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História As Mulheres de Regina Mills - Capítulo 14


Escrita por: Bradfork

Capítulo 14 - Capítulo 14


Emma tinha certeza que seu corpo estava funcionando no piloto automático, era a única explicação que ela conseguia encontrar para ter conseguido arrastar Regina para longe do corpo de Mary. Ela não olhou para a amiga, não podia. Aquilo era horrível demais. Não entendia o que havia acontecido de fato, apenas que todos estavam mortos e Zelena desaparecida. Ela fez o possível para ignorar a vontade de gritar e sacudir Mary até que a menina voltasse a vida, mesmo que aquilo fosse inútil.

Regina não dizia nada, ela estava coberta de sangue e paralisada. Emma lhe encheu de perguntas, mas depois de alguns minutos percebeu que não teria resposta alguma. A loira conseguiu levá-la de volta até o carro, acomodou Regina no banco do passageiro e foi para o lado do motorista, dando partida e arrancando com o carro dali.

Ela dirigiu as pressas e meio desorientada, errou o caminho diversas vezes até conseguir achar de novo a casa de Regina. Nenhuma palavra foi pronunciada. Ela arrastou a morena de novo até dentro da casa, levando-a até o segundo andar e dali para o banheiro.

— Nós temos que te limpar. - Emma disse com a voz embargada. - Você tem que tirar essas roupas, Regina.

Foi recebida com o silêncio mais uma vez. Sem ter escolha, ela começou a despir Regina. Não havia nenhuma malícia naquele gesto, Emma apenas precisava continuar se movendo. Ela sabia que se parasse lembraria da expressão no rosto de Mary, isso a faria desabar. Ela não podia se dar ao luxo de chorar naquele momento, de alguma forma sabia que as duas estavam em perigo e a morena não podia fazer nada.

Regina estava em uma espécie de transe, Zelena estava desaparecida. Ela não poderia contar com a ajudar de ninguém a não ser a própria.

Ela colocou a mais velha já totalmente nua debaixo do chuveiro e ligou, deixando a água escorrer e lavar o sangue do corpo de Regina. A morena encostou as costas no box e escorreu até sentar no chão, onde apoiou a cabeça nas pernas e usou os próprios braços para se abraçar. Ela ainda chorava, mas isso era imperceptível devido a água do chuveiro.

— Por favor, Regina, fale comigo. - Emma implorou ao se abaixar. Nenhuma resposta.

Ela levantou novamente, dando um suspiro pesado. Confusão não chegava nem perto do que Emma sentia no momento. Ela se sentia de volta ao sistema, nos tempos em que estava presa em um orfanato. Lembrava que naquela época ela vivia com o corpo dolorido, mas não era algo físico. Era um cansaço permanente que toda criança abandonada sentia. Seu corpo pesava e ela se arrastava por aquele lugar. Emma nunca achou que sentiria aquilo novamente, mas ali estava. A dor inconfundível do abandono.

Sua Zelena tinha desaparecido, a mulher por quem aos poucos ela estava se permitindo ter sentimentos. Mary, sua primeira e única amiga, jazia morta. Regina, a responsável por fazer o seu corpo tremer apenas com um toque, tinha desmoronado. Emma não sabia o que fazer para consertar as coisas.

Emma pegou uma esponja e passou sabonete, se abaixou novamente e puxou um dos braços de Regina, deslizando a esponja por ali e se livrando das impurezas. Ela repetiu o mesmo processo no outro braço, e nas pernas, costas e rosto da morena, até que ela estivesse completamente limpa. Pegou shampoo e despejou no cabelo de Regina, massageando as madeixas com cuidado. Ficou alguns minutos nessa atividade, até que o couro cabeludo estivesse completamente limpo. Depois forçou Regina a se levantar e enxaguou seu cabelo.

Regina abraçava o corpo com força, a água parou de escorrer e Emma a envolveu em um roupão felpudo. Segurou a mão da morena e a guiou de volta até o quarto, depois entrou no closet do qual tinha visitado mais cedo e escolheu um pijama. Emma ajudou Regina a vesti-lo, a morena parecia um pouco melhor depois do banho.

Ela olhou Emma nos olhos, ainda estavam vermelhos depois de tanto choro.

— Nós estamos em perigo. - Regina sussurrou.

— Foi George Nolan? - Regina confirmou com a cabeça. - Me diga o que fazer.

— Eu preciso que você volte ao meu escritório na mansão, tem um telefone irrastreavel na última gaveta da minha mesa. Existe um único número lá, Robin Hood. Ele vai nos ajudar. Ligue e mande-o vir direto para cá, depois você volta. Entendeu?

— Sim, me espere aqui.

— Emma… - Regina chamou antes que a loira se fosse. - Também tem uma arma junto do telefone, pegue-a. Se você ver qualquer pessoa não hesite em atirar. E por favor, volte em segurança.

Emma se virou e segurou o rosto de Regina, beijando-lhe os lábios antes delas se separarem.

— Eu vou voltar, não se preocupe.

Emma saiu da casa e pegou o carro de Regina mais uma vez, dirigindo em direção a mansão. Sozinha finalmente, ela deixou que as lágrimas escorressem pelo seu rosto. Quando Regina finalmente falou com ela, Emma sentiu a dor dentro de si diminuir. Foi como se tivesse encontrado o seu lar ali junto da morena.

Ela estacionou em frente a mansão. Estava do mesmo jeito, a porta de entrada ainda escancarada e de longe se podia ver o corpo de Ruby. Quando ela passou pelo hall, evitou olhar para os lados. Seguiu sempre em frente, não queria ter que encontrar os olhos sem vida de suas colegas de trabalho. Emma encontrou o escritório de Regina, era o único cômodo da mansão que permaneceu com as portar fechadas.

A loira entrou e foi direto para a gaveta indicada, como Regina havia dito tinha uma arma e um telefone celular ali. Ela pegou o celular e o ligou, continha apenas um número do tal de Robin Hood. Com as mãos trêmulas, ela discou o número. Chamou quatro vezes, a cada toque Emma implorava para que alguém atendesse.

— Regina? - Uma voz masculina atendeu.

— Robin Hood? - Emma perguntou.

— Quem está falando?

— Meu nome é Emma Swan. - Ela respondeu com a voz tremendo. - Regina precisa da sua ajuda, algo aconteceu na mansão. Ela me pediu para ligar e…

A pessoa do outro lado desligou.

Emma ficou sem entender. Segundo Regina, aquele Robin iria ajudar, mas o cara desligou antes mesmo que ela pudesse terminar de explicar a situação. Ela largou o telefone e pegou a arma, prometeu que voltaria para a morena e nada iria impedir isso. Saiu do escritório e fechou a porta, do outro lado do corredor o escritório de Zelena estava escancarado. Emma não se conteve e entrou, estava tudo revirado. A mesa de madeira tombada de um lado, os livros que Zelena tanto prezava jogados pelo chão, o casaco que ela usava essa manhã rasgado perto da porta.

— Emma? - A loira escutou a voz de Graham e se virou apontando a arma para ele.

— Onde ela está? - Emma grunhiu.

— Quem está aonde? Emma, eu acabei de chegar. O que aconteceu aqui? - Graham ergueu as mãos para cima, mostrando que não oferecia perigo.

— Não se faça de idiota. - Ela gritou. - Zelena me disse hoje de manhã que estava vindo se encontrar com você, que você ligou para pedir ajuda com algo na mansão. Onde ela está?

— Você não está pensando direito, vamos sair daqui.

— Pare de mentir! Fale onde está Zelena ou eu vou estourar a sua cabeça. - Lágrimas escorreram pelo rosto da loira, mas ela não recuou. Aponto a arma com mais firmeza para Graham.

 

x.x

 

A ruiva foi jogada em uma cadeira e teve as mãos amarradas para trás, o capuz que cobria sua cabeça foi tirado e ela pode enxergar onde estava. Uma sala fechada e sem ventilação, nenhum tipo de saída a não ser pela porta na sua frente fortemente guardada por um cara armado que era três vezes maior do que ela.

Ela tinha acabado de chegar na mansão quando no mínimo quarenta homens usando máscaras chegaram atirando. Eles abateram apenas as meninas, nunca mirando nela. Depois a agarraram e a jogaram na mala de um carro, ela tentou contar as voltas que o carro dava, mas foi impossível tentar se localizar. Depois de horas rodando dentro daquele carro, finalmente a tiraram e a jogaram naquela sala.

A porta se abriu e George Nolan entrou, um sorriso presunçoso no rosto.

— Zelena Mills, finalmente nos conhecemos. - Ele se aproximou até estar bem próximo do rosto da ruiva. - Pena ser em tais circunstancias, mas você entende, não é mesmo? Sua irmã precisa aprender uma lição.

— Tudo isso por causa daquele pedaço de lixo do seu filho? - Zelena deu risada. - O pinto dele era menor do que os meus dedos. Mas acho que você já sabe disso, visto que recebeu em primeira mão.

George desferiu um tapa em seu rosto, mas ela continuo dando risada.

— Vadia. - Ele sussurrou. - Vamos ver se vai continuar rindo.

A porta se abriu novamente, dessa vez quem passou por lá foi uma mulher. Zelena encarou bem aquele rosto, arregalando os olhos em surpresa.

— Mamãe?


Notas Finais


Se tiver alguém vivo comentem o que estão achando, beijos.


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