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História Amor, vamos ter uma namorada? - Lá se foi o Jungkook...


Escrita por: histae

Notas do Autor


Olá! *-*
Depois de muito tempo longe, finalmente voltei!!!!!!!!!!!!!!
Não consegui esperar até as 20:00, postei agora mesmo *-*
Bom, quero lembrar a vocês que essa história se passa nos EUA e não na Coreia do Sul, taokei?!
ALIÁS, tem uma leitora fazendo aniversário hoje! Eu esqueci o user, mas dedico esse capítulo para ela, FELIZ ANIVERSÁRIO MINHA LINDA s2
Ótima leitura!

Capítulo 24 - Lá se foi o Jungkook...


Fanfic / Fanfiction Amor, vamos ter uma namorada? - Lá se foi o Jungkook...

P.O.V Melanie

Dizem que antes de você ser muito feliz, vai passar por muita coisa ruim na vida antes. Mas, até onde isso é verdade?! Estou com o Jungkook onde marcamos o encontro, mas algo me deixou triste desde aquela noite em que marcamos de nos encontrar, foi o fato de que Taehyung não estava com ele e nem atendeu minhas ligações quando tentei. Toda aquela merda que eu fiz de ter vindo embora sem nem conversar com os meninos, está me deixando com a cosciência mais que pesada. No momento de desespero deixei o emocional tomar conta de mim, fui totalmente tola. Agora, tudo parece estar fora do lugar tudo por causa de uma falta de diálogo. 

Enquanto eu pensava no passado que certamente não poderia mudar, Jungkook segurava os dois bebês com os olhos brilhando, ele finalmente estava conhecendo seus preciosos nenens, me falou o quanto estava preocupado, o quanto se sentiu culpado e o quanto ele estava com saudades de mim e de como nós três juntos éramos perfeitos. 

Os três tinham o encaixe perfeito, Tae era a nossa base, Jungkook é o espírito do relacionamento e eu era  a “cola”. Mas, onde está nossa base agora? Sinto tanta falta dele...

Eu entreguei a Jungkook um pendrive e nesse pendrive eu havia colocado todas as gravações e fotos que eu havia gravado e tirado. 

— Jungkook, eu sei que não é a mesma coisa que acompanhar pessoalmente toda essa fase maravilhosa, porém também muito complicada que é a gravidez, mas eu gravei todos os momentos e coloquei nesse pendrive, desde fotos da evolução da barriguinha, até as fotos dos bebês assim que nasceram. Os vídeos de toda vez que eu ia no pré natal e alguns momentos em que eles se movimentavam dentro da minha barriga. — falei sem graça, ele me encarou, percebi que seus olhos estavam cheios de lágrimas. 

— Mel… obrigado por isso, eu realmente queria acompanhar a gravidez de perto. Mas estive pensando... já escolheu os nomes para os bebês? — perguntou arqueando uma de suas sobrancelhas, sua voz estava um pouco falha por causa de sua angústia, sim… ele parecia muito angustiado e isso me magoava demais.  

— Ainda não, eu pensei que… — dei uma pequena pausa respirando fundo, para poder continuar. — Eu pensei que nesse encontro viriam os dois, tanto você, quanto o Tae e nós três escolheríamos juntos… 

— Nem sempre o que planejamos acontece, infelizmente depois que você foi embora, tudo ficou bem mais complicado. Melanie, eu sei que eu fiz besteira, mas o que você tinha na cabeça quando pensou que ir embora era a maneira certa de resolver as coisas? — questionou deixando as lágrimas antes contidas, escorrerem por seus olhos e rosto.

— Eu só fiquei com medo, criei tanta coisa na minha cabeça e isso acabou me afetando, parei de agir com a razão e deixei meu emocional me guiar. — respondi com os olhos marejados. — Imagine que você é uma mulher, que entrou em um relacionamento entre homossexuais e mais de uma vez, um deles surtou com você, agora imagine-se uma mulher grávida, que apesar de estar apaixonada por esses dois homens, suspeita que está grávida e quer contar pra eles, mas acaba ouvindo uma discussão que um deles afirma que se arrependia de ter se relacionado com você, como você se sentiria? Me responde! E se você resolvesse contar pra eles sobre a gravidez e eles só quisessem o bebê e depois te largar como se você fosse uma boneca sexual… — eu tentava controlar o choro por estarmos em lugar público, mas meu coração se partia toda vez que eu lembrava desses momentos. — Me dê os bebês, vou colocá-los no carrinho e nós iremos conversar em outro lugar.

Jungkook apenas assentiu, nós fomos até a minha casa e quando chegamos lá, mamãe havia deixado um bilhete escrito que tinha ido visitar uma amiga e que voltaria no fim da tarde. 

— Estamos sozinhos. — disse, encarando-o.

— Sabe, Melanie?! Eu não quero entrar em discussão agora, eu realmente vim aqui para conhecer nossos filhos. Independente do que aconteceu no passado, acho que nesse momento é a hora de ficar tudo bem entre nós, já que eu não vou ficar aqui por muito tempo.

— Como assim, não vai ficar?! — perguntei confusa, senti uma fisgada no coração.

— Vamos escolher os nomes dos bebês?! Como Taehyung não está aqui, poderíamos colocar os dois como Jeon, para mim não há problema. — ditou, Jungkook. Mas seu tom de voz, era desanimado e distante.

— Eu não sei se isso é o certo a se fazer. — falei receosa.

— Mas as crianças precisam ser registradas, ou você pode acabar arranjando encrencas e como não temos contato com o Taehyung e não sabemos onde ele está, seria melhor que as crianças ficassem com meu sobrenome. 

— Tudo bem, Jungkook. Vamos registrá-las! — falei respirando fundo, enquanto trocava a fralda da minha pequena.

— Eu quero que o nome do garoto seja Dylan, já o Taehyung sempre quis que o nome da filha dele fosse Taegeuk*, podemos fazer assim? — Ele perguntou com um sorriso no rosto, provavelmente por lembrar os momentos em que Taehyung falava sobre os futuros filhos do casal.

— Eu amei os nomes! — falei sorrindo. — Dylan e Taegeuk, perfeito! Quando iremos ao cartório para registrá-las? — perguntei pensativa.

— Iremos amanhã pela manhã, ouvi dizer que os cartórios fecham cedo por aqui. — ele falou revirando os olhos. — Não tinha uma cidade melhor para escolher?

— Aqui não é tão ruim. — Respirei fundo. — Escolhi justamente por este motivo: para não ser encontrada. 

— Você realmente ia fugir com nossos filhos, não é sua psicopatinha? — seu tom um pouco mais agudo, deu a entender a brincadeira que estava fazendo, seguida de um sorriso largo e bonito. 

— Eu… — sorri envergonhada, olhando para o lado. 

— Ah, vem cá… — ele me puxou pela cintura, beijando minha testa. — O importante é que estamos resolvendo os nossos erros, certo? 

— Sim. — respondi, sorrindo por causa do ato fofo e repentino do rapaz. 

— Algumas coisas vão demorar um pouco mais para se encaixarem, mas é como dizem… só não há solução para a morte. — ele falou, sentando no sofá, se espreguiçando. — Estou um pouco cansado, como vou embora amanhã, seria pedir demais ficar aqui com vocês para passar um tempo com nossos filhos? — perguntou enquanto me encarava. 

— Não tem problema nenhum, fique a vontade. — sorri observando bem, o homem que estava jogado no sofá, enquanto ainda me encarava.

Suas pernas bem torneadas, estavam marcadas por causa da calça apertada de couro preto que trajava, uma camisa de gola alta e mangas compridas, também da cor preta e sapatos sociais. Ele estava bem vestido, muito bem vestido, visto a hora que a gente se encontrou. Eu estava prestes a achar aquele homem muito sexy...

Espera, quem estou querendo enganar?! 

Ele realmente está sexy! 

Mas ao meu ver essa roupa combina muito mais com a noite, do que para o dia-a-dia. Dei um sorriso sapeca e ele franziu o cenho, me encarando curioso. 

— Há algo errado? — perguntou arqueando a sobrancelha. 

— Por que você se arrumou tanto só para vir me ver? Não me diga que a noite tem um encontro com alguém…

— O que? — ele deu uma risada, um pouco forçada, diga-se de passagem. — Eu me arrumei porque eu gosto de andar elegante. O problema não é meu se nessa cidade os homens gostam de andar com chapéu de palha e camisa rasgada. 

— Falando assim, parece um babaca… Espera, você realmente é um. — ele revirou os olhos e pegou o Dylan no colo. 

— Olha só quem fala… — estalou a língua no céu da boca. — Você é bem mal educada, olhe como recebe suas visitas! Nem oferece um café ou… 

— Acabamos de sair da cafeteria, você tem um estômago ou um buraco negro na sua barriga? — perguntei em tom de frustração, ele riu. 

— Digamos que… eu posso ter os dois aqui dentro. — ele falou. — Mas, olha só pra ele… como é lindo, não é?  — Disse enquanto babava em cima do bebê em seus braços.

— Os dois são, Gukkie… — ele parou por um instante de olhar para o bebê e seu olhar surpreso veio em minha direção. Agora, eu quem deveria perguntar se tem algo de errado. Mas não precisei. 

— Você me chamou pelo apelido… Fazia muito tempo que não me chamavam pelo apelido. — um sorriso sutil surgiu em seu lábio rosado, me deixando um tanto desconcertada. E imagino que ele tenha percebido, pois sempre que fico tímida ou nervosa, acabo corando. — Hey, não precisa ficar envergonhada… — ele se aproximou de mim, sentando ao meu lado. Ainda segurando o bebê e com aquele leve sorriso de antes.

— Eu não estou… mas para ser sincera, tenho a leve impressão de que tudo isso seja um sonho. E as vezes um pesadelo... — respirei fundo, olhando nos olhos dele. Que saudade daquele olhar! — Faz tanto tempo que nós não tínhamos uma conversa nessa vibe mais tranquila… 

— Tempos bons, não é?! — ele perguntou suspirando. Eu assenti. — Mas, não vá se acostumando… 

— Não disse que iria me acostumar. — falei revirando os olhos o encarando, ele estava sério. Então, não estava brincando. 

— Não estou sendo grosso com você, não entenda errado. — ele se explicou.

Olhou para Dylan mais uma vez e pareceu aliviado e orgulhoso ao perceber que o bebê estava dormindo em seu colo.

— Vamos levá-lo até o bercinho? — convidei, sorrindo para o rapaz, que assentiu e retribuiu o gesto. 

TaeGeuk estava dormindo também, então tirei ela do carrinho e Jungkook me acompanhou. Minha sorte é que depois que meus bebês mamam, eles dormem. 

Nada melhor que uma sonequinha depois de encher o buchinho!

Colocamos os bebês no bercinho, ele sorriu para mim e em seguida perguntou se podia tirar uma foto para guardar de lembrança. Eu falei para que ele ficasse a vontade, enquanto ele tirava algumas fotos, peguei meu telefone e também registrei o momento, uma foto da foto. 

Olhei para o celular e o relógio marcavam as 17:17 da tarde, suspirei. Estou em sintonia com o universo? Pois dizem que quando você vê as horas iguais, significa que está em sintonia com seu eu interior e com o universo também. Eu sempre gosto de acreditar em coisas assim.

Fiquei tão distraída com esse pequeno devaneio que nem percebi que Jeongguk olhava para mim com atenção. Estendi a mão para ele, ele olhou e pensou um pouco, mas segurou e me seguiu. Caminhei devagar até o sofá, sentei e falei:

— Preciso que você me obedeça a partir de agora, pelo menos por este momento, sim? — percebia-se o quanto ele estava confuso com minha ação. Mas mesmo assim, ele assentiu, concordando com o que eu acabei de falar.

— O que você quer que eu faça? — ele perguntou, seu tom de voz era tranquilo, porém ele estava bastante pensativo. 

— Deita aqui e coloca a cabeça no meu colo. — falei sorrindo da maneira mais suave que poderia. Ele corou por alguns segundos, mas por qual motivo não faria? Deitou e me olhou mais uma vez, suas orbes castanhas estavam tão penetrantes e intensas, suspirei sorrindo, enquanto fazia carinho em seus cabelos. — Eu te conheço, Jungkook… sei que está se sentindo mal, você quer me falar o que está havendo?

— Ah, sabe… eu me sinto como se estivesse largado no mundo. Meu pai sempre foi um homem abusivo, deixei ele para trás. O homem que eu mais amava foi embora, por causa de uma crise que não conseguimos suportar, perdemos você por causa de uma discussão que eu tive em pleno momento de estresse… eu sinceramente me sinto abandonado, esgotado. Eu me esforço para ser melhor, mas no final, parece que todo meu labor não adiantou de nada.

— Gukkie… eu acho que você se cobra demais… as vezes, nós pensamos em estar bem com os outros, para os outros… pensamos nos outros sempre em primeiro lugar e acabamos por esquecer de quem mais importa: você mesmo. — falei pensativa. 

— Eu não esqueci de mim, eu estava tentando melhorar… eu ia no terapeuta, eu estava me esforçando para ser uma pessoa melhor e olha só o que aconteceu! As pessoas que eu mais amava me abandonaram. — ele falou e novamente estava chorando, levantou a cabeça e inclinou seu corpo, agora ele estava sentado no sofá de frente para mim. — Você não sabe como foi doloroso o dia em que eu ouvi o Taehyung dizer que precisava de um tempo! E por mais que você sinta a dor da nossa separação, você não está completamente sozinha, você tem sua mãe, você tem os nossos filhos… e agora, quem eu tenho?

— Você tem a si mesmo. Se você parar para observar as coisas que falou, o que você mesmo disse… Parece que estava tentando melhorar apenas para manter os outros perto. E por mais que seja difícil, nós temos que entender que as pessoas são como universos, cada uma sente e pensa de maneira diferente. Às vezes uma pessoa não vai querer estar pra sempre com você, por mais que você seja a melhor pessoa do mundo, a mais evoluída ou sei lá o que. Por isso, você deve gostar da sua companhia e não se apegar aquilo que dizem que o amor dura para sempre, ou que só os verdadeiros ficam até o final. — dei uma pequena pausa respirando fundo. — De qualquer forma, eu vou estar aqui. Você não está sozinho… — falei acariciando o rosto do maior. — Eu sei que eu fiz merda em deixar vocês dois, agi no calor do momento, mas não temos controle sobre tudo, simplesmente não temos… A melhor opção é tentar superar aos poucos, a vida vai seguir. E seguir a vida, não significa desistir, significa que você está deixando tudo fluir. E o que for para ser seu, virá. 

— Onde você leu todas essas baboseiras? — ele perguntou em tom irônico, rindo de leve em seguida, me contagiando. Dei um tapinha em seu ombro e sorri mais uma vez. — De qualquer forma, não é como se eu conseguisse mudar o passado, realmente eu não tenho o controle de tudo. Nós não temos. Mas, eu tenho o controle da minha vida. E eu resolvi pelo menos por um tempo, viver algo totalmente novo, experiências totalmente novas! Eu as vezes penso que não me conheço o suficiente e preciso disso. Preciso de um tempo comigo para descobrir o meu “eu” de verdade.

— Sim, esse é o caminho para o amor próprio, Gukkie! Autoconhecimento! Você vai ver como é mágico e interessante o mundo do autoconhecimento e do amor próprio, você vai perceber os mínimos detalhes que te fazem ser a pessoa que é, vai ver o quão incrível é e que é capaz sim de lidar com seus defeitos e tentar de alguma forma, mudá-los aos poucos, se eles te incomodam. — falei entusiasmada.

— Você por acaso fazia faculdade de psicologia ou de veterinária? — ele perguntou sorrindo debochado. 

— Digamos que eu passei por essa fase e acho ela maravilhosa. Você vai ver, como é bom. É só você começar, se dê essa chance… Faça mesmo algo novo, descubra seus gostos e desgostos, se liberte dos próprios paradigmas. 

— Sim senhora, Doutora Melanie! Quando mesmo será nossa próxima consulta? — ele perguntou animado, eu dei um pequeno empurrão nele.

Mas algo totalmente inesperado aconteceu, ele se aproximou muito, se aproximou tanto de mim que consegui sentir sua respiração… e como se não bastasse, senti também os lábios do moreno encostarem no meu, ele deu alguns selinhos e eu o deixei fazer. Na realidade, eu estava com tanta saudade do corpo de Jeongguk. 

Os selinhos se transformaram em beijos um pouco mais intensos e algumas carícias, minha mão foi conduzida até a nuca dele, enquanto que ele levou suas mãos para meu rosto. O beijo, estava cada vez mais quente… cada vez mais intenso… ele me segurou com firmeza, porém sem força, me puxando para sentar em seu colo. Senti que ele estava com o corpo quente, senti sua respiração pesada por causa dos beijos, senti suas mãos e unhas curtas cravaram em meu quadril, um pouco mais avantajado do que a última vez em que transamos. Sorri devassa, suspirei recuperando o fôlego junto a ele e estávamos prestes a continuar, porém ouvi a porta de entrada abrir e senti Jungkook me empurrar com tanta rapidez que duvido que ele tenha calculado a força que usou, o resultado foi: eu caí do sofá e minha mãe percebeu tudo que estávamos fazendo, ou melhor: o que iríamos fazer. 

A expressão da minha mãe mudou totalmente! E eu confesso que fiquei tensa com aquilo, olhei para o Jungkook, que estava petrificado no sofá. Se você nunca foi pego no “ato”, não vai saber como nós dois estamos nos sentindo agora…

— Melanie e Jungkook… — a voz dela pareceu um tanto quanto sombria. — O QUE VOCÊS DOIS ESTAVAM TRAMANDO? — Gritou igual uma bruxa maluca e nós nos assustamos ainda mais.

— Mãe, nós não estávamos tramando nada! — falei nervosa.

— Você estava fazendo o que no colo dele então? Brincando de cavalinho? — Jungkook não aguentou e deu risada, levantando-se do sofá e também me ajudando a levantar.

— Não se preocupe, a gente só tava falando sobre as posições que os bebês costumam dormir com mais frequência. — falou com seriedade.

— É, pelo tamanho do berimbau nessa sua calça apertada, dá para perceber que estavam tramando ter um terceiro bebê. — mamãe falou rindo. — Olha, pelo menos usem preservativos. Hoje a Mariah estava tão falante, quase não consigo sair de lá. O chá estava divino… aliás, Jungkook, você vai ficar para o jantar?

— Sim, eu vou. — ele respondeu, ainda tímido. 

— Ah, que ótimo! Vou preparar a janta. — ela falou, saindo da sala.

—  Sua mãe é maluquinha, não é?! —  O rapaz sussurrou em meu ouvido e eu dei uma risadinha em concordância. — Do nada ela mudou de assunto, Mellye.

—  Ai, minha mãe é uma peça… vai se acostumando! —  respondi. — Agora, toma mais cuidado da próxima vez que for me empurrar, isso não se faz! Acho que quebrou algum osso na minha bunda. 

—  Para de drama, você caiu do meu colo e não de um prédio. —  articulou divertido.

— Hm, mas eu poderia ter ficado machucada. Estou amamentando. — proferi manhosa.

— Ah, me poupe, Melanie! — ele falou em tom de deboche. 

— Eu estou brincando. Mas, gravidez não é só coisa boa, como muitas mulheres imaginam… e algumas até se iludem achando que é tudo muito perfeito. — conclui pensativa.

— Você sofreu muito no período de gestação? — questionou.

— Sofri tanto na gestação, quanto depois dela. — confessei e meu tom de voz saiu meio cansado.

— Conta para mim, o que houve? — questionou mais uma vez, sentando-se novamente no sofá e me puxando para perto de si.

— Durante a gestação, senti muito enjoo no início da gravidez. Estava até emagrecendo, porque tudo que eu comia, vomitava. — dei uma pequena pausa o olhando. — Depois, vieram as dores nas costas conforme a barriga ia crescendo, desenvolvi uma anemia. Ai Jungkook, foram tantas coisas… — falei suspirando, me sentindo forte por ter suportado tudo sozinha e com minha mãe.

— Imagino… sei que não foi fácil, mas agora você está bem e os bebês estão saudáveis! — ele falou com um enorme sorriso no rosto.

— Minha obstetra disse que há a chance dos bebês terem pais diferentes, no caso, um pode ser seu e o outro do Taehyung. Nós poderíamos descobrir isso por um teste de DNA, se você quiser… — exprimi as palavras um pouco envergonhada.

— Não se preocupe com isso, Melanie… Os bebês são nossos independente de quem seja o pai, se eu ou o Taehyung. 

— Que bom, eu penso da mesma forma. — sorri de lado.

Depois de todo diálogo, nós fomos ajudar minha mãe com o jantar. Estava tudo tão perfeito, nós rimos, brincamos, cozinhamos, nos divertimos. Mas, eu tinha em mente que segundo Jungkook, ele não iria ficar por muito tempo. Eu não sabia por qual motivo ele iria embora, quer dizer… ele falou que queria viver algo novo. Então, não adiantava muito eu pedir para ele ficar, ele tem que querer isso. 

No jantar, o rapaz elogiou por diversas vezes o tempero da minha mãe. Mimando-a sem intenção nenhuma de ficar conosco, mas apenas para ser gentil. Eu estava triste, um dos pais dos meus bebês está sumido e o outro também irá. Fico muito triste quando penso nisso, sem falar no que as pessoas vão falar se descobrirem… 

Fiquei um pouco mais quieta, minha vontade era de pedir para que Jeongguk ficasse conosco e me ajudasse a criar os bebês, eles precisam do pai. Mas, eu não poderia, estava com medo de fazê-lo sentir pressionado, ou preso. Apesar de amá-lo, eu o respeito. E tenho que pensar nos sonhos dele também. 

Após o jantar, nós assistimos filmes, comemos pipoca, eu fui dar banho nos bebês quando eles acordaram, amamentei eles, Jungkook brincou com eles e tirou foto com eles também. Inclusive, foram muitas fotos. Tiramos fotos juntos, até com a mamãe. Uma família perfeita! Já estava ficando tarde e eu como mãe estava super cansada, fui tomar um banho quente e relaxante, coloquei um pijama e me deitei na cama. Fechei os olhos e…

Ouvi um choro, muito familiar, era Dylan. Fui até o quarto para saber o que se passava com ele, mas dei de cara com um Jungkook ninando o bebê no colo, que aos poucos foi acalmando. 

— Será que ele teve um pesadelo? — Gukkie perguntou curioso.

— Não faço a mínima ideia, mas deixe eu checar a fraldinha dele. — O rapaz babão me entregou o bebê, conferi sua fralda e percebi que ele havia feito xixi. — O nome do pesadelo é xixi. — falei risonha, começando a trocar a frauda. 

— Você deve estar cansada, se quiser eu troco e coloco ele para dormir. — Ele falou se aproximando. 

— Não precisa, está tudo bem! — falei, afastando-o. — Você logo vai embora, é melhor não nos acostumarmos com as suas mordomias. 

— Está chateada, não é? — ele perguntou, mirando-me com atenção.

— Estou um pouco. Mas logo passa. — forcei um sorriso, que aparentemente não funcionou, pela reação do homem que estava comigo.

— Ah, é?! — ele perguntou e se aproximou. — Gostaria de dizer que por você e nossos filhos eu ficaria. Mas não vai adiantar, meu psicológico não está dos melhores para eu cuidar da minha própria família.

— Não precisamos fugir de um problema por achar que não conseguiremos solucioná-lo. — sussurrei.

— Mas, foi exatamente isso que você fez. E não é por isso que vou embora. — ele se expressou sério.

— Então, por que? — questionei duvidosa. 

— Porque não quero ser igual meu pai. — respondeu com a voz trêmula. — Eu quero ser um bom pai e não tenho condições de ser um agora… 

— Não vai adiantar nada eu insistir para que você fique, então faça o que achar melhor. — disse, terminando de passar um pouco de talco no bebê e após isso, coloquei a fralda, começando a niná-lo.

— Desculpe, Melanie. Mas, eu tenho outros planos… — ele falou, baixou a cabeça e saiu do quarto, provavelmente para ir ao quarto de hospedes que é onde ele iria dormir.

Estava triste e para piorar, Dylan demorou para dormir, estava cheio de energia e queria brincar e “morder” as coisas, mesmo sem nenhum dentinho, fui para a sala e sentei no tapete enorme, colocando ele lá, para engatinhar e brincar enquanto eu assistia. O bebê está energético. Minha mãe dormia, Jungkook provavelmente também já dormia e eu estava prestes a dormir, mas não podia por estar cuidando da minha prole. Quer dizer, uma delas.

Coloquei música de ninar para tomar e comecei a dar umas palmadinhas bem de leve no bumbum do bebê, enquanto cantava suavemente. Cantava e cantava, sem parar, até que meu filho dormiu, percebi porque ele babou toda minha blusa de dormir, então coloquei ele no berço, fui até meu quarto, me joguei na cama e virei uma pedra, literalmente.
 

[...]

 

— Melanie? Melanie? — eu ouvi alguém me chamar, a voz estava distante. — Melanie? Filha, acorda você está atrasada!

— O que? — Abri os olhos e me acordei por completo. — Atrasada? Ai meu Deus! — Levantei em um pulo correndo até o banheiro, passo pela sala e vejo Gukkie sentado no sofá e os carrinhos, os bebês já estavam arrumados. Pego meu roupão e entro no banheiro, tiro minhas roupas e começo a tomar banho.

Eu estava tão cansada que certamente não consegui ouvir o despertador. Depois de me lavar, coloquei o roupão e fui para o quarto, me arrumei, fiz uma maquiagem leve, sequei o cabelo e fui para a sala, Jungkook abriu um belo sorriso.

— Está linda. — elogiou-me com entusiasmo.

— Obrigada! — respondi sem graça.

— Não há de que, porém… está atrasada! — ele falou, dando um leve peteleco na minha testa. — Vamos!

Sem tempo para responder, apenas segui o rapaz. Entramos no carro dele e colocamos o carrinho na mala do carro. Coloquei os bebês nas cadeirinhas de segurança para bebês que tinha no carro da mamãe e fomos até o cartório.

Não demorou muito até que Dylan e Taegeuk estivessem registrados. Voltamos para casa, Jungkook ia pegar o carro, mas a mamãe insistiu para ele tomar café conosco. Ele aceitou a proposta, conversamos um pouco mais.

Eu tinha esperanças de que ele ficaria. Mas, ao findar do café, ele se despediu da gente com um abraço, ficou com os bebês por alguns minutos no colo. Se despediu novamente de mim com um beijo na testa e…


Lá se foi o Jungkook...


Notas Finais


Obrigada para quem leu até aqui, gostaram do tamanho do capítulo?!
Foi um presentinho!
Agradeço as doçurinhas de leitoras que me mandaram mensagens e que comentaram, favoritaram e tiveram paciência de me esperar.
Estou de volta e a história também! Espero muito que gostem *-*
Até o próximo!


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