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História Angel of Death - Sentimento Irrevogável


Escrita por: Lana_chan_

Notas do Autor


Primeiramente obrigado: V_Yue, Alicy_Nashi, ArcherDragneel, BlackAngel101, Raondd0705, AleLightwood, eduardotenorio, rockboy05, Edwardalchemist, RedFoxy, MarcianoF, Duda_senpai, Hyuna2 por favoritar *3*

Enfim, desculpe a demora u.u só tenho DOIS AVISOS:

1. Há HENTAI, com palavreados de baixo escalão, se não gosta pule até o próximo "[...]" assim que começar a cena.

2. O capítulo possui DUAS MÚSICAS! Links nas notas finais blz?

Escrevi pelo celular, qualquer erro me avise.

Capítulo 7 - Sentimento Irrevogável


Capítulo Seis

Isso só pode ser uma coincidência certo? Impossível, eu sou um Dragneel, e Lucy é uma Heartfilia, minha mente permanecia em plena bagunça.

- Natsu? – Fechei o livro com tudo o guardando no mesmo lugar – Ah você está aqui – Fitei a loira, não sabia o que dizer – Vamos embora já vai amanhecer – Assenti e a segui para fora dali, como as horas passaram tão rápido? Olhei para o relógio preso na parede, quatro horas e meia da manhã, ainda faltava uma hora e meia para amanhecer, o que ela quer? – Sabe, temos um último treino, está na hora de descobrirmos qual sua área, seu físico já está bom o suficiente para isso – Sabe o que é mais irônico? Já se faz exatamente seis meses que estou aqui, o tempo passa muito rápido.

Chegamos no tiro ao alvo, ela com um sorriso no rosto me entregou uma pistola e uma faca, andou em direção ao alvo, ficando a no máximo um metro e perfeitamente a sua frente.

- Você não pode pisar fora desse quadrado, tem que encarar as possibilidades de ter alguém na frente de seu alvo, alguém que não possa ser morto, digamos que um “refém” por exemplo – Engoli em seco, e se eu errar? Posso mata-la. Ia abrir minha boca para dizer o quão idiota era aquilo e ela sorriu – Nem adianta, não vou sair daqui – Estava cagando de medo de acerta-la.

Respirei fundo, tenho que fazer tudo o que ela me ensinou cheguei na beirada do quadrado, dava para ver o alvo, mas era muito próximo dela, prendi a respiração, fechei o olho esquerdo e atirei, ela não moveu um músculo sequer, e ao virar para trás, meu tiro estava uns cinco centímetros do centro do alvo, piscou para mim e fitou a faca.

Agora sim fodeu, a faca é muito mais difícil de controlar, não tem como lança-la nessa posição tão restrita, respirei fundo pensando. Você não pode pisar fora desse quadrado, ela disse apenas isso, sorrindo peguei impulso e pulei para a direita, seu olhar surpreso ao me ver lançar a lamina fechou os olhos rapidamente, cai com tudo no chão, ela estava bem, e ao fitar o alvo. Eu o acertei em cheio.

- Quem diria que você é melhor em movimento – Fitei-a em um tom malicioso a fazendo rir – Você está ótimo na mira, se continuar assim será sua área – Fez sinal para segui-la, já estava esvaziando, mantinha-se no máximo cinco pessoas, cinco da manhã já é “tarde” para a gente estar no serviço ainda, ela me mostrou um papel, o jogou no chão e se sentou em cima cruzando as pernas – Nesse treinamento verei o quão silencioso você consegue ser, inclusive se é ágil, vou estar vendada, se escutar algo vou tacar isso – Mostrou uma pequena bolinha de tinta azul em mãos – Se tiver mais que dois desses em seu corpo você não passou, inclusive tem que pegar o papel sem me tocar.

- Pera o que? Isso é impossível! – Deu os ombros colocando sua venda, respirei fundo e comecei a rodeá-la, andava bem devagar, tentei me aproximar, não sei que barulho fiz ela se curvou um pouco e jogou a tinta, acertou em cheio meu peito, bufei, ela ia jogar de novo, rolei com tudo e onde parei ela jogou, merda, desviei por pouco, somente agora reparei, ela vira um pouco seu corpo quando vai lançar, fazendo aparecer a ponta do papel.

Sorri, com movimentos leves tudo estava tão quieto, quando a vi se movimentar pensei rápido tirando meu tênis jogando do seu lado esquerdo, virou para jogar a tinta, e eu estava de seu lado direito, colado ao tatame puxei o papel, sorri abertamente, consegui.

Ainda no jogo, acho que ela nem percebeu, fui para trás de si, perto de seu ouvido respirei, deu um pequeno salto, minha vontade foi rir.

- Perdeu alguma coisa? – Puxei o pano de seus olhos, me fitou sem entender e mostrei o papel.

- É parece mesmo que alguém avançou e muito de nível – Me sentei ao chão – Ainda não acabamos, agora vamos fazer uma luta – Ergui a sobrancelha.

- Pensei que não fosse boa em corpo a corpo – Se levantou prendendo o cabelo.

- Vou te contar um segredo, ninguém aqui nunca me viu lutar pra valer, a não ser o Laxus, só acho desnecessário me cansar em uma luta se posso acabar mais rápido em outra técnicas – Ela está dizendo sobre usar seu corpo, espero que seja isso.

- Mas por que eles nunca viram você lutar? – Coçou a nuca.

#Música: Believer – Imagine Dragons

- Digamos que não tenho interesse em me mostrar – Estranho, muito estranho. Fez sinal que já estava pronta e assenti, agora sim não havia mais ninguém ali, até as luzes de alguns lugares estavam apagadas – Não pegue leve, machucados saram, preciso saber se está apto – Assenti, ergui os punhos enquanto a mesma estava parada, normal demais para meu gosto, avancei rápido indo para acertar seu rosto no qual ela desviou facilmente indo para minha lateral, girou seu corpo facilmente erguendo a perna traseira para chutar com tudo meu rosto, porém parou muito perto e depois completou o chute, ela perdeu quase noventa porcento da força do golpe.

Com a face séria respirei fundo, tentei soca-la diversas vezes, e apenas desviava, tentei mais uma vez, relou em sua pele, envergou meu braço segurando pelo pulso o torcendo, quase urrei de dor, me jogou no chão com tudo, bati a mão com força no tatame xingando, já estava nervoso da merda que sou.

Todas as vezes que apanhei, escola, rua, sempre fui o mais fraco, ia ficar mais forte, vou ficar mais forte! Corri como nunca corri antes, a peguei de surpresa quando abracei sua cintura a jogando no chão.

Tentei pegar seu braço na intenção de imobiliza-la, porém abaixo de mim sorriu encaixando seus pés em meu quadril, me ergueu no ar, jogando-me por cima de sua cabeça, fazendo com que caia com tudo de costas na espuma.

Gemi de dor, mas nem tive tempo o suficiente para acha-la, já que subiu por cima de mim prendendo minhas pernas com as suas, apertou uma parte de meu pescoço, não conseguia respirar, segurou meu braço esquerdo girando sobre meu corpo e o prendeu entre suas pernas, fui imobilizado, não conseguia move-lo.

Desesperado com o outro braço iria bater no tatame para parar tudo, mas nah. Seu pé estava sobre meu peito e aproveitando disso o torci, ela relaxou um pouco o aperto, me dando liberdade para sair, já estava agachando, mas ela ainda estava presa ao meu braço, e agora ao meu pescoço, bufei.

Você é ridículo garoto.

Por quanto tempo terei que ser sua babá?

Ei virgem, atira direito.

Semicerrei meus olhos, usei minha perna de apoio e segurei minha mão, gritando aos poucos fui me levantando, erguendo meu braço junto, espantada não soltou, então a joguei com tudo no chão, se não me soltou por bem, foi por mal, quando fui soca-la, passou as pernas por cima de seu corpo ainda deitado, com sua perna direita enroscou meu braço esquerdo e com a perna esquerda chutou meu peito me empurrando para trás.

Se levantou no estilo de filme, pegando impulso erguendo as pernas saltou caindo agachada, sério que ela fez isso? Sorrindo estralei meus dedos.

Estou empolgado.

- Cansei de brincar – Sussurrou estralando o pescoço, ergui os punhos, ela correu até mim e já pronto para ataca-la, ela pulou, rodando no ar até travar suas pernas em volta de meu pescoço, me impulsionou em direção ao chão, apoiou a mão esquerda no tatame me jogando com toda sua força ali, parando em pé de costas para mim. Fiquei sem reação. Não tinha mais forças para ataca-la, eu perdi?

Peguei seu tornozelo a puxando para baixo, caindo de barriga no chão subi por cima dela a virando, travei suas pernas e segurei seus pulsos.

- Admito você ganhou – Ri me aproximando de seu rosto, as garotas me disseram que ela não beija ninguém, nem eu sequer toquei em seus lábios, e eles ali tão perto de mim estava me provocando – Não imaginava que você seria tão boa assim – Se debateu tentando sair e sorri, mordi minha boca, seu cabelo estava grudado no corpo suado, ofegante fitei o fundo de seus olhos – Desculpe.

- Pelo oq- Selei nossos lábios, um beijo sedento e ansioso, aos poucos soltei seus braços, segurei sua nuca e sua cintura, tentava meu máximo controlar a respiração, na intenção de fazer isso durar.

Esperava a qualquer segundo sua recusa, ou um de seus berros. Mas em resposta tendo seus lábios sobre os meus foi extremamente melhor, não tinha ideia de quanto tempo estávamos nos provocando de tal forma. Porém pouco me importava e como resposta de minhas dúvidas, ela me empurrou, mas não me afastou, apenas nos fez girar ficando sentada em cima de mim, ergui meu corpo voltando a beija-la.

Sentado no tatame frio somente ela em cima de mim me esquentava, mordi seu lábio apalpando sua bunda, rebolava sem dó, apenas me atiçando, alisei suas costas suadas levantando aos poucos sua camisa.

- Ei tem alguém ai? – Me levantei com ela ainda presa a mim, sem parar de toca-la fui para o vestiário masculino – Ué, jurava que Lucy-san ainda estava aqui – Rimos baixo, tranquei a porta por dentro e ela quis descer, me ajudou a tirar a camisa, já logo mandei longe o moletom cinza, apenas de cueca ela me empurrava, me fazendo andar para trás, até cair dentro de um chuveiro, sorri ligando a água quente e pouco distante, mas a minha frente começou a tirar sua roupa.

Minha excitação estava bem aparente na cueca box azul, respirava forte a vendo tirar seu top e sua calcinha, inteiramente nua soltou o cabelo, tocou meu peito o arranhando de leve mordendo o próprio lábio, uni seu corpo ao meu, nunca a senti assim, tão ela, tão minha.

#Música: Do I Wanna Know? – Arctic Monkeys

Puxou minha cueca para baixo, passou os dedos de leve por todo meu pênis, até lambe-lo, gemi quando me abocanhou por inteiro, toquei seu cabelo gemendo baixo, céus como ela faz isso maravilhosamente bem, meu prazer estava evidente ali, mas meus pensamentos em fode-la estavam me matando, por isso a puxei para cima.

- Por mais que esteja maravilhoso, não aguento mais Luce – Sorriu se encostando no azulejo gélido, a água quente em minhas costas apenas me deixava com mais tesão, oh Deus, como ela é gostosa.

Mordi sua boca tocando seu seio, apalpando-os até finalmente lambe-los, sua face corada que era raro de se ver, aquilo me excitava, vê-la indefesa, pedindo por mais me levava a loucura, com a língua ocupada em seu bico rígido, passei a mão em sua boceta, tão encharcada, tão maravilhosa, inseri dois dedos a vendo se envergar, usei seu lubrificante para estimular seu clitóris, se agarrou ao meu cabelo, com movimentos circulares ela respirava forte, com os olhos fechados abriu mais suas pernas.

- Natsu – Gemeu baixo, era tão tentador, lhe dei um selinho e aos poucos fui descendo, deixei um chupão em seu seio esquerdo, ainda tinha minhas marcas de ontem, no qual não conseguimos continuar, sem me importar com o que aconteceu continuei. Beijei sua virilha, levantei sua perna direita em meu ombro, queria sentir seu gosto, ansioso a lambi a sentindo se contorcer acima de mim, foquei em seu clitóris, não sendo brusco mantive a língua mole, aos poucos acelerava, balança a cabeça de acordo como ela queria.

Aproveitei para me tocar também, só de imaginar ela nua já me masturbava, agora eu aqui a chupando não seria diferente, era provocação demais para mim, gemia junto a ela.

- Hmm, Natsu não vou aguentar – Estava tão próximo a um orgasmo que acelerei, tanto com a língua quanto em minha mão – Oh meu Deus – Seu gemido foi abafado por sua própria mão, as pernas tremulas eram a prova de que já chegou ao ápice, estava tão molhada que escorria por suas coxas se misturando a água do chuveiro, me fitou corada e viu o que fazia e sorriu se abaixando.

Ajoelhada continuou a me masturbar, passando sua língua na ponta, merda, isso é foda demais, me abocanhou, enquanto massageava minhas bolas, droga Natsu, pensa em outra coisa, não goza, não goza. Comecei a fitar o azulejo, vendo os pingos d’água escorrer pelo mesmo, isso até ela gemer com meu pau em sua boca.

- Argh.. Lucy – Agarrei seu cabelo gozando em sua boca linda rosada, olhou para cima lambendo os lábios, ela havia engolido, a puxei para cima prensando-a na parede – Droga, como você faz isso – Disse entre os dentes apertando forte sua coxa, ela riu.

- Querido caso você não saiba, você foi o primeiro que me fez gozar com a língua – Nunca me senti tão convencido, mas poderia ser mentira, mas não vamos pensar nisso agora, voltei a beija-la, mais sedento do que nunca. Iria pedir de uma forma uma permissão para continuar, mas nem foi preciso, afinal ela ergueu uma de suas pernas, fazendo meu pênis sentir o local que mais desejava nela, o segurei o esfregando em seu clitóris, e a penetrando com tudo, seu gemido foi abafado por minha boca, encaixei suas pernas em meu quadril e comecei a me mover, a encostei no mármore de divisória, segurei no topo do mesmo, mexia o mais rápido que conseguia naquela posição.

Arranhava minhas costas sem piedade, seus peitos balançavam estre nossos corpos, tão tentador, a desci, virando-a de costas e curvei seu corpo para frente, penetrando-a com tudo, agora sim consegui enfiar tudo, curvou suas costas fechando as mãos buscando apoio no mármore, a água escorria por suas costas suadas, uma cena tão linda que seria difícil esquecer e com a mão em seu ombro busquei impulso.

Nunca transei com alguém assim, tudo estava tão intenso. Puxei seu cabelo molhado, com o rosto um pouco virado sorriu ofegante, o mais impressionante era ela naquela posição rebolar em mim. Porra, ela é demais.

[...]

Dessa vez eu dirigi até a casa, foi difícil sair já que estava de dia, resumindo, tivemos que tomar mais cuidado. E cá estou eu, olhando o nascer do sol, e a loira está sentada ao meu lado dormindo, sorri parando o carro, toquei em seu rosto, ela é tão linda, pode parecer vulgar o que vou dizer, mas minha noite passada no qual dormi com duas garotas nem chegam aos pés dessa, que nem sequer fiz em uma cama.

Sorri pegando-a no colo, nunca a vi tão relaxada, abri a porta e a deitei na cama, seu celular -que no caso me deu- tocou, vi o número que eu mesmo marquei.

Lisanna.

- Alô? – Vi a loira se remexer e tentei abaixar mais minha voz.

- Oi Nat, sei que você anda muito ocupado, mas posso te pedir um favor? – Direta como sempre, ri.

- Fala magrela.

- Bom.. sabe, eu meio que acabei falando que tenho um namorado para a chata da minha irmã que vive me apresentando para um monte de cara – Merda, e o que eu tenho a ver com isso? – E como vai ter o jantar de noivado dela nesse sábado, ela disse para que meu namorado venha também para apresenta-lo para a família.

- Deixa eu adivinhar, você quer que eu seja seu namorado de mentira?! – Suspirou, é isso mesmo.

- Hmm Natsu, volta pra cama – Arregalei os olhos, ela disse alto o suficiente para que a albina ouvisse.

- Err desculpe eu não sabia que estava com alguém, depois a gente se fala tchau – Falou correndo e desligou, fitei o celular rindo e voltei para a cama, sem esquecer de puxar a loira para perto de mim.

Abri os olhos lentamente já deveria ser metade da tarde, havia dormido muito, afinal aparentava ser quase quatro horas, não via a loira em local nenhum, entretanto o bilhete em cima na mesa de centro era irritante o suficiente para provocar minha curiosidade.

“Não me espere tão cedo, pedirei para alguém lhe buscar, coma algo e se mantenha dentro da casa. Não saia em hipótese alguma!”

Isso não deveria ser mais amigável? Ou melhor, amoroso? Com toda certeza ela não era igual as outras mulheres. Lucy era diferente. De uma forma incomoda, não conseguia tira-la de minha mente em nenhum minuto, estava ficando louco, ainda mais com as possibilidades de onde ela estava.

Talvez naquela missão. É só pode ser! Me forçando a pensar nisso ouço algo vibrar, era “nosso” celular, uma mensagem de texto apitando na tela. Por mais que seja um aparelho de última geração, não havia nenhum aplicativo de redes sociais, ela não tinha vida e se tivesse poderia muito bem ser encontrada facilmente.

“Ei loira, vamos se ver hoje, certo?”- Número desconhecido

Era uma mulher, só pode ser uma pessoa do sexo feminino hétero de preferência. Minha oração interna para que a seja mesmo uma mulher estava saindo do controle. Respirei no sofá. Não há com o que se preocupar, afinal ontem foi diferente, ela estava diferente. Temos algo agora.. não é?

“To no local de sempre, espero que esteja com aquele vestido que te dei, você fica linda demais nele minha loira” Número desconhecido

Só podia ser um cara, que já estava envolvido com ela há algum tempo. Bufei arrastando minha mão grossa pelo rosto, eu estava sentindo algo por ela e nesse momento com esse aperto no peito era mais do que obvio.

- Porra! – Chutei as coisas por meu caminho, todos me avisaram e fui idiota, ignorante de pensar que não me enfeitiçaria por ela, Lucy era demais, é impossível não ama-la e tive que aprender da pior forma possível.

“Lis, pode contar comigo” Remetente Natsu Dragneel

[...]

No tédio e com a cabeça fervendo fiquei malhando a tarde inteira. Irônico para um nerd, nunca quis tanto em minha vida sair desse local e para isso precisava aprender a cuidar de mim. Precisava levar a sério o treinamento.

- Ei tô entrando – A ruiva sorri ao me ver fazendo flexões, respirei fundo terminando a sequência – Tá empenhado mesmo hein – Rodei os olhos.

- Só quero me cuidar – Sem entender apenas deu os ombros e me obrigou a andar logo.

Parecia mais movimentado que o normal, todos corriam de um lado para o outro. Não no sentido de preocupação, mas sim desesperados por treinamento.

- Perdi alguma coisa? – Sussurrei, estava tão distraído vendo tudo aquilo que nem reparei no moreno ao meu lado – Cadê a loira?

- Ué, ia perguntar isso agora – Pelo jeito não deu as caras ainda – Animado para a competição? – Ergui a sobrancelha, era pra isso ter algum sentido para mim? – Lucy não te contou? – Neguei sem olha-lo – Uma vez por ano rebemos uma missão na qual vale mais do que todas que você possa ter feito juntas, mas está em um nível diferente, é uma missão extremamente difícil e há uma competição para consegui-la, todos treinam feito loucos para ganhar, quando ganham alguns até mesmo chamam alguém para ajudar, assim dividindo o dinheiro.

Agora está explicado essa correria – Quem ganhou ano passado? – Bufando ele apontou discretamente para um homem praticando artes marciais sozinho, parecia se concentrar para algo.

- Ninguém mais que o Gajeel, ele é um dos melhores aqui, faz parte do ranking – Ele estava vendo Lucy correr aquele dia, jamais esquecia aquela cara cheia de piercings.

- Espera, vocês tem um ranking? – Riu descaradamente e logo fez sinal com a cabeça para segui-lo, parecia ser uma sala de descanso, com jogos, televisão, um sofá em U gigantesco com uma sala de banho ao lado -aparentava ser unisex- é quase do tamanho da parede estava um quadro, daqueles que mantém plaquinhas de madeira com nomes entalhados e ao lado uma pontuação. Espera, por que caralhos nunca vim aqui?!

- Essa pontuação vem de acordo com a quantidade de missões feitas e a qualidade de cada uma – Tudo se mantinha em preto e vermelho, estava classificado até o décimo quinto lugar. Não tinha lucro extra nenhum, porém era uma moral a mais, queria estar ali. Afinal, ela estava ali.

1° Erza S. Pontuação: 1200

2° Lucy H. Pontuação: 2200

3° Gajeel R. Pontuação: 692

4° Mirajane S. Pontuação: 683

5° Gray F. Pontuação: 655

6° Juvia L. Pontuação: 650

7° Freed J. Pontuação: 602

8° Bickslow Pontuação: 598

9° Evergreen Pontuação: 593

10° Elfman S. Pontuação: 547

11° Cana A. Pontuação: 534

12° Levy M. Pontuação: 417

13° Jet Pontuação: 402

14° Droy Pontuação: 378

15° Macao Pontuação: 239

Gray permanecia em quinto. Iria zoar, mas pensando bem temos realmente muita pessoas aqui, para somente esses quinze estarem aí devem ser muito bons, mas essa pontuação parecia ser tão baixa.

- Como que calcula esses pontos? – O que me incomodava de verdade era por que a loira mesmo tendo mais pontos estava em segundo?

Ele suspirou se jogando no sofá – Cada missão concluída vale um ponto, uma missão bem sucedida vale cinco pontos, isso caso o cliente diga que foi melhor do que esperado, se a missão não for completada você perde pontos e varia do valor dependendo da importância – Quase engasguei, quantas missões a loira fez? O moreno riu baixo pelo seu olhar entendeu meu espanto – Sabe, desde que entrou aqui a Lucy não demorou nem um ano para conseguir chegar ao primeiro lugar, isso foi a dez anos atrás, foi a mais nova a entrar. Erza foi a única depois dela a sempre ganhar missões bem sucedidas, mas a diferença da quantidade era a única coisa que as separavam, isso até a loira não completar uma missão. Ela perdeu duzentos pontos e como “castigo” Laxus a rebaixou – Tão injusto, tanto tempo por esses pontos e foram retirados dela tão fácil, o moreno não aparentava gostar muito do assunto, afinal com a face séria se levantou – Essa missão que foi a única que Lucy não completou, era a de te matar Natsu.

Respirei fundo, já esperava por isso, sem dizer nada em minha defesa, Gray foi embora e sozinho continuei olhando aquele placar, era contagiante participar de tudo aquilo, mas essa vida não é para mim. Suspirei indo para frente, com a testa encostada naquela madeira inalei o verniz, tudo poderia ter sido mais fácil se ela me matasse, mas agora estou aqui. Ela sofreu uma humilhação, quase morreu por minha causa e ainda quero cobrar algo? Não faz sentido ela sentir algo a meu respeito. Pelo contrário em seu lugar teria ódio de mim.

Bufei, não sei ao certo o que fazer, treinar, pesquisar sobre aquele livro ou até mesmo sobre o mandante de meu assassinato. Mas ficar parado não era uma opção.

Por fim resolvi treinar tiro ao alvo, com o clima de jogos se aproximando tudo estava em outro nível. Acionaram os alvos em movimento e sinceramente essa dificuldade é excitante.

Respirei fundo adentrando a cabine, na qual era bem extensa e totalmente fechada, não me sentia preparado para isso antes, mas agora estou mais que pronto!

O som da contagem regressiva era contagiante. A esteira começou a se mover e os alvos começaram a aparecer em movimento. Era sacos de areia e pedras muito pesados e naquela velocidade uma batida daquilo deve doer.

Corri atirando em cada um e desviando em seguida, um apareceu pendurado no teto vindo muito rápido, atirei na cabeça e dei uma cambalhota sem parar de me movimentar, pulava na parede com impulso para desviar de outros. Era extremamente difícil.

Assim que saí ouvi um bater de palmas, assustado direito a azulada – Você está mandando muito bem, sem contar que está com um físico ótimo – Mordeu o lábio, suava feito um porco, fazendo minha regata ser mais colada que o normal, pouco que importei, um elogio de vez em quando é ótimo, ainda mais vindo de uma garota bonita.

Sorri bagunçado meu cabelo molhado e me sentei no banco de madeira sendo seguido por ela.

- Conheci o ranking hoje – Me observou atenta – Você realmente manda bem – Fiz uma cara de impressionado e ela riu.

- Juvia não liga muito para uma classificação besta – Ajeitou o cabelo atrás da orelha com o olhar longe – Juvia acha um pouco ridículo ter uma classificação por missões feitas, deveria ser de acordo com as próprias habilidades ou até mesmo dos ganhadores dos jogos, seria mais justo, não? – Ri pelo nariz, sua observação até que era boa.

- Até agora não vi algo que me fizesse ser inteiramente contra – Fui sincero e logo com os olhos arregalados fez um biquinho.

- Ara ara, Juvia não é tão atraente assim? – Bufou, agora realmente não entendi o que ela quis dizer.

- Por que diz isso? – Rodou os olhos se jogando no banco, mais precisamente colocando a cabeça em meu colo.

- Juvia nunca teve problema para fazer um homem concordar com ela, mesmo que ele seja o certo no fim sempre concordava, depois que Juvia conheceu Gray-sama, ele foi o primeiro a ir contra as ideias de Juvia e..

- Você acha que gosta dele por isso? – Corada desviou o olhar – Eu entendo qual é o sentimento de gostar de alguém que não sente o mesmo a seu respeito, mas quer saber – Tomei sua atenção – Você é incrível, não precisa ser bonita para fazer alguém entre na sua, apenas use as palavras certas – Pisquei com um olho tocando seu queixo – Mas, não há nada melhor do que amar a si mesma, esquece aquele olhos caídos, quando ele ver que você não liga mais vai se tocar – Incerta me fitava profundamente até pular do banco me abraçando.

- Você está mais do que certo! Pode deixar que Juvia vai se amar mais! Obrigado Natsu-sama – E saiu correndo.

Natsu-sama?

[...]

Tomava minha água respirando fundo, estava exausto, eram-se três horas da manhã ainda, mas a movimentação estava intacta, a não ser por ela não estar aqui.

Distraído apenas olhava os outros correndo com o treinamento, era engraçado ver os que só bebiam voltar a se exercitar.

“Sabe, desde que entrou aqui a Lucy não demorou nem um ano para conseguir chegar ao primeiro lugar, isso foi a dez anos atrás.”

Isso não ia sair de minha mente tão cedo. Dez anos atrás? Mas aquele dia Lucy disse que Laxus a resgatou com dezessete anos, e ela tem minha idade, como faz dez anos que permanece aqui? Alguém está mentindo nessa história.

Como se escutasse meus pensamentos o loiro apareceu – Olha se não é nosso novato famoso – Debochou puxando uma cadeira para se sentar – Treinando muito sem sua babá? – Minha vontade de socar esse cara era cada vez maior.

- Que bom que apareceu, estava mesmo precisando falar com você Laxus – Ergueu a sobrancelha e fez sinal para continuar – Fiquei sabendo que você salvou a loira há alguns anos e que você a apresentou esse lugar, você se lembra quanto tempo faz?

Parecia estudar cada feição minha – Onde quer chegar com isso? – Ri de canto.

- Ora, ora, sou grato a você, se não tivesse feito isso ela jamais salvaria minha vida e também queria fazer uma festa de aniversário de sei lá quantos anos está aqui – Desconfiado coçou sua cicatriz e logo começou a rir.

- Você é bem sensível para um mercenário – Bateu na mesa se levantando sério – Faz três anos na próxima quarta que ela está aqui, três anos que a libertei – Sussurrou saindo andando, não sei o porquê de tanto drama, mas isso com toda certeza era mentira. Tinha que conversar com alguém que está aqui a mais tempo.

- Opa boa tarde – Descaradamente me sentei na mesa de um “velho” ela tinha cabelos escuros azuis é um bigode, era o Macao de acordo com Erza, o décimo quinto da classificação.

- O que tu quer rapaz? – Bebericou sua cerveja, ele não me expulsou, já é um começo, segurando forte minha mão abaixo da mesa escondia minha tremedeira.

- Ouvi dizer que você é uns dos mais antigos aqui e queria lhe perguntar uma coisa – Semicerrou os olhos e riu.

- Olha se não é o novato que a loira cuida, que foi veio pedir treinamento de alguém mais experiente? – Riu, ele estava quase bêbado, se não usar as perguntas certas jamais vou ter o que preciso.

- Aquela lá não é fácil, sempre joga na minha cara que sou um lerdo, mas preciso saber, ela também era assim no início né? Só de saber que ela era um pouco “humana” já me dá uma resposta a esses insultos – Ele riu batendo na madeira e logo caiu em si coçando o queixo.

- Na verdade, ela era bem estranha sim, podemos dizer que nem a reconheceríamos, nunca disse seu nome, nem se enturmou, vivia em missões, quase nunca aparecia, só sei que é ela porque sem querer ouvi Laxus a chamar, mas agora ela parece uma adolescente normal, isso é bom. Seria um desperdício aquela gostosa ser problemática – Bufei, tenho que me concentrar.

- Hehe é ótimo saber disso, mas faz quanto tempo isso, porque ela deve ter treinado muito, espero que menos de um ano ter alcançado ela – Riu de novo e terminou de beber o álcool de seu copo passando as costas das mãos na tentativa de secar seu bigode.

- Em um ano? Nunca! – Riu – Ela está aqui desde... Desde... Acho que ela tinha dez anos, tão sem corpo – Choramingou.

Agora sim o tempo faz sentido, ela estar aqui há três anos iria pedir para ela fazer muitas missões ao mês, ela não suportaria, ainda mais no começo. Mas agora estar a dez anos nisso.. torna tudo diferente.

Só quero entender porque mesmo sem saber que eu estava ouvindo ela mentiu pra mim aquele dia. Sinto que a cada dia que passa mais coisas tenho que descobrir.

1° Quem pediu para me matar.

2° O verdadeiro significado da frase oculta do livro.

3° Qual o verdadeiro passado de Lucy.

- NATSU-SAMAAAA – Pulou em mim mostrando a mensagem -de fora- que enviou para o Gray. Sendo que os dois não tem nada.

Devo acrescentar algo.

4° Juvia tem algum problema?

 


Notas Finais


Bão, parece que quando finalmente algo avança nesse rolo dos dois, volta pra trás de novo, acho isso tão engraçado xD

Links: Música 1: https://www.youtube.com/watch?v=7wtfhZwyrcc

Música 2: https://www.youtube.com/watch?v=bpOSxM0rNPM

Espero que não tenham desistido de mim ;-;

Beijunda meus chamegos <3


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