceitaram.

 

 

Convidaram a April, o Casey e o Will para se juntar a eles. Estavam todos na pizzaria do Murakami, tentavam ao máximo não tocar no assunto da mudança, apenas queriam fingir por um momento que nada iria acontecer 

— Pizza Gyoza, pizza de pepperoni e Yakisoba!! - o chefe Murakami dizia enquanto entregava os pratos para as tartarugas, que estavam usando seus difasces de humanos, e logo começaram a comer.

 

— Gente, já pararam para pensar que se os rapazes não tivessem sido mutados eles seriam desse tamanho? - Moly disse aleatoriamente estendendo as mãos não muito distantes uma da outra, levando até a cabeça de Mickey, comparando os tamanhos, dando uma leve risada pela diferença de tamanho.

 

— já parou pra pensar que você viaja muito, rosinha?- disse Will após engolir um pedaço de sua pizza de pepperoni.

Todos começaram a rir, menos Moly pois ela realmente estava encucada com esse pensamento.

— Mas e então.... Err... Will.... - chamou April, deixando sua tigela vazia de lado, colocando o cotovelo na mesa e apoiando a cabeça na mão, encarando o ruivo com uma certa curiosidade e urgência. - Você vai ir para o Japão com elas? 

O ruivinho olhou para a garota, mudando o olhar  para as tartarugas que estavam distraídas demais brincando entre si para prestar atenção na conversa deles.

— infelizmente não.... Vou continuar aqui para terminar meus estudos...- respondeu de um jeito triste, olhando novamente para a garota do seu lado, não gostava de pensar nisso, afinal ele conhece as meninas desde que se entende por gente. Ficar sem ver elas por um longo tempo estava sendo uma ideia dolorosa.

— Ah, que pena... - disse ela, recebendo um olhar surpreso de Will em resposta. Ela queria que ele fosse embora? - Não! Não foi isso que eu quis dizer! Digo, é uma pena que vão se separar.... Mas eu fico feliz de saber que você vai ficar....

Ela corou levemente, desviando o olhar, dando um gole na água que havia pedido a algum tempo.

Depois de terem comido e pagado a conta, os onze saíram do estabelecimento e subiram em um telhado qualquer. As tartarugas tiraram os relógios e pulseiras voltando com a aparência normal de tartaruga, se sentando na beira do telhado, menos Talena e Donnie que preferiram ficar sentados um pouco distantes da beira, para apreciar a lua cheia e o céu estrelado.

Estavam em silêncio, embora seja uma noite belíssima, também era uma noite triste. Daqui a duas semanas as meninas iriam embora e ninguém poderia fazer nada a respeito disso.

Cortando o silêncio reconfortante, Moly começou a cantar uma canção. Todos apenas permaneceram em silêncio, apenas apreciando a voz da pequena, que era abraçada por seu parceiro.

— I got my ticked for the long way round

two bottles for whyskey for the way

and i sure would like some sweet company, and i'm leaving tomorrow, what you say?

when i'm gone

when i'm gone

you're gonna miss me when i'm gone!

You're gonna miss me by the my hair, you're gonna miss me everywhere, oh.

 You're gonna miss me when i'm gone

when i'm gone

when i'm gone

you're gonna miss me when i'm gone!

you're gonna miss me by my walk, you're gonna miss me by my talk, oh

 you're gonna miss me when i'm gone.

I got my ticked for the long way round

the one with the prettiest of views

it's got mountains, it's got Rivers, it's sights to give you shives

but it sure would be prettier with you!

when i'm gone

when i'm gone

you're gonna miss me when i'm gone!

You're gonna miss me by my walk, you're gonna miss me by my talk, oh.

you're gonna miss me when i'm gone!

when i'm gone

when i'm gone

you're gonna miss me when i'm gone

you're gonna miss me by my hair, you're gonna miss me everywhere, oh

oh, you're sure gonna miss me when i'm gone

when i'm gone

when i'm gone

you're gonna miss me when i'm gone

you're gonna miss me by my walk, you're gonna miss me by my talk, oh.

you're gonna miss me when i'm gone!

depois disso, o silêncio reinou, nada mais precisava ser dito.

 

Continua....