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História Asas Para o Amor (Romance Gay) - Confissões de Sentimentos


Escrita por: dannypereira_

Notas do Autor


Oi amores, acabei de chegar do meu último dia de trabalho, estou exausta, mas vim correndo postar esse capítulo para vcs, quem ai estava ansioso (a)? Então corra pra ler e não esqueçam de me contar nos comentários o que acharam.
Boa leitura!
Beijinho, beijinho, tchau, tchau.

Capítulo 41 - Confissões de Sentimentos


E quanto mais tempo a gente se beijava, mais eu queria ter os lábios dele juntos aos meus. Droga, eu não queria estar sentindo isso, eu não queria gostar de ninguém, mas… Ah, Jesse me fazia tão bem, eu gostava de estar com ele e gostava da paz que ele me transmitia.

- Por… Por que você fez isso? - Coloquei os dedos nos lábios que ele acabara de beijar.

- Droga, desculpa Nano, eu sei que eu não devia… Mas… Ah porra. - Se levantou da cama e começou a caminhar de um lado para o outro. - Eu não sei como isso aconteceu, eu pensei que eu fosse assexual, juro que pensei, nunca tive atração por ninguém, mas você… Caralho, você mexe comigo, mexe de uma maneira diferente, se você soubesse como eu fico cada vez que estou ao teu lado… Eu tentei, juro que tentei negar tudo isso, esconder o que eu sinto, mas eu não consegui, fui fraco, não consegui resistir ao que eu sinto por você. Me desculpa. - Algumas lágrimas começaram a rolar por seu rosto. - Desculpa por eu gostar de você, por eu… por eu querer estar sempre perto, mas você me provoca sensações, emoções tão boas, e eu não me importo, te juro que eu não me importo se você não quiser nada comigo, eu só não quero perder tua amizade, eu só preciso te ter perto de mim. Só isso. 

 Eu fiquei completamente atônito enquanto ouvia o garoto que começou a metralhar palavras, das quais eu tentava entender. Acho que se me perguntassem eu não saberia responder nem o meu nome.

- Não vai dizer nada? - Se sentou cabisbaixo em sua cama. - Estou esperando você gritar, me xingar, brigar… - Continuei sem reação. - Se quiser pode me bater, mas faz alguma coisa, por favor.

- Eu… Jesse... - Sentei ao lado dele. - Eu não sei o que te dizer, eu não esperava, não imaginava. Mas obrigado.

- Por que tá me agradecendo? - Perguntou surpreso.

- Por ter me contado, você foi muito corajoso, sabia? - Ele deu um leve sorriso. - Mas… Jesse, eu não posso.

- Porque nós dois somos homens, né?

- Quê? Não. Óh céus, claro que não, eu não ligo para isso. Mas eu realmente não posso me envolver com ninguém.

- Não pode por quê?

- Ah… Porque eu quero focar nos meus estudos, não tô com cabeça para entrar em um relacionamento agora, perdão. 

- Mas… Continuamos amigos?

- Sempre. - Lhe arranquei um tímido sorriso. - Bom, eu vou nessa, mas te espero mais tarde lá em casa com o teu irmãozinho.

- Tá. - Falou meio cabisbaixo.

Me levantei da cama e fui em direção à porta, fiz menção em sair, mas virei para o garoto.

- Ah, e a propósito. - Falei ao ter sua atenção voltada para mim. - Sim, você beija bem. - Pisquei o olho para o garoto, que sorriu meio sem graça e então eu fui embora.

 

                                                                            XXX

 

Eu havia buscado Marilyn na escola e a menina parecia mais empolgada do que quando eu a levei, lhe questionei como havia sido o primeiro dia de aula e ela, parecendo animada, me relatou que a professora era muito boazinha, que ela já havia feito algumas amiguinhas, e que havia se divertido bastante.

- Nano, eu posso ir amanhã de novo pra escola? - Perguntou enquanto tomava seu nescau.

- Claro, pequena, você vai ir todos os dias, quer dizer, exceto sábados, domingos e feriados.

- Oba!

Pouco após a menina terminar o seu café da tarde, a campainha tocou, e enquanto ela correu para tirar o uniforme e colocar outra roupa, eu abri a porta e logo me deparei com Jesse e um garotinho risonho.

- O-Oi. - Falei sem tirar meus olhos do maior.

- Oi. - Sorriu timidamente.

- E-Entrem.

Os dois entraram em minha casa e a menina logo apareceu na sala.

- Oi baixinha. - Disse Jesse para a criança.

- Oi. - Falou timidamente.

- Ah, esse aqui é o Martin, meu irmãozinho.

- Oi. - Falou o menino.

- Oi, eu sou a Marilyn, você quer ser meu amigo?

- Quero. 

Fiquei olhando aquela cena tão fofa dos dois, incrível como criança consegue fazer amizade mais rápido que adultos, e então acabei olhando para Jesse, que também acompanhava a cena, ele me deu uma olhada, e eu disfarcei, voltando a olhar para as crianças.

- Você tem bonecas? - Perguntou o garoto para a menina.

- Tenho algumas, quer ver?

- Quero sim, você me empresta pra gente brincar?

- Claro.

As duas crianças saíram em disparada na direção do quarto de Marilyn, já Jesse e eu trocamos olhares em silêncio, eu não sabia o que dizer após as coisas lindas que o garoto havia me dito.

- Hã… Será que vai chover? - Tentei quebrar o gelo.

- Não sei, acho que não.

Silêncio.

- Será que eles estão se divertindo?

- Acho que sim. - Respondeu.

Mais silêncio. 

- Nano, você sabe que não precisa me tratar assim, né?

- Desculpa. - Dei um sorriso meio nervoso. - Eu só não sei como agir depois…

- Ué, aja naturalmente, me trate como sempre senão vou ficar me sentindo um idiota.

- Desculpa.

Enquanto as crianças brincavam no quarto, Jesse e eu ficamos conversando na sala, mas por mais que eu quisesse e tentasse muito, eu não conseguia tirar cada palavra dele da cabeça, haviam mexido muito comigo, ah, queria tanto entender o que eu estava sentindo, porém mesmo que eu entendesse, eu não podia, seria loucura me relacionar com o Jesse ou com qualquer outra pessoa, pois eu não queria fazer ninguém sofrer quando eu tivesse que partir, eu sabia que isso um dia aconteceria, e se eu tivesse uma namorada ou um namorado, essa pessoa sofreria muito mais com minha partida, e eu não queria fazer o Jess sofrer, ele não merece e eu não me perdoaria se isso acontecesse, mas se formos apenas amigos o sofrimento seria menor.

- Seu irmão é um fofo. - Falei.

- Ele é incrível, é tão esperto…

Nisso Marilyn e seu mais novo amigo retornaram para a sala, e o garoto que estava segurando uma boneca, mostrou para o irmão.

- Jesse, olha que linda, ela tem fraldinha e mamadeira, e ainda faz xixi.

- É muito bonita. - Disse o maior.

- É sim. - Mexeu nos cabelos da boneca. - Hã… Eu gostei de vir aqui, não aguentava mais brincar só de carrinho e com aqueles super heróis. Nada contra, gostei dos brinquedos que me deram, mas… Ah, boneca é bem mais divertida e faz mais coisas, meus bonecos nem xixi fazem e mal mexem os braços.

- Hey, você quer que eu compre uma boneca para você? - Questionou o mais velho.

- Você faria isso? - O garotinho ficou com os olhinhos brilhantes, cheguei a pensar que ele fosse chorar.

- Claro, mas tem que ser nosso segredinho, promete?

- Claro, claro, nosso segredo. - Deu um sorriso banguela.

O garoto foi pulando literalmente atrás de Marilyn para voltarem a brincar no quarto da garota. Sem saber o que dizer, apenas sorri pela atitude que o meu amigo teve, ele havia sido dez. 

- Você é um excelente irmão, sabia?

- Eu mal conheço esse moleque e já amo ele, o garoto me conquistou, sabe?

- Sei, dá pra ver isso no seu olhar e na forma que fala dele.

Meio sem graça, Jesse deu um leve sorriso, fiquei observando-o, ah, se as coisas fossem diferente, se eu não tivesse a certeza de que mais cedo ou mais tarde (e mais rápido do que eu gostaria) eu fosse morrer, queria poder disfrutar o que eu estava sentindo, poder dizer para aquele garoto dos olhos verdes que cada palavra que ele me disse era totalmente recíproca, poder falar que tudo o que ele disse sentir por mim, eu também sinto, mas eu não podia fazer isso, ainda mais sem saber quanto tempo eu ainda tenho nessa terra. Ah, Deus, me dá um sinal, por favor, não sei o que fazer.

 



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