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História Anteros - Vingança contra o Mundo


Escrita por: Doidorotto

Notas do Autor


Esta é uma sequência da fic Você é meu Amor Doce ao mesmo tempo que é um reboot!

Exatamente como o jogo Amor Doce – University Life.

Você leu a temporada anterior? Legal! Você estará bem mais inteirado dos acontecimentos da história!
Você não leu? Beleza também! Não será uma sequência direta e imediata dos acontecimentos anteriores, nem amarrado com eles e tudo que for necessário será explicado de forma rápida.

Exatamente como no jogo. Quem jogou o HSL sabe tudo o que acontece no UL, mas quem não jogou pode aproveitar a história do mesmo jeito!

Vai ser legal pra todo mundo, prometo!!

Capítulo 23 - Vingança contra o Mundo



Academia Anteros…

– Espera aí, eu preciso de um carro pra levar essas coisas pra casa da Letícia. Não dá pra carregar nas costas. – Melody, sentada em frente ao quarto de Chani e Dee, conversava no celular. A moça parecia bastante nervosa. – Será que você não pode pedir um táxi pra mim?

– Guria, eu posso passar aí, mas num sei o endereço da amiga da Dee, não?

– Agora que você falou, Kim… eu também não sei. – Melody caiu sentada sobre uma mochila que ela tinha enchido com as roupas. – …eu não posso deixar as coisas aqui largadas. E se pegam? Você não pode vir aqui um minuto?

– Não dá pra fechar a academia a essas horas, guria! Não tenho com quem deixar.

A porta do elevador abriu e dele saíram Morgan, Alexy e Hyun. Melody suspirou um “graças a Deus” baixinho e acenou para Alexy. O rapaz foi até ela e estranhou aquele monte de coisas na porta do quarto de Dee e foi rapidamente atualizado com a situação. Então, Morgan e Hyun pegaram as malas e comprometeram-se a levar ao quarto de Melody enquanto Alexy cuidava das coisas de Dee.

– Ai, gente, valeu mesmo… tudo isso aconteceu tão de repente. É muito estranho! – Melody pegava alguns dos objetos, como laptop e travesseiro para ajudar. – Como foram achar que ela tá envolvida com esse tipo de coisa. Não entendo mais nada.

– Dee é inocente. Eu tenho certeza. – Hyun respondeu logo em seguida. – Não conheço ela a tanto tempo quanto vocês, mas tenho certeza disso. Agora, não consigo imaginar no que ela possa ter se envolvido para chegar nessa situação.

Morgan, Hyun e Melody conversaram todo o caminho entre o terceiro e o sétimo andar. Deixaram tudo no quarto da garota (talvez como se fosse algum tipo de sexto sentido, Hyun colocou tudo arrumado tão meticulosamente quanto a própria Melody faria, o que a deixou bem impressionada. Morgan, largou tudo sobre a cama) e depois voltaram para o elevador que, por algum motivo estranho, estava travado no sétimo andar. Melody ficou impaciente, apertando o botão de acionamento.

– Apertar mais de uma vez não vai fazer ele vir mais rápido.

Melody encarou Morgan com raiva e apertou mais vezes. Só de pirraça.

– Acho melhor irmos pela escada logo. – Hyun foi até a porta da escada de incêndio e deixou os colegas passarem. – São só quatro lances. É um bom exercício! Ajudará a gente a manter a forma.

– Não que você esteja precisando, Huyn.

Morgan decidiu que era melhor andar na frente e deixar Melody e Huyn para trás, talvez conversando um pouco e se conhecendo melhor. Porém, alguns barulhos abafados e uma discussão acalorada vinda do 7° andar. Aquilo acendeu um sinal de alerta na mente de Hyun que tomou a dianteira e correu escadas acima e abrindo a porta com força, usando o peso do corpo como auxílio.

Como ele temia, haviam dois caras mau encarados juntos de Alexy e das coisas de Dee. Um dos caras o segurava por trás, enquanto o outro se divertia batendo na barriga dele. O rapaz tinha uma mancha vermelha na bochecha e um filete de sangue escorrendo pelo canto da boca. Os dois caras pararam de bater em Alexy quando viram Huyn entrando no corredor e viraram-se para ele. Morgan, desesperado ao ver Alexy ferido, tentou correr para ajudar o parceiro, mas Huyn o impediu.

– Aaahhh!! Me solta!!

Sem ele perceber, um dos capangas, provavelmente o que estava segurando a porta do elevador, agarrou Melody pelo braço e puxou a garota para junto dele. Agora estavam dois rapazes segurando Alexy, um com Melody e Hyun e Morgan no meio deles.

– Tá legal, cara. Cadê a piranha que mora aqui? Fala logo antes que a gente resolva quebrar os dentes dele! – o cara que batia em Alexy tirou do bolso uma faca retrátil e apontou para o pescoço do rapaz. – Ou alguma coisa a mais.

O “clic” de outra faca retrátil vindo de trás de Hyun deixou claro que Melody também estava em perigo. Morgan rangia os dentes e queria avançar contra os atacantes, mas Huyn mantinha-se calmo.

– Nós não sabemos onde ela está! – Huyn respondeu com um tom de voz tranquilo, tentando acalmar a todos. – Não sabemos. Viemos procurá-la também. Por favor, fiquem calmos e abaixem essas facas.

– Eu vou enfiar a faca nela se não me falar cadê a tal da Didra! – o rapaz com Melody puxou ela para mais perto e encostou a faca nela. – Embora vá ser um tremendo desperdício. – o olhar dele deixou bem claro ao que ele se referia.

– Senhor… por favor, não faça isso. – Huyn deu um passo em direção ao rapaz que ameaçava Melody. – Abaixe a faca e vamos conversar com calma. Vocês querem dinheiro? Eu dou dinheiro para vocês…

– Fala cadê a amiguinha de vocês e ninguém aqui se machuca! – respondeu o rapaz que batia em Alexy. – Se não a gente vai começar a sangrar esses dois aqui!

– Você vai. – o cara puxou Melody para mais perto. – Eu acho que eu vou fazer alguma coisa antes de…

Ele não teve tempo de terminar a frase. Alguma coisa atingiu sua cabeça com tanta força e velocidade que o cara simplesmente “desligou” antes mesmo de bater na parede do lado esquerdo do corredor. Ele só teve tempo de escutar alguma coisa que estalou como um chicote antes de perder os sentidos. Melody também não viu o que acertou o cara que a segurava e só entendeu o que aconteceu quando viu o pé de Huyn parado a dois centímetros da sua cabeça.

– A…

– UHCHÁ!!

SPLLÁT

Huyn não deu tempo dos caras que atacavam reagirem ao colega desmaiado. O garçom do Cozy Bear girou o corpo com a perna encolhida e chutou com tanta força que fez os cabelos de Morgan balançarem quando o pé dele passou perigosamente perto da cabeça do colega de quarto e atingiu com força a boca daquele que batia em Alexy.

O corpo girou no ar umas duas vezes antes de bater na porta de Chani e cair sentado no chão, tremendo, espumando e emitindo um “brrlllll” como se fosse um motor. Alguns dentes balançaram com violência dentro da boca e alguns quebraram indo parar no fundo da garganta, misturados ao sangue, um “tuuiinnn” zuniu na orelha dele e, depois disso, apenas a escuridão e inconsciência.

O último dos bandidos ficou sem entender nada e soltou Alexy no chão. Uma péssima ideia, pois Alexy era a única coisa entre o próximo chute de Huyn e a cara do atacante. Huyn puxou a perna que havia atingido o segundo bandido, usou a perna de apoio para dar um pequeno impulso e chutou o queixo do rapaz que segurava a faca, fazendo-o bater de costas na parede atrás dele e caindo desmaiado sobre as coisas de Dee.

Huyn parou com a perna levantada em posição de ataque, como se esperasse que mais algum bandido fosse sair de algum lugar. Alguns segundos passaram e ele baixou o pé, ficando mais relaxado. Melody, Alexy e Morgan estavam congelados no lugar. Só após alguns segundos é que eles arriscaram voltar a respirar e olhar em volta para ter certeza se os três caras estavam realmente desmaiados no chão ou se era uma alucinação.

– O que foi que aconteceu aqui? – Morgan foi o primeiro a falar. – O que você fez?

– Um pouco de taekwondo que aprendi com o meu pai. – Huyn foi até Melody. – Você tá bem? Ele te machucou?

– E-eu tô ótima… bem melhor agora… – Melody sorriu e segurou a mão de Hyun (embora ele não tenha lembrado de tê-la oferecido.) – Bem melhor agora…

– Alexy, você tá legal? – Morgan foi até o rapaz e o ajudou a levantar-se da pilha de roupas. – Eles te machucaram muito?

– Machucaram só o meu ego… e destruíram umas blusinhas da Dee… Mas, no geral, eu tô bem.

Morgan não esperou a resposta e envolveu Alexy nos braços, puxando-o para mais perto e o beijando. Alexy retribuiu o beijo que esperava para dar no rapaz desde o começo das aulas. Huyn levantou uma das sobrancelhas e virou-se para Melody, indicando a porta da escada de incêndio, para dar privacidade aos dois. Mas, antes que eles saíssem, Morgan separou-se de Alexy

– A gente ainda tem um monte dessas roupas para levar para baixo e…

– Espera. – Melody tomou a frente e pegou uma das mochilas que tinha enchido de roupas, entregou na mão de Huyn e pegou uma outra. – Meu quarto já está bem cheio, sabe… Então, eu e o Hyun vamos levar essas duas lá pra baixo, no meu quarto, e vocês poderiam levar o resto pro quarto de vocês? Obrigada.

Ela puxou Huyn em direção ao elevador e acenou um tchauzinho para Alexy e Morgan. Morgan ficou sem entender nada e Alexy estava de queixo caído pela atitude da garota. Quando o elevador fechou, deixando os dois rapazes no corredor do sétimo andar, foi que eles entenderam exatamente o que aconteceria. Contudo, aquela não era a principal preocupação deles.

– Vão deixar agente aqui sozinhos com esses três bandidos?

***

Zona Industrial…

A fabricação dos entorpecentes continuava a todo vapor. A linha de montagem digna de uma fábrica de carros operava de forma bem eficiente e acelerada. Todos trajavam luvas de proteção, máscaras de gás e “faceshield”, tudo para garantir a qualidade de produto. Claro, todos também tinham armas na cintura ou penduradas pelo ombro. Haviam caixas, tonéis e barris de plástico com produtos químicos e balanças de precisão. Tudo o que era necessário para aquele tipo de negócio.

A droga em pó vinha em bacias por uma esteira rolante e os “funcionários” pegavam o tóxico com uma pá de recolher lixo, jogando-o dentro de um funil com a parte estreita apontada para dentro de um saco plástico. Cada rodada da esteira, os sacos eram enchidos e amarrados, entregues para outros “trabalhadores” que os levavam até caixas de papelão e carregados em um caminhão que partia tão logo ficasse cheio. Provavelmente estava levando a droga para os pontos de distribuição e para os sócios.

Havia também uma máquina que enchia frascos que eram cuidadosamente recolhidos pelos homens e levados para outro lado do galpão, onde também eram colocados em caixas de papel e levados para o caminhão na área de descarga. Uma terceira parte parecia da fábrica parecia ser reservada aos “químicos” do projeto, que manipulavam Bicos de Bunsen, tubos de ensaio e outros aparatos químicos além de diversos potes do remédio que roubaram do hospital.

Aparentemente, os únicos dois “funcionários” que não pareciam empolgados com as funções que lhes foi dada eram Nathaniel e Iris. Rayan decidiu que eles deveriam colaborar um pouco. Eram hóspedes, mas não ficariam de bobeira o tempo todo em uma sala trancada. Por isso, Iris foi (gentilmente) algemada a um carrinho de carga no qual empilhavam as caixas e as levava da fábrica para o caminhão enquanto Nathaniel, sob a mira cerrada de um atirador, levava os caixotes nas costas mesmo.

– Chefe!! – uma voz vinda da fábrica chamou a atenção de Rayan que cuidava de cálculos e planilhas no seu escritório. – Chefe… vem ver uma coisa!!

Rayan saiu de seu escritório e foi até a porta, olhando através do vidro para o andar de baixo, onde ficava o chão da fábrica. Ele estranhou a visão que teve. Só poderia ser brincadeira.

– Didra?? Minha aluna aqui? – Rayan desceu as escadas com um sorriso satisfeito no rosto. – Imagino que tenham encontrado você lá na Anteros. Mandei alguns dos rapazes irem te buscar!

Ao ouvir aquele nome, Iris parou o que estava fazendo e foi arrastando o carrinho de carga com ela. Nathaniel, embora não tivesse recebido uma ordem para parar o trabalho, também abandonou o posto e foi ver o que estava acontecendo. Os outros “trabalhadores” da fábrica também ficaram intrigados com a situação.

E de fato, Didra, a moça que estava atrapalhando eles desde o começo do ano estava lá. Alguns coçaram o gatilho da arma, prontos para acabar com aquilo em um segundo, mas o chefe deles era pouco tolerante com pessoas impulsivas. Iris ficou assustada, irritada, brava e aliviada, tudo ao mesmo tempo, ao ver Dee. Lá estava ela, usando uma calça jeans com alguns furos, uma faixa na perna por causa do tiro, bengala, sua camisa de flanela fechada e um brinco de prata tubular e cumprido de uns 2 centímetros, em apenas uma das orelhas, além dos óculos tortos.

Apesar da aparência, Dee parecia bastante determinada. E era aquilo que mais preocupava Iris. E também era aquilo que lhe dava um fio de esperança.

– Eu recear que não vou mais em Anteros this year… – Didra respondeu ainda com as mãos levantadas. – But, não ser importante… Eu vim barganhar!

– Barganhar? – Rayan foi até Iris e abriu as algemas que a ligava ao carinho. – Por ele? Ou por ela? Acho que é mais por ela, né? Você costumava ir no prédio de enfermagem. O Raphael sabe de vocês?

– Cut the bullshit, Rayan… – Dee agora abaixou os braço e os cruzou. – Eu quero falar com o real boss daqui.

Aquilo fez o sorriso de Rayan murchar.

– Do quê você está falando? Eu sou o chefe! – Rayan trouxe Nathaniel e Iris com ele. – Comecei bem por baixo, enchendo sacos de pó, como esses caras, e fui subindo, degrau por degrau aqui até chegar ao topo! Não venha me dizer que eu não sou o chefe aqui porque…

– Like i said, cut the bullshit! – Didra levantou a mão e o interrompeu. – Você pode estar no comando, mas você ser o number two! Please, chamar o chefão!

– Ela está certa, Rayan! – a voz vinda do escritório chamou a atenção de todos ali. – Vamos ver o que ela tem a dizer antes de fazê-la se arrepender de vir aqui…

Rayan ficou nervoso ao ver que Culann Lehrer, o reitor da universidade Anteros, desceu as escadas, segurando seu paletó. Nathaniel e Iris ficaram surpresos ao ver o reitor ali, mas Dee, parecia estranhamente calma.

– Gostaria de me esclarecer, senhorita, como você descobriu? – Culann parou ao lado de Rayan. – O que me entregou?

– Eu saber que Anteros estar bem de finanças. Contas em dia e etc… – Dee respondeu. – Eu não mudar de Yale pra cá sem saber se a faculdade não falir do dia pra noite ou se os professores não ser pagos e eu ficar sem aulas. Pelo menos, não até o começo desse ano…

– Uma decisão muito boa. – Culann falou. – Saber sobre a faculdade que você estudará antes de transferir a matrícula é uma decisão sábia. Mas, não responde minha pergunta.

– No momento que eu ver Rayan here eu saber que aquela história de estudar e fazer as provas, pontos máximos e etc… eu saber que alguém ganhar muita com esse. – Dee deu de ombros, como se oque ela estava falando fosse uma coisa muito natural. – And Rayan is just a teacher… but, alguém acima dele… Is that you.

– Muito bem… sua dedução foi bem lógica. – o reitor sorriu satisfeito. – É de alunos como você que Anteros precisa. De fato, a ideia de conseguir recursos com base nas avaliações dos alunos foi minha. E, apesar das finanças da Anteros estarem em dia, não é o que isso que enviamos na prestação de contas do Ministério da Educação, pelo menos, uma vez a cada dois anos, então, nos comprometemos a ter a maior média de avaliação do país se eles aumentassem o repasse de valores para nossa instituição. E eles aceitaram.

– And Anteros não precisar realmente desse extra money, você poder tranquilamente manter a faculdade em ordem e ficar com o resto para você! – Dee finalizou. – But, para isso, você precisar que os alunos tirar boas notas

– E para isso eu contei com a ajuda do Rayan primeiro… – Culann agora se dirigiu para Rayan. – Ele queria se vingar do mundo por causa da esposa assassinada dele. Ele queria descontar sua raiva em algo. Eu só precisei direcioná-la.

– Esposa assassinada? – Nathaniel interveio na conversa. – Você não contou isso para Ambre… Que você era casado. Você disse que houve um acidente…

– Sua irmã é uma pessoa adorável, Nathaniel, mas eu realmente me aproximei dela para encontrar você! – Rayan não parecia satisfeito com aquilo. – Contei a ela a história da minha amada ex que morreu num acidente trágico e foi o suficiente para comovê-la. Então, nem precisei dizer exatamente que tipo de acidente aconteceu…

Rayan tinha uma mistura de ressentimento e raiva no olhar. Não dava para saber o motivo. Mas, parecia algo que estava prestes a emergir ali mesmo. Talvez ele tenha realmente se apegado a Ambre e dizer aquilo era doloroso. Ou talvez era a lembrança do crime que aconteceu com sua esposa. Será que ele a amava? Ou talvez, havia algo a mais ali…

– Rayan chegou até nós tão cheio de raiva e desejo de vingança contra o mundo que foi fácil encaixá-lo nos meus planos. – Culann respondeu. – Admiti ele como um professor que dava provas cada vez mais difíceis para que forçasse os alunos a recorrerem a métodos que aumentavam a concentração ou… até uma trapaça…

“Vingança contra o mundo…” Não era isso que Dee via no olhar de Rayan. Havia vingança certamente, mas tinha algo a mais ali. Ela só não sabia o quê.

– Isso coincide com o aumento das vendas de café no Cozy Bear… Are you sure Clemence is not involved?

– Não. A senhorita da cafeteria é só um efeito colateral.

– Mas, não entendo, as provas do professor Rayan não ser difícil. Então, se você depender daquele prova, não vão muito longe no esquema.

– As minhas provas são difíceis. Pergunte para sua amiga Yeleen, se é que nosso produto já não comeu o cérebro dela. – Rayan respondeu com um ar de ofendido. – Porém, as vezes, surgem alguns prodígios como a senhorita Chani ou gente como você, que estudou em uma faculdade tão superior a nossa que o conteúdo que dou se torna algo trivial.

– Vocês acabar com o mente de vários jovens por causa de money… – Didra olhava de Culann para Rayan, procurando algum sinal de culpa ou arrependimento. Mas não havia nada. Exceto aquela raiva e remorso nos olhos de Rayan. – E o que acontecer com eles depois?

– Ora, se eles saem do controle, são expulsos da academia e continuamos seguindo o ano letivo normalmente. – Culenn deu de ombos. – Enviamos a prestação de contas do ano para o Ministério da Educação com tudo em dia e deixamos o próximo ano seguir normalmente, até que repetimos o esquema e com isso, mantemos o caixa sempre cheio, ninguém suspeita de nada e os alunos continuam comprando de nós quando as provas ficam difíceis, afinal, sempre há um veterano que se lembra que “há uns dois anos vendiam um negócio que ajudou ele a passar de ano e pode indicar um amigo que vende”… Mantemos esse esquema até hoje com sucesso.

– E o Nathaniel? Onde entrou nisso?

– O sr. Collier aqui? – Culann foi até Nathaniel e colocou amão no ombro dele. – Ele foi outro que estava a procura de um pouco de adrenalina e chegou a um patamar bem alto aqui dentro. Pena que teve uma “crise de consciência” e passou a  trocar nosso produto por tempero. Irritou muito alguns compradores. Mas acredite em mim quando digo que não sabíamos do envolvimento da jovem enfermeira.

– I believe! – Dee encarou Nathaniel. – Esse vai todo pro conta dele!

– Bom, chega de diálogos expositivos aqui! – Culann sentou-se em uma mesa de madeira e ofereceu outra cadeira para Dee. – Já contei demais o meu plano e estou fortemente inclinado a não permitir que ninguém que saiba demais saia daqui com vida. Exceto se a sua proposta for boa, é claro…

– I paid from her… – Dee olhou pra Nathaniel. – …e você me dar ele de brinde!

– Obrigado pela consideração… – Nathaniel revirou os olhos. – Nem parece que namorou comigo já…

– Foi um mês! Só isso!

– Você namorou com o Nath? – Iris ficou surpresa com aquilo. – E nunca me contou?

– Foi um mês! – Dee repetiu mais alto. – Logo que eu entrei na Sweety Amoris! Foi escondido!

– Como você nunca me contou uma coisa dessas??

– Você me contar de todos os seus romances? – Didra retrucou mais irritada. – Quanto tempo demorar para você me falar sobre Raphael?

– Sei lá? Duas ou três semanas… – Iris respondeu abrindo os braços. – Não seis anos! Aliás, você não me contou… quem contou foi ele! Por que você estava escondendo isso de mim?

– Eu não estar escondendo nada, eu só… não achar relevante falar!!

– Ah, agora não sou relevante. – Nathaniel cruzou os braços e a encarou. – Primeiro eu era um brinde, agora eu não sou relevante?

– Oh my God! Can you wait… Um DR por vez, please! – Didra levantou e foi encarar o rapaz. – Você aceitar que nos não vai mais falar sobre esse e…

Ela parou a frase na metade quando uma série de armas foi apontada para ela, Nathaniel e Iris. Culann e Rayan encaravam eles, bem insatisfeitos com a situação. Dee sussurrou um desculpe e olhou para Iris com cara de quem “a gente conversa depois” e Iris respondeu um “bom mesmo” também só com o olhar. Ela voltou a sentar-se na frente do reitor e respirou fundo antes de falar.

– Eu pago para você soltar eles… – Dee parou um pouco e respirou fundo outra vez. – …cem mil! Agora.

– Cem mil? Dólares?

– Euros! National money! – Dee respondeu. – Eu achar que esse cobrir qualquer prejuízo que a gente tenha causado.

Culann e Rayan levantaram a sobrancelha. Iris deixou o queixo cair sem acreditar no que estava ouvindo e Nathaniel olhou para ela sem saber se tinha ouvido certo o valor. Didra continuava em silêncio, apenas deixando que eles absorvessem a situação. Então, Rayan foi o primeiro a falar.

– E de onde você tirará cem mil agora para pagar por eles?

– Eu ter meus recursos… Isso não importar, certo? But, i need my phone.

O bandido que acompanha Dee no começo tirou do bolso o telefone celular dela e o colocou na mesa. Rayan foi o primeiro a verificar o aparelho. Nada de estranho, exceto pelo fato de quem alegava ter cem mil em conta usava um modelo tão defasado quanto aquele. Convencido de que não tinha nada de mais, ele entregou para ela. Ele e o reitor estavam atentos para terem certeza de que ela não tentava discar algum número ou ligar algum tipo de rastreamento.

– Bom, let’s do bussiness. – Didra pegou o celular, com calma, já que os bandidos armados ficaram alarmados ao ver ela colocando a mão no aparelho, então, ela levantou o aparelho e mostrou para Rayan e Culann. – Here! Eu vou acessar meu internet banking… Vocês vocês estar vendo… – ela mexeu somente no que falava. Acessou o navegador e digitou o endereço do banco. – …eu não vou mexer em nada que vocês não estejam vendo.

De fato, Rayan continuava vendo que todos os movimentos dela indicavam que ela estava acessando o banco pela internet e, algumas telas depois, ela apresentou um extrato com o valor de pouco mais de cem mil euros disponíveis para saque. Culann ajeitou os óculos para ver a quantia e de fato aquilo batia. Eles não sabiam como, mas, o dinheiro estava ali.

– Temos um acordo?

Rayan olhou para o reitor e depois para Dee. Culann ficou pensando por alguns instantes.

– Sabe que poderíamos matar vocês e ficar com esse dinheiro. O que te faz pensar que não faríamos isso?

– Vocês não tem interesse em nós, nem pra isso! – Didra respondeu confiante. – Pra você, levar o dinheiro e deixar-nos ir é mais econômico e fácil.

– E o que garante que não sairão daqui e irão direto na polícia nos entregar?

– This… guns… – Didra apontou para as armas em volta dela. Todas apontadas para a cabeça. – Eu ter certeza nenhum de nós quer isso outra vez. Além disso, nenhum de nós sumiu por muito tempo, ninguém deu por falta de nós e por isso, não há nada a reportar.

Rayan esticou a mão para pegar o telefone, mas Dee foi mais rápida e deu um tapinha nele, como quem bate em uma criança que está prestes a pegar algo que não deve. O professor puxou a mão, surpreso pela atitude dela, afastou a mão do aparelho e a encarou nervoso.

– A deal or not?

– Ela é bem atrevida, não, Rayan? – Culenn riu da situação, o que deixou Rayan mais irritado. – Certo, senhorita. Temos um acordo! Soltem eles…

Os bandidos se afastaram de Nathaniel e de Iris. A garota ruiva correu para abraçar Iris e esticou o braço para que Nathaniel, que também entrou no abraço. Os três ficaram uns minutos juntos em um abraço feliz. Estavam salvos.

– Eu prometo que te pago!! – Iris virou o rosto de Dee para ela e deu um beijo em seus lábios. – Eu juro que te devolvo tudo!

– Pare de arrumar dívidas para você!! – Didra respondeu rindo. – Já seria a terceira dívida que você arruma e não pode pagar.

– Obrigado por isso, Dee! – Nathaniel respondeu aliviado. – Nunca mais eu me meto com esse tipo de coisa!

– Is good! – Dee manteve Nathaniel no abraço. – Agora, fique junto de mim!

Dee indicou a porta de saída para os dois amigos e preparou-se para sair. Então...

– Esperem!!

Culenn, bastante nervoso foi até eles e mostrou o telefone para Dee. Ela continuou abraçada com Nathaniel e Iris, enquanto o reitor da faculdade apontava para o celular dela.

– Isso é só uma imagem!! É um print de uma tela do internet banking! Você achou mesmo que eu não ia perceber na hora que tentasse fazer a transferência?

– Oh… sorry!! – Dee olhou para o telefone e depois para o reitor. - Telefone errado! Esse é o que o meu amigo da DSPD me deu dizendo que em dois minutos ele seria rastreado e encheria o lugar de agentes federais saindo até de dentro do esgoto!

– OQUÊ??

– E acabaram de passar… – ela olhou para o aparelho. – …quinze minutos! Eu acho que eles estão por aqui a qualquer…

Didra não terminou de falar e os tiros que entravam pela janela começaram a atingir os bandidos e abatê-los um por um. O caos estava instaurado e os bandidos que não foram atingidos, incluindo Culenn e Rayan sacaram suas armas e pularam atrás de caixas, mesas ou qualquer coisa que pudesse servir como cobertura contra os tiros dos snipers do lado de fora do grande galpão. Didra apertou Iris e Nathaniel no abraço e também correu com eles, da melhor forma que a perna ferida permitia, para trás de uma das mesas da parte de química da operação, sentando atrás dela com os dois amigos, tentando sair da linha de tiro.

– Atenção!! As garotas e o rapaz com elas são os reféns. A prioridade é tirá-los daí!! – a voz vinda de um algum alto-falante chamou a atenção deles. – Garantam que eles saiam de lá vivos!!

– É a voz do Armin?? – Iris berrou para ser ouvida em meio ao som dos tiros e do vidro quebrando. – Ele é o amigo na DSPD??

– Bom, agora que ele anunciou que somos os reféns, viramos alvos aqui!! – Nathaniel tentava se proteger os estilhaços de vidro enquanto tentava enxergar alguma coisa que estava acontecendo. – Precisamos sair daqui o mais rápido possível!!

– I has a distraction here!! – Didra pegou seu estranho brinco tubinho cumprido e o segurou firme. – Stay close…

Continua…


Notas Finais


Se você quiser conhecer toda a história da Dee, você pode ler direto no fórum oficial do AD clicando no link:
https://www.amordoce.com/s2/forum/t31179,1-gl-iris-você-é-meu-amor-doce-parte-2-por-realdoido.htm#p6591739

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