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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 127 - T.I.M.E.


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Boa leitura a todos.

Capítulo 127 - Capítulo 127 - T.I.M.E.


Anne esteve deitada por horas, e soube que era só o que podia fazer. Matthew viera lhe ver e assim como Marilla e seu velho amigo pareceu tão preocupado que desejou mostrar de todas as maneiras que já estava melhor. Graças a ele bebeu o tão sonhado copo d'água e já falava com clareza.

Longe dos olhos de todos resolveu testar se era mesmo necessário que ficasse tanto tempo assim e tentou se levantar. No momento em que sua sola tocou o chão frio e o peso do corpo foi distribuído, quase gritou, uma dor tão lacinante a atingiu que foi obrigada a cair sentada na cama novamente. Bufando de frustração, se conformou momentaneamente e agora estava simplesmente deitada de novo repassando a fatídica noite na memória, até o momento ninguém lhe adiantara se Kakweet ou seus amigos estavam bem. 

Suas reflexões foram interrompidas por batidinhas suaves na porta, Anne deu permissão para quem quer que fosse, entrasse. Assim, abriram e surgiram pedindo licença, Dominic e Juddy. 

_ Olá Anne. Tudo bem? 

Cumprimentou a moça com simpatia. 

_ Olá, o que fazem aqui? 

Anne abriu um grande sorriso. Dominic se sentou na ponta da cama com afinidade e a olhou como se fosse óbvio. 

_ Ora, viemos te ver. 

Juddy começou a caminhar pelo quarto abrindo as janelas, e ela mudou a postura. 

_ Gilbert veio com vocês?! 

_ Sabíamos que ia perguntar dele! - a outra deu uma risadinha. 

_ Ele está lá em baixo, mais nervoso que uma noiva. Tenha certeza que tivemos muito trabalho para convencê-lo a ir embora ontem. 

Disse Dominic com uma certa  diversão dançando nos olhos azuis e lhe deu um tapinha no joelho.  

Anne sentiu o coração mudar o rítimo e um misto de empolgação e e apreensão tomou conta do seu ser. Sabia que tinham uma conversa pendente, mas no momento estava tão feliz por estar viva que não tinha a menor vontade de falar sobre o assunto. 

Ela adorava Juddy e Dominic tanto quanto Jasper na ocasião ausente,  e se perguntou se os segurasse alí mais um pouquinho, Gilbert iria embora. 

_ E então, mandamos ele entrar? 

O casal de amigos a olhou com atenção esperando uma resposta. Anne mordeu o lábio e por fim balançou a cabeça em afirmativo : 

_ Sim, mandem ele entrar por favor...

Se deu conta de que não adiantava adiar. E como detestava coisas mal resolvidas, cedeu de uma vez. 

Dominic e Juddy se entreolharam sorrindo e antes de sair ela se aproximou e sussurrou baixinho :

_ Vai dar tudo certo. 

Piscou brincalhona e deixou o quarto. A porta estava aberta, a espera de alguns segundos mais pareceu uma eternidade. Porém teve um fim. Gilbert surgiu correndo , e assim que parou na soleira bruscamente apoiou as mãos no batente sem se atrever a dizer nada. 

Anne podia jurar que se prestassem atenção escutariam os sons das próprias  respirações junto com o barulho da velha dobradiça que rangia sem parar. Gilbert entrou sem tirar os olhos dos seus por um minuto se quer ,e sentou na ponta oposta da cama onde antes Dominic ocupava. Foi chegando mais e mais perto. 

 Ela tentou sorrir, e derrepente ele segurou sua mão e a puxou para frente. 

Seus corpos colidiram e ela se viu presa em um abraço forte. Os pontos doeram um pouco, porém Anne foi incapaz de reclamar. Gilbert escondeu o rosto no seu ombro e suas mãos iam e vinham no seu cabelo quase solto das tranças sem parar. 

Fechou os olhos, aproveitando o contato e logo o sentiu tremer, gotas quentes desceram pelas suas costas e ele emitiu um soluço abafado. Anne arregalou os olhos um tanto desesperada com a situação , a única vez em que tinha visto seu lado humano, foi pouco antes de Mary morrer, exceto esse dia, nem no velório do pai e em nenhuma outra ocasião, Gilbert se permitiu demonstrar alguma espécie de "fraqueza" semelhante aquela novamente.

Correu os dedos pela sua nuca e sentiu seu peito vibrar. Sem ter muito mais o que fazer, Anne somente aguardou. Ele se afastou, limpando o rosto vermelho  na manga do casaco sem conseguir manter contato visual. 

_ Eu fiquei com medo. 

Confessou. 

_ Muito medo. 

Outra pausa necessária se seguiu. Até que Anne atraísse sua atenção falando pela primeira vez dês de que ele havia entrado no quarto :

_ Pois não deveria. Nós somos um T-I-M-E. Lembra? 

Gilbert não conseguiu disfarçar o sorriso abobalhado que lhe surgiu. 

_ Somos melhores juntos. - Anne segurou sua mão que descansava sobre a colcha branca novamente. -_ Achou que  ia se livrar de mim tão fácil? 

_ Me desculpe. 

Disse sem rodeios. 

_ Como? 

_ Me desculpe, por aquele dia, eu deveria ter te escutado, só que eu estava passando por muitos problemas que não tinham nada a ver com você. E ao invés de dividir como você fez, guardei tudo para mim na primeira oportunidade descontei na primeira pessoa que eu vi pelo caminho  aí...

_ Não continue. - Anne interrompeu séria.  Gilbert estava sério também e desejava mais que tudo que ela visse sinceridade nas suas palavras, não tinha sido um período fácil. 

_ Eu também não facilitei as coisas saindo da sua casa daquele jeito , e por último rejeitei uma opinião sincera tomando como uma ofensa, mas acho que isso não é uma competição de erros, não é? 

Ele meneou a cabeça num gesto negativo,  rindo. 

_ Com certeza não. Não quero e nem vou mais errar. 

Terminou com uma expressão um tanto distante e indecifrável. Anne estranhou sentindo que havia mais coisa por trás daquela frase e não se poupou de perguntar :

_ O que quer dizer com isso? 

_ Ainda vamos conversar com mais calma, mas por hora só deve saber que eu desisti do curso de medicina. 

Disse de modo firme. 

_ O que? ! - Anne gritou assustada. Pelo visto havia muita coisa que ainda não sabia, e desejou de verdade saber o que de tão grave havia acontecido para que Gilbert desistisse assim de um sonho que por muito tempo pareceu ser o seu objetivo de uma vida inteira. 

_ Mas eu não entendo. Por que isso agora?!

Gilbert nada respondeu, segurou seu queixo e lhe deu um beijo extremamente caloroso, no entanto muito apressado. 

_ Fico tão feliz que esteja bem.

Apertou suas mãos com afeto e beijou cada um dos dedos. 

_ Como eu disse, ainda vamos conversar. Vou precisar sair um pouquinho, eu não demoro, ok ? 

Anne nem teve tempo de protestar, pois assim como Marilla, parecendo terem combinado para rir dela, Gilbert saiu lhe deixando carente de explicações e de mais alguns segundinhos da sua presença. Secretamente sentiu raiva, estava mal mas não era como se fosse infartar com qualquer notícia ruim. 

Gilbert Blythe era uma caixinha de surpresas, mal lhe tirava uma preocupação e já substituía por outra ainda que mais leve. Mesmo assim, sentia que não deixaria de ama-lo nem se o sol ameaçasse não brilhar mais na manhã seguinte, pois sabia que era adorávelmente impossível.





Notas Finais


Curtinho, clichezinho todo "inho". Perdão pelos erros de português, espero que tenham gostado da minha novela mexicana como eu, até os próximos ❤ 🍃


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