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História ANIMALS - A Newtmas Fanfic - XXXVII - Alter Ego


Escrita por: LadyNewt e DearTommy

Notas do Autor


Olá, Animals. Aqui quem fala é o mestre de vocês, Thomas O'brien! ;)

MÚSICA DO CAPÍTULO: MY SONGS KNOW WHAT YOU DID IN THE DARK - FALL OUT BOY

Capítulo 38 - XXXVII - Alter Ego


Fanfic / Fanfiction ANIMALS - A Newtmas Fanfic - XXXVII - Alter Ego

Eu tenho as cicatrizes do amanhã e eu queria que você pudesse ver que você é o antídoto para tudo exceto para mim... Queime tudo que você ama e em seguida queime as cinzas. No final tudo colide. Minha infância cuspiu de volta o monstro que você vê.

 

Point of View of Thomas O’brien

Abro os olhos para a claridade ofuscante da sala, é como se tivessem ligado a luz de um intenso farol mirado diretamente em minha face, levanto-me do tapete da sala, espreguiçando-me e sentindo todo o meu corpo tenso, todos os meus músculos doloridos, faço meu caminho, descalço, até o banheiro, fito meu reflexo no espelho, meu rosto pálido, o cabelo fodido como um demônio recém saído de seu inferno pessoal, percorro os dedos pelos fios negros arrumando toda a bagunça e é então que me dou conta do sangue atado fielmente em minhas mãos, a camada densa e seca, em certos pontos pegajosa. Fito meu peitoral, está no mesmo estado dos meus dedos, uma camada se forma grosseira na linha do meu peito até meu abdômen, sob o tecido da blusa azul marinho.

Ignoro as manchas violentas que cobrem meu corpo, encaro-me por um determinado período de tempo, ameaçando-me em uma batalha interna, consigo ter uma conversa mental com meu próprio alter-ego, ele é violento, animalesco, selvagem como um tigre afrontado, está lá toda vez que o chamo, surge com um imensurável prazer, sua sina pelo sangue alheio desconhece limites. Ele me fita bravamente, encorajado através do espelho, sorri em gratidão, o libertei essa noite, mais uma vez. Ele adora a liberdade, e eu adoro libertá-lo, porque quando o liberto, liberto a mim mesmo. Essa mistura torna tudo intenso. Intenso como deveria, intenso como sempre planejo em minha mente em tempo integral. Soltá-lo para fazer seu banquete durante a madrugada, quando os ouvidos da cidade estão abafados pela sonolência é o que me dá forças. Decido não lutar contra ele, jamais luto contra ele. Eu sou ele, nos fortalecemos sempre que necessário. Quando minto descaradamente no meu dia a dia, é a ajuda dele que recebo. Quando ele limpa todos os vestígios do crime praticado recentemente, com inteligência e sagacidade, é a minha ajuda que recebe.

Um animal vivendo secretamente em um corpo de um homem aprisionado pelos próprios demônios. Aprendi que não devo temer meu demônio, mas sim mantê-lo em rédea curta.

Tenho você em rédea curta!

Minhas pupilas dilatam como em resposta silenciosa a minha própria menção.

Esperando, sempre esperando...
Se eu te desse controle você diria que nós conseguiríamos chegar aonde chegamos?

Faço a ele essa pergunta, deixando pairar no ar mais uma réplica silenciosa.

Não teríamos chegado a lugar algum. Teríamos permanecido presos em uma jaula substancial.
Ele concorda comigo, na verdade ele não faz coisa alguma sem minha a permissão definitiva. O conheci aos doze anos de idade, ele me acompanha desde então.

Alter ego é uma locução substantiva com origem no latim "alter" (outro) e "ego" (eu) cujo significado literal é "o outro eu". Psicologicamente esta expressão refere-se a um eu que jaz na inconsciência. Este conceito está relacionado à face secreta, ao ângulo desconhecido da identidade de uma pessoa, enquanto o ego, em contraposição, é definido como a fração rasa da mente, povoada por ideias, raciocínios, emoções.

E aí está ele, reverenciando-me como seu verdadeiro mestre, esperando de mim uma felicitação digna do feito da noite anterior.

Um grupo de turista, gritos diversificados, caos estabelecido. Demônio liberto de sua jaula mental por míseros segundos.

Às vezes simplesmente não vejo uma saída, a não ser libertá-lo. E todos os monstros saem para brincar. E cada demônio quer seu pedaço de carne, mas eu gosto de guardar algumas coisas pra mim. Gosto de deixar minhas questões definidas

Adentro o box, ligando o chuveiro e permitindo-me livrar todos os vestígios da noite anterior. Ao invés da água corrente do chuveiro, Eu ouço furacões soprando. Eu sei que o fim está chegando, temo que os lagos transbordem. Eu ouço a voz da raiva e da ruína.

Fecho os olhos esfregando o couro cabeludo, quando então escuto um ruído ligeiro surgir da porta do banheiro, em seguida o baque é audível.

Meu loirinho divide o cômodo comigo.

Sinto sua presença astuta e branda.  Sorrio fracamente, espalmando uma mão no vidro ao meu lado, liberando sua entrada, e então abro meus olhos, fitando o ataque que são seus olhos castanhos.

Devo admitir estar impressionado com sua sagacidade ao roubar a chave do meu apartamento e pressionar contra o sabonete em barra para obter uma cópia. Seu pequeno delito teria passado despercebido por mim se eu... Bom, se eu não fosse eu.

Não preciso varrer os olhos por seu corpo para saber que meu garotinho traja um jeans apertado em suas coxas, as marcando deliciosamente e uma camisa branca, polida. A qual me faz sentira imensa vontade em rasgar com os próprios dentes.

- Não olhe para mim com esses pequenos olhinhos julgadores! – Provoco sorrindo cretino, lambendo os lábios.

- Thomas, eu vou fazer uma pergunta e quero uma resposta, certo?

Rio dando-lhe as costas ao tomar em minhas mãos o frasco negro do shampoo.

- Esse é o pré-requisito para uma pergunta, mas continue... – Esfrego o couro cabeludo.

- Certo. – Ouço meu menino sussurrar, ponderando.

- Você... – Começa ele, mas o interrompo de imediato.

- Sim.

- Sim? Você matou aqueles turistas? – Ele me encara com um rosto impassível.

Franzo a testa e rio, descontraído.

- Achei que sua pergunta era sobre eu estar com tesão, e querendo comer você.

Sinto meu tronco trepidar com o riso preso em minha garganta. Newt estreita os olhos e em seguida se certifica descaradamente, dando de cara com o meu membro que a essa altura cresce despudorado.

- Tommy! Por que matou aquelas pessoas?

Porque todos eles eram um bando de adolescentes remelentos, usufruindo de toda minha adolescência que me foi arrancada a força.

- Porque estava de TPM. – Sorrio lhe lançando uma piscadela.

- Thomas! – Newt me repreende, percebo seus olhos assumirem um brilho curioso.

- Você sabia que existe uma lei, caso uma mulher cometa um assassinato no período pré-menstrual, e se ela tiver como provar isso, terá uma atenuante na lei? – Espalho o sabonete líquido limpando os últimos indícios de sangue em minha pele.

Posso sentir o garoto segurar o riso, seus lábios finos se contorcem de uma maneira engraçada e fofa.

- Se você fosse mulher, teria TPM toda noite, não? – Newt rebate cruzando os braços e recostando o dorso contra o mármore do box.

Franzo o cenho, formando uma careta divertida em minha face.

- Uh... Se eu fosse mulher, me preocuparia com coisas maiores. – Replico.

Newt arqueia a sobrancelha.

- Coisas do tipo... – Instiga.

- Coisas do tipo, ser assassinada por um cara egocêntrico e gostoso no meio da noite.

- Está se chamando de gostoso, Tommy? – Newt finalmente ri.

Nego com a cabeça deixando o jato de água rebater contra o dorso de minhas costas.

- Estou falando de você!

Ele me olha confuso.

- Porque alguém teria medo de ser assassinado por mim? – Engole em seco estreitando os olhos.

Dou de ombros e então meu sorriso brota, alargando-se cada vez mais em minha face.

- Porque não teria? Já se fez essa pergunta? – Umedeço os lábios e então percebo o que estou fazendo. Estou punhetando meu pau em movimentos suaves de vai e vem, observando o loirinho a minha frente.

Newt parece refletir. – Sou alguém capaz de assustar uma pessoa sem ao menos tocar nela?

Permaneço em minha divertida brincadeira, masturbando-me, sentindo o peso da minha mão e das gotículas de água que a faz deslizar com precisão em meu pau duro feito rocha.

- O segredo, meu garotinho. É não ligar se alguém está assustado ou não, apenas se deixar levar pela sua própria vontade e necessidade. – Reprimo o gemido que se forma em minha garganta, provocando a cabeça com meu polegar, rodopiando incansavelmente. – Faça o que tem que fazer e aí saberá o ponto exato entre o medo e o respeito.

Como estou fazendo agora, com você, Blondie. Você está quase de joelhos, pronto para me chupar e ao menos sabe o motivo.

- Por que matou aquelas pessoas? Pode me dizer?

Afirmo lentamente, entreabro os lábios deixando uma respiração irregular escapar pela pequena abertura.

- Porque queria você aqui, no meu box, de frente comigo, enquanto eu bato uma pra você! – Sorrio safado.

- Você... Quis chamar a minha atenção? – Engole em seco mais uma vez.

- Não. Isso eu já tenho desde o dia em que levei você para almoçar, no lugar do seu pai! – Dou de ombros. – Sabe aquele sinal do Batman? Quando precisam dele, liberam aquele refletor no céu escuro da cidade de Gotham? Funciona mais ou menos assim. – Sorrio sentindo o latejar do meu pau, quente e macio em minha mão.

Newt reluta, mas seus olhos estão grudados em minha punheta bem trabalhada.

- Você precisou de mim, então? – Seus olhos brilham, a ponto de faiscarem.

Fecho os olhos mordiscando a parte interna da bochecha quando finalmente atinjo o ápice, gozando em minha própria mão, liberando toda a minha porra para o bom deleito do loirinho hipnotizado a minha frente. Termino o meu banho, enrolando uma toalha na cintura, aproximo-me então demoradamente, encurto o espaço entre nossos corpos, nossa respiração é misturada e embalada pelo tesão que carrega pesadamente o banheiro.

- Eu não preciso de ninguém! Muito menos de você! – Afago seu rosto, dando-lhe um beijo casto na altura de sua testa.

Deixo o box, caminhando até o quarto. Newt vem em meu encalço, como sempre faz. Sorrio cafajeste, puxando a porta que sela o meu closet. Olho por sobre os ombros, ele jogou seu corpo em meu colchão, fita-me demoradamente.

- Você precisou sim. Só não quer admitir! – Ouço sua risada baixa e abafada ressoar de lá do quarto.

- Você acha que eu sou alguma High School girl com segredinhos? – Reviro os olhos selecionando uma boxer preta em meio a penca ali distribuída.

Quanta conversinha patética de merda. Não o chamei porque precisava dele. Eu apenas queria saber por onde ele estava. Devo ser condenado por isso agora, também?

Newt está atrás de mim, posso sentir novamente sua presença suave e sua respiração entrecortada.

- Vou pegar uma blusa sua, posso? – Segue para a repartição das camisas.

Lembro-me de que não posso deixa-lo fuçar esse local. Rompo com fúria o espaço que nos separa, chego antes do garoto, sacando uma blusa branca, de manga, jogando a mesma em seu peito.

- Anda! Vaza! – Ordeno acenando com a cabeça para a direção da saída do closet.

Newt franze a testa, mas não protesta, dá as costas a mim, posso avistá-lo levando o tecido da minha blusa até a altura de suas narinas e em seguida inspirando fundo.

Corro rapidamente os olhos para um pequeno baú de madeira bruta, esculpida artesanalmente, mudo seu esconderijo, ajeito algumas blusas em frente, para que o tampe, o escondendo dos olhos curiosos de Newt.

Quando volto ao quarto, o loiro está repousado sobre meu colchão, trajando apenas a blusa adquirida recentemente. Observo ao longe seu pau rosado levemente ereto, o loiro deixa o tecido da blusa estrategicamente suspenso na região do seu membro, umedeço os lábios, faminto por esse menino entregue, em meus lençóis.

- Você precisou de mim, quis chamar minha atenção. Eu sei Tommy! – Sua risadinha é infantil e abafada.

Subo, depositando um joelho sobre o colchão e em seguida mais um, soltando todo o meu peso, ou quase todo ele, sobre seu corpo febril e frágil. – Cale a boquinha, Uh? – Prendo suas mãos na minha. Mordo a carne macia de seu lábio, puxando entre meus dentes, pressiono os lábios nos seus com o único objetivo de devorá-lo vivo, consumi-lo e puni-lo por esse tempo em que me ignorou determinado a fazer de mim um homem miserável e insano.

Grudo a mão livre em seu queixo, o dominando, estancando seus movimentos. Newt deixa um gemido escapar, posso sentir seu pau em meu abdômen, roçando e sendo pressionado de forma tentadora, arqueio a sobrancelha e esfrego meu corpo em um vai e vem calculado, esfregando a carne ereta do seu membro pulsante contra minha barriga, vejo todo o tesão em seus olhos, insiro o polegar em sua boquinha deliciosamente molhada, ele chupa direitinho, mordiscando a cabeça, meus olhos queimam os seus quando o mesmo brinca timidamente com a ponta da língua em meu polegar.

- Liberte-se! – Sussurro em seu ouvido.

Sussurro mais para mim do que para ele.

Liberte-se do seu passado de merda Thomas O’brien!


Notas Finais


Para mim, DearTommy, esse foi o melhor POV feito por mim nessa fanfic <3


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