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História Angel of Death - Distância Desnecessária.


Escrita por: Lana_chan_

Notas do Autor


Obrigado LuuhYue, TiaNashi, Irissofs, LevyMcgardenn, XXIce_LoveXX, Taxiro, CanyrP, _Miss_Dark_, Yoo_ap, SraMichaelis01, Deeh0431, Miss-Jackson, Master_Canvas07, LovelyGirl01, Gabi65-Chan, srta_salles, LightDevil, alinegabrielly, Layara_Angel, Otaku-Blue, heartfiIia, Candy_Hime, Miiley_, GabriellyHD, thatathayyna, Tebbane, Otakunoku, EtheriasBraite, NatsuLuucy por terem favoritado <3

Gente como assim fiquei um ano sem atualizar essa fic? Como passou tão rápido? Nossa '-'

Enfim espero que esteja bom hihi.

Capítulo 6 - Distância Desnecessária.


Fanfic / Fanfiction Angel of Death - Distância Desnecessária.

Capítulo Cinco

Passei a noite pensando naquilo, ainda não encaixava. Laxus salvando a vida de alguém? Ainda mais da Lucy? Não fazia o menor sentido.

- Não se esforce tanto - Sorriu se jogando ao meu lado no sofá - Sua cabeça vai explodir - Dei uma risada forçada e continuei pensando, é um pouco difícil controlar a curiosidade para não perguntar - Sabe Natsu - Não continuou, fitou os dedos me olhando com um sorriso enorme no rosto - Ganhei uma missão!! - Engasguei com o ar, isso é possível? Claro que sim. É uma das piores sensações possíveis.

- C-como assim? Você ainda está machucada! O que o Laxus está pensando?? - Já em pé comecei a tagarelar, mostrando todas as possibilidades pelas quais ela não deveria ir nessa missão. E do que me xingar -o que normalmente aconteceria- ela somente riu.

- Não é pra tanto, não é lá aquelas coisas - Me entregou a fixa e suspirando fitei o papel.

 

Designado. Lucy Heartfillia (L.H.)

Remetente. --

Pagamento. --

Missão. Entrar na Viper.

Autenticidade. L.D.

 

A fitei sem entender, não havia remetente e nem pagamento, que porra de missão era essa?

- Não precisa dizer nada, é uma missão pessoal, tive que praticamente implorar para Laxus - Ergui a sobrancelha.

- Implorar? O que você fez pra ele deixar? - Claro que estou desconfiado! E a reputação dela não ajuda muito!

- Relaxa, não foi nada relacionado a sexo se é o quer saber, só não entendi o porquê desse drama - Riu, porém como se percebesse algo se debruçou sobre mim passando de leve seu indicador por meu rosto - Ciúmes agora? - Mordeu o lábio inferior enquanto sorria, por Deus, como aquilo me deixou louco.

- Você deveria parar de me provocar assim - Durante esse tempo ela maneirou de todas as formas de me seduzir, mas mesmo sem ser de propósito ela me “chamava” e o que me barrava eram seus machucados, nos quais não existem mais.

- Me dê um bom motivo, e eu paro - Respirei profundamente, nada passava por minha cabeça, e sorrindo de canto abriu as pernas, sentando em mim - O silêncio é um tipo de consentimento Natsu - Sussurrou beijando o lóbulo de minha orelha em seguida. Engoli em seco, meu corpo tremeu, não sei se é por estar louco para senti-la a tempos, mas.. Sim é por querer mesmo senti-la. Provocando-me incansavelmente ergueu o corpo apoiando em meu abdômen nu - Estou começando a sentir algo - Fitou para a própria intimidade, pelo menos foi o que pensei antes dela rebolar sobre meu membro.

- Que se dane - Apertei forte sua cintura em meu corpo erguendo-me, automaticamente cruzou as pernas em meu quadril, lambi meus lábios fitando os dela, e ao ver o sorriso que se formou não aguentei, porém vendo-a levantar levemente o rosto me direcionei para seu pescoço.

Em pé tentava chegar a cama, mas estava cada vez mais difícil. Sua boca carnuda gemendo baixo tirava minha total atenção, puxando de leve seu cabelo conseguia doma-la, algo que só consegui fazer agora.

Deitei-a devagar, ainda entre suas pernas esfreguei-me em si, ouvindo arfar abaixo de mim, perdendo o controle a permitia abusar de meu corpo, e fazia o mesmo. Abri sua blusa de botões de uma única vez, quase babei ao fita-la daquela forma para mim, fui logo na direção do seu sutiã preto, que por milagre abria na frente.

Lambi seu seio esquerdo, com a mão em minha nuca e em minhas costas gemeu baixo, apertei forte sua coxa mordendo de leve seu bico enrijecido, movimentando minha mão toquei sua intimidade úmida e com o efeito que causei nela sorri. Agressivo suguei seu seio, deixando um belo chupão na parte abaixo do mesmo, apertei o outro e lambi meu dedo passando devagar pelo bico, vendo-a arcar as costas.

Desci os beijos, deixando uma trilha de arroxeados para trás, pouco me importei se ela iria reclamar. Ou pelo fato de ter uma missão. Era apenas nós dois e nada poderia impedir.

- É tão estranho você ser a quem está corada agora - Dei uma risada nasal e ela semi cerrou os olhos, ou pelo menos tentou - Não faz essa cara - Estava tão ofegante que mantinha um pouco de sua boca ainda aberta e com tal visão de seus olhos poucos lacrimejados daquela forma tão indefesa, que automaticamente meu corpo esquentou mais. E me debruçando sobre seu corpo aproximei de seus lábios, e quase os alcançando percebo que ela tenta recuar.

Vruuuuuuuu.... Vruuuuuuuu

E em quase um pulo ela alcançou seu celular.

- L H falando.. Afirmativo.. Ok.. Imediatamente! - Já em pé ela fechou seu sutiã já tirando as roupas e botando uma calça de couro, uma bota baixa amarelo mostarda e uma blusa não muito grossa de mangas compridas na cor vinho, porém mantinha um belo decote em v.

- Onde vai? - E começando a se maquiar me fitou pelo espelho.

- Missão, vou ter que começar imediatamente - Assenti devagar e me levantei abraçando-a por trás enquanto ajeitava seu cabelo, com um sorriso no rosto beijei seu ombro, sentindo-a se virar para mim - Natsu, você entende o que isso significa não é? - Ergui a sobrancelha - Não sou mulher para ter algo duradouro, mesmo que seja uma amizade colorida, não quero me prender a nada - E desviando o olhar saiu de meus braços, e já com o corpo para fora da porta de entrada virou o rosto, mas não me fitou - Desculpe.

Continuei olhando a porta, sentado na cama parado não conseguia raciocinar. Fui rejeitado pela mulher que a nem dez minutos iria transar comigo? Mas de alguma forma isso me incomodou. Minha mão coçava para socar algo de tanta frustração, e inquieto me levantei e logo soquei a primeira coisa que vi, a parede.

- Merda - Estava latejando e puxando o cabelo suspirei ouvindo um baixo som, algo estrava vibrando, era o celular de Lucy - Alô?

- Luc- espera Natsu? Oi aqui é a Erza, a Lucy já foi?

- Já - Bufei, era um péssimo momento para essa conversa.

- Ah, certo, estamos indo vê-la na missão, quer ir junto? - Travei, como assim?

- Vê-la? Mas pode? E também, quem mais está indo? - Conseguia ouvir o vento bater no seu celular, e com variados sons ao fundo ela respondeu.

- Em alguns casos pode sim, como este. Lá você vai entender, e quase todos vão, eu, Gray, Mira, Gajeel e Juvia - Quem são esses? Sem perguntar apenas disse que iria e logo fui trocar de roupa, quem sabe isso iria me distrair um pouco.

[...]

Suspirei, apenas coloquei uma calça jeans preta, um tênis e uma camiseta vermelha gola v com uma jaqueta de couro por cima, estava ventando um pouco, e com isso esperei por nem vinte minutos e ouvi o motor de um carro e já chutando que é Erza sai de casa vendo a ruiva dentro de uma camionete com todos dentro, porém quando fui entrar a azulada sentou-se no colo de Gray.

- Gajeel, Juvia esse é o Natsu, o novato e protegido de Lucy - Me senti um pouco incomodado com o “protegido” sei que não sou experiente, mas sei me cuidar. E com um pequeno sorriso a azulada, que no caso era a tal Juvia sorriu de canto me fitando.

- Esse gato na mesma casa que Lucy? Haha Juvia com toda certeza acha que ela vai joga-lo na rua rapidinho.

- Juvia! - A albina do banco do passageiro quase gritou, eu já estava sem graça ali, Gray e Gajeel riam feito loucos - E vocês também parem com isso! Vocês já sabem da situação e ainda brincam, que falta de respeito! - Engoli em seco, essa foi a primeira vez que vi Mira tão aterrorizante.

- Chegamos - O alto barulho das caixas de som faziam o chão daquela fabrica abandonada tremer, haviam variados carros tunados uns aos lados dos outros, alguns estavam de motos, mas arriscavam várias manobras, irado.

- O que vai acontecer aqui? - Estava tudo tão movimentado, o melhor era as garotas que no caso pareciam lideres de torcidas por conta das roupas curtas, perfeição.

- Não baba não gatinho - A azulada apoiou em meu ombro rindo - Caso não tenha percebido, vai rolar uma corrida, e a Lucy-san vai participar - Sussurrou a última parte. Ergui a sobrancelha, ela correndo? Isso jamais passaria por minha cabeça, afinal isso fazia parte da missão?

- Mas se a Lucy for correr.. Qual é a missão dela? - Arregalou os olhos e do nada selou nossos lábios, e ainda imóvel ela abraçou meu pescoço, e começou a se mover, aprofundando o beijo até de repente para-lo.

- Nunca mais faça isso! - Agora sim que não entendo mulheres, ela é bipolar? - Jamais fale os nomes alto! E nunca fale o que tem que ser feito ok? - Sussurrou próximo ao meu ouvido e abriu um pequeno sorriso - Mas até que você beija bem - Corei, não é só porque tenho recaídas além da atração pela Lucy que significa que não tenho visão, e nossa, como Juvia é linda.

- O-ook - Ela sorriu e piscando com o olho esquerdo voltou para o grupo. Comecei a olhar o meu redor, não via a loira em nenhum canto, até pelo menos ouvir o roncar do motor e assim a vejo dentro de um carro cinza quase preto, e logo vejo a azulada ao meu lado.

- Ela vai perder - A fitei pelo canto do olho sem entender - O carro dele é um Koenigsegg Agera R, ele bate 437 km/h e o dela? - Riu forçado - Apenas um Hennessey Venom GT que chega a apenas em 434 km/h, o que em uma competição conta muito - Segurei para não rodar os olhos, ela nunca vai parar de falar? Mas admito que fiquei impressionado com o quanto sabe.

- Você esqueceu de dizer a grande diferença entre os dois para chegar aos 100 km, aquele cara vai demorar 2.8 segundos e ela 2.2 segundos - A ruiva sorriu de forma convencida ao terminar e com um suspiro a azulada se pronunciou.

- E..? Apenas 0,6 segundos de diferença - E dessa eu tive que soltar o riso, não era ela que estava falando que esses pequenos números fazem uma enorme diferença?

- Ela sabe aproveitar cada segundo, oh se sabe.. - Cessei o riso e fiquei encarando o moreno - Que foi? Você mais do que ninguém deveria saber disso - Disse quase bufando e engasguei.

- Que fofo, vocês ainda não fizeram nada - Apoiou em meu ombro com o braço direito enquanto brincava com os lábios com o indicador esquerdo, era sexy - Mas você não deveria estranhar isso? Bom se é você a ignora-la, o que Juvia acha muito difícil, ignore, mas se for ela, é totalmente fora da rotina da loira, ela nunca nega sexo. Por que será que você é diferente..? - Ergui a sobrancelha, não sabia o que responder e totalmente encurralado sobre o assunto com todos me olhando fui salvo pelo gongo, ou melhor a aceleração dos carros.

Assim que abaixaram a bandeira ela deu uma arrancada que saiu na frente de lavada. Eles tinham que apenas passar pelo centro do Tóquio e voltar aqui, porém, é muito movimentado, e com câmeras nos carros, assistíamos o telão.

Ela desacelerou na curva e provavelmente usou o freio de mão, como daquela vez, um drift perfeito para a esquerda, porém o outro arriscou não reduzindo e quase perdendo o controle do carro, ele avançou ultrapassando-a.

Ambos cortavam os carros com extrema experiência, porém ele a fechou fazendo-a quase bater na traseira de um caminhão, freou bruscamente, e com a câmera interna ela sorriu de canto e mordeu os lábios colocando a primeira marcha dando outra arrancada.

Aquele cara arriscava muito, isso era obvio, cortando sem ao menos pestanejar ele havia feito umas batidas leves nas laterais do carro por acelerar muito.

- Que prejuízo - Sussurrei e ouvi alguns rirem baixo, não entendi muito bem, porém prestava a atenção na face divertida da loira, jamais a vi assim, tão excitada, nesse tipo de adrenalina é claro. Ela é oficialmente louca.

Porém ela finalmente o alcançou, e lado a lado ele investia em bater em seu carro, mas ela sempre se afastava, mas nessa tentativa de não destruir o carro quase ficava para trás. E com uma forte curva para a direita chegou perto dela, o que a fez perder o controle.

- Calma - Senti o toque da albina em meu ombro, não consegui fita-la, era como se a adrenalina não me permitia ficar quieto, ou melhor não conseguia parar de tremer a mão - Ela consegue - Por que não consigo me convencer disso mesmo sabendo?

E com vários xingamentos ela recuperou, e com um largo sorriso, torcia por ela -internamente- e de lavada voltou no mesmo ritmo de antes, ou melhor passou por ele e com o dedo do meio para fora da janela riu alto, e revoltado seu rival foi com tudo para cima de si, mas nesse movimento arriscado acabou por bater na traseira de um táxi que virou de repente em sua frente.

Sorrindo abertamente aproveitou sua esquiva e virou o carro por completo, seguindo sua trajetória entre o transito de ré. Chegando assim a linha de chegada, sem antes fazer um belo drift voltando-o na posição correta.

Com um enorme sorriso no rosto me preparei para correr em sua direção, porém ao sair do carro pude vê-la lentamente fechar os olhos e disfarçadamente negar para mim. Me impedindo de qualquer movimento.

- Calma Natsu-san, não é pessoal - Sentia que iria tocar em meu ombro e bufando me virei, não entendo o que se passa em sua mente; juro que pensei que estava tudo bem entre nós, até nosso último papo. E essa merda de agora.

- Foda-se ela também, foda-se essa missão, foda-se todo mundo - Me sentia um revoltado sussurrando emburrado desse jeito, mas mesmo tendo um lado triste, chegou algo bom, ou melhor apareceu uma boa -não, ótima- pessoa.

- Com licença, você tá bem? - Os olhos negros chamaram minha atenção, e com lábios entre abertos ajeitou uma mecha dos fios castanhos atrás da orelha.

- Melhor agora - Sorriu sem graça, pronto, já fiz minha noite.

[...]

Com o corpo dolorido abro os olhos, a morena na qual conquistei na noite passada dormia de costas para mim, e com a respiração pesada fito para baixo, tinha uma ruiva nua atravessada na cama, com os seios em minha genitália e parte do abdômen.

Pisquei.

Pisquei de novo.

Duas?

[...]

Tive que sair de lá nas pontas dos pés, jamais sai as escondidas da casa de uma mulher, ou melhor jamais transei com duas ao mesmo tempo. Cara. Fiz um ménage.

Mal consigo respirar. Andei muito para chegar em casa, pra abrir a porta e já esperando um xingamento da loira mas não ouve nada, ela não estava, ou melhor, não havia sinal de alguém ter dormido ali.

Por fim resolvi tomar um banho, de toalha na cintura fui fazer um almoço, o que combinaria mais um café da tarde. Mas foda-se. De costas para a casa escuto o baixo ranger da porta e assim entra Lucy já retirando os sapatos jogando pelo caminho, e solta o corpo na cama.

- Que noite! - Sorriu pequeno, bufei, e sentei-me no sofá comendo - E ai como foi a noite sem mim? Chorou muito? - Ri forçado e ela sorria feito uma criança, e com uma simples olhada pelo celular levantou bruscamente jogando o aparelho em mim.

- Tá maluca?! - Fitei a tela desbloqueada, que no caso mantinha uma imagem, necessariamente minha, abraçando a morena e a ruiva.

- Você passou a noite em casa, Natsu? - Rugiu entre os dentes, engoli em seco, nem imagino que desculpa usar.

- Err... – Semicerrou os olhos se levantando e tocou de leve na faca a minha frente.

- Eu quero sinceridade, Natsu – Quase tossi – Você entendeu? – Assenti e dificilmente.

- Tá não passei, mas você também, o que ficou fazendo a noite toda? – Sabia que era um trabalho, mas era até a corrida, e o resto da noite? – Provavelmente fez o mesmo que eu – Sua mão se levantou, era como se tinha tudo para ne bater, mas no último segundo fechou a mesma semicerrando os olhos, era como se o arrependimento batesse em mim por ela.

- Eu não dormi com ninguém, mas porque estou te contando, não é mesmo? Não lhe devo nada, eu perguntei o porquê afinal, caso você não se lembre, eu ainda estou cuidando da sua vida – Pegou roupas enfiando-as na mochila, colocou o celular no balcão a minha frente – Vou passar algum tempo naquela missão, relaxa que vou mandar alguém ficar de olho em você – Me fitou pela última vez na porta – Eu realmente achei que dessa vez seria diferente – Sussurrou saindo, não entendi muito bem o que ela quis dizer com isso, seria diferente?

Quase batendo a testa no balcão bufei, sou tão idiota.

[...]

- Aow babaca abre essa merda – Batia na porta incansavelmente – Oh virgem, abre aqui porra! – Imagina se tivesse vizinhos, o que eles iriam pensar, e mantendo a paciência abri a porta.

- Ao o que lhe devo a honra de sua visita? Gu-rei – Por mais que tenha um certo “medo” dele, não pude deixar essa provocação passar e erguendo a sobrancelha bateu em minha cabeça entrando e se jogou no sofá.

- Já que a loira não dormiu aqui, vim te levar para o “serviço” – Fez asteriscos com os dedos e logo entendi, peguei uma toalha e antes de ir para o banheiro ele se pronunciou novamente – O que você fez à ela? – O fitei sem entender.

- Acho que isso não tem muito a ver com você – E com uma carranca trincou os dentes, não deveria ter dito isso, não deveria ter dito isso, não deveria ter dito isso.

- O que? Tem certeza? – Se levantou vindo em minha direção – Nunca encontrei uma mulher como a Lucy, e tenho certeza que nunca vou encontrar – Segurou o colarinho de minha blusa – Você não dá valor no que tem seu imbecil – Não sou de avançar para cima de alguém, mas também achei que nunca mataria alguém, ou me apaixonaria pela garota que me sequestrou/salvou.

Segurando sua jaqueta como fazia comigo, não me aguentei e quase gritei – No que eu tenho? Eu queria ter ela merda! – Soltei o tecido quase empurrando-o – Quando acho que vamos ter algo ela se afasta, ela só me vê como um estorvo – Eu estou desabafando para o cara que é afim da mulher que gosto? Sério isso?!

- Você é burro mesmo, ou só se faz de um? – Voltei a fita-lo – Desde que você apareceu ela não saiu com mais ninguém-

- Aquele dia que invadiram nossa casa ela havia saído, e foi encontrada em um motel, lembra? – Tive que interromper e ele bufou.

- Ela não esteve com ninguém naquela noite, ela ficou sozinha o tempo todo – Arregalei os olhos, desviou o olhar coçando a nuca corando – Meio que forcei para ver as câmeras de segurança, ninguém entrou e ninguém saiu do quarto dela, por mais que eu não queira admitir, você mexeu com ela, e a Lucy nunca, em hipótese alguma deixaria um homem sozinho em sua casa, ela é mais daquelas que expulsa eles – Tive que sorrir com isso. Mas logo uma pergunta começou a me corroer por dentro.

- Como sabe que ela não dormiu aqui? – Não acho que ela sai dizendo as coisas que faz ou vai fazer por ai. E com um sorriso vitorioso pegou as chaves do carro.

- Porque ela dormiu comigo.

Travei, minha mão parou na maçaneta do banheiro, o fitei incerto sobre o que dizer, como assim ela dormiu com ele? E com um sorriso de canto abriu a porta.

- Ei não rolou nada, vou te esperar no carro.

Mal tomei banho, nem me lembro se passei sabonete em todo o corpo, não conseguia pensar direito, ela e Gray já tiveram algo, e isso não é algo no qual posso me esquecer facilmente.

Não, para com isso Natsu. Todos mesmo dizem que ela não leva ninguém a sério, ou melhor nunca fica duas vezes com a mesma pessoa. Tão gratificante lembrar disso.

Já vestido entrei no carro sem nem ao menos olhar sua cara, não respondi, e nem prestei a atenção em suas provocações, mesmo sendo referentes a loira. Isso estava a me perturbar, ela não me deixava ter paz, lhe devo minha vida, e mesmo assim não consigo retribuir para me ver livre dela de vez. Acho que somente ai conseguirei “seguir” em frente.

Todos conversavam animadamente com ela, no mesmo quiosque de sempre, Mira logo gritou meu nome e assenti em resposta, cheguei a área de pista de obstáculos, retirei meu casaco logo o guardando nos armários, me alongando respirei fundo.

- Quer apostar uma corrida? – Ergui minha sobrancelha para a voz feminina, meu interior se remexeu na expectativa de ser Lucy, mas ao fitar os fios azulados meu sorriso deve ter sumido – Esperava ela não é? – Riu passando a mão no cabelo – Você nem disfarça que gosta dela – Segurei a tosse que iria vir.

- Cala a boca Juvia – Surpresa aproximou nossas faces, com sua unha grande alisou a lateral esquerda de meu rosto, parando em meu queixo erguendo meu rosto para si.

- Está bem ousado, não está se achando muito? – Mordeu o lábio inferior de uma forma que meu corpo inteiro reagiu – É impressão de Juvia ou está com medo de uma aposta? – Mordeu a própria unha fazendo uma cara de inocente, Deus, como ela é gostosa.

Dez segundos de coragem Natsu, você só precisa disso – Vou pedir o que quiser se ganhar – Sorri me posicionando e a mesma rindo esticou os braços e prendeu o cabelo.

Um qualquer ali gritou “Já” e saímos correndo, havia um muro de concreto largo o suficiente para o pularmos juntos, e apoiei na mão esquerda jogando minhas pernas para a direita e sem problemas passei, porém Juvia com ambas as mãos de apoio abriu as pernas fazendo uma abertura perfeita, tão paralela à mureta que parecia inacreditável ser possível, exibida.

A sua frente cheguei a uma corda lisa pendurada, segurei nela com toda minha força e comecei a subir, fui burro em tentar apenas com braços, enquanto a azulada subia feito uma escoteira, se erguendo com as pernas também, fazendo-a me ultrapassar facilmente, bufando cheguei ao topo, logo vendo que iria pular de uma altura de uns dois metros e poucos, pulei flexionando os joelhos bati as mãos no chão, mas logo corri.

Ela já estava se arrastando por debaixo de um arame, estava difícil me concentrar com um traseiro daquele em uma calça legging se remexendo à minha frente, mas meu lado competidor falou mais alto, e sorrindo sai daquele sufoco, o próximo obstáculo era nada menos que um buraco, daqueles profundos, e ao pular tenho certeza que nem sequer aparecia meu cabelo, e com impulso consegui subir. Juvia se atrasou na subida me permitindo chegar ao seu lado, corremos lado a lado por um tempo até ver que a próxima prova era uma rede pendurada por quatro troncos, na intenção de segurarmos nela para atravessar, entretanto, ela estava bem esticada.

Aproveitando minha vantagem na força me segurei e balançando atravessei com somente os braços, enquanto Juvia apoiou em sua perna porém acabou por se enroscar e se atrasou, causando minha vitória. Muitas pessoas se aproximaram para gritar, me joguei no chão respirando fundo, essa “pequena” corrida, me cansou mais que os treinos da Lucy, e falando no diabo.

- Ora, ora estou impressionada, você teve uma melhora e tanto – Agradeci baixo e mal me levantei um vulto azul se joga em mim quase me derrubando.

- Juvia tá louca? Quase que a gente cai – Ela riu dando os ombros.

- Você ganhou, Juvia não esperava isso. No lado feminino somente a Erza ganha, se bem que até do masculino é ela também – Ri de constrangimento, a ruiva é um monstro – Já achou no que você é bom? – Neguei suspirando. Ainda não descobri minha modalidade.

- Mas qual a sua? Afinal até agora vi que Lucy é melhor com armas e usa o corpo, Gray tem mãos ágeis e é bom com laminas, Erza não vi algo que ela não seja boa, mas ela manda muito bem no corpo a corpo e armas, Mirajane ainda não sei, e você? – Sorriu pouco corada e quando ia responder a loira se pronunciou.

- Juvia é ótima em uma luta corpo a corpo, sem contar que é uma espiã nata, passaria despercebida facilmente, apesar de ser fútil – Até eu achei desnecessário aquilo, e com uma fitando a outra um olhar mortal o moreno chega rindo batendo no ombro da loira.

- Ah Lucy, vamos lá sabemos muito bem que em uma luta corpo a corpo ela te venceria, sem falar que é uma excelente nadadora – A loira não teve reação nenhuma, não retrucou nem ao menos tentou negar, e isso achei absolutamente estranho.

- Ahhh Gray-sama – Gemeu corando, pera o que? – Gray-sama defendeu Juvia – Os fitei sem entender nada e com uma gota na cabeça deram os ombros. E o moreno resolveu se aproximar dela para descobrir se estava bem... – KYAAA GRAY-SAMA.

E só piorou tudo.

[...]

Estava pesquisando por mim mesmo, não conseguia achar nada sobre quem pediu para me matar, o que era muito estranho, havia um tipo de biblioteca aqui, porém é mais sobre artes marciais, espionagem, nó de marinheiros, enfim tudo que poderia ajudar em uma missão, e bufando comecei a buscar em ordem alfabética algo que me fosse útil.

Os livros aqui não eram os mesmo do “mundo de cima” ela mostrava detalhes ocultos, respostas para perguntas obscuras que fazemos em nossa mente. Ainda na procura avisto um livro negro de sujeira acumulada, molhando meu dedo com saliva tentei limpar, sua capa de couro era num dourado com um leve brilho rosa.

Passos para realeza.

Parecia mais um livro de etiqueta bufei e logo iria guarda-lo, mas algo me chamou a atenção, o nome do autor. Steven Heartfilia.

Seria um parente distante de Lucy? Ou apenas uma coincidência? Afinal há várias pessoas com o mesmo sobrenome com linhagens muito distantes. Foquei em ler, e realmente dava muitas dicas sobre como se portar a mesa, o que vestir em determinadas ocasiões, e variados. Mas algo estava muito estranho, ele escrevia divinamente bem, entretanto tinha certos momentos em que se iniciava um parágrafo uma letra ou uma palavra desnecessária, como se ele quisesse iniciar exatamente com aquilo.

Os modos à mesa deve ser sempre simples e civilizados, jamais deve-se ter movimentos bruscos. H.omens e mulheres sempre devem manter suas costas coladas na cadeira, a refeição irá até você e jamais o inverso.

Nunca se esqueça de puxar a cadeira para sua dama. Lhes dê o devido respeito e espere a todos terminar a refeição antes de se retirar. Servirão comidas leves e em pequenas quantias, os talheres sempre serão na ordem da entrada dos prato. Novamente seguindo o caminho dos mais próximos a mão e o último os próximos ao prato.

Esse pequeno trecho da última página me chamou a atenção, comparado ao resto do livro ele era apressado, mesmo sendo um “resumo” sobre se portar a mesa, estava com uma escrita diferente, desleixada. Mas aquele “H.omens” com um ponto pós o H estava absurdo, não achei nenhum erro ortográfico, nas poucas páginas que li. Espera. Está estranho demais.

Os; H.omens; Nunca; Lhes; Servirão; Novamente

Isso não tem lógica alguma, esses h.omens ainda permanece estranho, a não ser..

Os H nunca lhes servirão novamente

H? O escritor se chama Steven Heartfilia, não é mesmo? Será que ele estava se referindo a si mesmo? Não. Estava falando de seu sobrenome, sua família. Mas eles não serviriam a quem?

A última linha da página estava escrito “Fim”, porém logo abaixo também centralizado permanecia um “Volte a primeira página” ninguém escreve isso em um livro, e fui justamente para onde estava me indicando.

Este livro é dedicado somente para família Dragneel

Os Heartfilia nunca lhes servirão novamente Dragneel.


Notas Finais


Nateçu até que é esperto né meu povo? o casal Nalu está se desenrolando, apenas de tantas desavenças (por parte da loira) logo tudo será explicado hihi

Beijos nos glúteos, espero que tenha ficado bom kk

*3*


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