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História Aposta - Borusara - Realidade


Escrita por: mariekeeper

Capítulo 2 - Realidade


Boruto on


Daquele lado, não havia parede, apenas um blindex. Olhei por ali, a garota que procurava no meio de outras pessoas. Era mesmo linda pra caralho e vê-la daquele jeito me deu até mesmo um tesão. Mas como sou azarado, ela me viu e eu desviei o olhar dela.

Acho que agora as coisas não ficarão boas para mim. Ela parou de dançar e pegou sua mochila no canto da sala, caminhou até a porta de vidro e saiu. Mas pra minha surpresa, a morena passou direto por mim, pensei que havia percebido o meu olhar sobre ela, mas parece que me enganei. 


— Ei.  - Falei alto e ela se virou para me olhar.

— Pensei que fosse ficar apenas me olhando.


Ela é realmente metida, o Kawaki estava certo. Deve ser mesmo uma “filhinha de papai”.


— Então... qual o seu nome?  - Me aproximei.

— Sarada.


Ela não vai nem perguntar o meu ou será que já sabe?


— Deve saber o meu, né?

— Ah, não. Só sei que é um Uzumaki.

— Boruto Uzumaki.

— Hm.  - Voltou à andar.

— Espera aí. Será que rola alguma coisa entre mim e você?


Fui direto, não sou desses de ficar em uma enrolação, nem sei como faz isso.


— Sinceramente, você me procurou no pior horário possível. Estou atrasada.  - Continuou andando.

— A-Ah, não tem problema, é só responder.  - Acompanhei os seus passos.

— Não vou ficar com você só por saber o seu nome.

— Só vamos ficar umas duas vezes... não precisa me conhecer pra fazer isso.

— Você não é feio, posso pensar nisso.


Suspirei e vi que isso seria difícil.


— Qual o problema então?  - Segurei seu braço, fazendo ela parar de andar.  — Não precisa pensar, só vamos ficar e nada mais.

— Se você não tivesse falado assim comigo, eu já poderia ter aceitado. Mas parece que é mesmo um idiota metido.  - Se afastou de mim.

— Metida é você.  - Franzi o cenho.

— Acha que por ter dinheiro qualquer uma vai querer ficar com você? Não sou essas garotas que você fica.  

— Calma aí, porra...  - A alcancei mais uma vez.  — Para de andar! 

— Estou com pressa! E atrasada até demais.

— Beleza, então eu falo com você depois.

— Não pretendo fazer isso.

— Pra onde você vai? Eu te levo e você me dá uma chance, beleza?

— Agora quer trocar uma carona por um beijo?

— Não é só um beijo. 


Ela riu ironicamente e se afastou de novo.


— Se fosse menos soberbo, eu ficaria com você.  - Falou sem olhar pra mim.

— Ah, eu não sou assim! Se me der uma chance vai ver isso.  - Gritei, por causa da distância em que estávamos.


Fiquei sem resposta. Isso tudo foi praga do Kawaki! Nunca tive tanto trabalho pra pedir duas transas, é só isso, qual o problema?!

Entrei no meu carro e dirigi até alcançar a Sarada. 


— Entra aí.


Ela revirou os olhos e continuou andando.


— É só uma carona! Pra conversar! Sem intenção alguma, talvez um pouco, mas não agora.


A morena entrou no carro e me falou aonde tem que ir.


— Q-Quê?! Por que tem que ir em um lugar desse?

— Lugar desse?! É onde eu trabalho e minha casa fica perto.

— Está me zoando? Você não mora no subúrbio!

— Qual o problema? Olha, se não for logo, é melhor eu ir de metrô.

— Metrô?! Eu pensei que você fosse uma mimada, que ganha tudo dos pais.  - Voltei à dirigir e arregalei os olhos.

— Você está falando de você, não?  

— Não. Minha vida não é como você pensa.

— Uhum, sei.

— Certo. Por que está me negando?

— Nunca escutou um “não”?

— Nunca.

— Você tem aparência, mas o jeito que fala, faz parecer que tudo é fácil... ou até mesmo que tenho a obrigação de ficar com você e aceitar o seu pedido facilmente.

— É... talvez tenha razão. Mesmo assim, o que tenho que fazer pra ficar com você?

— Se você for mais legal, quem sabe, né?

— Tá, então a gente se conhece e você me diz.

— Tudo bem.


Nem dá pra acreditar que pensei que ela fosse rica, a realidade é totalmente diferente. Eu nunca nem andei de metrô, nem mesmo fui no subúrbio de New York. Imaginei que a Sarada fosse do tipo que nunca pisaria em um lugar assim, mas na verdade ela vive nesse lugar.


Sarada on


Cheguei no meu serviço, uma lanchonete/restaurante. 


— É aí?

— Sim.

— Você faz o quê?

— Muitas coisas... fico na cozinha, caixa, sirvo as mesas.  - Desci do carro.  — Enfim, obrigada pela carona.

— Ahh... tá. Então podemos sair hoje?

— Eu termino aqui quase dez horas da noite.

— Caraca, você trabalha até de noite... porra.  

— É.

— Então eu passo aqui mais tarde.

— Tá.


/// quebra de tempo ///


Estava terminando de trocar aquela roupa que cheirava comida e, logo, encontrei o Boruto ao lado do carro. Desse jeito fica difícil negá-lo, estava incrivelmente lindo e quando me aproximei, senti o cheiro do seu perfume. Me sinto até mal, por eu nem ter me arrumado.


— Entra aí.  - Falou.

— Aonde vamos?

— Hm... não sei. Está com fome?

— Muita.

— Beleza, vamos logo então.  - Entrou no carro e eu dei a volta, indo pelo lado passageiro.


/// quebra de tempo ///


Eu escolhi o lugar, já que o Boruto não conhece muito bem essa região. Nos sentamos em uma mesa do lado de fora, a vista mostrava boa parte da cidade, por ficar em um local alto.


— Sanduíche? 

— Você não gosta?  - Perguntei.

— Gosto e muito, porém, não é sempre que como.

— Os daqui são ótimos e eu nem gosto muito.


Nosso pedido chegou e assim que o loiro mordeu o primeiro pedaço, sua expressão era de grande satisfação.


— Uauu... isso é perfeito! Como eu nunca soube desse lugar antes?!  - Falou de boca cheia.

— Talvez por que você não mora por aqui?

— Esse é o melhor sanduíche que já comi.

— Está vendo? Ficar com garotas não é só beijar e dar o fora.

— Pode ser que tenha algumas coisas boas nisso, mas depende da garota.


Terminamos de comer, enquanto ainda conversávamos sobre coisas da escola e percebi que o Boruto não é tão metido assim, talvez seja o jeito dele e acaba parecendo o que não é. 


— Além desse sanduíche, ainda tem essa vista. Morar aqui  deve ter alguns lados bons.  - Falou enquanto andávamos até o carro.

— Eu me acostumei, na verdade, moro aqui desde que me lembro por gente. 

— Então você nunca foi rica e nem bancada por seus pais?

— Não. A minha mãe faz faculdade e tem um trampo que dá pra sustentar a nossa família. E eu quis trabalhar pra ajudar ela.

— Ahh... e o seu pai?

— Eu nunca o conheci.

— Ah, desculpa.

— Tudo bem.

— Alguma coisa me diz que eu deveria te beijar agora.

— Quê?! Por quê?  - Parei de andar.

— É assim que funciona nos filmes, não? 

— Que idiota.


Ele estava falando sério mesmo, se aproximou de mim e encarou a minha boca, seu olhar foi tão focado que me perdi naqueles olhos azuis.


— Posso?  - Tocou meu rosto.


Não dei resposta, apenas aproximei a minha boca da sua. Eu não pensei que já fosse beijar ele logo agora, depois de tudo que falei mais cedo. Mas foi irresistível seu jeito querendo fazer isso, pelo menos agora, ele pode esquecer de mim e parar de insistir nisso.

O beijo foi incrível, trocamos selinhos e a sua boca puxava a minha com cuidado e isso só deixava tudo melhor. Enfim, saber um pouco mais sobre ele e tirar as conclusões que eu mesma pensei, foi bom, acho que nem tudo se trata de aparência, apesar dele ainda parecer metido. Mesmo sabendo que não vai passar disso e que agora o Boruto vai ser um desconhecido, sinto que quero beijá-lo mais uma vez. Sua boca e o seu cheiro me viciou.



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