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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 5


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Bem vindos a mais um capítulo . Comentem por favor, é o único jeito de saber interagir com vocês . E isso me incentiva a continuar , se assim quiserem comentem. Boa leitura a todos.

Capítulo 5 - Capítulo 5



Anne terminou de comer pensativa. Tinha criado expectativas bobas em relação ao jantar. E agora francamente se perguntava de onde havia tirado um suposto "noivado". Quando era impossível noivar sem ser cortejada antes.

Talvez fosse fruto da sua própria imaginação, ou sua secreta vontade de pôr a carroça na frente dos bois.

Quando terminaram, ambos conseguiram alguns minutos a sós não muito longe da varanda. Mais precisamente, aos pés do tronco da velha cerejeira próxima a janela do quarto de Anne. 

Ela contemplava a imensidão do céu, abraçada ao namorado. As estrelas se espalhavam por todo o firmamento e no centro havia uma lua  redonda e brilhante. Estava tudo perfeitamente limpo de nuvens noturnas.

Gilbert não parecia muito concentrado no céu e se atentava ao rosto de Anne , comparando suas sardas com pequenas estrelinhas. Tanto, que não se percebeu quando ela começou a falar:

_ Não são lindas? As estrelas? Gosto de imaginar que cada uma é a alma de uma fada da floresta que morreu de maneira tragicamente bela. O que elas te lembram ?

Suspirou sonhadora, porém não obteve resposta. Quando se virou para encará- lo, sorriu com o olhar que Gilbert lhe dispensava. Se quer olhava mais os seus olhos e sim os seus lábios .

Chegando mais perto, tentou despertá-lo:

__ Ei, Gilbert?

__Anh.. Sim? O que você disse?

Ele pareceu finalmente dar atenção a ela. Anne insistiu:

__ O que te lembram as estrelas?

__ Você . _ respondeu simplesmente.

Era a mais pura verdade. E pouco importava se parecia brega por pensar assim.

Anne riu da afirmação e alegre, distribuiu beijos por todo o seu rosto. Logo ele lhe tomou os lábios devagar como se quisesse se lembrar de como era sentir cada canto da sua boca novamente.

Triscou os dentes pelo seu  queixo inferior, muito de leve, lhe arrancando um baixo som ansioso . Suas mãos foram instintivamente para a  cintura feminina, e sentiu-a acalmá-lo com breves beijos novamente. Para então se afastar com cuidado  traçando círculos imaginários na sua bochecha com a ponta do dedo.

Era a oportunidade perfeita para falar o que vinha pensando em contar. Então, casualmente chamou:

_Anne.

Ela murmurou em resposta como quem tinha preguiça de falar.

_Sim. 

_Lembra que te disse que iria estudar mais perto de casa? Mas ainda teria meus mentores em Toronto?

_ Sim_ repetiu.

_ Bom , tenho um chá marcado com os reitores da universidade da Ilha. Eles vão considerar a possibilidade de me dar uma bolsa. 

Anne se afastou para olhá-lo com uma expressão impossível de se ver no escuro.  E em seguida, abraçou-o o mais forte que conseguiu:

__ Isso é maravilhoso! Parabéns eu  sabia que você conseguiria! Todos os nossos amigos vão amar saber disso!  Estou tão feliz por você!

Ele já previa uma reação assim. A  verdade é que fazia isso não só pelos dois, mas pela breve vida que deixou naquela cidade. Todos os amigos de infância e um pasado  inteiro com seu pai antes que ele falecesse. O patrimônio simples que havia herdado dele, desejava cuidar pessoalmente. Pois possuía um valor quase sentimental. 

De alguma forma, as pessoas que chamava de família estavam em Avonlea também. Pouco antes que Mary falecesse, seu amigo Sebastian e a esposa foram como uma espécie de figuras paternas que lhe  fizeram falta por muito tempo, sem que se desse conta disso. 

Depois que ela faleceu, não foi difícil acolher Delphine como a sua irmãzinha mais nova. E Hazel Lacroix como uma doce avó rabugenta.

As conquistas pareciam bem melhores quando não eram solitárias. 

Então, Gilbert se preparou para tocar na parte mais delicada do assunto :

_ Queria muito que me acompanhasse, Anne. 

_ Está falando sério?

_ Sim, estou será no próximo fim de semana. Os diretores costumam levar as esposas. E eu sei que nós não somos casados...

Ele deu uma risadinha sem graça. 

_ Mas acho que isso é um mero detalhe. Você iria, certo?

Anne sorriu em afirmação :

_ Claro que sim!

_ Mas tem um último detalhe importante. Espero que isso não influencie sua decisão de me acompanhar. Winnifred estará lá.

.

.

.

Longe dali, Diana fazia o caminho de volta da casa de Ruby. A menina estaria no Queen's na próxima semana e ela não via a hora de dar a notícia a Anne e as outras colegas que também foram estudar na instituição.

Distraída , sua atenção foi atraída para um assovio bem executado vindo de trás de um carvalho na curva da estrada. Mesmo assustada, soube de cara que aquele som não era obra de uma ave e continuou a andar no rítmo normal. 

Mas foi obrigada a parar ao escutar uma voz conhecida chamar :

__ Ei! 

E de novo :

__ Diana!

Era Jerry. Ela apressou o passo, decidida a correr caso fosse preciso.

O rapaz percebendo isso, correu,  decidido a ao menos vez, não a perder de vista. Com a vantagem de ter pernas mais longas; a alcançou .

Diana sentiu seu antebraço ser segurado não com força, mas com certa firmeza a obrigando a parar. Jerry apareceu finalmente para ela. Tendo somente a luz pálida  do luar para distinguir seu rosto. 

Decidiu não lutar e nem se mover, teria de conviver com ele afinal. Avonlea não era muito grande, e ele trabalhava na casa em que ela era hóspede:

__ Boa noite Jerry. O que deseja?

Seu tom era polidamente educado e distante. E ele a soltou devagar.

Cauteloso quanto ao terreno em que estava pisando, e o que se passava na sua cabeça de Diana,  tomou coragem para  continuar:

__ Bom... não conversamos direito ontem. E me senti na obrigação de vir falar com você.

__ Não se sinta. Não foi nada, e para o bem de nós dois deveríamos esquecer essa história, agora se não precisa de mais nada tenho que ir.

Jerry respirou fundo, prevendo que ela talvez estivesse disposta a tornar o que queria uma tarefa difícil. Porém, iria tentar :

__ Por que não damos um passeio e você me conta sobre o Queen's?- sugeriu. _ Me de a chance de te mostrar que podemos ser bons amigos Diana. Não acredito que ainda queira complicar a nossa convivência  com essa coisa de amor.

Era de certa forma doloroso ver que Jerry considerava seus sentimentos nada mais que um impecilho para conviverem.  Mas quando olhou no fundo dos seus olhos, enxergou uma espécie de amargura familiar. Se ele também a amava, por que continuar com aquilo? 

A velha irritação, que pensava ter conseguido erradicar,  retornou :

_ Não somos amigos e não tenho que falar com você. Se gosta mesmo nem que como amiga de mim, me deixe ir e não fale comigo se não o necessário. Não consigo  ser sua amiga...Por que eu te amo e você sabe disso. 

Admitir em voz alta pareceu o suficiente. Jerry estava em uma revolução interna , e podia dizer que de sua parte a chateação começava a virar uma certa irritação também:

_  E justamente por que eu te amo também, sei que o que quer é impossível. Por isso te peço pra que sejamos amigos! Eu odeio ter que explicar isso! 

Disse ele tirando a boina e passando a mão pelos fios castanhos de forma impaciente .

Diana deu uma risada amarga :

_ Se odeia tanto o que sente, fuja de mim, pois eu não me envergonho nem um pouco do que eu sinto e não consigo agir como se não gostasse de você.  E quer saber?! _ se aproximou perigosamente. 

Diana parecia tão bonita como ácida :

_ Talvez eu devesse mesmo me casar com o primeiro riquinho idiota de boa família que aparecesse pois ele sim teria coragem de dizer em voz alta que me quer. 

Dizendo isso se afastou ciente de que suas palavras provocavam o efeito desejado , mas triste na mesma proporção por que sabia que eram verdadeiras . 

Caminhando a passos duros , rumou para Green Gables novamente encerrando o assunto. 

.

..

.



 

 

 


Notas Finais


Obrigada por lerem 💖


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