História ANIMALS - A Newtmas Fanfic - I know what you did!

Point of Viewt of Thomas O’brien

Um, dois, Três...

Espanco o saco de pancada com precisão, expondo toda a minha raiva, faço dele a minha válvula, energizo tudo o que preciso no objeto a minha frente

Jab, direto, cruzado, gancho, gancho.

Jab, direto, cruzado, gancho, gancho.

Jab, direto, cruzado, gancho, gancho.

Jab, direto, cruzado, gancho, gancho.

Quando penso ter terminado, meu cérebro faz-me o favor de lembra-se das séries de abdominal. Prefiro na barra, sempre na barra. Bato as palmas das mãos uma na outra e então com um impulso ergo meu corpo agarrando a barra metálica entre as mãos, inicio um treinamento mais pesado, gotas de suor escorrem pelo meu rosto, algumas se arriscam a escorrer rente a minha sobrancelha, embaçando minha visão hora ou outra, ofego alto após terminar a primeira série.

Permito-me dar um bom gole na água gelada que desce cortando minha garganta de dentro para fora, é uma sensação quase orgasmática. Meus músculos ardem em protesto, mas a dor é explêndida.

*****

Alinho minha gravata ao caminhar pelo corredor da Casa Branca. Sorrio satisfeito pela noite interior, tenho o aroma do loirinho impregnado em minhas lembranças, seu cheiro é doce e faz-me perder a cabeça aos poucos. Se é que isso seja possível, porque se for, ele faz com toda certeza.

Janine surge para estragar a porra do meu dia, como de costume.

- Bom dia! – Sorrio com um sorriso abrangente.

- Senhor O’brien. Um bom dia para o senhor. – Ela sorri envergonhada e entrega-me mais uma pilha de papelada.

- O Senhor Sangster pretende comparecer em uma partida de golfe com alguns senadores e Ministros. E me pediu para que o Senhor avaliasse alguns possíveis candidatos que possam apoia-lo na próxima campanha de reeleição.

Aceno em afirmativa com a cabeça quando chego na máquina de café expresso. Sirvo-me com um café preto e forte, tampando o corpo branco.

- Aceita um, querida?

- Com creme seria melhor. – Ela forma um biquinho de frustração.

Envenenado seria melhor.

Sorrio e lhe lanço uma piscadela.

- Checarei essa papelada. Happy Hour qualquer dia desses, Jan? – Replico enquanto me afasto de costas, bebericando o líquido cálido.

Ela sorri e ajeita seus óculos meia lua.

- Claro, O’brien. É só marcar! – Ela ajeita uma mecha loira atrás da orelha.

*****

Após sair da sala de Janson, caminho descontraído pelos corredores e lá está a sensação de estar sendo vigiado por alguém, viro o pescoço e percebo que não estou louco. Realmente tenho alguém em meu encalço e esse alguém é Dixon, um dos carrapatos baba ovo de Janson, vive em seu encalço mais até do que eu.

- O’brien! – Ele me chama em voz alta, mas o ignoro.

- O’brien!

Finalmente cedo e estanco meus movimentos, reviro os olhos e em seguida viro o rosto com um sorriso tranquilo nos lábios para o homem que me encara um tanto desconfiado.

- Sim?

- Tendo um bom dia? – Pede ele com um sorriso provocante nos lábios.

Aceno em afirmativa e sorrio ainda mais.

- Esplêndido. E o seu, Dixon?

Dixon sorri, posso sentir seu hálito pútrido rebater contra minhas narinas.

- Claro que está. Quem não estaria sendo você não é?

Eu realmente estou me esforçando para entrar em seu jogo de palavras que possuem duplo sentido, pois é o meu favorito, mas falho miseravelmente.

- Claro, claro. – Franzo a testa.

- Eu também estaria bem feliz se estivesse comendo o filho do presidente. – Ele sorri ao aproximar o rosto do meu.

Afasto-me institivamente se seu mal hálito horrível.

- Oh, man! De onde tirou essa loucura? – Busco o mais inocente dos meus olhares.

Ele sorri de uma maneira arrogante e bruta.

- Algumas pessoas podem ser cegas, O’brien. Mas eu sei que você anda traçando aquele garoto!

Rio e em seguida mordo o lábio.

- Ah, claro. Até porque eu perderia meu tempo com garotinhos inexperientes.

Perderia.

- E também arriscaria o meu emprego por conta de um garoto?

Arriscaria.

Ele parece não comprar, mantem-se cético como uma pedra burra e teimosa.

- Bom, veremos o que o Presidente acha disso, certo? – Ele me provoca.

Posso sentir a brasa queimar intensamente em meus olhos, mas meu rosto mantem-se impassível. Sorrio calmamente e balanço a cabeça em negativa.

- O que ganharia em troca por abrir a boca e falar tamanha mentira, Huh, Dixon? Come on, man. Não está sendo inteligente aqui!

E não está mesmo. Tenho o súbito desejo de cravar meus dedos em sua órbita ocular pressionar até não poder mais e então faze-la sangrar e fazer com que o líquido cálido escorra pelo seu rosto nojento.

- Você tem um dia pra me provar que não tem nada com ele.

Estreito os olhos e avalio o corpo tenso do homem. Ele não esta me prensando contra a parede porque se preocupa com Janson e seu bem estar, mas sim porque a questão aqui é Newt. Ele quer o garoto pra ele.

- Você o quer! – Rio baixo e enfio as mãos nos bolsos da calça social, pressio meus dedos como pressionaria se os mesmos estivessem atados a seus malditos olhos curiosos.

Os olhos do homem escurecem de uma forma sobrenatural.

- Você quer sim. – Continuo a rir, sacolejando meu corpo de um lado para o outro, para frente e para trás, de forma vagarosa.

- Não, não o quero! – As maçãs de seu rosto estão coradas, se não for de raiva, de tesão será.

- Você provavelmente está pensando no loirinho lá, pelado em sua cama não é?

- Cale a boca, O’brien!- Não resisto, é mais forte que eu, saco um spray mentolado do meu bolso e espirro em sua boca quando o homem volta a grunhir.

Ele cospe e engasga. Está possesso.

- Um dia! Você tem a porra de um dia. Ou diga adeus ao seu emprego!

Ele  gira sobre os calcanhares e deixa o corredor, com sua aura repleta de ódio.

No segundo posterior, vejo Newt cruzar o corredor a frente.

Caminho em sua direção, ele ainda não me avistou, parece perdido, traja uma blusa branca de manga comprida e uma calça de moletom, está descalço e despreocupado, possui uma cara de sono fodível, olho para os lados checando as câmeras e então capturo seu corpo para um ponto cego, em seguida empurro o garoto no banheiro do corredor. Ele se assusta mas ao ver que se trata de mim pula em meus braços no mesmo instante em que selo a porta do cômodo atrás de mim.

- Tommy! – Excalma abraçando meu pescoço e enchendo o local de doces beijos.

Não posso evitar em deixar um sorriso idiota escapar dos meus lábios.

- Oi. – Sussurro contra seus lábios quando o mesmo afasta o rosto do meu pescoço.

Ficamos por minutos e mais minutos apenas sentindo a presença do outro, inspiro sua colônia infantil e sei que ele inspira a minha, hora ou outra o garoto enterra o rosto no meu pescoço e posso senti-lo retrair as narinas ao tomar para si o meu aroma, acaricio sua cintura com os polegares e deposito um beijo em sua testa.

Newt se aninha em meu peito.

- Não ouço nada. – Ele suspira baixo.

- Do que está falando? – Pergunto acariciando seu cabelo.

- Não ouço seu coração. – Solta de forma poética.

Dou um sorriso fraco e enterro o nariz em seus fios loiros.

- Não se pode sentir o que não existe, Blondie!

Umedeço os lábios fitando nosso reflexo no gigantes espelho, ele está vulnerável em meus braços, percebo meu olhar perdido por uma fração de segundos. Newt volta a encher meu pescoço de pequenos beijos molhados.

- Eu quero que tenha. – Ele apoia a mão no lado esquerdo do meu peito e deposita um beijo no local por sobre o paletó.

Em seguida sobe seus lábios, encontrando os meus, deposita um selinho, como quem checa a área para ver se está realmente segura, não o respondo. Seus lábios estão trêmulos e ele tenta dominar os meus.

Travo sua cintura e então empurro seu corpo magricela contra a pia do banheiro, Newt geme manhoso, iço seu corpo, o fazendo sentar-se sobre o mármore gélido, ele imediatamente separa as pernas recebendo-me no meio, sinto seus dedos delicados bagunçarem de forma voraz os meus cabelos até então alinhados, retiro sua blusa e inclino-me sentindo sob minha língua o contato com seus mamilos eriçados, sei que o garoto morde o lábio, já o conheço ao ponto de saber que reprime um gemido estridente, subo os beijos até seu pescoço após deixar uma trilha de chupões em seu tronco magro, mordisco o lóbulo de sua orelha, completamente faminto pelo seu aroma que me inebria cada vez mais. Inspiro fundo, deixando-me levar para outra dimensão que não seja essa.

Ele afrouxa o nó da minha gravata e puxa-me para si através da mesma, nossos lábios se encontram novamente, devorando um ao outro, exploro cada centímetro de sua boca com minha língua ávida por cada pedacinho de si que ele tem a me oferecer, abro os olhos e abaixo sua calça de moletom lentamente, expondo suas pernas longilínea e pálida, com algumas sombras devido a chupões quase recentes da minha parte, apalpo sua ereção por sobre o pano de sua boxer branca, ele geme contra minha boca, mordo com uma força nada desacerbada, seu lábio rosado está inchado e então seu sangue vivído brota de maneira sagaz, sorrio, correndo a língua pelo líquido, o gosto de ferro tem me rendido e cem vezes mais excitado, Newt desabotoa e em seguida desce o zíper da minha calça, libero sua ereção, lançando para longe a boxer branca. Minha calça e cueca estão abaixadas aos meus pés.

- Por favor, Tommy!  Seja meu! – Ele choraminga.

Sinto um estranho nó em minha garganta, ignoro, assim como ignoro as palavras do garoto.

Sem mais delongas, estou dentro do meu garoto, nos movemos em um ritmo lento e sensual, como se dançássemos a mesma música durante toda a vida. Ele tenta ser carinhoso, e faz de tudo para que seja carinhoso.

- Não terei piedade de você, garoto! – Sussurro em seu ouvido a medida que minhas investidas impetuosas atingem seu interior.

Newt geme manhoso enroscando as penas ao redor da minha cintura.

Enterro os dedos em seus cabelos macios e puxo sua cabeça para trás, abocanho seu pescoço e tapo sua boca quando um gemido estrondoso começa a ser formado em sua garganta, ele desfalece-se em meus braços a cada bombada calculada e selvagem que profiro em seu interior apertado.

*****

Termino de vestir a calça, Newt já está vestido e de pé em minha frente.

- Deixe que eu faço isso?

Ele aponta com seus longos dedos para a minha gravata amarrotada e frouxa.

- Isso foi uma pergunta? – Arqueio a sobrancelha com o meu bom humor pós foda se fazendo presente.

- Acho que sim. – Ele morde o lábio.

Avalio seus olhos castanhos e pidões, um sorriso cretino percorre meus lábios, umedeço os lábios e percorro os olhos por seu corpo.

- Vem! – Convido-lhe.

Ele sorri, vitorioso e então posiciona-se em minha frente, franze a testa concentrado em seu trabalho, iça o nó da minha gravata vagarosamente. Meus olhos queimam os seus de forma abrasadora, sinto meu pau pulsar contra a cueca mais uma vez.

Newt desliza os dedos pela minha lapela, dando diversas batidinhas e então sorri.

- Prontinho!

- Blondie... – Puxo sua mão quando o mesmo está prestes a sair do banheiro.

- Sim?

Fito seus olhos por um instante.

- Tome cuidado... Alguém está de olho nos seus movimentos. Bom... Alguém além de mim. Não podemos dar tanta brecha assim.

Newt afirma com a cabeça. Ele sabe que não era bem isso que eu estava prestes a dizer. Nem mesmo eu sei o que estava preste a dizer. Mas o que disse foi essencial, não deixa de ser um aviso importante.

- Agora, vai. Vaza! – O chispo do banheiro e viro-me de costas, dando um último ajuste em meu terno.