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História Aprofundando Laços - NARUHINA - Fuuton


Escrita por: nhaddicted

Notas do Autor


Este capítulo é uma espécie de "spin-off", focado no casal Shikatema. Quem estiver interessado em conhecer o triste destino de Nara Shikamaru, após ter sido flagrado recebendo atenções suspeitas da kunoichi Ukeda Aiko, por ninguém menos que Sabaku no Temari, este cap é pra vc. (Tem início a partir da chegada de Temari no prédio principal).

Capítulo 19 - Fuuton


Fanfic / Fanfiction Aprofundando Laços - NARUHINA - Fuuton

Temari adentrou o escritório do Hokage.
- Olá, Temari, seja bem vinda!
Temari estava com um semblante tão fechado que conseguiu assustar até mesmo Kakashi.
- Oi. - cumprimentou, seca. - Eu vim como representante de Sunagakure e também em missão. Como o Programa de Intercâmbio Shinobi do próximo ano será na Vila da Areia, Gaara pediu que eu fizesse um relatório detalhado sobre a experiência dessa primeira edição aqui na Folha.
- Certo. Você pode ter acesso aos nossos arquivos referentes ao programa, basta falar com a Shizune. Ela está responsável pela organização.
- Estou à disposição, Temari-san. - Shizune fez uma leve reverência com a cabeça.
- Também vou receber os relatórios da missão de ontem. As equipes estão aguardando para me entregar e receber novas missões. Se você quiser, pode dar uma olhada depois.
- Sim. Obrigada. Vou me retirar, para descansar da viagem. Com a sua licença, Rokudaime-sama.
- Tudo bem, Temari. Aproveite a estadia na Folha.
Temari saiu sem olhar para ninguém e bateu a porta com certa força, atrás de si. Shikamaru sabia que estava encrencado.
Após a saída do time 7, a equipe 10 foi solicitada.
- A missão de vocês será fazer o traslado de um grupo de presos da delegacia da Folha ao presídio, que fica nos arredores da aldeia. Vocês darão suporte à equipe policial. Quero que fiquem bem atentos, pois, entre o grupo, há alguns criminosos considerados de alta periculosidade. Pode haver tentativas de fuga.
- Sim, Rokudaime-sama! - responderam em uníssono.
- O policial responsável pela operação os aguarda na delegacia. Podem ir.

O grupo estava deixando o prédio, quando uma grave voz feminina chamou por Shikamaru. Todos viraram-se. Temari encontrava-se escorada na parede do prédio. Semblante fechado, braços cruzados sobre o peito.
- O Kazekage pediu que eu lhe passasse uma informação de cunho diplomático, já que você costuma ser representante da Folha na aliança shinobi. Venha aqui, por favor. É confidencial. Serei breve.
Apenas, então, Shikamaru percebeu que encontrava-se totalmente paralisado, como se tivesse sido pego no próprio jutsu. Empertigou-se e se aproximou, deixando o time à sua espera.
- Qual recado o Kazekage tem pra mim?
- Não se faça de sonso! - Temari falou num tom de voz baixo - Não tem recado nenhum. Eu quero saber que palhaçada foi aquela.
- Que saco! - o Nara disse, monocórdico, expirando pesadamente. - Olha, eu não tive culpa, tá? Aquela menina fica me perseguindo e é difícil estabelecer uma distância, sendo que somos do mesmo time...
Os olhos verde-musgo de Temari ardiam em chamas violentas.
- Isso tá mais pra uma desculpa esfarrapada!
- Quer saber, isso é tudo culpa sua.
- Minha?!? - a exasperação da kunoichi elevou seu tom, chamando a atenção dos outros. Ela amaldiçoou-se mentalmente por isso.
- É. Sua. - em contrapartida, a voz do Nara continuava calma, o que fazia o sangue de Temari ferver ainda mais. - Se você me assumisse como namorado, impediria que coisas como essa acontecessem. Mas não. Quem fica dando desculpa é você, dizendo que é irmã do Kazekage, que não moramos na mesma vila e blá, blá, blá... o que eu posso fazer quando me perguntam se sou solteiro? Posso dizer a verdade? Não, porque você fica me enrolando...
Temari franzia os músculos faciais mais e mais a cada palavra do ninja da Folha. Ino sabia que a situação estava próxima de sair do controle, por isso resolveu intervir, aproximando-se. Foi feliz na escolha, pois assim que chegou até eles, Temari agarrava a gola do colete de Shikamaru com ambas as mãos. Colocou uma mão no ombro de cada e disse, alteando a voz.
- Desculpe interromper, Tema! Talvez vocês possam discutir esse problema diplomático uma outra hora, já que agora temos pessoas nos aguardando pra missão!
- Humpf! - Temari bufou, retirando as mãos de Shikamaru, percebendo que havia passado dos limites. No entanto continuou encarando-o, com olhar mortal. Shikamaru não recuou e a encarou de volta, com a mesma intensidade. Ino pensou que, mais um pouco, veria faíscas saindo dos olhos dos dois e chocando-se no meio do caminho.
- Vamos, Shika? Nos aguardam na delegacia!
Ele se virou, indo em direção ao restante do grupo, mas não sem antes soltar um "problemática" bem baixinho, mas alto o suficiente para que elas escutassem. Temari fez menção de ataca-lo, porém Ino a deteve.
- Relaxa, Temari. Não dá bandeira!
Temari corou levemente, recompondo-se.
- O Shika não tem culpa, aquela atrevidinha ali é uma atirada. Eu vou ficar de olho nela, pode deixar.
Temari assumiu novamente sua postura altiva e passou pelo grupo, mas chamou a atenção de Aiko.
- Você. Comporte-se. Isso é uma missão, não um passeio nas fontes termais. É o símbolo da areia que você carrega aí. Se eu souber que você andou aprontando, vai se ver comigo.
Aiko estava apavorada. Todos sabiam muito bem o quanto Temari podia ser assustadora quando queria.

Enquanto caminhavam rumo à delegacia, Shikamaru pensava em Temari e na mulher problemática que era. Ele deveria estar enfurecido, mas, ironicamente, aquilo fez brotar um leve sorriso em sua face. Temari era a roleta russa que ele jamais imaginara que gostaria de jogar. Logo ele, que um dia quase desistira da vida shinobi por conta do risco e dificuldade que esta oferecia. Logo ele, que tanto criticara seu pai. Logo ele, que, um dia, desejou ser uma simples nuvem ao vento. Nem mesmo o seu QI superior a duzentos era capaz de explicar aquilo. A única coisa que sabia era que aquele furacão fazia o sangue correr em suas veias. Agradeceu internamente por sua missão não ser em um local distante. Quanto antes acabassem com aquilo, mais cedo retomaria aquela discussão. Provoca-la era perigoso e tentador. Saber que ela estava com ciúmes, massageava-lhe o ego. Tirá-la do sério era arriscado, mas a recompensa valia muito a pena.
Ao chegarem à delegacia, o comandante da operação explicou-lhes o planejado. Shikamaru pediu a palavra para fazer algumas alterações.
- A melhor estratégia é ficarmos à espreita, sem sermos vistos. Pra isso, é importante que você coloque um número maior de policiais. Se houver alguma tentativa de fuga, o prisioneiro em questão acreditará que seu único obstáculo é o seu pelotão. Eles não devem desconfiar que há uma equipe shinobi dando suporte.
Desde o fim da quarta guerra, Shikamaru já era respeitado como grande estrategista. Essa fama só aumentou com o passar do tempo, conforme ele trabalhava diretamente ao lado do sexto hokage e na aliança shinobi. Por isso sua opinião foi acatada sem questionamentos.
A operação teve início. Ino estava admirada com o poder que a ameaça de Temari exercera sob Aiko. A garota parecia outra pessoa. Estava portando-se da forma mais profissional possível, exibindo uma aura compenetrada. O que, na verdade, era apenas uma faixada. Por trás de todo aquele foco, existia uma alma sonhadora, que, assim como Shikamaru, torcia para que a missão terminasse em breve. "Quando tudo isso acabar, essa missão chata e esse programa, poderei me aproximar do Shikamaru-senpai em paz. Depois da cerimônia de encerramento, não estarei mais em missão oficial e a Temari-sama não terá motivos pra me recriminar", pensou. Aiko não era a pessoa mais rápida de raciocínio, logo, não foi capaz de perceber o verdadeiro motivo da ira de Temari. Realmente acreditava que travava-se apenas de uma admoestação acerca de sua postura profissional.
A estratégia de Shikamaru se provou certa quando, mais a frente, o grupo de policiais foi pego em uma armadilha montada por um bando que buscava resgatar seu líder, um dos prisioneiros. Devido ao elemento surpresa, o trio Ino-Shika-Cho os neutralizou com facilidade. O grande problema foi que, distraída, assistindo ao trabalho de equipe impecável dos companheiros, Aiko baixou a guarda, o que deu brecha para o bandido que queria ser resgatado se aproximasse e tirasse a kunai que ela empunhava, imobilizando-a, por trás, e apontando a arma para o seu pescoço, enquanto o restante da equipe estava ocupada, dando conta do resto do bando.
- Atenção! Se vocês não soltarem meus subordinados e me deixarem ir, eu mato a belezinha aqui.
- Fala sério! - Ino exclamou, indignada. - A gente tinha que ficar logo com uma amadora?
- Mantenham suas mãos onde eu possa ver, ou a miss Areia aqui vai pagar. Não quero ninguém fazendo selo de mão! A começar pelo cabeça de abacaxi aí! Desfaça esse jutsu e libere meus companheiros!
- Hm... eu acho que não...
O bandido franziu o cenho e tentou aproximar ainda mais a kunai da garganta de Aiko, para mostrar que não estava de brincadeira, no entanto, não conseguiu. Alguma força misteriosa o impedia.
- Quando atacamos, eu pus as minhas sombras em cada um de vocês, pra evitar esse tipo de gracinha. Só não havia os imobilizado ainda pra não gastar chakra em vão. Mas, agora, você vai solta-la.
Era evidente que o homem afastava-se contra a própria vontade. Ele fazia força, no entanto, mesmo assim, foi incapaz de resistir ao jutsu secreto do clã Nara. Largou a kunai, que foi retomada por Aiko. Ela postou-se ao lado dos companheiros, tentando se recompor do susto.
- Você. Fique mais alerta daqui em diante. Como a Temari disse, isso aqui não é brincadeira. - Shikamaru a repreendeu.
- Obrigada por me salvar, Shikamaru-senpai! Você é incrível!
- Aquieta o facho, menina! - Ino falou. - Nem passando perrengue você se liga?
- Vamos. - Disse Chouji. - toda essa ação está me dando uma baita fome.

Embora trabalhosa, a missão foi completada com sucesso. O time 10 ainda ajudou os policiais a prender os criminosos que haviam armado a emboscada. Chegaram na Aldeia no início da madrugada. Shikamaru gostaria de ir até o hotel ver Temari, mas, àquela hora, ela devia estar dormindo. Não tinha certeza em que pé as coisas estavam, preferiu não arriscar. Já estava indo em direção ao distrito do clã Nara, quando sentiu alguém puxar-lhe a manga da camisa.
- Senpai, você pode me acompanhar até o hotel? Eu não conheço a Vila direito, tenho medo de andar sozinha essa hora da noite...
Aiko esperara Ino e Chouji partirem para fazer o pedido. Mas se ela pensava que Shikamaru cairia nessa armadilha, estava bem enganada.
- Aiko, você é uma kunoichi de Suna. Se o Kazekage lhe delegasse uma missão de entregar algum pergaminho na vila da Folha, com urgência, e você chegasse de madrugada aqui, não cumpriria seu dever por medo?
- N-não... Quer dizer, s-sim, eu cumpriria...
- Ótimo! Então, boa noite.
Shikamaru virou-se novamente para o seu caminho, indo a passos largos.
- Senpai!
- Mas que saco... - o Nara resmungou antes de virar-se mais uma vez. Ela estava no mesmo lugar que ele havia lhe deixado. - O que foi dessa vez?
- Você é comprometido? É por isso que não deixa eu me aproximar de você?
- Vamos dizer apenas que eu gosto de mulheres mais velhas... Agora é tchau mesmo. Até amanhã.
Ele se foi, decidido a se fazer de surdo caso ela insistisse.

Na manhã seguinte, adentraram o escritório do Hokage para entregar seu relatório de missão. Shikamaru já esperava que ela estivesse lá, mas isso não impediu seu coração de falhar uma batida ao vê-la sentada na mesa contígua. Os olhos verdes encontraram-se com os castanhos. Ambos exibiam semblantes desprovidos de quaisquer emoções, mas seus olhares eram intensos.
- Bom dia. Rokudaime-sama, viemos entregar nosso relatório da missão. Tivemos uma tentativa de fuga, mas conseguimos contornar e completar o traslado dos presos até o presídio. Também capturamos o bando que tentou resgatar o líder deles. Eles estão presos na delegacia, aguardando os tramites da justiça.
- Muito bem. Como estamos sem missões no momento, vocês vão ficar hoje me auxiliando aqui no escritório. Ino e Chouji, podem ficar aqui me ajudando a organizar esses documentos, enquanto Aiko e Shikamaru ajudam a Temari-san com o relatório que ela está produzindo para o Kazekage.
De início, Temari achou aquilo uma péssima ideia, mas, depois, pensou melhor e concluiu que seria bom ter um olho bem próximo daquela kunoichi espevitada.
Temari delegou as funções.
- Aiko, não é? - a kunoichi mais nova anuiu. - Aiko, você vai ler esses relatórios de missões e fazer um resumo. Nara, você vai me auxiliar com esses documentos referentes ao programa.
Shikamaru assentiu brevemente. Mandona. Trabalharam em silêncio. O atual comportamento exemplar de Aiko e as trocas de olhares com Shikamaru melhoraram o humor de Temari consideravelmente.
- Nara, você tem aí o documento sobre a seleção dos candidatos? Preciso dar uma olhada.
Shikamaru procurou em sua pilha.
- Sim, está aqui comigo. Só um momento, que vou anotar aqui uma observação importante.
Shikamaru pegou uma caneta e um pequeno pedaço de papel e fez uma breve anotação, anexando ao documento solicitado com um clipe, passando para a Sabaku, a seguir.
Temari leu o conteúdo.

Podemos voltar a discutir a mensagem diplomática do Kazekage a noite, quando sairmos daqui?

Ela sorriu, quase que imperceptivelmente. Foi sua vez de pegar caneta e papel e escrever uma resposta, anexada, da mesma forma, em outro documento.
- Nara, analise esse outro documento pra mim, sim?

Sim. O Kazekage precisa de esclarecimentos detalhados. É importante que Konoha não assuma que o problema está totalmente resolvido.

"Problemática", Shikamaru pensou, ao ler o bilhete.

Ao fim do dia, foram dispensados. No corredor, em direção à saída, o Nara despediu-se dos companheiros, dando um olhar significativo a Ino e Chouji.
- Bem, até amanhã pra vocês. Vou esperar a Temari, pois precisamos terminar de discutir aquele assunto diplomático.
Aiko pareceu desapontada em não ter tido a oportunidade de prolongar a companhia do shinobi, mas despediu-se, sem protestar.

Temari havia ficado no escritório, para guardar alguns documentos. Quando saiu, achou que o Nara estaria aguardando no corredor, porém, não havia ninguém. Ela caminhou até a saída do prédio, esperando encontra-lo do lado de fora, no entanto, mais uma vez, não teve suas expectativas atendidas. Praguejando, seguiu caminho até o hotel. Onde aquela praga havia se metido? Ele dissera que eles se encontrariam, no fim do expediente! Se ela soubesse que ele estava com a tal Aiko, podia se preparar pra vestir o paletó de madeira! Com raiva, estava tendo dificuldade para enfiar a chave na fechadura de seu quarto de hotel, quando sentiu a presença à suas costas e o hálito conhecido indo de encontro à sua orelha e pescoço.
- Ta difícil aí? Deixa que eu te ajudo.
Ele tomou as mãos dela nas suas, passando os braços em volta de seu corpo, e guiou seus movimentos para encaixar a chave, abrindo a porta, em seguida. O coração de Temari estava aos saltos e ela ficara sem ação. Quando a porta se abriu, ele a soltou e ficou aguardando que ela entrasse. Recuperando a compostura, Temari entrou, sendo seguida por Shikamaru, que trancou a porta, ao passar.
- O que o Kazekage diria se soubesse que seu nome está sendo usado como desculpa para uma crise de ciúmes?
O Nara estava parado, junto à porta, mão esquerda no bolso da calça, mão direita no queixo, expressão reflexiva.
- Devo admitir que você é muito corajoso de me provocar dessa forma. - Temari disse, muito séria.
- Coragem, loucura... Não sei. No fim, talvez seja tudo a mesma coisa.
- Ciúmes de você, Nara? Hahahahahahaha... Você está bem presunçoso, não? - Temari exibiu uma expressão debochada, ao mesmo tempo que cruzou as mãos sobre o peito.
- Se isso não é ciúmes, não sei o que pode ser. Por que você não me diz? - ele aproximou-se, ficando frente a frente, com um olhar desafiador.
- Como eu disse, a garota está representando Suna. Ela precisa ter postura profissional pra não denegrir nossa imagem. Apenas isso. - ela continuou o encarando, agora pondo as mãos na cintura, aproximando-se um pouco mais.
- Realmente. Por que você teria ciúmes de mim, se nós não temos nada, não é mesmo?
A pergunta retórica apagou o sorriso de deboche do rosto da kunoichi, que franziu a testa. Shikamaru continuou.
- Sabe que ela até me perguntou ontem, quando voltamos, se eu era comprometido?
- E o que você respondeu? - Temari usou um tom perigoso.
- Por que a curiosidade? Você não tem nada a ver com isso, não é mesmo?
Temari agarrou a gola do colete do ninja, obrigando seu rosto a ficar meros centímetros do dela. Ele ainda possuía a expressão impassível, quase entediada, o que só aumentava a ira da Sabaku.
- Pare de brincar comigo agora e me responda o que você disse a ela. - Agora ela não mais disfarçava a fúria.
- Não disse nem que sim, nem que não. O que mais eu poderia falar? - Shikamaru falou exasperado, da mesma forma, falhando em continuar escondendo os sentimentos.
Eles encaravam-se, enquanto uma energia explosiva tomava conta do cômodo, quase palpável. Ambos exibiam carrancas, numa guerra fria através do olhar, que pareceu durar uma eternidade. Seria impossível determinar quem se movimentou primeiro, já que agiram praticamente em sincronia. Shikamaru agarrou o rosto de Temari, puxando-o de encontro ao seu, ao passo que ela puxou p seu colete, trazendo-o para si. Selaram os lábios com força e de maneira afobada. Shikamaru agarrou sua cintura, elevando-a e colocando-a sentada sobre uma pequena mesa de duas cadeiras que havia no quarto, fazendo um pequeno vaso de flores ali em cima cair ao chão. Não se importaram. Temari enlaçou o quadril do moreno com as pernas, imobilizando-o junto a si, enquanto ele provocava-a, sugando, com lentidão torturante, sua língua e lábios. Shikamaru agarrou uma de suas coxas, por baixo da saia, fazendo-a arfar dentro do beijo. Ela impôs então o seu próprio ritmo, brincando com a boca do Nara de forma voraz e frenética. Eles afastaram-se milímetros, buscando ar. O hálito de um batendo de encontro ao rosto do outro. Shikamaru aproximou os lábios do pescoço alvo, beijando-o de forma tão leve, que mal havia tocado a pele. Sabia que aquilo a deixava louca. Ela era tão intensa, que a meia medida do ninja a levava ao limite. As mãos, que até então seguravam a gola do colete, agarraram seus cabelos negros, puxando-os, soltando-os do amarrado. Ela adorava descabela-lo. Era sempre uma das primeiras coisas que fazia quando estavam a sós. Puxou os fios de tal forma, que afastou o rosto do Nara de seu pescoço, fazendo-o encara-la, mais uma vez.
- Você é meu. Que fique bem claro.
- Será mesmo?
Em um movimento fluido e repentino, Temari soltou seu cabelo e baixou a mão, agarrando seus testículos. Exercendo uma pressão perigosa. Shikamaru arfou, temeroso.
- Você é meu, sim ou não? Pense bem na resposta. Dependendo dela, você pode ir pro céu ou pro inferno, agora mesmo.
Shikamaru balançou a cabeça rapidamente, nervoso, em sinal afirmativo.
- S-sim.
- Eu não entendi. Quero escutar com todas as letras.
Temari apertou os dedos, um pouco mais. Contra todas as possibilidades, Shikamaru estava ficando duro. Ela conseguia assusta-lo e excita-lo, ao mesmo tempo.
- Eu sou seu, Temari. Só seu.
A loira deu um sorriso vitorioso e largou suas bolas, usando as duas mãos para empurra-lo, levantando-se. Pôs as mãos sobre o botão de sua calça e abriu, nunca desviando o olhar dos olhos bem desenhados do ninja. Ficou de joelhos, abrindo o zíper e escorregando o membro rígido para fora da cueca. Engoliu-o, de uma só vez, até a base. Shikamaru gemeu alto, incapaz de controlar-se. A impetuosidade de Temari sempre o surpreendia. Ela sugou-o, envolvendo a glande com movimentos certeiros da lingua, recomeçando a tortura, com afinco, enquanto baixava sua calça e cueca por completo. O olhar atrevido, somado aos movimentos intensos e ao tempo que passara longe dela estavam o levando à beira do limite muito rápido.
- T-temari... para... aahh... eu vou...
O apelo só fez com que ela se empolgasse ainda mais, apertando suas nádegas e chupando mais forte. Antes que perdesse totalmente o controle, Shikamaru a puxou pelos braços, fazendo-a levantar-se e beijou seus lábios, sentindo o próprio gosto naquela boca. Ele soltou a faixa vermelha que envolvia sua cintura e a espécie de corpete branco que ela usava, com uma destreza impressionante. Desabotoou sua blusa, entre beijos, revelando um sutiã de renda preta, extremamente sexy, do qual seios seios transbordavam. Ele sorriu, com luxúria, e girou o corpo da jovem, forçando-a a apoiar-se na mesinha, de costas para ele.
Shikamaru iniciou uma trilha de beijos do pescoço, através das costas, deixando cada centímetro da pele de Temari arrepiada, causando tremores de antecipação pelo próximo beijo. Ela sentia a lingerie que havia escolhido especialmente para ele totalmente úmida. Quando o ninja chegou ao cóccix, puxou lentamente a saia para baixo, revelando o exuberante traseiro de sua kunoichi, adornado por uma pequena peça fio dental, na mesma trama e cor do sutiã. Apertou o próprio pênis, que latejava e liberava o pré-gozo.
Temari imaginava que o Nara estivesse lhe admirando, mas aquela demora toda era uma grande tortura. Estava prestes a protestar quando sentiu sua calcinha sendo afastada para o lado, e a língua dele a invadir, chupando, lambendo e brincando no seu interior. A loira gemeu, empinando ainda mais as nádegas em direção ao rosto do moreno.
- Shika... aaaahhhh
Shikamaru imobilizava seus quadris com força, enquanto sua lingua buscava os pontos que ele já havia detectado como os mais sensíveis. Ela estremecia e gemia, logo estava rebolando de encontro a sua boca.
- Shika, eu preciso... de você... coloca, por favor...
Era o momento que ele aguardava. Asuma costumava dizer que ele pensava dez passos a frente. Talvez fosse verdade. Ele baixou sua calcinha, levantou-se e pegou um preservativo do bolso do colete. O barulho da embalagem sendo rasgada fazia o frio na barriga de Temari aumentar.
Já usando a camisinha, Shikamaru postou a glande de seu pênis na entrada molhada de Temari, mas não a penetrou. Em vez disso, sussurrou em seu ouvido.
- Agora é minha vez. Só coloco se você disser que é minha.
Temari revirou os olhos. Aquele desgraçado  conseguia deixa-la completamente louca.
- Vai sonhando! - ela blefou.
Em resposta, o Nara soltou o fecho de seu sutiã, cujas alças deslizaram pelos seus braços, e agarrou seus seios, chupando o lobo de sua orelha, apertando e puxando seus mamilos, que doíam, de tão intumescidos. Temari mordeu o lábio inferior com força, a respiração errática, sua intimidade latejando, em agonia. Seria inútil tentar resistir. Aquele castigo era cruel demais.
- Sou sua. - Ela confessou, baixinho.
- Isso não foi nem um pouco convincente, e eu mal ouvi.
Persuasivo, o moreno puxou ainda mais os bicos dos seios, enquanto rocava, com vigor, seu membro na entrada extremamente lubrificada.
- Eu sou sua por inteiro! Mas mete logo esse pau gostoso em mim ou você vai ver! - Temari alteou a voz, impaciente.
- Você é quem manda.
Shilamaru enfiou com força e profundamente. Temari gemeu alto.
-Aaah... Aaaah... Isso, Shikamaru! Eu sou sua! Vai!
- Toma, sua gostosa!
Ele dava estocadas, aumentando cada vez mais o ritmo, que era seguido pelas reboladas de Temari de encontro à sua pélvis.
Quando os gemidos de Temari silenciaram e e seu corpo começou a estremecer, Shikamaru soube que ela estava atingindo seu primeiro orgasmo da noite. Sentindo os músculos da vagina da kunoichi o comprimirem, ele se deixou levar, chamando o nome da única mulher que virava seu mundo de ponta cabeça. Talvez ele realmente houvesse virado uma nuvem, sujeito aos caprichos do vento.

~◇~


No dia seguinte, o time 10 ajudou na organização da cerimônia de encerramento do programa de intercâmbio shinobi, auxiliando com todo o tipo de preparativos.  Vendo o amigo bocejar pela décima vez, Chouji comentou, enquanto Ino e Aiko afastavam-se para outro canto.
- Já vi que a noite foi de reconciliação.
Shikamaru sorriu.
- Uma ventania muito forte essa noite, não me deixou dormir direito. Você não sentiu não?
- Hahaha! Não, lá em casa esse vento não passou.
Eles riram.


Após a cerimônia, Shikamaru aguardava Temari, que se despedia dos representantes das outras vilas e do Hokage, ainda no palco. Lembrava, com ternura, da noite anterior. Toda a luxúria, seguida pelo carinho, ao dormirem juntos, abraçados, fazendo juras e confissões de amor ao pé do ouvido. Temari também tinha um lado terno que poucos conheciam, talvez apenas ele e os dois irmãos. Quando questionado por sua mãe, cedo, por que não havia dormido em casa, mentiu, dizendo que estava em missão, ao que ela respondeu, com um sorriso irônico:
- Sei bem. Essa missão loira dos olhos verdes. Aposto que ela está na vila!
Engasgando-se, surpreso, Shikamaru saiu correndo de casa, sem saber o que responder. Agora estava sorrindo, com a lembrança.  Perdido nesses pensamentos, não notou a aproximação de Aiko, que, contrariando qualquer bom senso, jogou-se nas suas costas, agarrando-o por trás.
- Shikamaru-senpai! Você estava esperando por mim?
- Aiko, sai daqui! O que você está fazendo? Me larga!
Shikamaru tentou desvencilhar-se do seu abraço, mas a danada era escorregadia.
- Aiko, o que eu te disse? Nada vai acontecer entre a gente! Eu gosto de mulheres mais velhas. Você é muito nova, não rola! Me deixa em paz, que saco!
- Me dá uma chance, Senpai, por favor! Eu tenho certeza que vou fazer você esquecer esse preconceito bobo!
- Me larga! A Temari tá vindo!
- Não estamos mais em missão. A Temari-sama não tem mais nada com isso!
As sombras não podiam lhe ajudar no escuro. O que seria dele se o seu furacão particular aparecesse?
- Me solta, Aiko!
Desesperado, ele não viu outra maneira se não usar de força. Agarrou os braços da jovem, afastando-os.
- Ai, senpai... assim você me machuca!
- Eu já mandei você me soltar. Isso não tem o menor cabimento! Você tá louca? Nunca dei nenhuma abertura pra você achar que tem direito de fazer isso! Sempre deixei claro que éramos apenas colegas temporários da mesma equipe!
- Solta ele, agora!
Temari estava diante deles, com uma mão a postos no leque em suas costas, pronta para puxa-lo.
- Tema, eu juro que eu não...
- Aiko. Eu estou mandando solta-lo. Agora!
Aiko finalmente afrouxou os braços, postando-se ao lado de Shikamaru.
- Com todo o respeito, Temari-sama, não estou mais em missão, o programa está encerrado. Isso é pessoal, você não tem nada a ver com isso. Eu me comportei de maneira profissional, como você exigiu, durante a missão, mas agora não estou mais representando Suna.
Shikamaru colocou a mão na testa, não acreditando na falta de noção da garota.
- Shikamaru, dê licença, por favor. - Temari pediu, com uma calma alarmante.
- Calma, Tema! Vamos, - ele disse, estendendo a mão, mas sem sair do lado de Aiko, para não dar brecha - vamos comer com o pessoal. Deixa ela aí. Não vale a pena!
Aiko estranhava a intimidade entre os dois, mas seus neurônios eram lentos pra completar as sinapses.
- Shikamaru. Me dá licença. Agora. Ou vai sobrar pra você também. Não se preocupa. Eu vou pegar leve.
O Nara conhecia muito bem aquele olhar. Não adiantava, iria acontecer, de qualquer forma. Então ele saiu do lado de Aiko e foi para trás de Temari, fora de alcance.
- Eu vou ser bem clara, Aiko, porque eu acho que você é meio lerda. Fica longe do Shikamaru Nara. Ele é meu. Uma lua é o suficiente pra você aprender a lição.
Temari desembainhou o leque e o abriu o suficiente para mostrar uma das esferas roxas. Quando Aiko finalmente compreendeu o que estava acontecendo, virou-se para correr, mas era tarde demais.


Os jovens ninjas a caminho do Yakiniku Q assustaram-se com uma ventania inesperada próxima ao palco, mas não se deram conta do que ocorria, de imediato. Apenas quando Ino deu por falta de Aiko e lembrou que Shikamaru ficara a espera de Temari, sua ficha caiu.
- Puta que pariu. Deu merda.



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