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História Aprofundando Laços - NARUHINA - Conselhos


Escrita por: nhaddicted

Notas do Autor


Como prometido, vamos de capítulo novo e bem gordinho, em comemoração aos 100 favoritos. Pra mim, q sou nova nessa vida de "autora", fiquei extremamente feliz e quero agradecer a todos que acompanham nossa fic, especialmente aos que favoritaram e aos que comentaram ao longo dos capítulos até aqui. Adoro interagir com vocês e procuro sempre responder a todos. Obrigada, de coração!

Capítulo 12 - Conselhos


Fanfic / Fanfiction Aprofundando Laços - NARUHINA - Conselhos

Com a cabeça a mil, Naruto voltou para casa. Tomou um banho. Ainda tinha tempo para descansar um pouco antes de ir até o distrito Hyuga. Deitou-se. Sua mente repassava as coisas que Shikamaru falara num looping infinito. As memórias dos sonhos começaram a misturar-se nessa salada de pensamentos. Conversar com Hinata, o Nara dissera, naquela calma de sempre. Como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Nem em mil anos Naruto seria capaz de conversar sobre aquelas coisas com Hinata. Alô? Estamos falando da Hinata, aquela que, mais nova, desmaiava só de me ver e até hoje ainda cora ao me beijar! Naruto pensou. Nem. Em um milhão. De anos. Então ficava a questão: o que ele faria para se controlar em sua presença? Sim, porque ele sabia que era apenas uma questão de tempo para o seu amigo lá de baixo dar o ar da graça na frente dela. Naruto pôs as mãos sobre o rosto, angustiado com a possibilidade. Lembrou dos momentos que viveram nas três noites que dormiram juntos. Os beijos ardentes, a sensação do corpo dela colado ao seu, o seu cheiro e o gosto da sua boca. Pensar não estava ajudando em nada, pois ele começou a sentir o agora já conhecido tencionar de músculos. Só a lembrança do corpo de Hinata já estava tirando sua paz. Não tinha jeito, ele não ia conseguir encontrar ela assim... Precisaria recorrer à alternativa dada por Shikamaru... A verdade era que ele estava se roendo de curiosidade para testar aquilo, embora uma parte de si achasse coisa de pervertido.
Fechou os olhos. As mãos caminharam lentamente do rosto ao longo do tronco, até chegarem à virilha. Retirou o membro das vestes e o envolveu com a mão direita. Ele já estava um pouco animado e ficou mais ainda, com o toque. Pensou em Hinata, quando a vira com a pequena blusa lilás pela primeira vez, toda vermelha, qual um morango bem maduro. O nítido contorno de seus seios, sob a fina malha. Redondos, cheios. Lembrou quando a apertou em seus braços, sentindo-os pressionados contra si e a visão que teve ao olhar seu decote. Imaginou como seria vê-los e senti-los sem o tecido. Lembrou de seu sonho. Infelizmente não conseguia lembrar que aparência tinham então, mas conseguiu recordar a sensação de tê-los em suas mãos e em sua boca. Quando deu por si, sua mão realizava amplos movimentos de vai e vêm em seu pênis, que agora estava totalmente duro. Sentia veias pulsarem ao longo dele, quente. Estava ofegante. Seu braço tinha vida própria e movia-se por instinto, aumentando cada vez mais o ritmo. Apertando os olhos, imaginou-se chupando a língua de Hinata com toda a força enquanto agarrava seus seios nus com ambas as mãos. Sentiu algo crescer dentro de si. Uma sensação estranha, nunca antes experimentada, mas mais prazerosa e intensa a cada segundo. Finalmente todo aquele frenesi em que se encontrava atingiu seu ápice e ele experimentou seu corpo inteiro explodindo em milhares de sensações. Seu membro jorrou uma grande quantidade de líquido viscoso que melou toda a sua camiseta. Um estupor tomou conta do seu ser, junto com uma sensação de prazer e saciedade únicos. Retirou a camiseta suja, embolou e jogou num canto qualquer. Seus olhos ficaram pesados e ele se deixou levar por aquele sono preguiçoso que o envolveu como uma coberta quente num dia chuvoso.

Naruto despertou aos poucos, ainda se ambientando à claridade. Deu um pulo da cama, assustado. Como assim, já era de manhã?!? Ouviu fracas batidas à porta, percebendo o motivo de haver acordado. Ele mal podia acreditar que havia capotado de tal maneira a ponto de dormir todo o resto da tarde e noite. Dirigiu-se à porta, para abrir para quem quer que fosse, àquela hora da manhã. Se bem que ele não fazia a menor ideia se era cedo ou tarde. Quando abriu, viu esvoaçantes cabelos negro-azulados afastando-se. Seu coração saltou como se ele houvesse perdido um degrau ao descer uma escada.
- Hinata!
Ela estancou, ainda de costas. Virou-se lentamente, com os olhos baixos. Vestia uma saia longa, bordada e camiseta. Carregava uma sacola de papel, junto ao peito, com o que parecia serem alguns mantimentos.
- Naruto-kun...
Ela ergueu as pérolas lilases um pouco, deparando-se com o tronco nu do loiro. Ficou nervosa com a visão e baixou os olhos novamente, tentando controlar sua respiração e o coração, que parecia cavalgar à galope dentro do peito.
Hinata parecia ainda mais linda do que lembrava, Naruto pensou, embora decepcionado por não terem trocado olhares. Sentia falta de ver os olhos tão límpidos e puros, como piscinas nas quais se afogaria sem pensar. Seu coração também batia descontrolado, como se a visse pela primeira vez, como se não tivessem crescido juntos desde quando podia se lembrar. Amor. Era aquele sentimento que provocava tantas sensações, ele teve certeza. Não só seu corpo ansiava por ela, mas também sua mente. Queria ouvir mais sua voz e olhar nos seus olhos, sentir seu cabelo deslizar pela sua mão e saber como ela estava. Precisava saber que estava bem.
- Hinata, você estava indo embora?
- E-eu já estava batendo a algum tempo... Achei que você não queria me atender.
- EH?!? - Naruto não acreditou no que ouviu. Por que diabos ele não ia querer atende-la?!? - e-eu tava dormindo, por isso não escutei logo... Por favor, entra.
Ele deu espaço para que ela passasse. Gostaria de tê-la parado ali na porta mesmo e roubado-lhe um beijo, mas ainda estava cauteloso com as reações de seu corpo. Ela também estava um pouco estranha... Não parecia ser apenas a timidez habitual.
- E-eu trouxe umas coisas pra fazer um café da manhã pra você. - ela disse, olhando para a sacola em seu colo.
- Nossa, Hina, não precisava, você é a melhor!
Naruto se aproximou um pouco, hesitante, porém ela se afastou, perguntando se podia usar o fogão e os utensílios da cozinha.
- Claro...
Naruto entendia que o melhor seria ir tomar um banho, enquanto isso, e pôr uma roupa descente, porém não conseguia se afastar. Ele sentou na bancada da cozinha americana e ficou a observa-la. Não podia continuar assim, sem se aproximar. Apesar do medo de como seu corpo poderia comportar-se, ficar longe dela era o fim. Estava determinado a achar uma solução sem precisar sacrificar a proximidade com sua namorada. Iria se comportar, ele prometia para si mesmo. Ter um pouco era mil vezes melhor do que não ter nada.
Ficaram em silêncio, perdidos em suas próprias reflexões, ao longo do preparo da refeição. Hinata pôs a mesa. Ovos mexidos, pães, frios, um chá fumegante. Sentaram-se.
- Itadakimasu! - disseram, em uníssono.
Naruto estava faminto, afinal, sua última refeição fora o almoço do dia anterior. Devorou uma grande quantidade de comida em questão de minutos. Hinata, porém, quase não tocou na comida, o que chamou a atenção do ninja.
- Hinata, você está bem? Não comeu quase nada!
- N-na verdade, eu preciso conversar com você.
Aquela declaração trouxe um mau pressentimento a Naruto. Ela estava séria e estranha, e a forma como disse a frase, soou como um sinal de alerta.
- O que aconteceu, Hinata?
Hinata pôs as mãos sobre o peito e suspirou, pesado. Estava criando coragem.
- Naruto-kun, eu sei que você é muito amável e não quer me ver sofrer, mas eu tenho notado como você está estranho nos últimos dias. Então e-eu vim aqui pra dizer que... - mais um suspiro - se v-você se arrependeu de me pedir em namoro, não precisa ficar com pena de mim. Eu quero que você seja feliz, acima de tudo! Se você está com vergonha de terminar, não precisa se preocupar, e-eu entendo.
Naruto estava de queixo caído. Os olhos arregalados, atônito. Ao final do discurso, a voz dela estava embargada e ele viu uma gota cair de seus olhos baixos. Recuperado do espanto, o Uzumaki se jogou ao chão, de joelhos, aos pés da Hyuga e agarrou suas mãos, com força.
- Hinata, olha pra mim por favor!
Hinata levantou os olhos marejados e focou nos de Naruto.
- Hinata, você entendeu tudo errado! Tudo errado mesmo! Eu não quero terminar nada, por favor, não faz isso comigo, me desculpa!!! Eu sou uma anta mesmo, que droga!
Hinata estava surpresa com a reação do namorado. Ele segurou sua face entre as mãos e fez com que seus rostos ficassem no mesmo nível, próximos.
- Eu sou um grande idiota mesmo! Eu me afastei de você, realmente! E fiquei te evitando, mas não pelo motivo que você supôs, muito pelo contrário! Depois das noites que estivemos juntos eu comecei a... Ah, cara...- Naruto baixou o rosto, envergonhado, mas voltou a encara-la, em seguida. - Eu vou falar a verdade, por mais que você não queira nunca mais me ver, pelo menos vai ser pelo motivo certo. - fez uma pausa e suspirou pesadamente - Eu comecei a sentir umas coisas...
- U-umas coisas?
- É, uns desejos... por você, pelo seu corpo... eu tive um sonho... Com você... que a gente ficava muito próximo, intimamente... e meu corpo teve umas reações que eu não conhecia... fui falar com o Kakashi-sensei, mas ele me deu o livro do Ero Sennin pra ler e ficou pior, quer dizer, não exatamente pior, mas tive um sonho ainda mais intenso... Eu não conseguia falar com você ou te olhar direito porque eu me lembrava dos sonhos e essa coisa dentro de mim despertava, com tudo! Eu tinha medo do que você ia pensar de mim, achar que sou algum tipo de pervertido... Mas é difícil, Hina, você é tão linda e cheirosa e... - Naruto sacudiu a cabeça, desistindo do que iria falar em seguida - e eu te amo tanto...
- N-naruto-kun...
- Olha, mas eu tive uma conversa com o Shikamaru e ele me ajudou. Me explicou melhor o que tava acontecendo comigo e me ensinou umas paradas aí, pra eu não perder o controle. Me dá uma chance, eu prometo que vou me controlar e esperar o tempo que for necessário por você! Não vou te faltar com respeito! Eu sei que você deve tá me achando um grande pervertido, mas confia em mim, eu vou me comportar, por favor!
Hinata piscou algumas vezes enquanto olhava o semblante desesperado do Uzumaki e processava suas palavras. Quando finalmente a ficha caiu, ela deu um pulo nos braços do amado, seu peso fazendo com que o ninja, pego de surpresa, perdesse o equilíbrio e caísse de costas no chão, com ela por cima.
- Eu te amo, Naruto-kun!
E o beijou, apaixonadamente, deixando-o completamente atônito, já que era a primeira vez que ela tinha esse tipo de iniciativa. Ele aprovou e rendeu-se totalmente ao beijo, como se aquilo fosse um oásis em meio a um escaldante e imenso deserto. Hinata estava nas nuvens. Nunca ficara tão feliz em estar totalmente enganada. Sempre fora insegura de sua aparência, mas a declaração de Naruto a fizera sentir-se a mulher mais linda e desejada. Como sentira falta dos lábios dele! Era contraditório, ao mesmo tempo que lhe traziam paz, eram tão quentes que faziam seu corpo inteiro arder em chamas. O ritmo do beijo era lento, com se tivessem toda a eternidade para sentir cada textura do outro. Suas línguas brincavam num jogo de pega-pega preguiçoso, terminando entrelaçadas e recomeçando a brincadeira. Como, na queda, sua blusa levantara um pouco, as mãos de Naruto faziam contato direto com a pele de seu quadril, enviando uma descarga elétrica sutil. Essa combinação de fatores somada à saudade, ao medo de perde-lo, mais cedo, e ao alívio que suas palavras trouxeram, fizeram-na suspirar.
Naruto sentia a franja de Hinata roçar-lhe o rosto, provocando um leve formigamento. Segurava com firmeza seu quadril, aproveitando a sensação gostosa que tocar sua pele lhe causava. Estava indo bem, sentindo-se orgulhoso de seu autocontrole. No entanto, aquele suspiro dentro do beijo foi demais, como uma compota que se rompera, dando vazão à consciência da pressão de seus seios e o peso de seu corpo sobre si, em especial naquela região ultimamente tão sensível. Em decorrência, começou a sentir os músculos inferiores esticarem-se e, rápida e desesperadamente, agarrou os ombros de Hinata e a afastou, deixando-a confusa e levemente desapontada com a abrupta interrupção.
- Hina, eu prometi me comportar então, como não sou de ferro, é melhor a gente parar, sim?
- Hum... Ok.
Hinata levantou-se, saindo de cima dele.

Após despedirem-se, Hinata seguiu pelas ruas de Konoha, distraída, refletindo sobre tudo o que ouvira. O que mais a assustava era saber que os sentimentos os quais Naruto estava tão desesperadamente tentando reprimir não eram estranhos a ela. A kunoichi procurava não pensar muito sobre, mas, lá no fundo, sabia que seu corpo igualmente apresentava reações loucas quando estavam muito próximos. Isso a fazia sentir-se envergonhada, porém, ao mesmo tempo, desejosa. O contato com o corpo do namorado trazia uma sensação boa demais para ser ignorada. Naruto havia procurado ajuda para lidar com aquelas descobertas. Talvez fosse o momento de Hinata fazer o mesmo. O problema era: a quem recorrer? Eram momentos como aqueles que mais faziam-na sentir falta de uma figura materna. Por mais constrangedor que aquele assunto fosse, com uma mãe talvez fosse um pouco mais simples conversar. Suas amigas haviam lhe oferecido ajuda, no entanto, era difícil imaginar-se conversando de forma aberta sobre seu relacionamento íntimo com Naruto com elas. Só de pensar na possibilidade, já estava corando.

A caminhada parecia sem rumo, porém, após algum tempo, deu por si em frente à casa de Kurenai. Estava nervosa, mas decidiu tocar a campainha. Após breves instantes, sua sensei atendeu à porta, parecia surpresa, porém feliz com a visita. Hinata adentrou o pequeno apartamento. Mirai estava sentada no chão da sala, brincando.
- Que alegria sua visita, Hinata! estava preparando o almoço. você fica pra almoçar com a gente?
- Não quero incomodar, Kurenai-sensei! estava passando por aqui e resolvi ver como vocês estavam, só isso, p-por favor, não se incomode comigo!
- Não é incomodo algum. Chateada vou ficar se você recusar o convite!
- T-tudo bem, então... Mas me deixe ajudar você, por favor.
- Claro. Venha aqui, você pode cortar alguns legumes.
As integrantes do time 8 prepararam uma bela refeição e sentaram-se para comer. Mirai, em sua cadeirinha, fazia uma pequena festa com o alimento, sujando a si e tudo ao seu redor, arrancando risos de sua mãe e da jovem kunoichi. Após terminarem, Hinata ofereceu-se para lavar a louça, enquanto Kurenai ninava uma Mirai sonolenta. A sensei desapareceu por alguns minutos, no quarto. Hinata sentou-se no sofá. Ela queria muito conversar com Kurenai sobre suas dúvidas, afinal ela era uma mulher experiente, no entanto, não fazia ideia de como puxar tal assunto. Kurenai retornou e sentou-se em uma poltrona em frente à Hinata, que mantinha a cabeça baixa, olhando as próprias mãos no colo e corada. Notando o nervosismo da antiga aluna, ela indagou:
- Aconteceu algo, Hinata? Você parece nervosa. Quer conversar?
Hinata apenas assentiu.
- Aconteceu algo com o Naruto? Vocês brigaram?
- Não, n-não é isso... mas tem haver com ele...
Kurenai aguardou que a Hyuga continuasse, porém foi inútil. Conhecia muito bem a timidez de Hinata, mas ela também fora testemunha do desabrochar da jovem. Há algum tempo ela havia deixado de ser aquela menina sem voz. Estava muito mais confiante e dona de si. O assunto devia ser sério para tê-la feito hesitar daquela maneira. Desconfiando do teor da conversa, face aos acontecimentos recentes na vida de Hinata, Kurenai tentou uma nova abordagem, dessa vez, conduzindo o assunto.
- Você sabe que pode conversar sobre qualquer coisa comigo, sim? Vamos ter pra sempre o laço de sensei e aluna e, mais do que isso, tenho um carinho por você como se fosse uma filha.
Hinata levantou o rosto, encarando a mulher na sua frente. Sorriu.
- Você está se tornando uma adulta. Uma linda mulher! É normal que tenha dúvidas sobre as mudanças no seu corpo e novos sentimentos que possam estar surgindo, principalmente agora que está namorando. Se esse for o caso, você pode me perguntar. Vou ajudá-la no que puder. Não tenha vergonha de mim.
- Sim, sensei... eu estou tão confusa... e você é a única pessoa com quem acho que consigo falar... - Fez uma pausa, respirando fundo. - Sabe, quando estou com o Naruto é tão maravilhoso... abraça-lo, beija-lo... m-mas quando ele me toca, às vezes parece que saio de mim, como se meu corpo se controlasse sozinho... sinto uns arrepios, uma sensação estranha dentro de mim...
- Mas isso que você sente, é bom ou ruim? Quero dizer, é prazeroso ou te faz mal, de alguma forma?
- É... b-bom... só que eu tenho vergonha de sentir isso... acho que é errado... não sei...
- Hinata, isso é absolutamente normal. Errado seria se estivesse te causando dor ou sofrimento. Quando estamos com alguém que a gente gosta, nosso corpo reage por instinto. O toque da pessoa amada desperta prazer e isso é natural.
- O Naruto-kun disse que também sente essas coisas... Ele até se afastou de mim, porque disse que estava difícil se controlar... Ele conversou também com alguém e parece que, agora, ele está se sentindo mais sob controle... mas hoje ele me afastou quando nosso contato se aprofundou mais...
- E como você se sentiu com isso?
- E-eu achei bonita a atitude dele, ele disse que quer me respeitar... mas...
- Mas você também sentiu uma pontada de decepção?
Hinata corou absurdamente, levando as mãos ao rosto.
- Estou tão confusa, Kurenai-sensei! Por que eu senti isso? E-eu não sei o que pensar... Me sinto horrível!
Kurenai levantou e sentou-se ao lado de Hinata, passando um braço sobre seu ombro.
- Hinata, não se martirize. Sexo é um assunto delicado, sobretudo pra nós mulheres, porque a sociedade dita que nós não devemos sentir os mesmos desejos e necessidades dos homens. No entanto, isso está errado. Somos todos humanos e de carne e osso. Escute, - Kurenai segurou os ombros de Hinata, fazendo ela virar em sua direção - olhe pra mim. - Hinata obedeceu. - a decisão é única e inteiramente sua. Não é do Naruto, nem do seu pai, nem de ninguém. Apenas sua. Algumas mulheres se sentem a vontade pra terem sua primeira vez apenas depois de casar, enquanto outras não acham necessário a espera. E está tudo bem, desde que seja uma decisão sua, vinda da sua vontade, da sua necessidade e não do que esperam terceiros. O que vai dizer se o momento é certo é o fato de você querer e se sentir a vontade, e seu coração dizer que aquela é a pessoa certa.
Hinata sorriu. As palavras de Kurenai a estavam transmitindo uma serenidade ímpar.
- Bom, meu conselho pra você é deixar as coisas seguirem seu rumo naturalmente. Sem se cobrar ou se reprimir. Se você estiver num momento íntimo com o Naruto e não estiver se sentindo bem, à vontade, não force. Se caso você estiver sentindo uma sensação boa, prazerosa, apenas deixe rolar e ver o que acontece. Não vou dizer que a primeira vez é um conto de fadas. Nós, mulheres, sentimos dor no primeiro momento, quando é rompida a barreira física que existe em nosso corpo. Por isso é tão importante se sentir bem, relaxada e com alguém em quem se confia. Também é difícil atingir o ápice do prazer assim de primeira, pois não só o homem precisa conhecer seu corpo, como principalmente você! Saber o que te faz bem, o que te estimula. Cada um é de um jeito. Quando se é inexperiente, é difícil acertar de início,  mas, aos poucos, a intimidade e o conhecimento sobre si e sobre o outro cresce, melhorando tudo.
Hinata ouvia a tudo, atenta. Não acreditava que estava tendo aquele tipo de conversa, mas estava se sentindo bem melhor com o conforto e conhecimento que Kurenai lhe estava repassando.
- Você sabe, eu não me casei... - Kurenai disse, com um sorriso discreto. - Mas não me arrependo. Asuma era a pessoa certa, aquele que eu amava. Nós estávamos apaixonados e eu me senti bem, senti que precisava dele em todos os sentidos. Nós vivíamos em um tempo diferente, onde a ameaça de uma guerra nos rondava. Como shinobis, era arriscado assumir um compromisso abertamente, pois isso poderia ser usado contra nós, por um inimigo. Então nós não tínhamos a perspectiva de casar oficialmente, com pompa e circunstância. Hoje o tempo é outro. Alcançamos a paz e um casal de shinobis que se ama pode assumir compromisso sem medo. Me pergunto, se ele ainda estivesse aqui...
Uma lágrima rolou, pelo rosto da mais velha. Hinata a abraçou, de forma intensa. Ficaram assim por vários minutos.
- Me desculpe, Hinata - Kurenai finalmente se afastou, enxugando as lágrimas silenciosas que haviam rolado. - eu acabei lembrando dele e de toda a saudade que sinto. Mas como ia dizendo, não me arrependo. Já pensou se eu tivesse me reprimido, deixado a opinião de outros me influenciar?
Sorriu fraco. Hinata retribuiu.
- Obrigada, Kurenai-sensei. Você é a melhor pessoa a quem eu poderia recorrer. Me sinto muito feliz pelo o que você disse, mais cedo, de me ter como uma filha. Pra mim, você é também um pouco como uma mãe. Estou me sentido muito melhor, como se tivesse tirado um peso das costas. Não me sinto mais culpada por sentir o que sinto pelo Naruto. Eu agradeço, de coração.
- Que bom que pude ajudar! Quando chegar a vez da Mirai, pelo menos já vou estar treinada!
As duas riram e abraçaram-se, mais uma vez.


Notas Finais


A Hinata pira num loirin, loirin, loirin...
Bjs a tds!!!


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