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História Ao teu lado - Sinceridade


Escrita por: saavik

Capítulo 6 - Sinceridade


 

Minseok havia aceitado com relutância tirar novas fotos, e Jongdae com toda certeza se iluminou ao saber que o responsável pelas fotos seria si próprio. A fotografia era sua verdadeira paixão, era a sua vida, e desfruta-la com Minseok é algo realmente agradável. É algo realmente muito bom.

  

O mais alto havia cuidado de todo o cenário, cuidou de cada detalhe como se fosse a coisa mais importante a se fazer.

Em dois dias seria segunda-feira novamente e enfim poderia encontrar Minseok para a tão esperada sessão de fotos. Havia decidido que daria um tempo ao menor, para que se acostume, para que não se confunda, para que pense a respeito.

 

Jongdae havia dado dois dias de calmaria a Minseok, o que pareceu uma eternidade, já que tudo o que queria era tê-lo em seus braços novamente. O mais alto queria guardar Minseok somente para si.

 

As horas iam e vinham, e os tiques do relógio só aumentavam ainda mais o nível de ansiedade de Jongdae. Este que permaneceu inquieto até a manhã de segunda feira, onde acordou com um lindo sorriso estampado em seu rosto.

Sorriso este que só foi desfeito quando chegou à casa de Minseok, por segundos seu cenho se franziu dando espaço a um semblante perdido. Jongdae suspirou pesadamente enquanto permanecia imóvel diante do menor.

– Pelo menos o meu cabelo está muito melhor agora, não é? – Dizia Minsek

– Atrapalho? – A voz de Jongdae pareceu despertar Minseok, que encontrava-se sentado em sua varanda, abraçando alguém que o mais alto nem mesmo gostaria de saber o nome.

Jongdae esse é-

Está pronto? Vamos, estamos sem tempo.Interrompeu Jongdae, constrangendo o desconhecido que permanecia calado, seus braços deixaram Minseok rapidamente.

– Eu tenho que ir, eu não posso me atrasar. Irei estar longe mas se precisar me ligue, eu virei se quiser. Cuide-se por favor. – Ordenou o desconhecido de cabelos loiros, enquanto rumava pelas ruas de forma apressada.

Minseok suspirou mas não deixou de sorrir. O silencio se instalou por minutos enquanto ambos trocavam olhares confusos.

– O que foi isso Jongdae? Ciúmes? – Zombou o menor.

– Não... mas você não dever-

– Não era Kris. – Interrompeu Minseok enquanto ambos rumavam até o estúdio do mais alto, que agradavelmente era mais perto da casa de Minseok do que de sua própria.

O clima tenso logo foi desfeito e depois de conversas aleatórias e muitos risos, ambos sentiam-se realmente confortáveis. O mais alto não perguntou quem era ou o que Minseok estaria fazendo, sequer perguntou o nome do desconhecido, julgava ser rude e desnecessário.  E talvez, mas só talvez tivesse medo da resposta.

Por mais que agora já estivessem longe do rótulo de “desconhecidos” Jongdae não se achou no direito de saber. Tudo o que desejava não ser neste momento era evasivo ou qualquer coisa do tipo. Por mais que queria Minseok somente para si, sabia claramente que tudo teria que conter calma e lentidão, se tratando do menor.

Ciúmes, sim, é claro que Jongdae estava completamente tomado por ciúmes. O que o fez rir internamente ao perceber. Minsek havia realmente tomado seu coração.

 

 

Jongdae carregava sua câmera em sua bolsa como alguém carrega um diamante. E Minseok, estava perfeitamente impecável com roupas escolhidas por si mesmo.

O menor sabia exatamente o que fazer, como se houvesse colocado uma máscara em si mesmo. Não havia mais resquícios de uma pessoa inocente e atrapalhada. Minseok era um bom ator e estava incrivelmente belo trajando roupas claras, seu cabelo bagunçava cada vez mais, de acordo com o vento que soprava forte naquele jardim. Um lindo jardim, escolhido a dedo por Jongdae, que desejava que as fotos tivessem o ar mais natural possível.

O mais alto perguntava-se se estaria gostando mais de sua câmera, sua incrível máquina que eternizava momentos insubstituíveis, ou se estava gostando mais de ver Minseok tão belo e diferente. Ambos eram uma combinação perfeita.

O ensaio havia durado cerca de duas horas. O incrível resultado foi visto pelo computador de Jongdae, impressionando não somente a si mas também Zitao, que elogiou Minseok com sinceridade.  Este que esperava Jongdae do lado de fora de fora de sua sala. Sentado distraidamente sobre a almofada cor de laranja que ali havia.

– Jongdae você precisa de um babador? – Zitao perguntou enquanto ria baixo, surpreendendo Jongdae.

– O que? – Perguntou distraído, e só então percebeu que fitava Minseok com um sorriso em seus lábios.

Zitao arqueou suas sobrancelhas enquanto sorria com malícia.

Sabe... eu sinto que preciso fazê-lo me amar, da mesma maneira em que com simples atos, fez de mim um grande apaixonado. Nossos encontros dependem do destino, é algo completamente ao acaso. Ou era, porque agora eu sinto que posso encontra-lo em qualquer lugar, em qualquer um. Ditou pensativo.

Ok Romeu, deixa de ser gay. Respondeu ZItao rindo baixo.

Jongdae apenas riu enquanto procurava deixar sua mesa arrumada o bastante para o dia seguinte. Despediu-se de Zitao e rumou até Minseok com lentidão.

 

– Você deveria trabalhar com isso, quer dizer... é um desperdício não aceitar mais trabalhos. – O mais alto elogiou enquanto ambos andavam em rumo a casa de Minseok. Jongdae andava preguiçosamente apreciando a claridade um tanto incomoda do pôr do sol.

– Eu já tenho um trabalho Jongdae, bem estressante por sinal. Eu tive algumas oportunidades como modelo mas nada de importante, não é algo que eu goste de fazer. – Informou o menor.

– Você ainda é garçom certo? O que tem de tão estressante em ser garçom?” – O mais alto perguntou curioso.

– Os apelidos, talvez meu chefe. Ele é realmente um porre. Nos vemos mais do que o necessário, já que mora a duas quadras da minha casa. – Jongdae riu baixo.

– Vamos jogar boliche. – Propôs o mais alto ao rumar até seu carro, estacionado logo à frente da casa de Minseok.

– Porque? – Perguntou o menor ao entrar no mesmo. 

Dizer não e ser obedecido por Jongdae era uma tarefa quase impossível, o que limitava Minseok. O mais alto lançou lhe seu sorriso de canto, o que fez Minseok respirar pesadamente. Mais uma vez não teria resposta.

– Quando começou a se interessar por fotografias? – Perguntou o menor em busca de quebrar o silencio.

– Eu sempre gostei, achava algo realmente fantástico, ainda acho, é claro. Terminei o curso de fotografia há cerca de... uns 3 anos. – Jongdae sorria largo enquanto falava, seus olhos pareciam possuir um brilho diferente, sempre que o mesmo falava sobre sua profissão.

Minseok sorriu junto ao mais alto, inconscientemente. Mas seu sorriso logo foi desfeito, dando lugar a um semblante confuso ao que deparou-se com Jongdae, estacionando ao que parecia um estacionamento de um hiper mercado qualquer.

O menor suspirou, mas não deixou de seguir Jongdae, andou pelos corredores sem questionar. Vez ou outra a mão do mais alto dedilhava sorrateiramente os braços e abdómen de Minseok. Este que sempre o repreendia, arrancando risos baixos.

 

 

– Jongdae, você não precisa comprar isso. Já tem bolas de boliche, no boliche. Fica disponível lá. – Minseok debochou confuso.

– Se formos ao boliche. – Respondeu o mais alto enquanto arqueava sua sobrancelha.

....

 

 

– Eu fiz isso uma vez, no primeiro ano do ensino médio, com meu professor de física. Ele era um porre. Eu ganhei uma suspensão de 5 dias. Porque não tenta? – Perguntou Jongdae enquanto olhava atentamente a casa a sua frente, perguntando-se mentalmente quais os melhores pontos para marcar.

– Você tem mesmo 22 anos? – Perguntou Minseok, ainda escondido atrás da indiscreta caminhonete amarela de Jongdae.

– Até que é divertido. – Disse o mais alto enquanto deslizava a terceira bola de boliche pelo gramado de Yongin. O chefe de Minseok. – Tente uma vez, é só deslizar. O que você acha que ele irá fazer com todas elas? – Perguntou enquanto sorria.

– Estou começando a achar que você tem algum tipo de transtorno. – Minseok agarrou uma das bolas coloridas e deslizou suavemente sobre o gramado de seu chefe, arrancando um riso baixo de Jongdae.

A escuridão da noite e da casa de Yongin confortou Minseok. Ser despedido não era sua preocupação, longe disso. Apenas não queria ser pego ali, fazendo artimanhas como um adolescente problemático.

– Você acha?... Bom eu imagino alguém careca e gordo coçando sua cabeça enquanto imagina como todas essas bolas foram parar em seu jardim, me parece uma cena bem engraçada. – Ditou o mais alto.

– Você é uma enorme criança de 22 anos. – Concluiu o menor antes de chutar a última bola de boliche gramado a dentro.

– Como você se sente? – Perguntou Jongdae enquanto se aproximava de Minseok.

– Como um idiota. – Respondeu entre risos.

– Então funcionou. – Concluiu o fotografo ao segurar os pulsos alheios de modo gentil, enquanto puxava Minseok para um abraço longo e apertado.

As luzes da casa a frente de ambos acenderam-se lentamente, passando do fundo até chegar a varanda da mesma. Arrancando um riso alto e despreocupado de Jongdae, que logo fora cessado pela mão de Minseok, que tapou a boca alheia enquanto puxava o mesmo até seu carro, não demorando-se ao empurrar o mais alto para dentro.

 

Jongdae não se demorou ao começar a dirigir, sendo repreendido várias vezes por um Minsek preocupado e rabugento. O mais alto ainda ria baixo enquanto dirigia, rumo a casa de Minseok.

– Eu pensei em te levar até o lago novamente, mas acho que isso foi bem mais engraçado. – Disse o maior depois de cessar suas risadas.

Minseok negou brevemente enquanto sorria.

– O que pensa que somos? – Perguntou o menor quando por fim Jongdae estacionou.

– Eu não sei... você se recusa a admitir que gosta de mim, eu não largo do seu pé. Te beijo mesmo sendo repreendido. O que parece? – Perguntou o maior com um sorriso bobo sobre seus lábios.

Minseok permaneceu em silencio por longos segundos, perguntando a si mesmo o que eram.

– Boa noite Jongdae. – Despediu-se antes de rumar até sua entrada.

– Não vai me convidar para entrar? – Perguntou o fotografo enquanto seguia o menor.

– Adiantaria se eu dissesse não? – Perguntou Minseok do modo mais gentil que poderia, enquanto deixava a porta aberta para que Jongdae pudesse adentrar sua casa.

O fotografo logo adentrou, fechando a porta logo em seguida para então se aproximar de Minseok e envolver a cintura alheia em seus braços, em um abraço por trás, caloroso e gentil.

– Não... não adiantaria. – Respondeu Jongdae antes de selar seus lábios aos alheios.

Minseok segurou firme a cintura do mais alto, enquanto o mesmo conduzia ambos até o quarto do menor. Não demorando-se a achar o caminho, visto que sua casa de longe não era grande.

Jongdae selou os lábios do mais velho por vezes e deixou-os com uma leve mordida.

– Nunca se sentiu só, morando sozinho? – Perguntou o mais alto, desvencilhando-se de Minseok, apenas para dar uma boa olhada em seu quarto.

Simples e bonito, paredes beges e moveis claros. Nada chamativo e sem atrativos, apenas um quarto comum. Jongdae esperava algo mais chamativo e bagunçado. Esperava até diversos ursos de pelúcia, mas não tinha nada disso.

– Eu poderia te fazer a mesma pergunta. – Respondeu Minseok, sorrindo enquanto sentava-se em sua cama esperando por Jongdae.

 

– O que é isso? – O mais alto perguntou ao retirar três grandes folhas postas em cima de alguns livros sobre a estante de Minseok. Este que se levantou rapidamente mudando seu semblante para preocupado novamente.

– Isso é pessoal. – Repreendeu o menor, logo sendo ignorado enquanto o fotografo apenas se concentrava nas folhas brancas listadas. Leu cada número com atenção enquanto se distanciava de Minseok. Este que ameaçava arrancar as folhas de sua mão a qualquer momento.

– Então esta é a sua lista? Eu pensei que você fosse mais inocente Minseok. – O mais alto riu baixo ao devolver as folhas ao seu lugar. – Tem algo que queira me contar? – Perguntou guardando suas mãos em seus bolsos.

Jongdae não saberia o que esperar do outro, apenas pediu mentalmente para que o mesmo não o expulsasse de sua casa. Queria ajoelhar-se diante de Minseok e perguntar o que estaria acontecendo, queria olhar fundo naqueles olhos brilhantes, de um formato tão bonito. Queria tocar tão fundo em sua alma de modo que qualquer omissão se torne nula. Queria que o mais velho confiasse em si.

– Não há nada. – Minseok concluiu de modo firme.

– Número 3, ser sincero. Porque não começa agora? – Perguntou o maior enquanto fitava o chão de modo doloroso. Minseok continuava a omitir tortuosamente.

– Quer que eu seja sincero? – Minseok riu em escárnio. – Eu sinceramente quero que você não me pergunte, quero que você não pense mais sobre isso.

Jongdae assentiu brevemente enquanto sorria minimamente, aproximou-se do menor com lentidão, alternado seus olhares entre os olhos de Minseok e sua boca.

– Até outro dia Minseok. – Disse o fotografo antes de selar seus lábios a bochecha alheia.

 

Jongdae rumou até a saída sem cerimônias, Minseok havia feito seus pensamentos aflorarem.

Dirigiu até sua casa em meio a suspiros pesados, e quando for fim chegou, jogou-se em sua cama. Não se demorou a despir-se e dormir, o dia seguinte seria cansativo e tudo o que queria era que Zitao concordasse e aceitasse o seu pedido de tirar férias coletivas, prévias e repentinas. Precisava delas, precisava ao menos riscar parte dos números da lista de Minseok e precisava de tempo para isso, nem mesmo poderia dizer o porquê. Apenas precisava, tanto para si quanto para o outro.

...

 

Zitao havia aceitado com relutância dar férias á Jongdae, por mais que seja um trabalhador "Free lancer" era o melhor fotografo que se dedicava aquele estúdio. Iriam ser longos três meses de férias praticamente exigidas.

...

 

 

Jongdae estava deitado em seu sofá, pensando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Esperava impacientemente o menor que havia deixado avisado no dia anterior que viria.

 

"Tic... Tack"

 Ainda eram três horas da tarde e as batidas do relógio o faziam suspirar por vezes. O fotografo sentia a incrível necessidade de estar com Minseok, a cada minuto e a cada segundo. Era uma vontade tempestuosa de ficar ao lado daquele que fazia seu coração bater acelerado. Era terrivelmente difícil admitir que sentia medo de se distanciar, sentia um medo ingênuo de ficar afastado de Minseok.

Quando por fim ouviu as batidas em sua porta, levantou-se rapidamente para abri-la e dar espaço para que o menor adentrasse sua casa. E assim o fez, em silencio.

– Quer ir a um lugar comigo? – Perguntou o mais alto aproximando-se de Minseok.

– É a primeira vez que me pergunta... Que lugar? – Perguntou o menor ao esparramar-se sobre o sofá do fotografo.

– Quando eu li a sua lista, eu pensei que talvez você pudesse gostar de fazer algumas coisas comigo. – Respondeu com um sorriso – Talvez você goste, vem comigo? – Jongdae voltou a perguntar enquanto envolvia Minseok em um abraço caloroso, logo sendo retribuído.

O menor concordou lentamente, iria onde quer que Jongdae pedisse, mesmo estando cansado. Sentia que poderia segui-lo para onde quer que fosse.

“Porque me sinto tão preso a você Jongdae?” O menor pensava.

O maior olhou em seu relógio e logo conduziu ambos para a saída.

 

Jongdae chamou um táxi, que não se demorou a chegar.

– Porque não vamos com seu carro? – Perguntou Minseok enquanto ambos se acomodavam sobre o banco nada confortável do táxi.

– Eu não gosto de usá-lo, evito ao máximo. – Concluiu Jongdae, que sorriu abertamente ao ver o menor assentir, da maneira mais fofa que já havia visto.

O trajeto demorou cerca de uma hora e vinte minutos. Jongdae havia entregado um bilhete ao motorista indicando o local, o qual recusou-se a revelar para Minseok. Típico.

O mais alto segurava discretamente a mão de Minseok, enquanto este repousava sua cabeça sobre o banco desconfortável em busca de aliviar o seu cansaço.

Quando for fim chegaram Jongdae pagou o motorista rapidamente enquanto menor olhava a sua volta, em cada canto, procurando saber onde estavam, mas logo foi surpreendido quando o fotografo agarrou sua mão gentilmente enquanto guiava-o por becos e ruas mal sinalizadas.

– Jongdae pra onde está me levando? – Perguntou impaciente.

– Tudo bem Minseok, apenas me siga. – Tranquilizou a seu modo enquanto por fim entraram por uma porta, o que parecia uma porta de incêndio, vermelha e puída.

Minseok demorou-se a olhar o interior do local, vislumbrou o charme e requinte que ali esbanjava, em momento algum deixou de se perguntar como Jongdae havia conhecido este lugar, o porquê de estar tão escondido e o que o fotografo já havia feito ali.

– Jongdae porque estamos aqui? – Minseok perguntou arrancando um riso baixo do outro.


Notas Finais




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