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História As pontas de um iceberg. - O vento.


Escrita por: Eric_Elgae

Notas do Autor


Oie pessoas!
Quanto tempo que eu não publico fic de Cdz...haha #mentiroso
Enfim, essa história é presente de natal. Como irei viajar e não poderei dar um abraço nas minhas manas, vou publicar uma história que espero que elas gostem. @Arashi_kishu e @ShakaGirl essa é pra vocês!
Ouçam ao som da música "O vento" da banda Jota quest. Ela é que embala esse capítulo.
E é curtinha tá, só esse capítulo e mais um que posto até sábado!

Beijos, abraços e boa leitura!

Capítulo 1 - O vento.


Fanfic / Fanfiction As pontas de um iceberg. - O vento.

 

Os tempos eram estranhos no extremo norte do planeta.

Próximo dos confins nórdicos estava localizada Asgard, terra que abrigava uma população corajosa e valente, que nunca via o sol. Essa população devota de Odin, a divindade nórdica que equivalia a Zeus na mitologia grega, estava aflita com as transformações recentes.

Tudo começou com sussurros. Um cochicho aqui, uma fofoca ali.

O começo de uma revolta.

O frio diminuíra um pouco. Os locais antes estéreis pelo gelo exibiam algumas pequenas folhas que tingiam o cenário de verde.

Um verde muito bem vindo e apreciado.

Havia algo chamado esperança se espalhando. A esperança de uma nova era. Com a luz do sol. Com calor, e comida abundante e fresca.

Esperança de uma vida calorosa e feliz, diferente da vivida por todos até então.

Odin tinha uma representante que era a governadora da cidade. Na atual geração, Hilda, uma jovem com cabelos cristalinos de tão claros era responsável por dirigir Asgard, realizar preces a Odin pelo bem estar de sua terra, e também de zelar para que o planeta permanecesse, sob os cuidados de Atena, são e salvo.

Atena, a deusa da guerra e da sabedoria, estava reencarnada nessa geração, lutando constantemente pelo amor e pela paz. Ao redor do mundo outras divindades a ajudavam, cada uma zelando por seu campo de atuação.

Atena possuía uma classe de guerreiros chamados de cavaleiros. Jovens que não dispunham de armas, eles eram conhecidos por ter tamanho poder que podiam rasgar os céus com as mãos, e com um chute podiam partir o solo ao meio.

Os cavaleiros possuíam inúmeras patentes e classificações. Dentre os mais poderosos encontravam-se os cavaleiros que vestiam armaduras sagradas que protegiam seu corpo, feitas de ouro puro e minérios preciosos e antigos. Esses cavaleiros faziam frente aos deuses tamanha sua força e energia.

A reencarnação de Atena, Saori Kido, estava nesse momento travando uma batalha no inferno contra o imperador do submundo, Hades. As baixas em seu exército foram muitas por conta de uma guerra civil interna. Com seu contingente reduzido, ela estava contando com a força de cinco jovens guerreiros, cavaleiros de bronze segundo sua patente, que excediam cada vez mais seus limites.

E os seus cavaleiros dourados sacrificaram-se para abrir caminho para esses jovens.

Os cavaleiros de ouro representam as doze constelações do Zodíaco. Após os eventos presentes, julgava-se que eles estavam mortos.

O que seria verdade...

Não fosse um detalhe.

 

Voe por todo mar e volte aqui

Voe por todo mar e volte aqui

Pro meu peito

 

Ao abrir os olhos, o rapaz de cabelos longos e loiros estranhou a cena.

Estava deitado em um local frio. E o céu escuro lançava pequenas partículas geladas de encontro a sua pele.

-Onde... Onde estou?

Ele sentou-se, sentindo-se um pouco tonto. Trajava vestes comuns, calças de tecido grosso e uma camiseta básica.

A primeira coisa que viu foi uma caixa metálica com brilho dourado e sua inscrição em alto relevo.

-Minha... Minha armadura.

Afrodite, o cavaleiro que era guardião do signo de Peixes olhou em volta com atenção. Estava no que parecia um deserto de gelo.

Levantou-se e respirou fundo. Não acreditava que estivesse morto, pois já passara por tal experiência e sabia que não seria nem de perto tão agradável como aquele momento.

Sim, era agradável despertar e sentir tudo uma vez mais. Frio, incômodo, isso mostrava que estava vivo.

-EI! ALGUÉM AQUI?

Apenas o silêncio chegou a seus ouvidos. Incomodado com a estranheza da situação, ele colocou a armadura nas costas e começou a caminhar.

Precisava encontrar alguém e descobrir onde estava e por que voltara a vida.

-- --

No palácio do governo de Asgard, Valhala, a agitação era incomum.

Hilda estava doente. Há dias ela sentia-se fraca, e a doença não ganhava um nome. Sua irmã, uma jovem loira chamada Freya fazia o que podia para substituí-la, mas era muito mais do que ela podia aguentar.

O médico da corte, um jovem ruivo chamado Andreas, administrou os últimos cuidados e chamou uma jovem de cabelos longos e em um tom de azul que lembrava em muito o céu matutino.

-Lyfia, por favor, cuide para que ela não tome o remédio fora da hora. E descanse bem.

-Sim Andreas, farei o meu melhor.

O ruivo levantou-se e já ia saindo quando a porta se abriu e Freya entrou.

-Como ela está?

-Não sei dizer ao certo. Mas sei que ficará bem. Podemos confiar nisso. Como andam as coisas?

-Estou exausta Andreas! -Freya desabafou com a voz um pouco elevada- É muita coisa a fazer, estou devendo muito e não sei...

Andreas interrompeu brandamente.

-Se quiser posso ajudá-la. O que precisa ser feito?

Com a possibilidade de aliviar o peso em seus ombros, a jovem esquecera-se da visita a irmã. Saiu com o médico, deixando Lyfia velando Hilda no quarto.

Algum tempo se passou. Lyfia checara tudo e deveria ter cochilado, pois despertou assustada com algumas batidas na porta.

Apressou-se em abrir e constatou aliviada que a visita era um velho amigo.

-Frodi!

-Lyfia, boa noite. Vim saber notícias da Sra. Hilda para levar aos outros guerreiros deuses.

-Oh...

A jovem pareceu desapontada por um instante. O jovem sorriu, os cabelos escuros e longos emoldurando o rosto fino e a pele branca.

-E vim saber como você está. Sinto saudades.

Ela corou com a declaração simples e sincera.

-Estou bem. Ando ocupada, mas estou bem. E você?

-Ocupado também. Sabe, há notícias que podem ser desagradáveis.

Lyfia olhou para a cama, e percebeu que Hilda dormia profundamente.

-Podemos conversar lá fora um pouco?

-Não quero deixá-la sozinha.

-Acho que ninguém a incomodará. E eu prefiro falar fora daqui...

Lyfia mordeu o lábio e hesitou alguns segundos.

-Teremos que ser rápidos.

Ele assentiu e ela saiu silenciosamente após pegar um sobretudo felpudo e fechar a porta delicadamente.

-Vamos!

 

Se você for, vou te esperar

Com o pensamento que só fica em você

 

Afrodite sorriu ao aproximar-se de um vilarejo que parecia deserto. Com sorte encontraria algo para comer e vestir.

E alguma informação também.

A medida que se aproximava, identificou rastros no chão. Pegadas quase apagadas na neve e algumas manchas.

De sangue.

-O que houve aqui?

As portas das casas estavam abertas. Havia muita coisa quebrada e espalhada pelo local.

Após verificar todo o ambiente, o que não demorou muito, constatou o fato.

O vilarejo estava deserto.

Não havia sinal de presença humana há no mínimo três dias, a julgar pelo estado que as sobras de comida se encontravam. Assim sendo, o cavaleiro não se fez de rogado. Começou a vasculhar armários, baús, casa após casa e conseguiu uma muda de roupas que considerou até satisfatória.

Juntou alguma comida e água potável e se instalou na ultima casa do lugar, pois ela ficava no pé de uma montanha, e assim a fumaça que sairia da chaminé –pois ele com certeza usaria a lareira que ali havia- ficaria disfarçada ao menos de alguém que aparecesse vindo por aqueles lados.

Aninhando-se em uma cama grande, Afrodite encarou o fogo e espalhou seu cosmo fracamente para detectar alguma presença.

Como não havia nada que fosse considerado uma ameaça, o dourado adormeceu, perguntas rodando em sua cabeça.

Por que despertara ali?

Será que havia alguém conhecido por perto?

 

Aquele dia, um algo mais

Algo que eu não poderia prever

 

-O que quer me contar Frodi?

O guerreiro deus respirou fundo antes de falar. Frodi era um dos guerreiros sagrados que vestiam robes, armaduras confeccionadas para os servos de Odin. Junto com outros seis rapazes, ele era responsável pela segurança das terras gélidas.

-Lyfia. Estamos recebendo ordens de Andreas. Ele está preparando um exército para tomar Asgard sutilmente, e pelo que entendi, ele tem planos de criar uma nova era para o nosso povo.

Lyfia olhou para o horizonte branco e cinza a sua frente, uma brisa fraca mas severamente gelada balançando seus longos cabelos. Sua expressão parecia milhares de anos mais velha do que realmente era.

-Ele... Disse o que pretende fazer?

-Por hora ele pretende reviver a lenda da árvore sagrada. Já sabe o local, e já iniciou os preparativos para o despertar.

Ela baixou a cabeça.

-Ele tem que ser impedido.

-Como?

Lyfia ergueu os olhos devagar e encarou Frodi. Os grandes olhos escuros exibiam uma expressão de sincera preocupação. Ele era fiel ao extremo as suas obrigações.

Ela não poderia contar com ele. Não dessa vez.

-Nada. Disse que preciso cuidar do meu ouvido. Estou escutando mal.

-Oh... Lyfia?

-Sim?

Ele a encarava com seriedade e de uma maneira tão intensa que ela chegou a corar.

-O que é Frodi?

-Você está bem?

Ela sorriu tentando disfarçar.

-Sim, estou só preocupada com a senhorita Hilda, apenas isto.

Frodi tomou a mão dela entre as suas.

-Lyfia... Você é uma péssima mentirosa. Ainda mais para mim.

Ela desviou o olhar.

-Eu já disse, está tudo bem.

-Promete?

Ela ia puxar a mão, mas ele a segurou delicadamente, impedindo o desenlace.

-Eu me preocupo muito com você. Por favor, me prometa que se algo te afligir você irá compartilhar comigo.

-Frodi...

O calor que o toque firme e quente das suas mãos proporcionou se espalhou até o ponto de chegar em seu rosto e ela corar novamente. Ele a encarava com uma expressão...

-Preciso ir. Tenho horários a cumprir. Por favor, apareça para me manter informada, sim?

-Mas... Espera...

Ela se soltou e voltou correndo para dentro do castelo. Frodi a observou, a chateação explodindo em seu peito.

Achava que aquele seria um bom momento para revelar seus sentimentos claramente. Uma guerra estava por vir e se não o fizesse agora, não saberia quando o faria.

 

Você passou perto de mim

Sem que eu pudesse entender

Levou os meus sentidos todos pra você

 

Afrodite despertou com um salto.

-Não pode ser.

O cavaleiro vestiu-se de forma simples, jogando um manto escuro por cima do corpo e saindo em disparada do vilarejo vazio. Sentiu uma presença próxima e conhecida pela região.

Disparando pelo cenário inóspito, ele correu em direção a energia conhecida, que desapareceu após uma explosão, característica dos golpes que somente ele e seus companheiros dourados sabiam liberar.

Fumaça surgiu diante dos seus olhos. Havia inúmeros corpos abandonados.

Corpos de soldados.

Ele mal reparava no caos. Queria apenas achar o dono da energia que sentira há pouco.

E seu coração falhou uma batida quando encontrou caído, vestindo apenas uma calça, e cheio de ferimentos, o homem que era o representante do signo de Câncer.

-Tito!

 

Mudou a minha vida e mais

Pedi ao vento pra trazer você aqui

 

Lyfia constatou aliviada que Hilda dormia tranquilamente. Ela tomou seu lugar novamente, e perdeu-se em pensamentos sobre o que acabara de acontecer.

Era difícil...

Conhecia Frodi há muito tempo. Tinha verdadeira admiração por ele. Ela era uma abandonada que fora acolhida gentilmente por sua família e ganhara a chance de servir na corte pessoal da governante de Asgard.

Apesar da origem nobre, sempre batalhara demais e conseguira alcançar o posto de um guerreiro honrado, conhecido como um dos mais fortes da atual geração. A família dele sempre servira Asgard como uma das famílias que gerara os melhores guerreiros.

E ele só fizera isso, chegara tão longe, por causa dela.

Queria proteger mais a ela que qualquer outro em Asgard.

Ela o admirava. Ficaram amigos e ela realmente gostava da companhia dele, das conversas, do tempo que passavam juntos.

Mas era apenas isso.

Ela sabia, sabia que ele a amava. E ela desejava ardentemente corresponder a ele.

Mas não nutria esse tipo de sentimento.

Ele não chegava a ser um irmão, mas também não era apenas um bom amigo. Seu zelo e carinho eram inigualáveis, e por vezes as mulheres mais velhas que os conheciam a encorajavam a dar uma chance ao rapaz.

Mas ela sempre ficara na defensiva.

Não sabia por que, mas sabia que ele não era o homem a quem ela entregaria seu coração. Por que, mesmo que se o fizesse, seria uma mentira.

E ela não seria baixa a ponto de enganá-lo daquela forma.

 

Morando nos meus sonhos e na minha memória

Pedi ao vento pra trazer você pra mim

 

Afrodite aproximou-se do corpo do amigo e o colocou no colo. Chamou repetidas vezes e não obteve resposta.

-Tito! Tito! Por que não me responde?

Ele respirava fracamente. Havia sinais em seu corpo, como uma tatuagem tribal cor de vinho, que brilhavam e sumiam.

Afrodite não esperou por mais. Contrariando o natural, ergueu facilmente o amigo nos braços, cobrindo-o com seu manto e disparando de volta para a casa em que se abrigara. Nas costas levava a urna da armadura de Câncer.

Mirava o rapaz em suas mãos vez ou outra, sentindo um aperto no peito. De todos, o que mais queria, mas menos esperava encontrar ali era o canceriano.

Afrodite tinha sentimentos...

Confusos em relação a Tito.

Desde sempre, ele era um dos poucos que se dava bem com o italiano. Tinham uma afeição natural e sincera. Afrodite era o único que punha freios nele.

Tito só era chamado assim por ele aliás. Era conhecido popularmente como Máscara da morte.

Seu sadismo em campo de batalha era tenebroso.

Mas para Afrodite ele revelara um lado...

Humano.

E a medida que iam se conhecendo, secretamente, o pisciano acabou desenvolvendo um sentimento maior do que o que esperava.

Que jamais poderia ser revelado. Principalmente pelo fato de ser o guerreiro considerado o mais belo de exército de Atena. Essa beleza por muitos admirada, era motivo de irritação constante para Afrodite. Era comum o confundirem com uma mulher.

E ele odiava isso. Mas sabendo que se demonstrasse irritação a situação apenas pioraria, ele resolveu assumir um personagem.

Fazia a linha debochado, fingia que era orgulhoso disso, se gabava de ser o mais belo, inigualável, jogava os cabelos de maneira exibida...

E o pior é que, naturalmente, exalava um cheiro floral. E seus lábios pareciam estar pintados apesar de não usar nenhum tipo de maquiagem.

Apenas com o cavaleiro de Câncer compartilhava sua real posição em relação a isso. E de onde menos esperava, veio a maior compreensão. O italiano não brincava perto dos outros sobre isso. Apenas entre eles, quando queria provocar, ele falava que o sueco (Sim, Afrodite era sueco) estava excepcionalmente bonito, ou cheiroso, ou coisa do tipo. Eles se xingavam e tudo continuava normal.

Desfrutavam de boa amizade. Companheirismo, cumplicidade.

E isso bastava.

Sem contar que só em imaginar em mencionar desejos... Ou sentimentos de atração e romance, Afrodite sabia o que viria.

A perda do seu melhor amigo.

Tito era um homem bruto. Antiquado. Preconceituoso. Sempre de troça quando os amigos ficavam muito próximos, já ficava com brincadeiras chatas, ofensivas.

E se afastava quando falavam deles, por mínimo que fosse. Sempre voltava logo depois, mas o clima que antecedia era constrangedor para ambos.

 Afrodite nunca se imaginara com outro homem, de forma alguma. Nunca sentira desejo, atração, nada do tipo.

Mas com Tito... Tudo mudara.

Afrodite lutara por anos contra esse sentimento. Não podia se permitir um pensamento sequer, do contrário, tudo viria por água abaixo.

E antes ter a amizade e a presença próxima do que sentimento nenhum. E imaginar-se sem a amizade dele...

Era melhor ficar morto.

Entrou angustiado na casa, e dirigindo-se ao quarto pousou o italiano na cama com delicadeza. Havia machucados profundos ali.

-Isso não pode ficar assim.

O cobriu e acendeu o fogo. Saiu em busca de quaisquer ervas que pudessem servir para um cataplasma e para um chá. No deserto inóspito que era a região, sua sorte foi que nas casas havia alguns kits de primeiros socorros básicos e uma variedade de ervas secas que, graças a seus conhecimentos de botânica, serviriam para fazer um tônico que logo colocaria o italiano de pé.

Entrou em casa e checou o visitante ainda na mesma posição que o deixara. Pegou duas panelas grandes e encheu com água. Tinha que banhar o amigo e cuidar de suas feridas.

Enquanto preparava tudo, agradecia internamente por ter sido ele a encontrá-lo.

E se angustiava por que ficar sozinho com ele, daquela forma...

“Preciso manter o controle!”

 

Vento traz você de novo

O Vento faz do meu mundo um novo

 

Alguns dias depois, Frodi tinha o olhar perdido no cenário através de uma janela, quando um soldado raso chamou sua atenção.

-Senhor, tenho que informá-lo que a Srta. Lyfia está presa.

Com um sobressalto, Frodi se virou para o anunciante.

-O que? Como? Por quê?

-Ela está sendo acusada de traição contra Asgard. Ontem a noite foi expulsa do palácio e foi pega tentando incitar uma rebelião. O senhor Andreas deu ordens expressas para mantê-la cativa. Achei por bem vir avisá-lo.

Frodi inspirou e resmungou um agradecimento. Irritou-se profundamente e saiu dali disposto a encontrar com a camareira de Hilda.

“Lyfia... O que houve? Eu te conheço, você não é uma traidora. Eu vou te tirar da prisão... E vou te proteger!”

A angústia o dominara. Não podia imaginar sua amada presa em uma cela fria e suja, sozinha e maltratada.

Iria enfrentar o próprio Andreas se preciso fosse. Mas não a deixaria sozinha em uma cela qualquer.

A cada passo que dava, sentia o coração batendo forte.

A pouco estava prestes a se declarar... Expor tudo que se passava em seu coração...

E o que possuía agora era apenas a incerteza.

Antes, da forma como havia planejado tudo, achava que haveria uma chance ao menos. Lyfia nunca se afastou, nunca o recusou abertamente, então quer dizer que ela deveria sentir algo também.

A medida que caminhava lembrava-se dos momentos doces que passaram juntos.

O sorriso dela.

O modo como ela soltava os cabelos e sacudia a cabeça ao fazê-lo.

A risada que começava contida e terminava em uma gargalhada.

A forma meiga como ela corava quando ele a presenteava com um doce, uma carta, um mimo ou lembrança qualquer.

O cheiro suave que ela tinha.

A pele sedosa que o deixava vermelho quando ela lhe dava um beijo rápido na bochecha ou pegava em suas mãos.

Tudo nele se direcionava a ela.

Ele era movido pela paixão que nutria por ela.

E por isso iria salvá-la.

E dessa vez não iria se permitir perder nenhuma chance!

Seria o momento de se declarar as claras. E assim que o fizesse, saberia que seu futuro ao lado de sua amada seria iluminado.

Tinha plena certeza disso.

 

E voe por todo o mar e volte aqui

E voe por todo o mar e volte aqui

Pro meu peito...


Notas Finais


Espero que agrade! Se puderem me falar o que acharam, me deixariam mega feliz ^^
Um beijo pra quem é de beijo, abraço pra quem é de abraço e até o próximo!


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