História Antissocial - Caminhos

Foi uma confusão, bateram na porta com agressividade, a mãe dele quase me arrastou pelos cabelos pra que eu saísse de lá, nos despedimos com um beijo, rápido, mal pude senti-lo antes dos seguranças me arrastarem pra fora. Olhei pra trás diversas vezes olhando pra ele, decorando cada traço, talvez no fundo eu soubesse, que não nos veríamos nunca mais.

Sasuke não apareceu mais na escola, não foi na formatura, não me ligou. Ele havia sumido. Invadi a casa"""" dele diversas vezes, mas ele nunca estava, ninguém me falava nada, acampei por dias enfrente aquela maldita mansão. Mas não havia qualquer sinal dele. A mãe dele falou que ele não voltaria mais, que eu devia aceitar, deixa-lo em paz. Que sasuke havia me deixado. Como eu poderia acreditar nela depois dele ter dito que me amava?

Certo dia estava lá sentada debaixo do sol, esperando, quando Naruto veio ate mim, parecia tão abatido quanto eu, não queria conversar, havíamos brigado por dias, ele não entendia que eu precisava de Sasuke, ninguem entendia.

_vamos... ele não vai mais voltar. - não olhei pra ele, eu sabia que estava mentindo, havia mentindo tantas outras vezes.

_não vou sair daqui até vê-lo. Eles não querem me dizer onde ele está. - eu mal tinha forças pra falar, estava acabada, não estava me alimentando direito, não dormia.

_Ele não vai mais voltar. - falou ríspido me entregando um papel. Pensei diversas vezes em não aceitar, mandar Naruto pra puta que pariu e continuar minha espera em paz. Mas peguei o papel e identifiquei na hora aquela letra feia ridícula dele.

"Preciso me afastar, ela tem você, cuide dela como sempre fez.

-Sasuke Uchiha"

Era um cartão postal de Oxford. Era logico que ele iria pra lá, tinha as melhores notas da escola, sem contar a influência de seus pais podres de ricos. Senti vontade de rir da minha desgraça, ele tinha se afastado e deixado toda aquela merda que eu era pro Naruto cuidar. Eu não chorei até chegar em casa, depois passei dias chorando, semanas talvez.

Até certo dia que Naruto veio na minha casa assistir um filme, olhei pra ele que estava concentrado no tal filme que nem me lembro mais o nome, estava magro, os olhos ainda inchados de quem tinha chorado a pouquíssimo tempo. O que restava do meu coração doeu. Aquele sofrimento dele era por minha causa, eu tinha o julgado a anos atrás por me deixar, mas eu nunca tinha pensado em todo sofrimento que eu tinha causado nele também.

Fui pra cima dele, devagar ele pareceu assustado mas não me afastou, coloquei uma perna de cada lado do seu corpo e segurei seu rosto próximo ao meu. Aquela imensidão azul que tanto me atraia antes estavam agora apagados, mórbidos. Ele tinha sido minha cura a algum tempo e era minha vez de curá-lo, ou pelo menos deixar de ser a causa da dor dele. Ele ia falar algo, protestar talvez, me explicar todos os motivos pelo qual aquilo era errado, mas eu fui mais rápida, colei meus lábios aos dele. Estavam frios e por um momento pensei que ele não iria querer, que me rejeitaria, mas ele suspirou e agarrou minha cintura colando o corpo no meu enquanto aprofundava o beijo. Não havia gentileza, carinho, nada além de fome, fome por mais dele, por mais de algo que nos fizesse sentir bem, qualquer sentimento além daquela dor.

Nós subimos pra quarto, e foi estranho, lembrei de Sasuke a cada toque, chorei e Naruto chorou comigo. Mas era a última vez, depois daquele dia não haviam mais lágrimas, seu eu não podia ser feliz eu o faria feliz.

Acabei passando para a NYU, a universidade de Nova Iorque, era do outro lado do país mas eu fui e Naruto foi comigo. Começou a trabalhar em uma filial da empresa do Tio Jiraya, não quis ir pra faculdade, dizia que estava cansado de estudar, preguiçoso como sempre. Eu comecei a receber o seguro de vida que minha mãe tinha deixado, não estava rica mas conseguiria me manter até terminar a faculdade se economizasse. Alugados uma casa pequena e aconchegante no Brooklin e começamos a morar juntos.

Foi complicado no começo, namoramos por uma tempo, mas não dava certo, nós dois sabíamos que faltava algo. Eu aprendi a ama-lo do jeito certo, mas decidimos não namorar, ou seja ele era livre pra galinhar a vontade, ser feliz do jeito que quisesse, mas é óbvio que não tinha como morar na mesma casa que Naruto e resistir aquele ser ao mesmo tempo. E assim se passaram 5 anos e não pensei mais em Sasuke.

Era uma quarta feira, estava tentando estudar, mas meu pensamento sempre divagava até o fim de semana quando teria que receber os amigos de Naruto em casa. Não gostava de visitas mas aqueles pohas não nós deixavam em paz. Sim o drag, a cegueta e toda aquela trupe nós seguiram pra o outro lado do país, não tive paz vei. Precisava comprar algumas coisas, ir no mercado comprar comida praqueles esfomeados.

_Sakura-chan – Naruto entrou com tudo no meu quarto (sim tínhamos quartos separados), tomei um baita susto, maldito queria me infartar. Gritei um palavrão e ele começou a rir.

_ Quer me matar porra – ele riu mais ainda. – diz logo o que tu quer - girei minha cadeira pra ele, sabia que queria algo, sempre queria algo pra vir me infernizar.

_Vamos sair, tô cansado de ficar em casa... – revirei os olhos girando minha cadeira novamente.

_Pode ir sozinho, eu preciso estudar. - Quando peguei a caneta pra começar minha difícil tarefa de conseguir me concentrar ele virou a cadeira novamente. Na verdade tinha sido ele quem havia me dado aquela cadeira giratória chic, eu nunca tinha entendido o porquê até agora. Ele se ajoelhou na minha frente passando a mão pelo ombro descendo a alça na minha blusa fina.

_Você é tão chata... – ele falou com a voz arrastada, enquanto levava a boca ao meu peito agora desprotegido, resmunguei algo que nem eu mesmo entendi como forma de protesto, mas ele riu e voltou sua atenção aos meus seios, massageando um enquanto chupava o outro seu tórax ente minhas pernas abertas.

_Preciso estudar Naruto... – falei sem controle do meu corpo, da minha alma. Olhei pro seu rosto que me encarava de volta enquanto fazia aquele ato obsceno e me perdi naquela imensidão azul inebriantes e cheios de desejo. Me deitei mais na cadeira tentado aumentar o contato de nossos corpos em reposta ele me levantou daquela cadeira me levando até a cama sem parar de chupar meus seios. Eu já estava entregue danesse a universidade, eu queria ele, dentro de mim.

Ele se levantou, apara tirar as roupas e eu resmunguei com a distância, ele sorriu, aquele filho da puta sabia mexer comigo, me tirar do sério. Quando tirou as roupas dele eu pude ver aquele corpo maravilhoso e quase babei, sabia que nada daquilo era meu definitivamente mas eu o tinha, e eu o amava. Ele tirou minhas roupas sem que eu precisasse fazer muito esforço, e olhou pra mim dos pés a cabeça lentamente, como sempre fazia, com um sorriso safado na cara. Senti meu rosto arder um pouco, mesmo com anos de convívio eu nunca me acostumaria com aquilo.

_Você é linda Sakura-chan. – disse por fim antes de voltar pra cima de mim, me beijando, fazia semanas que não tínhamos esse tipo de contato e que saudade eu senti daquela boca, daquele corpo... eu queria mais do que só beijos, mas não precisei pedir ele se enfiou entre minhas pernas, sempre tinha aquele desconforto de me ajustar ao seu tamanho e ele era paciente em esperar, começou devagar beijando meu ombro me dando arrepios, eu gemi quando começou a ir mais forte, dando estocadas firmes como ele sabe que gosto. Ele gemia baixo o meu nome e dizia coisas que eu nunca acreditaria se ele não estivesse tomado pelo desejo assim como eu. Ele apertava minha cintura, chupava meus seios, tomando posse de tudo em mim. Não demorou muito pra eu chegar no meu limite e ele gozou logo depois.

Ele se retirou de dentro de mim, mas não saiu de cima, depois de conseguir controlar a respiração ele ficou ali, nós dois pelados enquanto ele alisava meu rosto. Eu fechei os olhos apreciando o carinho e o restinho das sensações que ele tinha me proporcionado a poucos minutos.

_Você até parece gente quando tá assim calminha Sakura-chan – eu ri e soquei o braço dele.

_Vá se foder Naruto – falei rindo tínhamos intimidade o suficiente pra eu saber que ele não se ofenderia.

_Prefiro foder você. – eu fiquei em choque por um segundo e dei outro soco nele. Não tem um pingo de respeito, nojento.

_Não seja tão baixo, seu porco. – ele riu mais ainda , eu fique vermelha, ele foi parando de rir aos poucos me encarando. Olhei pra ele que estava sério agora.

_Eu amo você. – falou na lata, porra Naruto.

_Eu sei... – disse olhando pro seu pescoço, fiquei passando a mão no seu ombro e costas retribuindo um pouco do carinho ele havia me dado antes. Eu poderia ter dito que o amava também, o quanto eu o amava, mas ele não entenderia, já tínhamos passado por aquilo antes, não queria passar por tudo de novo, estava bom do jeito que estávamos.

Ele sorriu, no fundo ele entendia eu acho. Enfim, ele me beijou novamente, e me levou para o banheiro onde fizemos sexo mais uma vez debaixo do chuveiro.

Decidimos ver um filme, já que ele jurou de pé junto que não me deixaria estudar em paz, que queria companhia... talvez eu me foda nas provas por causa desse idiota. Eu fiquei procurando um filme e enquanto ele cozinhava pra gente comer, ele tinha aprendido a cozinhar algumas coisas a mais, além de lamen, depois que fomos morar juntos, disse que queria me alimentar direito pra mim dizer que eu tava passando fome com ele... Ele é perturbado.

Depois de muito procurar decidi assistir Venom, nós tínhamos assistido no cinema anos atrás mas eu queria ver de novo e ele concordou. Estava esperando ele voltar pra começar quando a campanha tocou, estranhei por que não estávamos esperando ninguém, nossos amigos sabiam que eu não gostava de visitas repentinas. Naruto me deu um grito pra abrir a porta, ódio, mesmo de pijama eu fui.

E queria não ter feito, queria ter fingido que não tinha ninguém em casa. Qualquer coisa teria sido melhor do que abrir aquela porta novamente, como uma onda tudo voltou quando o vi ali parado na minha frente, de blazer escuro, mais alto. Mais ridiculamente bonito, com as duas mãos no bolso.

_Sasuke...