História Antes dos 30 - Hiatus. - As aventuras de Sarada e o Coelho

Antes dos 30

— MÃE PARA.

Itachi corria pela casa com Mikoto atrás mirando o salto agulha na cabeça do filho. E para o azar do moreno a mais velha não era ruim de mira.

— VOLTA AQUI PESTE.

— EU VOU PRA PONTE SÓ NÃO ME MATA PELO O AMOR DAS MULHERES GOSTOSAS.

— MOLEQUE MAL CRIADO, EU DEVIA TER TE VENDIDO PRA CARROCINHA QUANDO ERA PEQUENO. — a mulher berrou lascando o salto na cabeça de Itachi que vôo pra fora de casa caindo morto no corredor.

E lá se foi uma vida. Nossa aquele galo estava enorme.

Mikoto ajeitou a bolsa no ombro e sorriu para Sarada que estava no colo de Sakura boquiaberta.

— Quem é a netinha mais linda da vovó? — afinou a voz apertando as bochechas gordas da menina.

Sarada olhou para a mãe e abriu o berreiro se escondendo com o coelhinho nos braços.

— Nossa o que ela tem? — Mikoto pergunto preocupada.

Medo.

— Acho que ela está com fome. — Sakura sorriu fraco olhando de relance para Sasuke que se fingia de morto no chão para caso sua mãe resolvesse dar a louca com ele também.

Ninguém brincava com Mikoto Uchiha. A mulher era ótima em usar uma bazuca.

— Bom eu gostaria de ficar mas tenho um defunto para enterrar, tchau queridos. — a morena mandou beijos e foi embora arrastando Itachi pela perna.

Que Deus o tenha.

Sakura soltou o ar que segurava e Sasuke se levantou olhando a sua volta com cautela.

— Ela já foi?

— Sim. Coitado do Itachi. — Sakura disse penosa.

— Bem feito ninguém mandou ser um retardado. — o Uchiha se jogou no sofá sorrindo.

Como se ele também não fosse.

— Não seja mal com seu irmão. — Sakura repreendeu.

— Ele não está nem ai pra mim. — Sasuke revirou os olhos.

— No fundo vocês se amam.

— É tão no fundo que eu nem vejo. — o moreno debochou. 

— Sonha que eu acredito. Tô com fome vou fazer panqueca. — a rosada se levantou seguindo para a cozinha.

Sasuke olhou para Sarada que estava sentada ao lado e a menina passou o dedinho no pescoço imitando uma facada. O Uchiha franziu o cenho não entendendo e quando ouvio o grito de Sakura arregalou os olhos saindo correndo.

— SASUKE UCHIHA QUE TRALHA É ESSA NO MEU TETO? EU VOU ARRANCAR SUA CABEÇA FORA COM MEU CANIVETE.

Sarada riu abraçando o coelhinho vendo sua mãe furiosa segurando um canivete da barbie procurando pelo seu pai.

— Coelhinho.

(...)

No dia Seguinte.

— Que bom que veio hoje Judite nós já estamos atrasados. — Sakura abriu a porta com uma mão e entregou Sarada para a velhinha com a outra.

A menina chupava um pipo vermelho e olhava para a velha feia balançando as pequenas marias chiquinhas que sua mãe tinha feito.

Coisa mais fofa.

— Tem mingau na geladeira e a dispensa esta cheia. Cuida da minha bebê. — disse apressada dando um beijo na bochecha de Sarada.

— Vou cuidar só espero que ela não cague em mim de novo, fiquei fedendo por uma semana da última vez. — a velhinha resmungou seguindo para o sofá.

Sarada sorriu com um olhar maligno já planejando seus planos de bebê malvada.

— Só não dê chocolate a ela. Vamos logo Sasuke saia da frente desse espelho. — Sakura disse apressada pegando sua bolsa no sofá.

— Calma mulher deixa eu arrumar meu cabelo.

— Por que quer arrumar o cabelo? Você vive com ele bagunçado igual um ninho de passarinho. — Sakura retrucou desconfiada vendo seu marido aparecer na sala com o cabelo lambido.

Sasuke abriu os braços apontando pro cabelo entupido de gel e deu um sorriso de garoto propaganda.

— E ai gostou do meu novo visual?

— O que você fez no seu cabelo? — ela fez uma grande careta.

— Passei pente e gel, tô ou não tô bonitão?

— Parece que uma vaca passou a língua ai, credo Sasuke esqueça o que eu disse sobre pente e deixa esse ninho bagunçado mesmo.

Sasuke a ignorou e pegou sua mochila dando um beijo na cabeça da filha e uns tapinhas na cabeça da velha Judite que o olhou feio. Ela não ia com a cara do Uchiha.

— Sei que estou lindo amor. — ele puxou Sakura pela cintura a empurrando para porta lhe dando um beijo estralado na boca.

— Você bebeu? — ela o olhava estranho.

— Também te amo querida.

— É você realmente bebeu.

(...)

— Sakura você ouviu o que eu falei?

— Desculpa Sasori o que você disse? — Sakura saiu do mundo da lua se virando para o ruivo.

— O trabalho da Aki você quer fazer comigo?

— An tudo bem a gente se encontra depois.

— Você está bem? — ele a analisou notando as olheiras nos olhos da garota.

— Tô sim, obrigada por se preocupar. — sorriu forçado.

— Você não vai sair?

— Oi? — ela o olhou confusa.

— A aula acabou. — ele riu apontando para a sala vazia.

— Ah tô atrasada, só tenho 30 minutos para almoçar antes de chegar no hospital. — a rosada se levantou rapidamente pegando suas coisas.

— O estágio está sendo pesado? — Sasori seguiu a garota que caminhava apressada para fora da sala.

— Estou acabada mas vai dar tudo certo.

— E sua filha?

— Sarada está bem, ela tem uma babá. — sorriu ao se lembrar da razão da sua existência.

— Você não é muito presente não é?

— O que? — ela se virou para o ruivo parando no meio do corredor cheio de alunos.

— Acho que ela deve sentir sua falta.

Sakura abriu a boca fechando algumas vezes não encontrando respostas. Sasori tinha razão, Sarada sentia muito a sua falta durante o dia e ela estava sendo um péssimo exemplo de mãe.

— Sakura. — Sasuke apareceu se prostrando ao seu lado.

Deu uma bela conferida no ruivo que o olhou estranho.

— Que vaca lambeu seu cabelo? — o Akasuna zombou.

— A mesma que lambeu o seu. — o Uchiha retrucou irritado e Sasori o olhou ofendido.

— Vamos logo, até mais Sasori. — Sakura puxou o moreno pelo braço antes que ele resolvesse discutir com o ruivo.

— O que ele queria? — Sasuke perguntou olhando para o ruivo ao longe que agora se olhava no espelho.

— Nada. — Sakura murmurou acenando para Ino que estava ao longe conversando com Gaara.

— Como nada?

— Sasuke você acha que eu sou uma péssima mãe? — a rosada mudou de assunto ao se lembrar das palavras do ruivo

— Claro que não, você é ótima.

— Está dizendo isso para me agradar.

— Estou falando a verdade. Sarada é uma sortuda por ter você. — a abraçou deixando um beijo estralado na bochecha da mulher.

— Obrigada Sasuke. — ela sorriu se sentindo menos patética.

— Ta legal, agora vai falar o que o capiroto queria? — perguntou como quem não queria nada.

Sakura o olhou pelo canto do olho e balançou a cabeça sorrindo irônica.

— Você é tão neurótico, já estou até vendo um cabelo branco em sua cabeça.

— O que? Onde? — Sasuke parou passando as mãos pela cabeça.

— Nossa é tão feio. — ela riu se afastando do moreno.

— Sakura volta aqui, tira isso de mim.

— Velhinho gagá.

— Irritante.

(...)

A noite o casal chegou em casa brigando pela multa de trânsito que Sasuke havia levado pela décima vez apenas naquela semana.

— Se você olhasse para o rua enquanto dirige isso não aconteceria. — Sakura reclamou empurrando a porta do apartamento.

— E você acha que eu olho pra onde? Pros seus peitos? — Sasuke resmungou arrancando a camisa e jogando no chão.

Pra estrada é que não é.

— Não duvido nada, pega essa camisa idiota não é você que limpa a casa. — Sakura bufou tirando os sapatos.

Ela caminhou pela sala chutando para o canto os brinquedos de Sarada que estavam esparramados no chão.

Sasuke pegou a camisa reclamando e saiu tropeçando nos brinquedos da filha xingando o mundo inteiro pela sua falta de inteligência.

Sakura ignorou os chiliques do marido e seguiu para a cozinha a procura da babá e de sua princesinha.

— Judite, Sarada chegamos. — cantarolou e parou na porta do cômodo assustada ao ver a cena a sua frente.

A cozinha estava uma bagunça, as portas dos armários estavam abertas e as comidas derramadas. O autor do crime estava em cima da bancada comendo cereais e bebendo vinho derramado, cujo os cascos estavam caídos no chão ao lado de uma babá desmaiada com um galo enorme na cabeça.

— Sasuke venha até aqui. — Sakura chamou cautelosa vendo o moreno se aproximando enquanto jogava a cabeça de uma boneca pela janela.

O Uchiha parou ao lado da mulher abrindo a boca ao ver o estado da cozinha. Nem ele mesmo havia conseguido fazer uma bagunça daquelas.

— Que caralhos aconteceu aqui?

— Olha. — a rosada apontou para a bancada onde o coelho cambaleava bêbado.

Se beber não dirija.

— Maldito roedor bebeu todo meu vinho. — Sasuke rosnou pegando um taco de beisebol atrás da porta. 

Sakura saiu de perto se aproximando preocupada da babá que além de estar com um galo na cabeça estava com duas cenouras enfiadas na boca e algo marrom cobria todo seu corpo. Aquilo era bosta?

Um coelho não faria isso sozinho, faria? Arregalou os olhos vagando por toda cozinha não encontrando a outra autora do crime.

— Sarada. — ela correu para fora da cozinha a procura da menina.

Enquanto isso Sasuke continuava na cozinha mirando o bastão de beisebol no coelho, os olhos cerrados e a pose de um atacante. Detalhe ele estava o mais distante possível do bicho.

Algo me diz que isso não vai dar certo.

— ISSO É PELO MEU VINHO SEU FILHOTE DE CAPETA. — gritou lascando o taco no coelho errando a mira e quebrando as coisas do balcão.

O coelho tentou correr meio tonto e Sasuke ia atrás acertando o taco pelo balcão com sua mira “perfeita”.

Era pior que a Sakura. O coelho ia pro sul e ele acertava o nordeste.

— DEMÔNIO MALDITO.

Mais uma tacada e lá se foi o jarro de flores preferido de Sakura.

— EU VOU TE MATAR.

Amassou a porta do armário.

— SUA COISA DO MAL.

A lâmpada vôo longe e a cozinha ficou toda escura.

Não me pergunte como ele conseguiu essa proeza pois nem eu sei

— Onde você está peste? — Sasuke ofegou olhando de um lado para o outro sem enxergar nada.

De repente começou a tocar uma musiquinha de terror o assustando e as corujas lá fora começaram a gritar. O Uchiha deu um paço para trás suando frio mirando o taco para todos os lados.

Cuidado que o bicho papão vai te pegar.

— Pai nosso que estás no céu...

É só nessas horas que se lembra que Deus existe.

O Uchiha andava de costas tentando sair da cozinha e quando ele estava quase conseguindo fugir o coelho que estava em cima da geladeira pulou em sua cabeça.

O grito de Sasuke deu pra ouvir até na Alemanha.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...

Mas o mais assustador foi a risada maligna que o coelho deu antes de morder a testona do Uchiha.

(...)

Sakura tinha procurado por toda casa e não havia encontrado sua filha em lugar nenhum. Começou a se descabelar olhando debaixo das camas e nas gavetas do guarda-roupa.

Sarada não estava em seu quarto e muito menos no dela. Tinha procurado em todo canto e o único lugar que ainda não fora era o:

— Banheiro.

Sakura correu tropeçando nos seus sapatos e batendo o dedinho na quina da porta. Ignorou a dor chegando o mais rápido possível no cômodo.

Teve que se manter calma para não ter um infarto ao ver sua filha toda cagada na beirada da privada prestes a pular dentro.

— Sarada meu amor desça dai. — sorriu nervosa se aproximando devagar e a menina riu empolgada apontando para algo dentro do vaso sanitário.

Era uma bosta gigante coberta de pedacinhos de milho.

— Por favor querida venha até aqui. Não faça nada que me faça ter um ataque de raiva.

Sakura estava quase alcançando a filha quando se assustou ao ouvir o grito de Sasuke e escorregou em um monte de bosta no chão caindo para trás igual uma jaca podre.

De onde saiu tanta bosta?

— PUTA QUE PARIU SASUKE.

A mulher conseguiu erguer a cabeça morrendo de raiva fitando a filha que apenas abanou a mão e mergulhou dentro da privada.

Sakura entortou os lábios piscando os olhos em um tique nervoso e voltou a cair para trás. Ainda ouviu as risadinhas de Sarada e os gritos de Sasuke chamando pelo Papa antes de morrer de desgosto.

— Eu só queria uma família normal.

Sinto muito Sakura mas filho de doido doidinho é.