História As long as you love me - Capitulo 53- ULTIMO

Relembrando o ultimo capitulo

Será que estou a fazer a coisa certa? Que se lixe, mais vale tentar!

Um

Dois

Três

Respira Ema, sê forte!

Quando finalmente a coragem apareceu batia à porta e passado uns segundo o Justin abre a porta já vestido. Onde é que ele ia?

Senti o seu perfume invadir as minhas narinas, olhou-me confuso e depois de processar as informações deu-me espaço para eu entrar.

- Precisamos de conversar- disse e ele encarou-me sério- podemos ir jantar a um sítio qualquer?- perguntei-lhe e ele assentiu. Porra Justin fala alguma coisa! Já me estás a deixar louca!

Em silêncio fomos para o elevador onde descemos até ao resto chão e encontramos a Patty e o Scotter a conversar, quando a Patty nos viu a chegar juntos, um sorriso formou-se no seu rosto.

- Ainda bem que já se resolveram!- a Patty disse toda entusiasmada e o Justin negou com a cabeça

- Não nos resolvemos- ele disse rude e a Patty ficou com uma expressão seria- só vamos conversar- ele disse e caminhou até à porta do hotel onde lhe esperava algumas fãs e paparazzis.

- Chegamos cedo, só vamos mesmo conversar- disse à Patty e ela assentiu com um sorriso cheio de esperança no rosto. O Justin já se encontrava dentro do carro e eu entrei metendo o cinto de segurança.

- Onde é que vamos?- ele perguntou frio. Mas o que é que se está a passar com ele? Eu estou a tentar resolver as coisas e ele não quer?

- Não sei, vamos a um que não tenha muita confusão- disse e ele bufou. Qual é a deste miúdo?

Tirando este diálogo, tivemos o caminho todo calados, o Justin parou em frente a um restaurante “Le Zyriab by Noura” que tinha vista para o rio Sena e a Catedral de Notre Dame.

Ele estacionou o carro à porta e deu as chaves da sua Land Rover a um empregado que se encontrava a estacionar todos os carros.

Entramos e outro empregado levou-nos para uma mesa perto da janela onde se conseguia ter uma vista estonteante.

- O que é que queres conversar comigo?- o Justin perguntou diretamente depois de já estarmos acomodados na mesa. Menino apressado, nem sabe aproveitar nada!

- Podemos primeiro jantar? – Perguntei-lhe, ele bufou mas assentiu- isto aqui é bonito- disse olhando ao redor

- É, eu sei- foi tudo que ele disse

Passei o jantar todo a tentar puxar assunto mas ele cortava dando respostas curtas e secas o que me fazia perder a paciência e revirar, por vezes conseguia ver um sorriso cínico se formar no seu rosto devido aos meus atos.

Quando acabamos de jantar consegui convencer o Justin a dar uma volta pelas ruas de Paris, claro que tivemos que ir com seguranças e ele andava sempre de óculos escuros no rosto para tentar ao máximo passar de despercebido o que era difícil com aqueles seguranças atrás de nós.

Enquanto passeávamos tentava tomar coragem e lhe dizer tudo o que pretendia com aquele jantar, paramos numa fonte enorme que estava no centro de uma rua movimentada, olhei o meu reflexo na água e logo o reflexo do Justin estava atrás do meu, suspirei e virei-me para ele que desviou e continuo a caminhar com as mãos nos bolsos.

Travei-o quando estávamos perto da Torre Eiffel e ele encarou-me confuso.

- Podemos conversar agora- disse-lhe largando o seu braço e encostei-me a um muro que lá tinha

- Podes começar- ele disse enquanto eu ajeitava o casaco para ficar mais quente pois o vento batia-me na cara fazendo os meus cabelos voarem. Hoje Paris estava fria, uma noite escura, com nuvens, o Justin continuava a olhar para mim à espera que eu começasse a proferir o que eu queria com aquilo tudo.

Paris estava como o Justin, FRIO

- Eu quero conversar contigo sobre nós- disse nervosa e ele deu uma gargalhada seca

- Sobre nós- ele repetiu o que eu havia dito- mas o que é que tu queres falar se não há NÓS- ele deu ênfase à última palavra. O que ele disse tinha-me destruído por dentro

- Há NÓS sim- disse com a voz meia rouca devido à vontade de chorar que eu tinha.

- Ok se há NÓS- ele disse irónico- continua…

- Para Justin- disse fazendo-o me olhar confuso- Para de agir assim comigo- disse já não aguentando a vontade de chorar

- Paro de agir assim contigo?- ele disse irritado, aproximando-se de mim e eu não consegui mais controlar as lágrimas que queriam sair, simplesmente deixas cair pelo meu rosto enquanto ele continuava a olhar-me com aquele olhar superior, cheio de frieza- RESPONDE!- ele disse perto de mim e eu abaixei a cabeça

- Para Jus…tin- disse com a voz rouca devido ao choro- eu quero o Justin de meses atrás- disse levantando a cabeça encarando-o, limpei as lágrimas que caiam e disparei- EU QUERO O ANTIGO JUSTIN, AQUELE QUE NÃO ERA FRIO, AQUELE QUE ERA QUERIDO, QUE SABIA TRATAR UM MULHER!- disse fazendo-o recuar

- Mulher?- ele disse rindo- consideraste uma mulher?- ele disse aproximando-se de mim de novo

-Por favor não faças isso comigo- supliquei-lhe

- Isso o que?- ele levantou as mãos- ferir-te?- ele perguntou e eu assenti com a cabeça baixa- mas foi o mesmo que tu me fizeste!- ele exclamou e comecei a chorar de novo- Tu feriste-me com as tuas palavras, com os teu atos. USASTE O LUKE!- ele gritou e os seguranças olharam para nós mas logo o Justin fez um movimento com a mão para eles não se preocuparem- Tu pensas que eu mudei porque quis- ele dizia andando de um lado para o outro a passar as mãos pelos cabelos – EU TAMBÉM SOFRI MERDA!- ele disse parando novamente à minha frente

- des…culpa- disse sendo sincera, aquilo que ele dizia estava-me a destruir, eu não queria ter ouvido ele a dizer que eu, EU o tinha ferido com ações e palavras. Não queria

- Como é que tu achas que eu reagia quando te via com o Luke, te via com outros rapazes e não ser eu lá no lugar deles? Achas que era fácil ver isso? Foi por isso que eu mudei, foi para não sofrer mais que eu me tornei assim, frio, como tu dizes- ele dizia e eu chorava ainda mais

- Desculpa por te fazer sentir assim, eu não queria, juro que não queria- disse apertando o casaco contra o meu corpo devido ao frio

- FODA-SE! AGORA É TARDE DE MAIS NÃO ACHAS?- ele disse na minha cara. Ele tinha razão, mas as coisas ainda podiam ser consertadas

- Mas nós ainda podemos mudar isso- disse encarando-o e ele deu uma gargalhada seca. Como eu detesto quando ele faz isso!

- Queres mudar as coisas agora? Já é um bocado tarde não achas?- ele perguntou e eu não tinhas resposta

- Nunca é tarde quando duas pessoas se amam- disse a ultima palavra tão baixo que até pensei que ele não tivesse ouvido, mas ele ouviu

- AMAM?- ele disse alto- quem disse que eu te amo? Quem te disse? – ele estava a ser o mais frio possível o que me fazia querer lhe bater, gritar, mas não, eu estava a ouvir tudo que ele me dizia sem o olhar nos olhos- QUEM TE DISSE QUE EU TE AMO? ALIÁS, TU AMAS-ME?- ele perguntou levantando o meu queixo não sendo nem um pouco gentil fazendo-me encarar os seus olhos que transmitiam confusão e os meus estavam cheios de lágrimas, não me importava se me molhava, se molhava o Justin- porque é que te deste ao trabalho de vires até aqui para falar comigo?- ele perguntou mais calmo quando soube que eu não lhe iria responder

- Parece que fiz mal- disse tirando as mãos dele do meu rosto

- Responde, porque te deste ao trabalho de vir até aqui!- ele disse tentando encontrar a paciência que já não tinha

- Porque eu te amo- disse como um sussurro para mim mesma

- Não ouvi- ele disse

- POR QUE EU TE AMO PORRA!- gritei para quem quisesse ouvir, não me importando com as pessoas que olhavam. O Justin assustou-se mas não tirou aquela expressão dura da cara

- Amas-me?- ele perguntou aproximando-se do meu rosto e eu assenti. Já era possível sentir a respiração dele a bater no meu rosto- FODA-SE!- ele disse grosso e caminhou para longe, depois de um tempo perdi-o de vista.

Ele foi mesmo embora?

Talvez agora seja para sempre!

Ele tinha mesmo feito aquilo? Ele tinha-me despedaçado? Ele chegou a este ponto de frieza?

Deslizei pelo muro sentando-me no chão, meti a cabeça entre as pernas e chorei, chorei como nunca havia chorado antes, sentia-me sem forças, as minhas pernas não correspondiam ao que eu mandava, o meu coração doía. Tinha-o perdido de vez? Eu disse que o amava e ele foi-se embora?

AS HISTORIAS SÃO UMA MERDA DE UMA FARSA! Dizem sempre que duas pessoas que se amam ficam juntas no fim e são felizes para sempre, mas isso não aconteceu, porquê?

PORQUE É QUE NÃO ACONTECEU COMIGO? PORQUE PORRA? 

Como é que eu fui burra ao ponto de pensar que o Justin que conheci ainda estava dentro daquele ser idiota, grosso, rude, frio, maldoso, insensível! Como eu fui burra!

- Menina- o segurança que tinha ficado comigo levantou-me a cabeça e encarou-me- temos de ir, o carro que a vai levar para casa já chegou- ele disse e ajudou-me a levantar

- Obrigado- disse assim que ele me ajudou a caminhar até a um carro que estava estacionado perto do local onde estávamos. Entrei dentro do carro e a vontade de chorar dominou-me outra vez e eu não consegui controlar, chorei.

Os seguranças encaravam-me por o retrovisor do carro mas não diziam nada. Também o que é que eles iriam dizer?

Vou voltar para casa ainda hoje! Não quero saber, ouvir, falar do Justin nunca mais, nunca mais na minha vida o quero ver!

O carro estacionou em frente ao hotel e eu sai do carro com o casaco a tapar-me a cara e os seguranças ao meu lado a encaminhar-me até à entrada. Lá fora estava cheio de paparazzis, será que eles sabem da minha discussão com o Justin? Que se lixe!

Fui para a minha suite, abri a mala e meti tudo que tinha tirado dela estes dias, metia tudo em meios de choro e raiva, quando acabei fechei-a e deixei-a em cima da cama. Bateram à porta e eu encarei-a por breves segundos, será que é o Justin?

- Querida é a Patty- a voz feminina disse e eu logo reconheci. Rapidamente limpei as lagrimas, funguei o nariz e abri a porta sendo recebida por um abraço forte e reconfortante- Eu já sei de tudo que se passou- ela disse ainda me abraçando

- Sabe?- perguntei quando ela quebrou o abraço e me encarou

- O Justin chegou um pouco igual a ti e eu perguntei-lhe o que se tinha passado mas ele não respondeu e trancou-se no quarto- ela dizia entrando pelo quarto e eu fechei a porta- então eu tive que perguntar a um segurança e ele disse-me- ela disse, encarou a mala que estava em cima da cama e depois olhou para mim assustada e eu assenti

- Vou embora hoje mesmo- disse e uma lágrima escorreu pela minha face

- Não querida- ela disse dando passos rápidos na minha direção- não tem que acabar assim- ela disse limpando a lágrima

- Tem sim, não tem outra solução- disse e ela negou- eu já decidi e vou embora- ela deixou o ar sair

- Não adianta convencer pois não?- ela perguntou já sabendo a resposta

- Não, já me decidi- disse tentando soar firme

- Tudo bem, vou chamar os meninos para irmos para o aeroporto- ela disse caminhando até à porta

- Patty!- chamei e ela olhou na minha direção à espera que eu dissesse que ficaria mas não foi nada disso que disse, até pelo contrário.

- Não diga ao Justin por favor- disse e ela pensou um bocado mas acabou por assentir

(…)

“Passageiros do voo com destino a Westlake Vilage por favor dirigem-se ao portão de embarque numero 3”

Olhei para eles que me olhavam tristes, a Patty tinha respeitado aquilo que eu lhe tinha pedido e não disse nada ao Justin. Tinha conseguido comprar uma viajem de ultima hora para ir para casa, não foi barata mas eu não me importei, só queria ir para casa.

- Não me façam chorar por favor- disse abraçando todos ao mesmo tempo

- Vamos sentir saudades tuas- o Lil disse, me abraçando

- Já sabem onde moro!- disse a todos e eles riram

- E tu igual por isso trata de aparecer- o Za disse e eu abracei-o

- Adeus Ema- a Patty disse abraçando-me- vamos ter saudades tuas

- Eu também vou sentir muitas saudades vossas!- disse olhando para todos

- Abraço de grupo?- o Za disse e nós assentimos

- Eu fico de fora!- a Patty disse e nos abraçamo-nos ao mesmo tempo enquanto a Patty se ria da situação

- Não me apalpes Fredo!- o Za disse fazendo todos rirem e quebrarem o abraço

Pov Justin

Cheguei ao hotel e não quis saber de ninguém, a minha mãe, o Alfredo, o Za e o Lil perguntavam-me o que tinha passado e eeu não respondia. Não queria saber nem falar mais dela, a que me destruiu o coração.

Deitei-me na cama do meu quarto e não falei com ninguém, apenas queria esquecer o que se tinha passado, o que era difícil porque apesar do que a   Ema me fez eu ainda continua a quere-la, a sentir falta do seu corpo perto do meu.

Porque é que eu sinto isso? Não sei

Estou apaixonado pela pessoa errada? Talvez

Tive razão no que lhe disse? Alguma mas não deveria ter agido assim com ela

Deveria pedir desculpa por ter sido tão rude e frio? Estou a pensar nessa hipótese

Mas e se ela não quiser mais me ver? Porque apesar de nós não nos falarmos estas semanas eu sempre a via nem que seja a passar pelos corredores e talvez depois de hoje nem isso iria acontecer.

Preciso de me ir desculpar!

Levantei-me decidido a fazer isso, bati à porta do quarto dela e nada, esperei uns longos minutos e percebi que não se encontrava ninguém dentro do quarto, fui ao quarto da minha mãe e nada, no do Alfredo também não estava ninguém.

-Desculpe- disse a um segurança que tinha deixado com a Ema para ela vir embora depois da nossa “conversa”- Sabe para onde foram todos?- perguntei e ele olhou-me confuso

- Para o aeroporto- disse óbvio. AEROPORTO? Quem é que vai embora?^espero que não seja quem eu estou a pensar!

- Obrigado- disse passando por ele o mais rápido possível.

Apanhei o elevador que demorou séculos a descer, mandei um segurança me levar ao aeroporto. Vim o caminho todo inquieto, ela não podia ir embora! Não assim

MERDA JUSTIN, SÓ FAZES MERDA!

O carro nem chegou a parar e eu sai logo disparado para dentro do aeroporto, os seguranças vieram logo me escoltar e eu procurava-a, não estava muita gente devido à hora e não haver muitos voos.

Encontrei-a!

Parei para a observar e ela despedia-se de todos, as minhas pernas não conseguiam se mover, eu tentava por tudo andar mas elas não me obedeciam.

Pov Ema

-Bem tenho que ir- eles assentiram e eu abracei cada um deles outra vez. Ia-me virar para me dirigir até ao portão de embarque mas paralisei assim que vi uma pessoa de óculos de sol escuros, mãos nos bolsos, com seguranças atrás dele, bem afastados de nós mas mesmo assim percetível de ver, a olhar na nossa direção com uma expressão seria.

Olharam todos para onde eu olhava e depois encararam-me novamente

- Vai lá- a Patty disse mas eu neguei não tirando os olhos dele lá quieto, sem fazer nenhum movimento já com lágrimas a caírem pelo meu rosto

- Eu preciso de ir- disse assim que ele veio caminhando na nossa direção. Peguei na minha mala. Pus uns fones nos ouvidos e fui para o portão de embarque decidida a não olhar para trás mas foi mais forte que eu e quando me virei, encarei-o ao lado de Patty.

Tarde de mais Justin…

Não liguei e entrei dando a minha mala, entrei dentro do avião e fui para casa tentando recomeçar a minha vida de novo, sem desilusões, tentando encontrar um novo amor quem sabe!

Sentei-me no banco do avião e encostei a cabeça na janela onde comecei a chorar.

Porque é que ele me faz isto? Porque é que ele me deixa sempre confusa? Que merda Justin! Porque é que vieste ter comigo aqui? Porque é me deixaste lá sozinha na rua e depois decides vir até ao aeroporto? As lágrimas caiam descontroladamente e eu já soluçava.

- A menina está bem?- uma senhora perguntou e eu assenti

- Está tudo bem não se preocupe- respondi tentando dar um sorriso

Passei a viagem toda tentando não chorar, estive onze horas de avião mas não me importei, estava ansiosa para chegar a casa e abraçar a minha mãe, o meu pai, a Ju, pegar na Ari que já devia estar enorme, reencontrar a Izzy, a Mary e o Austin, ah que saudades de eles todos!

Dormi o resto da viajem, quando cheguei mandei uma mensagem à Patty a dizer que tinha chegado e apanhei um táxi para me levar a casa.

O táxi parou em minha casa, paguei e sem fazer barulho entrei em casa, era de manha pois o fuso horário de Paris e LA são dez horas.

Sentei-me no sofá descansando a cabeça no encosto mas quando fechei os olhos abrios devido ao grito que aquela senhora histérica, chata, preocupada de mais da minha mãe deu acordando toda a gente na casa.

- FILHA!- Ela correu até mim- voltaste!- ela disse abraçando-me forte.

- Voltei para recomeçar a minha vida…