— Sangue… Sangue… Sangue… Eles só pensam nisso! Eu não perderei, eu te prometi isso, então Grande Lagarto da Areia, eu preciso que me empreste a sua força para que esses covardes paguem pelo que fizeram. Sou um assassino que sabe usar magia, eu preciso acabar com essa guerra, eu preciso trazer a paz para que as crianças do amanhã não precisem chorar. . . E para me redimir… Mesmo sendo um assassino, com uma marca de assassino, porém um sábio rei me disse que eu poderia usar minhas habilidades para ajudar e salvar pessoas, mesmo sendo um assassino ele confiou em mim e eu não quero desapontá-lo, por favor empreste a sua força — O Jovem assassino se curvaria perante ao grande lagarto, que se levantava, O grande lagarto com uma coloração semelhante à areia vermelha e com uma voz forte e robusta se aproximava dele para falar algo:
— Um assassino arrependido, o cheiro do sangue dos inocentes ainda é exalado por sua espada, porém, me enche de compaixão saber que um Jovem Rei decidiu confiar em você, como antigamente um Rei de Kotor me ajudou, eu não posso fazer menos, eu irei emprestar o meu poder há vocês, então. . . — O Grande Lagarto pega algo que se assemelha a uma pulseira dourada e entrega para o Assassino — Só tem uma condição, eu quero que este amuleto do deserto, seja usado pelo jovem rei. . . E por mais ninguém — O Assassino apenas consentiu pela presença assustadora daquele lagarto.
— Atenderei o seu desejo, Grande Lagarto. . . Quando possível direi para o rei vir te visitar. — Sairia do local com a pulseira em suas mãos
O assassino sairá do local, indo em direção ao Reino de Kotor, mas mesmo estando a muitos quilômetros de distância era possível sentir a dor e as perdas que aquela guerra estava causando. Caminhando pelo deserto, o assassino vê alguns viajantes caindo de cansaço e ao se aproximar para ajudar, os viajantes o puxam:
— Merda! Serpentes ilusórias, como eu não previ isso!? Eu não acredito que morrerei aqui, depois que lutei tanto para me manter viver, eu não poderei te dizer adeus. . . — O Assassino sumiria no meio da interminável areia do deserto.
1 ano atrás
— O que a Comandante Alice queria falar com o rei? Será que aconteceu algo no Oásis? Em quantos eles foram para a expedição e exploração? 3? 4? A Alice não retornaria assim se não fosse tão importante, será que eles acharam algo? Um animal mítico igual ao das lendas? Eles não existem, o que será que aconteceu naquela floresta? — Edward estaria andando de um lado para o outro, tentando pensando em voz alta. (Edward tem mania de andar em círculos para pensar em alguma coisa). — E se eu for para a floresta averiguar? Seria muito imprudente? Aquela sensação, o que foi aquilo? Preciso descobrir — Edward deixaria Daniel ali sozinho e iria correndo para a sala do trono para poder ouvir a conversa de seu pai com a comandante Alice.
A sala do trono tinha uma arquitetura renomada e nobre, tendo varias pilastras, essas pilastras possuiam bandeiras de Kotor com o emblema no meio, a cor predominante do local era o vermelho com o amarelo, se assemelhando aos dois tipos de areias encontrados nos grandes desertos de Kotor, a areia vermelha e a areia comum. No final da sala possuia um trono onde o rei ficara, á esqueda da sala teria o que seria um imenso tabuleiro com todos os relevos e reinos de Kotor, tendo diversas pessas que representam soldados, etc. Na sala teria um tapete vermelho produzido pelos melhores tecidos da região que se extenderia até o trono, e atrás do trono teria uma pintura do Rei Khalil com sua família e com o seu conselheiro, ao lado do trono estaria sua coroa feita de ouro, sendo muito preciosa.
William ao chegar no acampamento limpa suas espadas que estavam sujas de sangue, todos os membros do grupo começam a guardar o seu acampamento. Ao afiar a sua espada, William é chamado pelo seu capitão para terem uma conversa a sós:
— O que você queria falar comigo, senhor Faruk — William se aproximará de seu capitão e pararia ao seu lado olhando diretamente para seu capitão.
Com o tom de voz baixo e grave, olharia para William e diria:
— Ontem a noite. . . Você matou aquele cavaleiro, mas você percebeu se alguém o viu?
— Eu estava me certificando de não ser visto por ninguém, porém, a líder deles me viu e foi embora com os outros 2, eu tentei persegui-la, mas ela sumiu muito rápido.
— Apenas a Alice? Temos que nos apreçar, eles já devem estar traçando o próximo ataque, quando o sol se por atacaremos, proponho avançarmos agora de manhã enquanto não tem muitos cavaleiros.
— Certo capitão, comunicarei o resto da equipe. . . — William começaria a ir em direção aos outros membros de sua equipe.
— Eu já alertei eles, William não se preocupe, porém, preciso que você chame eles, como assassinos mágicos, precisamos efetuar um pacto, segundo a nossa tradição.
Edward chegaria a sala do trono, mas antes de entrar na sala ouviria a conversa entre seu pai, o Rei Khalil e a Comandante Alice.
— São 5 assassinos, suponho que sejam usuários de magia, eles se diferem dos outros assassinos, são cautelosos, astutos e muito habilidosos. Eles estão esperando o momento perfeito para atacarem, acredito que eles querem tirar a sua vida, minha majestade. — Diria Alice indo em direção a mesa de estratégias onde colocaria várias peças simbolizando os assassinos e as tropas do Rei.
— Usuários de magia? Achei que eles estavam todos nas ilhas mágicas de Harrow, mas se realmente eles sabem usar a magia estamos em apuros, nenhum guarda, cavaleiro, arqueiro, ninguém vai conseguir para-los, mas se eles querem me matar, eu estarei pronto para aceitar tal punição. . . — O Rei seria interrompido por um homem que se veste elegantemente, tem uma postura ereta e imponente, carrega consigo um cajado, este homem é o Conselheiro do Rei, Tomás Viren, tem pele clara, olhos castanhos escuros, cabelo castanho e uma barba de mesma cor que seu cabelo.
— Desculpe interromper a sua conversa Khalil, mas acho que é cedo demais para você aceitar a morte, temos diversos soldados que estão dispostos a se passar por você e morrer pelo reino, não precisamos te sacrificar, uma criatura do deserto tem uma grande dívida com o nosso reino, então poderíamos usar isso ao nosso favor, o grande lagarto do deserto, é o guardião do mundo espiritual com poder suficiente para trocar os espíritos de corpos diferentes. — Chegaria na mesa e colocaria uma miniatura do Grande Lagarto do Deserto em cima da mesa — Ele será o nosso triunfo!
— Discordo Tomás, não devemos incomodar as criaturas mágicas, a gente ajudou ele sem esperar nada em troca, não precisamos disso, eu fiz coisas erradas, eu cometi meus pecados e estou pronto para assumir toda a culpa, além disso, não é justo os meus cavaleiros pagarem por um erro meu. — O rei iria até seu trono saindo da mesa de estratégias e se sentaria em seu trono para pensar — Vamos lutar com o que temos, se for da escolha dos espíritos eu sobreviver, continuarei governando com punho e coração como prometi, mas se não for, estarei feliz por trilhar um caminho honroso como rei. Chamem o meu filho, preciso conversar com ele.
A comandante ficaria feliz com a decisão de seu rei e irmão mais velho e se curvaria em sinal de respeito e iria procurar seu sobrinho Edward, para lo chama. Tomás sairia da sala do trono e iria para o seu quarto. Ao ouvir seu nome, Edward saí dali correndo e fingi estar passando por ali como se não tivesse ouvido toda a história.
— Ed, como você cresceu, o seu pai está te chamando na sala do trono — Abraçaria seu sobrinho e o levaria para a Sala do trono
— Como você vai tia, faz tempo que eu não te vejo aqui no castelo
— Eu estava ocupada com o oeste, tive que cuidar do batalhão de lá.
Edward se despediria de sua tia e entraria na sala do trono, seu pai estava olhando para o quadro que ficava em cima de seu trono, o silêncio seria quebrado pela voz do Rei Khalil:
— Filho, Edward. Fico orgulhoso por você se tornar esse homem, que ama o seu povo, você já está grande para isso, então quero que saiba, você ira para o chalé do Oásis, sabe onde passávamos as férias?
— Quê!? Mas por quê? Achei que iria ficar no castelo durante esses dias.
— Desculpa por isso, meu pequeno príncipe, mas temo que algo ruim esteja se aproximando. Precisamos ficar juntos, porém, agora é impossível. Estão enviando pessoas para me. . . — Seria interrompido por Edward
— Para te Matar? Eu descobri isso, recentemente estou tendo diversos sonhos que parecem ser o meu futuro, ou pelo menos o futuro de Kotor, não sei se é verdade, porém a cada dia que passa estou cada vez mais acreditando ser verdade. — Edward se aproximaria de seu pai e o abraçaria — Me promete que você vai ficar bem. . . Eu não quero te perder, igual à mamãe.
— Prometo — Entregaria para Edward uma carta com o brasão e simbolo real — Abra ela quando chegar a hora.
Edward sairia da sala do trono e iria para seu quarto onde começava a arrumar a sua mala, sendo algumas roupas, seu caderno de desenho, um lápis feito de carvão e a carta de seu pai. Edward coloca tudo em uma bolsa e espera chamarem ele para ir ao chalé.
William junta todos os membros do grupo e Faruk faz uma marca no chão, uma runa, com o símbolo de uma caveira atravessada por uma espada. A runa começa a brilhar quando Faruk começa a recitar um cântico:
— Espírito do Assassino, faça com que a marca ressoe em todos os nossos companheiros e nos guie para a finalização da missão. Como pacto, a marca só sumira quando o rei e seu herdeiro morrerem. . .
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