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História Aprofundando a conexão (SasuSaku). - Capítulo 13 - Proteger


Escrita por: Julie_Diaal

Notas do Autor


Voltei 🤭🤭🤭

Com a Narração do Sasuke mais uma vez 😘😘

Meus agradecimentos a minha gêmea @Mih6493 pela betagem e incentivo de sempre 🥰🥰

Capítulo 14 - Capítulo 13 - Proteger


Fanfic / Fanfiction Aprofundando a conexão (SasuSaku). - Capítulo 13 - Proteger

Chegamos ao País dos Ossos alguns dias depois de deixar a Vila da Caveira, nos instalamos em uma pequena vila nos arredores da capital que, segundo meus informantes, era mais um dos esconderijos que a organização criminosa, Kossetsu, usava.

Começamos a investigação e em pouco tempo já tínhamos uma boa noção de como agir para capturar e prender os membros daquela base, porém, mais uma vez, não era ali que encontraríamos os líderes, mas isso não seria um problema por muito tempo, eu até gostava da ideia de deixar que eles soubessem que o cerco estava se fechando a sua volta, assim começariam a se apavorar e com isso deixariam brechas para que os encontrássemos.

Depois de algumas semanas concluímos nossa missão na região, os líderes da organização haviam se separado e fugido para os países vizinhos, um a um nós os localizamos e os entregamos a polícia local e de lá eles foram encaminhados à prisão de segurança máxima mais próxima, Hiro, um fosso gigantesco, localizado em uma ilha rochosa no País da Água.

Terminando de prender a todos os membros da organização, retomamos a nossa viagem “turística” até que recebêssemos uma nova missão de nosso antigo sensei e assim passamos os primeiros meses de gestação, que foram um tanto complicados por ser tudo muito novo para nós.

Obviamente a mais afetada era Sakura, primeiro foi o período de enjoos intensos, depois começaram as variações de humor e hormonais, havia dias em que ela não podia me pegar olhando para ela que caía no choro, em outros, explodia em fúria, que sempre era descontada em alguma árvore ou rocha que estivesse mais próxima, e havia ainda outros dias em que me olhava como se quisesse me devorar. Finalmente, já nos meses finais, comecei a ficar bom em prever suas reações antes que fosse tarde demais para contornar a situação.

Adiamos nossa saída daquele continente para evitar uma longa viagem de barco durante o período intenso de enjoos gestacional e, ainda que Sakura se recusasse a pedir, passamos a evitar lugares de clima muito extremo e viajávamos sempre no ritmo que fosse mais confortável para ela. Vez ou outra, ao passar por uma vila mais equipada tecnologicamente aproveitávamos para confirmar se estava tudo bem com o bebê, foi numa dessas consultas, já pelo quinto mês, que descobrimos que seríamos pais de uma menina, então automaticamente o bebê deixou de ser “o bebê” e passou a ser “nossa filha”, ainda que estivéssemos muito longe de chegar a um acordo sobre o nome que daríamos a ela.

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Quando a Uchiha começou a se aproximar do oitavo mês de gestação, decidimos começar o caminho de volta para Konoha, pelas minhas contas, levaríamos cerca de quarenta dias num ritmo confortável até em casa, o que nos daria bastante tempo de preparar tudo para a chegada da nossa filha. Enviei Garuda até a vila com um aviso ao Hokage sobre nossa volta e pedi para que ele não nos enviasse missões momentaneamente, Kakashi concordou sem maiores questionamentos.

A primeira parte da viagem de volta consistia em um longo percurso de barco, felizmente os enjoos haviam parado já há algum tempo e por isso a viagem não foi tão complicada para minha esposa quanto eu temia. Chegando a uma ilha no País da Água, onde faríamos nossa primeira parada. Nos hospedamos em uma pequena vila portuária por alguns dias, para descansar e comemorar o aniversário de minha esposa antes de seguir viagem a pé até a outra costa da ilha, onde pegaríamos novamente um barco para chegar a costa do País do Fogo.

 – Podemos ir voando... com o Suzanoo – sugeri, alguns dias depois enquanto nos dirigíamos para uma hospedagem em uma vila pesqueira. Ela me olhou com uma das sobrancelhas arqueadas como se estivesse me desafiando a dizer “o porquê” da sugestão.

O ritmo mais lento deixava Sakura a beira de um ataque de nervos, aprendi ao longo dos meses de gestação que contrariá-la não era a escolha mais inteligente a se fazer, mas nessas últimas semanas sua raiva estava atingindo níveis mais perigosos, finalmente entendi o medo que Naruto tinha dela quando éramos jovens, minha esposa conseguia ser assustadora às vezes.

Desisti, ainda que estivesse preocupado que a viagem de volta a Konoha estivesse ficando cansativa demais para ela, não poderia obrigá-la a aceitar minha ajuda, começava a me culpar por ter cedido tão facilmente à teimosia dela e não ter voltado antes, quando a gestação não estava tão avançada.

Depois de mais algumas horas chegamos a pequena vila onde iríamos pernoitar, era uma vila pacífica, de pescadores, porém, assim era que me lembrava dela, mas em nada se comparava ao lugar que estava diante de nossos olhos no momento.

O pequeno porto estava repleto de barcos parcialmente naufragados, a fumaça de fogo recém apagado espiralava rumo ao céu noturno, os habitantes jaziam caídos no chão como insetos abatidos, não havia sinais de luta, apenas morte.

– Vou invocar a Katsuyu e procurar sobreviventes. – Sakura disse com a voz embargada. – Eles foram pegos de surpresa e nem tiveram tempo de reagir, que tipo de monstro faria algo assim? – Comentou ela, uma hora depois, quando desfez o jutsu de invocação sem encontrar nenhum sobrevivente.

Eu vinha formulando um palpite já há algum tempo, mas internamente torcia para estar errado e não queria preocupá-la ainda mais.

 – Sasuke-kun? – Apenas virei meu rosto em direção a minha esposa e constatei que era demasiado tarde, ela já havia percebido pela minha expressão que estava pensando em algo. – O que houve?

 – Sabe onde estamos?

 – No País da Água, a uns cinco dias de barco do litoral do País do Fogo, já estive nessa região antes, em missão.

–Sim, mas sabe especificamente onde?

–Não, por quê?

– Estamos em uma pequena vila de pesca, não é o trajeto mais habitual, mas ainda assim, é uma das rotas de transporte para Ilha-prisão, Hiro.

 – Céus, você acha que houve uma fuga e os detentos fizeram isso?

 – A prisão foi construída lá estrategicamente, a ilha rochosa é de difícil acesso, porém ela praticamente não tem guardas já que consideram impossível uma fuga, mas eu não descarto a possibilidade. Se os fugitivos estavam tentando evitar a rota comum de transporte de presos para não serem pegos, esse vilarejo era uma ótima opção, é daqui que levavam os mantimentos para lá.

 – Temos que fazer alguma coisa.

– Vou enviar Garuda com um aviso a Vila da Névoa, depois procuraremos um abrigo.

– Então é isso? Vamos sentar e esperar enquanto os monstros que fizeram isso escapam impunes? Sasuke-kun, não podemos mais salvar essas pessoas, mas podemos descobrir o que aconteceu aqui e evitar que se repita, se ficarmos esperando os ninjas da Névoa pode ser tarde demais. – Suspirei longamente, ela tinha razão, se eu estivesse certo alguns dos criminosos mais perigosos do mundo ninja estavam à solta e não podíamos deixá-los se afastar demais e continuar com uma trilha de destruição e morte.

– Vou enviar o Aoda para verificar a região. Não podemos sair daqui às escuras com nossa filha prestes a nascer, Sakura. – Era um argumento que nem com toda a teimosia do mundo ela poderia rebater, por isso feitos os preparativos ficamos aguardando enquanto uma versão de Aoda, grande o bastante para levar um adulto montado sobre ele, não voltava com informações.

– Precisamos procurar um abrigo, está ficando muito tarde – reforcei sabendo que ela não suportava mais ficar ali parada.

Sakura estava mais sensível ultimamente e essa situação toda aliada ao percurso cansativo que fizemos para chegar ali estava me deixando preocupado com a reação dela, por isso tentei fazer com que ela descansasse um pouco, mas foi impossível. Alguns minutos depois que encontramos uma caverna para nos abrigar Aoda chegou com informações.

 – Sasuke-sama, Sakura-sama, senti uma presença massiva a oeste, a algumas horas de distância daqui. Passei por dois vilarejos nesse rastro, o cheiro de sangue é notável a quilômetros, sem sobreviventes.

– Quantos são?

– Pelo menos cinquenta com domínio de chakra, talvez mais alguns com o chakra reprimido que não pude sentir. – Sakura e eu trocamos um breve olhar de compreensão, não podíamos deixar que mais pessoas fossem atacadas.

– Sakura, quando chegarmos até eles, não se envolva em uma luta sem necessidade, Aoda e eu podemos resolver tudo sem que você se coloque em risco.

– Eu sei me cuidar e, principalmente, sei como cuidar da nossa filha. Não vou colocá-la em risco, confie em mim.

– Eu confio, só peço para que faça o mesmo por mim, eu te fiz uma promessa e pretendo continuar cumprindo.

– Eu também te fiz uma promessa e... eu confio em você, sempre confiei. – Respirei aliviado e grato por suas palavras.

Talvez fossem as circunstâncias, mas não foi tão estranho ter essa conversa diante de um espectador, talvez pelo fato de ele não ser humano, ou por ser alguém de minha extrema confiança.

– Aoda, preciso de mais uma coisa. – Ele acenou a cabeça reptiliana em concordância. – Que leve Sakura para mim, assim poderemos alcançá-los mais rápido. – Ambos assentiram e partimos imediatamente.

Algumas dezenas de oponentes não seriam realmente um problema, eles haviam chacinado civis sem experiência, mas nós éramos shinobis, mesmo que minha esposa não estivesse em condições de participar de uma luta naquele momento, eu acreditava que poderia dar um jeito neles sem ter que envolvê-la, ainda que ela provavelmente quisesse participar devido a revolta que sentia pelos aldeões que encontramos.

Estávamos em um local muito familiar para mim, da época que passei com Orochimaru, isso seria um trunfo a nosso favor. Acabaríamos com aquilo rapidamente e depois procuraria um dos antigos laboratórios do sannin das cobras para que minha esposa pudesse descansar mais confortavelmente e pudéssemos seguir viagem.

Não foi assim que as coisas aconteceram afinal, não contei que entre eles haveria algum ninja sensorial, mas aparentemente tinha um, pois quando finalmente os alcançamos não foi uma surpresa, estavam esperando pôr nós. Como Aoda supôs, havia mais de cinquenta nukenins, alguns ainda carregavam suas coleiras de restrição de chakra, o que explicava o fato de ele não tê-los conseguido rastrear.

Sakura e eu trocamos um último olhar em que confirmamos nossas promessas, depois olhei para Aoda em um pedido mudo de que ele a protegesse.

Entre nossos oponentes se encontravam boa parte da organização criminosa que havíamos capturado no País dos Ossos, assim como outros que prendemos ao longo das missões realizadas nos nossos meses de viagem. Aparentemente eles não pretendiam nos encontrar, foi um acaso, porém nenhum deles estava disposto a voltar para a prisão e o ódio em seus olhos era visível. Eu soube que tentariam de todas as formas se vingar de nós, pelo sorriso macabro que o líder da Kossetsu deu quando notou a protuberante barriga de Sakura, logo atrás de mim.

Os ataques começaram imediatamente, ativei meu sharingan para prever seus golpes lançados e como suspeitei, inicialmente não foram direcionados a mim, deve ter havido um consenso geral entre eles de que seria “mais fácil” atingir uma mulher grávida, ou que eu iria baixar minha guarda tentando protegê-la, mas eles não nos conheciam.

Sakura não era fácil de se atingir, apesar do peso extra continuava extremamente ágil, vi de relance quando a kunoichi ativou seu selo byakugou, mas ao invés de percorrerem todo seu corpo, como de costume, as marcas pareciam se concentrar em uma determinada área, entendi que ela estava tentando criar uma barreira de proteção para a bebê, uma precaução muito bem-vinda. Aoda, por sua vez, parecia ter tomado para si a função de cobri-la, mesmo que eu não tivesse externado esse pensamento em voz alta.

Assim iniciamos uma intensa batalha, boa parte de nossos oponentes estava com o uso do chakra comprometido e foram derrotados ainda nos primeiros minutos de luta, mas conforme o tempo passava os que iam resistindo se mostravam mais fortes e traiçoeiros.

Ao longe o céu começava a preparar o amanhecer, comprovando que a luta havia se estendido demasiadamente, ainda restava cerca de trinta oponentes, todos pareciam igualmente cansados, porém, nós também estávamos. Me preparei para desfazer a invocação de Aoda e dar um fim àquilo com meu Suzano’o, quando ouvi um grito aterrador que me fez perder a capacidade de raciocinar.

Era como estar de volta a floresta da morte enfrentando Orochimaru pela primeira vez, meu corpo estava petrificado pelo pavor, mas com os olhos busquei por Sakura e soube que ela não estava ferida, porém o choque e o medo em seus olhos, aliado àquele grito, gelaram meu sangue, algo estava muito errado e eu não sabia

 


Notas Finais


Kossetsu – fratura/ osso quebrado

Hiro – Fosso, basicamente pq minha ideia de prisão de segurança máxima aqui é aquele poço de Batman: o Cavaleiro das trevas ressurge.


Bjinhos
Nos vemos logo 🤞


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