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História Ao teu lado - Eu te amo


Escrita por: saavik

Capítulo 5 - Eu te amo


Minseok agora encontrava-se deitado sobre sua cama, sorria como um bobo enquanto fitava o teto. Havia sido deixado em sua casa as quatro e meia da manhã. Seu corpo ainda permanecia aquecido em todos os lugares em que fora tocado pelo maior. Este que viria busca-lo.

Ainda repetia as palavras de Jongdae em sua mente "Eu virei as 9, esteja pronto. Não é um encontro"

Jongdae, que agora provavelmente está em seu trabalho, morto de cansaço, já que não havia dormido nem mesmo por alguns minutos.

Ambos passaram a noite acordados, um nos braços do outro. Mas diferente do mais alto, Minseok pode dormir agradáveis oito horas. Não relutou, nem protestou, simplesmente havia aceitado sair com o maior novamente, e agora perguntava-se se ele realmente viria, no fundo esperava que sim. Por mais que isso faça doer seu coração.

Jongdae provavelmente acabaria tomando seu corpo, como havia feito na noite passada, com seu consentimento, é claro.

Minseok ainda perguntava-se o que estaria fazendo e como tudo iria acabar, sentia medo e isso era inegável, seus pensamentos vacilavam entre entregar-se ou manter-se afastado. O menor adorou cada segundo, ninguém nunca o havia tocado de maneira tão gentil, o que tornava a realidade de seus sentimentos mais difícil.

A noite passada para Minseok, havia sido muito mais do que agradável. O mais velho havia se esquecido de tudo, como se seus problemas e medos tivessem desaparecido. Sentiu que por breves momentos era imortal, sentiu que nem mesmo a realidade de sua saúde pudesse tira-lo de sua felicidade, momentânea, infelizmente.

 

O menor sentia-se zonzo, mas não deixou de sorrir nem por um segundo sequer. Ainda cogitava a possibilidade de se afastar. Logo tudo iria piorar e provavelmente Jongdae iria se afastar por sua própria vontade. Seus olhos fecharam-se lentamente enquanto a imagem de Jongdae percorria sua mente.

Mas o maior era malditamente gentil e caloroso, era tão difícil pensar em se afastar quando tudo o que Minseok queria era vê-lo novamente e sentir aquela tão gostosa sensação.

Pensava que continuaria a fitar o teto até que o maior chegasse, pois sua disposição de levantar-se era totalmente nula. Mas a campainha soou alto, tirando-o de seus planos.

Minseok levantou-se lentamente rumando até a porta, esperando que seu estado zonzo fosse embora tão rapidamente quanto havia chegado. Nem mesmo se deu ao trabalho de olhar pelo olho magico, apenas abriu sua porta com mesma lentidão de antes.

– Você está pronto? – A voz de Jongdae fez-se presente, despertando o menor que antes fitava seus sapatos com uma distração quase torturante.

Minseok olhou o relógio em seu pulso – São sete horas, você disse as nove.

– Eu não queria esperar tanto, podemos ir? – Perguntou o mais alto gentilmente.

Minseok assentiu antes de pegar seu casaco e trancar a porta – Onde vamos? – Perguntou curioso.

Jongdae sorriu enquanto o acompanhava até seu carro, permaneceu sorrindo, indicando que manteria segredo sobre o lugar.

– Entendi... – Minseok riu enquanto demorava-se a fitar o mais alto.

 

Jongdae realmente parecia estar disposto a conquistar o menor, e se seus atos não fossem tão dignos de um filme adolescente, talvez Minseok deixasse de achar tudo tão engraçado.

 – Tem certeza de que está disposto a dirigir? Você não dormiu nada e-

– Está preocupado comigo? – Interrompeu Jongdae fingindo descrença, logo sendo repreendido por tapas fracos em seu braço. – Espero que esteja com fome.

Minseok sorriu controlando seu baixo riso, que insistia em escapar pelos seus lábios. Imaginava que Jongdae faria tudo do jeito mais meloso possível, estava mais do que estampado em sua face que não fazia ideia do que fazer, nem por onde começar. O que era realmente engraçado aos olhos do mais velho.

O menor não disse palavra alguma, apenas assentiu levemente, manteve-se em silencio até adentrar um restaurante italiano desconhecido ao lado de Jongdae. Este que o conduzia com um sorriso gentil e uma face serena.

Minseok riu baixo ao notar a mesa que Jongdae havia escolhido, olhou ao seu redor, aliviando-se pelo restaurante estar quase vazio.

Sentaram-se em uma mesa na área aberta, em uma mesa para casais, o que o fez corar instantaneamente.

Jongdae sorria gentilmente enquanto fitava Minseok, trazendo a calma e a confiança que o menor tanto precisava.

 

– Tirou a ideia de me trazer aqui de algum filme romântico? – Perguntou o menor com um sorriso zombeteiro ao receber seu prato.

– Na verdade, eu sempre venho aqui. E como eu notei que você aprecia comida, pensei que fosse uma boa ideia. – Zombou o mais alto antes de saborear de seu Fettucine, recebendo um olhar repreensivo logo em seguida. – Eu não me esqueci da sua lista, já pode começar a falar. E porque tem que ser 100 coisas? – Perguntou curioso.

– Porque 100 é um número encorajador. Você não vai me deixar em paz se eu não te contar não é? – O mais velho suspirou antes de saborear de sua Focaccia.

– Acho que já me conhece bem. – Jongdae sorriu ao negar lentamente. Arranco mais um riso de Minseok.

– Que numero quer que eu diga? – Perguntou o menor, recebendo uma careta confusa logo em seguida. – É uma lista de 100, que numero você quer saber?

– Comece pelo número 1, eu vou saber todos eles de qualquer forma. – Confabulou o mais alto.

– Ver o sol nascer do lado oeste do rio Rivers. – Minseok suspirou novamente ao perceber que de fato o maior não o deixaria em paz até que soubesse de cada palavra de sua lista.

– Porque do lado oeste? – Jongdae perguntou curioso.

– Porque a vista é mais ampla. – Concluiu simplório.

 

O mais alto fitou Minseok por longos minutos, assentiu a cada palavra dita pelo outro. E quando por fim se calou, Jongdae demorou-se ainda mais ao fitar cada detalhe do rosto de tomava uma cor rubra rapidamente.

O observou terminar de comer e tentar inutilmente esconder seu rosto com seu punho fechado. O rosto de Minseok parecia levemente mais pálido, dando um destaque ainda maior aos seus olhos escuros. Jongdae perguntava-se como seria possível alguém ser tão belo.

O menor pigarreou desviando seu olhar, fazendo Jongdae rir de sua cor ainda mais rubra.

– Eu consegui Minseok. – O mais alto afirmou vitorioso.

– Conseguiu o que? – O menor parecia não fazer a menor ideia do que o outro falava, o bico em seus lábios e seu cenho franzido denunciavam a aleatoriedade de seu estado e pensamentos.

– Fazer você me amar. – Esclareceu o mais alto recebendo um riso baixo em resposta – Pode rir, mas o jeito como você fica vermelho ou desvia seu olhar. É tão notável como você reage ao meu lado e o jeito como me tocou ontem à noite-

– Jongdae. – Sussurrou o menor interrompendo o mais alto em um pedido quase mudo.

– Vamos. – Disse Jongdae calmo e gentilmente.

 

Minseok protestou por querer pagar a conta mas Jongdae fora rápido, não dando chance alguma para as reclamações do menor.

 

E novamente o menor encontrava-se dentro do carro de Jongdae, com uma vontade mutua de selar seus lábios aos alheios, o que o fazia perguntar-se o que o mais alto algo havia feito consigo.

 

Jongdae suspirou baixo olhando o menor, seu olhar era alternado entre seus lábios e os olhos escuros em um formato tão bonito que o fazia suspirar por mais de uma vez. O silencio em seu carro era quase mortal, ambos procuravam pelas palavras certas enquanto trocavam olhares. Já haviam conversado sobre tantas coisas, já haviam se conhecido tanto em tão pouco tempo, e mesmo assim o mais alto ainda tinha milhares de perguntas e assuntos que gostaria de dividir, apenas não sabia como, no momento.

 

Jongdae não estava fazendo o caminho de volta para casa, mas mesmo assim Minseok manteve-se calado, pois saberia que se perguntasse onde iriam, não teria resposta alguma. Porque de um jeito bobo Jongdae tinha a necessidade de parecer um personagem de conto de fadas moderno. Fazendo milhares de surpresas sutis e gentis.

 

O trajeto demorou cerca de vinte minutos e Minseok riu incrédulo ao ver o mais alto estacionar seu carro perto do lago, exatamente do lado oeste.

– Jongdae são quase 10 horas da noite, não tem porque disso, não nesse horário. – Minseok recostou-se sobre o banco de couro enquanto respirava pesadamente.

– Temos tempo para esperar. – Jongdae sorriu enquanto saia de seu carro, esperando que Minseok fizesse o mesmo. Este que com lentidão praticamente arrastou-se para fora.

As mãos de Jongdae deslizaram rapidamente pela sua camisa de algodão, jogando-a dentro de seu carro logo em seguida.

– O que está fazendo? – Perguntou Minseok ao olhar Jongdae. Este que agora retirava o resto de suas peças de roupa.

O maior nada respondeu apenas aproximou-se de Minseok deslizando seus dedos por sua camisa em uma retirada rápida. – Será que a água está gelada? – Perguntou Malicioso.

– Eu não vou fazer isso Jongdae. – O menor afirmou com convicção.

O mais alto fora rápido ao despir o menor, até sua última peça de roupa.

Minseok perdia toda sua força enquanto os dedos alheios tocavam sua pele sorrateiramente. Abriu sua boca para retrucar diversas vezes, fechando-a logo em seguida. Arrancando assim um sorriso satisfeito de Jongdae. Minseok amaldiçoava o mais alto por ter adquirido um controle sobre si, sobre o seu corpo, mas agradecia mentalmente pelo lago estar sempre vazio e consequentemente poder estar ali com Jongdae, sem olhares acusadores.

 

 

 

– Não sente nada por mim? – Perguntou o mais alto ao rodear seus braços ao redor do menor, que tremia levemente devido a temperatura da água. Gelada, porem gostosa.

 – Jongdae. – Sussurrou Minseok em uma repreensão.

– Você não consegue me enganar Minseok, apenas me diga. – Jongdae ainda mantinha seus braços ao redor do menor em um abraço forte. Seu tom de voz era baixo e doce, longe de ser uma repreensão ou algo do tipo.

Minseok permaneceu em silêncio por longos minutos, apenas fitando Jongdae de forma intensa. Amaldiçoando-o por ser tão bom, por trata-lo tão bem e por mexer tanto com seus sentimentos. Que agora pareciam ter despertado por completo, tomando conta de seu corpo lentamente.

 

– Porque faz isso Jongdae? – Perguntou o menor em um fio de voz.

– Isso o que? – O mais alto perguntou sarcástico enquanto sorria.

– Porque me trata bem? Não. Porque se interessa por mim? Você é tão bonito, certamente pode ter quem quiser... nós ficamos na noite passada e você ainda continua tentando, do seu jeito meio atordoado e atrapalhado, eu vejo tão claramente que você nem mesmo sabe o que fazer ou por onde começar. – Minseok ponderou por instantes enquanto soltava uma risada quase sem som, arrancando assim um riso de Jongdae. Este que apenas recostou sua cabeça sobre a curvatura do pescoço do menor, inalando seu cheiro enquanto suas mãos percorriam o corpo alheio, explorando cada parte pela segunda vez. – Mas você ainda continua confiante de que me fara te amar, eu me perguntei se você realmente iria ir a minha casa hoje, me perguntei se não haveria desistido, porque é isso que-... A questão é que não vale a pena Jongdae. Porque você é assim? Porque é tão bom?

 

– Eu te amo Minseok, não desconfie porque foi rápido, e pare de me repreender pela sua insegurança. Eu vou ser melhor a cada dia e não importa o quanto você queria me manter longe, eu não vou me afastar de você. Eu quero ter você em meus braços, todos os dias. Eu nunca faria nada de mal então só me dê uma chance, eu sei o quanto você quer, sei que me quer tanto quanto eu o quero. – Ditou o maior, suas palavras saiam baixas e gentis, que fizeram o coração de Minseok se apertar de um jeito bom. 

Jongdae selou seus lábios aos alheios, em um beijo calmo e cheio de desejo. Sem dar chance alguma para que Minseok revidasse suas palavras.

O menor apenas rodeou seus braços ao redor do mais alto, dando total permissão para que permanecesse, para que tomasse seu corpo novamente, como tanto estava desejando. Exatamente como precisava. 

 

E assim foi feito.

 

Jongdae tomou o corpo de Minseok pela segunda vez, de maneira calma e gentil. O mais alto deliciava-se com cada som que se desprendia os lábios alheios enquanto as mãos de Minseok judiavam de sua pele leitosa. Os corpos se tocavam de forma lenta e torturante, como se Jongdae tivesse medo de machucar Minseok. Mas ser machucado era a última coisa que Minseok pensava no momento. Ambos entregavam-se da maneira mais pura, de corpo e alma.

...

 

O corpo de ambos pousou sobre a madeira gelada da ponte do lago. Minseok olhava Jongdae com um sorriso terno em seus lábios, ambos permaneceram em silencio por longos segundos como se desfrutassem da beleza um do outro.

Jongdae rodeou o corpo do menor em um abraço leve enquanto o puxava para ainda mais perto.

 

– Porque o lago Rivers? Tem tantos outros. Não posso negar que eu adoraria estar com a minha câmera, a vista é realmente linda e estou começando a me torturar por não poder tirar uma foto disso. Mas ainda me pergunto porque aqui? – Jongdae quebrou o silencio. Seu corpo ainda estava molhado, assim como o de Minseok, suas costas doíam levemente pela madeira dura abaixo de seu corpo, mas não deu importância, tudo o que importava era Minseok.

– Eu costumava vir aqui quando pequeno, me traz saudade. Eu sempre quis voltar mas sempre me dava medo, coisas do passado. Às vezes é ruim relembrar.

Jongdae sorriu gentilmente ao abraçar Minseok, que logo calou-se ao ver a sol nascer. Deixando a vista ainda mais bonita.

– Isso me lembra que você ainda não me disse se fará as fotos que eu havia lhe falado.



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