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História Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 8


Escrita por: CarolMirandaS2

Notas do Autor


Bem vindos a esse capítulo , já tenho tantos favoritos em tão pouco tempo ... Vocês são " ESPLÊNDIDOS" como a Anne diria.
Obrigada por tudo e quero continuar pedindo que comentem . Não são obrigados mas eu tenho muita curiosidade de saber o que vocês pensam . Boa leitura a todos♥️ ✨

Capítulo 8 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction Anne With Ann "E" - Para sempre ( EM REVISÃO ) - Capítulo 8

"A honestidade nem sempre vai trazer algo bom, mas vai trazer o que há de mais valioso: a certeza de que você fez o certo. "

( Autor desconhecido)

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A faculdade do Queen's tinha alas separadas de homens e mulheres. Por mais que fossem inclinados e sérios apoiadores da causa feminista ( o que trazia poucos estudantes de famílias ricas) ainda conservavam certos decoros.

Em alguns momentos, as alas se misturavam, porém como se tratavam de jovens, muitos recém saídos da escola, era sempre com a supervisão dos funcionários da instituição.

Isso acontecia durante as refeições ( já que dividam o mesmo refeitório). E durante o descanso pós almoço , onde rapazes e moças podiam se reunir no imenso pátio externo por algumas horas.

Mas a presteza com que eram separados fazia com que enxergassem o lado Norte ou Sul do Campus como um mundo a parte , e de fato era , os meninos não tinham aulas de etiqueta , e as meninas não tinham competições de jogos de tabuleiro.

Porém , todos tinham as aulas extracurriculares e as disciplinas eram o mais idênticas possíveis.

Rubby começava a se divertir durante as refeições e nos horários de descanso pós almoço flertando com os rapazes. Diana a olhava com reprovação, Prissy com confusão e Anne revirava os olhos, era tão a cara dela :

_Não sei como consegue Rubby, dizer que está apaixonada por Moddy e acenar e dar sorrisos aos estudantes da ala masculina.

Disse Anne com sinceridade. As meninas concordaram e Rubby respondeu :

_E ainda amo Moody, mas a sua timidez e falta de atitude em tudo que diz respeito a nós me irrita. Eu flerto por pura diversão, por mais que eu fique triste, talvez ele entenda a mensagem pois não vou espera-lo a vida inteira.

Diana secretamente nutria certa inveja pelo modo como Rubby defendia o que queria e era a senhora das suas vontades. Talvez se no passado tivesse seguido mais seu coração, talvez hoje Jerry não teria dúvidas que ela o amava.

Concluiu esse  pensamento com certa tristeza.

Anne sentia pena de Moody , sabia que o temperamento forte da amiga acabaria por enlouquecer o jovem instrumentista . Ele a amava , mas era tímido demais para tomar alguma atitude a respeito, porém não faltavam demonstrações sutis verbais ou não de afeto. 

Pensou que jamais conseguiria ser tão volúvel assim com o que sentia em relação a Gilbert. Suas faces doíam de tanto sorrir todas as vezes que pensava nele ou no modo como ele a tratava.

Prissy riu compreensiva da fala de Rubby , a conhecia bem o suficiente para saber que amanhã ela acordaria pensando diferente.

A verdade era que a jovem Rubby que no momento cursava administração de negócios e finanças , dizia ter o sonho de abrir um espaço voltado para as mulheres. "Uma loja de artigos para damas" como costumava dizer, onde iria mandar e desmandar na área que mais gostava.

Mas como era , não adimiraria ninguém que ela terminasse os estudos e com o diploma nas mãos , jogasse tudo pelos ares caso encontrasse o casamento dos sonhos.

Anne encarou o relógio na parede e se deu conta de que estava quase na hora do seu tempo vago e tinha de aproveitar para estudar exatas :

_ Até mais garotas , preciso ir, tenho que tirar um tempinho para aprofundar fórmulas.

As jovens se despediram de volta, de fato Anne era amante de humanas e não era segredo seu desgosto por cálculos mas a carreira de pedagoga exigia a matéria.

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E a semana passada voando mais uma vez, Anne voltava no trem para mais um fim de semana em Green Gables , acompanhada de Diana e Rubby.

Dessa vez Diana ficaria com os pais na sintuosa casa no lago da família Barry.

Rubby voltaria para casa e Anne... Bom, Anne tinha um compromisso que a encheu de ansiedade a semana inteira: o chá com os reitores da universidade da Ilha de Príncipe Eduardo.

Suas malas estavam prontas, e sua empolgação igualmente no lugar. A viagem foi regada a conversa e planos para a semana seguinte.

Quando o trem desembarcou na estação Anne se despediu de suas almas afins e se virou encontrando Mattew que a esperava no lugar de sempre:

_ Mattew !!! Que bom é estar em casa! Vamos , me dê um abraço! 

Ele respondeu:

_ É bom te ver também, vamos , eu deixei a carroça um pouco longe.

_ Não tem problema, não me importo de andar um pouco , viagens de trem nos deixam cansados de ficar sentados. É engraçado pensar que podemos ficar cansados em uma posição de descanso ! 

Tagarelou Anne.

Assim foram o caminho todo de volta a Green Gables , com Mattew a ouvindo e concordando , ora questionando os monólogos da moça.

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A garota entrou como um furacão casa a dentro , pendurando seu chapéu e pondo sua mala em qualquer canto gritando da sala ;

_ Marilla!! Cheguei!! Não vai acreditar, essa semana...

Foi incapaz de continuar, junto a Marilla um visitante apreciava um café sorridente e maroto, observando a alegria costumeira de Anne.

Gilbert.

Parecia tão lindo no casaco novo cinza escuro quanto da última vez que o viu , ou talvez fossem apenas as saudades.

Ele a cumprimentou :

_ Olá Anne, bem vinda de volta.

Ela correu na sua direção e o rapaz contornou sua cintura com os braços e a ergueu do chão com facilidade. Foram interrompidos por Marilla que limpou forçosamente a garganta.

Entenderam a mensagem , ela não queria " espetáculos" na sua cozinha.

Anne segurou a mão de Gilbert que se deixou ser guiado pela namorada até o jardim :

_Não sabia que viria tão cedo , por que não me avisou?-

Perguntou ela.

Ele riu e beijou o biquinho que ela fazia com os lábios :

_ Perdão , só vim avisar que o chá será as três horas ok? Venho te buscar.

_ Ah sim. - Ela pareceu entender.

Gilbert segurou seu queixo apoiando o longo polegar na bochecha macia e disse :

_ Infelizmente já preciso ir.

Anne parecia indignada :

_ Mas já? Você acabou de chegar.

Se ela soubesse o quanto era irresistível quando ela o pedia para ficar...

Sua mente voltou no passado , poucos minutos antes de embarcar na carruagem para chegar a estação para em seguida partir a Toronto. Enfim tinha conhecido a sensação de beijar Anne, mas ouviu o sino tocar e uma aflição o envolveu quando explicou que teria que ir.

Agora no presente , já não existia qualquer sentimento de incerteza , ele não iria a lugar nenhum, ou melhor, iria , mas voltaria assim que sentisse saudades , ele sempre  voltaria.

Pacientemente explicou :

_ Deixei Bash sozinho concertando a porta do celeiro, não posso demorar muito. Prometi ajuda- lo.

Anne riu , se lembrou do quão pouco paciente Sebastian era em relação a ferramentas , ele deveria estar de fato arrancando os cabelos a essa hora:

_ Tudo bem, te vejo mais tarde?_ Perguntou.

_ Sim _respondeu ele.

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Anne contemplou Gilbert cruzar o imenso portão de Green Gables a cavalo e se voltou para trás sonhadora.

Quando se deu conta , estava no celeiro de Mattew afagando o queixo da égua que mastigava lentamente o feno. Até ouvir uma voz conhecida :

_ Então você voltou, como foi a semana ?! - perguntou Jerry bem humorado .

Ele voltava com as botas sujas de algo e carregando ferramentas, como uma corda pendurada no ombro largo e um rastelo na mão direita.

Anne evitou olha- lo nos olhos e respondeu seca:

_ Não falo com covardes.

_,Do que me chamou sardenta?

Anne se levantou de um salto erguendo o nariz e respondendo:

_ C-O - V- A- R- D- E.

_Por que está me chamando assim? - ele parecia confuso.

Anne explicou;

_ Por que somente um covarde nega seus próprios sentimentos e prefere sofrer e fazer outra pessoa sofrer junto com ele. Se não quer se envolver com Diana pare de de insistir que sejam amigos e deixe que ela te esqueça oras! Existem muitos rapazes valorosos e de bom coração que querem uma chance com a minha amiga!

De súbito Jerry respondeu :

_ Nunca !!! Digo, - apertou as têmporas- Não tem chance disso acontecer Diana é muito diferente de mim eu tenho muito carinho por ela por que foi meu primeiro amor mas é só isso.

Anne trocou o apoio de um pé para o outro e cruzou os braços encarando Jerry fixamente e disse :

_ Olhe nos meus olhos e diga que não a ama

_ Como você ficou sabendo dessa história hein?

_Diga!! - Exigiu.

_ Eu...- o silêncio entregou Jerry vergonhosamente. Sorrindo triunfante Anne disse :

_ Não disse? Olhe Jerry , gosto muito de você, mas Diana é minha amiga do peito e eu não desisti de ser madrinha dos seus futuros filhos então não a faça chorar mais se não eu te dou uns cascudos.

Jerry engasgou com o ar, filhos?

Anne se esticou na ponta dos pés e o abraçou dando um beijo na bochecha :

_ Até mais - cantarolou.

Ele observou a amiga- irmã sair do local saltitando e jogou o rastelo no chão contrariado.

Arregalou os olhos e mordeu o punho, pulando num pé só, havia deixado o rastelo cair no pé esquerdo com toda a força.

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Já eram exatas três da tarde e Gilbert estava parado nos pés da escada na casa dos Cuntbhert , coçando a nuca apreensivo pela demora. 

Quando ela surgiu no alto da escada , arrastando as barras do longo vestido verde musgo com bordados de pedrinhas de vidro no corset, e luvas de renda. Seu perfume de alfazema invadia a cena e seus cabelos semi soltos com uma única presilha, a bolsinha pequena numa mão e a sombrinha na outra.

Anne estava encantadora. Gilbert se aproximou e beijou as mãos pequenas com ternura. Ela sentiu como se o caminho curto que ele traçou com os lábios enviasse fagulhas por todo seus braços .

Ele demorou os olhos sobre a figura de Anne como se procurasse descascar as camadas da sua alma. Por fim disse:

_ Você está incrível. Vamos?

Estendeu o braço com cavalheirismo. Ela enlaçou o braço forte de Gilbert parecendo tímida.

E estava , vê-lo esperando por ela no fim da escada sorrindo com aquela maldita e esplêndida covinha no queixo, e sendo tão atencioso provocava sensações tão novas e intensas que era incapaz de conter.

Ela anuiu com a cabeça sem dizer nada e se deixou ser conduzida até a carruagem do lado de fora. 

Gilbert a ajudou a subir e tomou as rédeas do cavalo acenando para Mattew e Marilla que os olhavam da varanda.

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Winnie estava bebendo calmamente sua xícara de chá , participando tanto quanto era permitido da conversa com os cavalheiros ao seu redor . As damas se encontravam em outra sala, as mulheres dos demais homens do corpo docente da faculdade se conheciam por tanto tinham assuntos em comum entre si.

Ela não se encaixava entre elas, mas tinha simpatia e inteligência o suficiente para levar instantes de conversações animadas com os amigos do tio. Não era exatamente o seu tipo de reunião , Winniefred tinha um tio extremamente conservador e moralista.

Característica essa que a irritava muito, mas curiosamente sempre foi a sobrinha preferida do grisalho senhor.

Só tinha aceitado o convite por ele, sim, Gilbert , tinha mandado algumas cartas  a ele durante a estadia do rapaz em Toronto.

No seu íntimo ainda alimentava a esperança de que o correio tivesse cometido um engano , ou que ele não tiveram tempo de lhe responder. Era menos doloroso pensar assim.

Foi despertada dos seus pensamentos pelo barulho de uma carruagem sendo parada. Sorriu assim que viu a figura tão conhecida parar diante de si tentando acalmar os cavalos.

Parecia ter alguém consigo, mas ela não conseguia distinguir pois a pessoa era escondida pelo toldo da carruagem. Ele desceu em dois saltos e estendeu a mão para Anne que desceu segurando as barras do vestido. 

O sorriso de Winniefred morreu aos poucos quando bateu os olhos na moça que enlaçava o braço de Gilbert parecendo tão feliz. 








Notas Finais


♥️ obrigado por lerem até aqui e até amanhã 🙃✨


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