— Grande Dragão do Deserto, peço que me ajude a guiar o meu povo a prosperidade novamente, depois que o segundo maior reino do continente de Kotor declarou estado de guerra, ambos dos lados estão perdendo cada vez mais. . . Precisamos de sua ajuda, nós humanos, reconhecemos o nosso erro em negligenciar a dadivá que o universo nos deu, a magia apareceu para nos ajudar, mas ao invés disso a caçamos e repugnamos todos eles que possuem ela. . . Porém, eu não serei esse tipo de rei, seria hipócrita de minha parte caçar a magia, já que eu mesmo sou um mago. Quero trazer uma nova concepção sobre a magia, eu quero trazer uma época onde crianças com magia não tenham que viver fugindo, então peço que me ajude com essa guerra. — O jovem rei, se curvaria perante ao grande Dragão de pele amarelada, como a areia do deserto, uma grande estatura, semelhante às montanhas e uma voz grave, dizem que seu rugido consegue abrir fissuras na terra,
— Aprecio a sua coragem jovem rei, mas não nos envolvemos em conflitos humanos, por muitos anos as criaturas mágicas conseguiram se esconder dos homens, para não sermos mortos, então continuaremos escondidos. . . Essa reunião está encerrada.
O jovem rei sairá da presença do Grande Dragão do solo e iria em direção ao seu reino, porém mesmo distante do campo de batalha já era possível ver alguns dos efeitos da guerra, o grande Oásis que cercava a Capital de Kotor estava gradualmente morrendo, de longe era possível ver uma grande guerra de baixo de um céu completamente negro.
— Como isso foi acontecer, o que deu de errado para que está guerra fosse travada? Mesmo que eu queira acabar com essa guerra, como rei não recuarei, eu lutarei até que minha vida aqui na terra já tenha cumprido todos os objetivos que almejei e sonhei. . . Só é triste eu não poder te dizer adeus.
1 ano atrás
A lua paira pelo céu, onde é possível ver seu brilho por toda a Kotor, a temperatura cairá drasticamente fazendo com que os animais do deserto saíssem, porém, não foram apenas os animais que saíram, em um Oásis conhecido por todos como Oásis de Maon, o oásis que cerca a grande capital de Kotor. Maon é muito vasta sendo o maior Oásis do mundo, não se sabe ao certo como explicar a existência deste oásis devido às condições do continente de Kotor. Kotor tem um clima desértico, mas isto não impede que o Oásis tenha uma grande variedade de vegetações, com uma floresta muito densa, responsável pela regulação da chuva e um grande rio que alimenta a capital. Entre as árvores era possível ver um grupo de 5 pessoas correndo e pulando entre os galhos das árvores. O grupo era perseguido por 3 cavaleiros que montavam em cavalos que corriam atrás deles, contudo os cavalos não conseguiam passar entre as árvores rapidamente, fazendo com que os cavaleiros perdessem de vista o grupo.
— Merda! É a segunda noite que perdemos eles de vista, se o rei descobrir que falhamos duas vezes ele com certeza nos mandará para a prisão — O cavaleiro tiraria seu capacete revelando sua feição feminina Alice Ortiz, é uma mulher alta com longos cabelos castanhos, olhos castanhos, pele morena com sardas pelo rosto, Alice possui por volta dos seus 25 anos e todos os cavaleiros do rei dizem que ela ama lutar, sua arma principal é uma lança, considerada por muitos, como a mais habilidosa do reino.
— Não se preocupe capitã Alice, o rei Khalil é amoroso e justo, ele entenderá o que aconteceu aqui. Voltemos para o acampamento novamente para notificarmos o rei amanhã cedo.
Todos os cavaleiros voltariam para o seu acampamento no meio do Oásis, que ao chegar acenderiam uma fogueira para espantar animais durante a noite fria. O grupo de 5 pessoas, ao perceber que os cavaleiros pararam de os seguir, parariam para descansar na encosta de uma grande árvore. A noite foi se passando e todos os grupos caíram no sono, tirando 3 pessoas, 1 cavaleiro que estava fazendo guarda no acampamento, o capitão do grupo fugitivo e um membro do mesmo grupo.
— Se agirmos agora, conseguiremos desestabilizar eles fazendo com que eles saíam do nosso rastro. — O capitão do grupo estaria observando o guarda de cima de uma árvore acompanhando com um membro. Capitão do Grupo de Assassinos do Deserto, Faruk Cohen, tem como principal característica suas duas tranças feitas com o seu cabelo esbranquiçado, Faruk se veste com vestes curtas devido ao calor e em combate utiliza um arco que também pode ser usado como uma espada. — Você consegue pegar ele William? Você é o mais ágil dentre nós 5, tenho certeza que conseguirá.
— Com toda a certeza capitão Faruk, eu não irei desapontá-lo, eu volto assim que o primeiro raio de sol nascer — William estaria ao lado de seu capitão antes de ir em direção ao cavaleiro que estaria sozinho para assassiná-lo. William Miller, o prodígio assassino, William em sua aparência tem de mais marcante são seus olhos amarelados brilhantes, William tem um cabelo puxado para o azul-escuro como o fundo do oceano, William utiliza duas espadas borboletas com ornamentos em preto e branco.
O cavaleiro estaria fazendo sua ronda até ouvir sons de passos próximos dele, porém antes de poder reagir, William pula em cima do cavaleiro fazendo-o cair em uma poça de lama, o deixando completamente sujo.
— Por favor. . . Não me ma. . . — Antes do cavaleiro completar a sua fala, William faz um corte transversal no pescoço do cavaleiro fazendo ele morrer na hora, William no momento que estaria fugindo do local é visto por Alice que alerta os demais guardas que sobem em seus cavalos e vai em direção ao reino. William tentou seguir Alice para a impedir, porém, sem sucesso. William volta até onde os outros de seu grupo estariam escondidos, suas espadas se iluminavam com o primeiro raio de luz do sol, fazendo o sangue que escorria da espada refletir a luz.
Um castelo era visto sendo iluminado pela luz do sol, em uma das torres um guarda, protegia a porta do quarto do rei e em outra torre outro guarda protegia a entrada do quarto do príncipe. Edward Murray, príncipe e legitimo herdeiro do trono de Kotor, Edward é um jovem negro com cabelos negros semelhantes à noite, olhos esverdeados que reluziam como esmeraldas e uma alta estatura, Edward é um príncipe, que diferente da época de seu pai, não se dava muito bem para lutas com espadas, o príncipe preferia ir até os altos muros do castelo e observar o reino e desenhá-lo. Edward utiliza vestes mais leves, no período do dia, para se prevenir do calor e no período da noite, utiliza um casaco com o emblema da realeza e de sua família.
Edward podia se ver entre o imenso Oceano e o vasto Deserto, em ambos dos lugares era visível ver duas criaturas que sempre se destacavam no ambiente, elas eram grandes, poderosas e lutavam entre si, mas sem se acertar semelhante a uma dança, nada era destruído, a dança das duas criaturas era viciante, hipinotizante. Porém essa dança acabaria, um humano se aproximou das duas criaturas e sem dó petrificou a criatura que representava o deserto, a criatura dos oceanos sem ter mais um parceiro para dançar saiu das costas da praia e foi para o fundo do mar, não sendo mais visível.
— AH! Era só um sonho? Mas era tão real, eu senti a dor daquelas criaturas — Edward acordará assustado e ofegante com o que acabou de ver e presenciar, sem pensar duas vezes vai até a sua mesa onde seu caderno e sua caneta-tinteiro estavam e começa a esboçar a feição das duas criaturas.
— Os dois eram semelhantes á pássaros, que dançavam nos céus, ambas das aves eram grandes, maiores que esse castelo, eu acredito, mas tinham poucas coisas que as diferenciavam, uma era dos oceanos, era nítido pela sua paleta de cores inspiradas no azul do mar e nos seus gestos eram semelhantes às ondas, já a outra era baseada no próprio deserto, devido a suas cores e a sua movimentação fazia o chão tremer… E tinha aquele homem, o seu rosto não era nítido, mas ele era alto, usava um manto preto com roxo e ele conseguiu petrificar a ave do deserto… — Edward termina o seu desenho, semelhante a um retrato do que havia acontecido. Edward se vestiria e sairia de seu quarto ainda pensativo e reflexivo, pensando sobre o que aquele sonho queria o dizer, mas logo seus pensamentos são interrompidos por Daniel.
— Príncipe Edward, não se esqueceu de seu treinamento com espadas, né? — Daniel, é um jovem, comandante da guarda pessoal do rei, Daniel é alto e possui pele branca, olhos castanhos e um cabelo loiro puxado para o castanho, Daniel sempre anda com a sua armadura com uma capa com o símbolo da coroa nela. Daniel anda sempre armado com sua espada embainhada em sua cintura no lado esquerdo de seu corpo.
— Para falar a verdade, Daniel, sim, eu esqueci. Acho que hoje eu não realizarei o treino.
— Mas é sua obrigação como príncipe treinar com espadas, como você estuda a arte, literatura… — Seria interrompido por Edward que o cortaria dizendo:
— História, gramática, matemática. Sim, sei das minhas obrigações como Príncipe, porém, hoje não é um dia bom para realizar essas atividades… Algo está estranho hoje.
Edward ao proferir tais palavras avista dos portões do castelo, sua tia, a capitã Alice, entrando com muita velocidade:
— Preciso falar com o Rei, onde ele está! — Edward ao ouvir tais palavras tem uma sensação estranha, como se já tivesse presenciado essa cena...
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