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História Assassin - Don't Shoot Him


Escrita por: Sabiny

Notas do Autor


Essa parte aqui era pra ter sido publicada junto com a primeira, mas fiquei agoniada por achar que era coisa demais. Então, por ser um complemento, esse capítulo é mais curtinho. Obrigada pra quem leu até aqui <3

Capítulo 2 - Don't Shoot Him


Kyungsoo se esgueirava o mais disfarçadamente que podia, se escondendo dos poucos funcionários que ainda circulavam pelo hotel àquela hora da madrugada. Tentava ficar longe da mira das câmeras, mas era difícil. Ao menos o capuz preto do casaco que pegou emprestado de Kai cobria seu rosto e não o deixava ser reconhecido. 

Sua arma fazia pressão contra seu quadril, guardada no cós da calça que era escondida pelo moletom que possuía o cheiro do maior. Kyungsoo podia sentir o cheiro agradável do outro por todo seu corpo, mesmo após o banho rápido que haviam tomado juntos. 

Quando enfim alcançou o andar térreo e achou a porta de vidro que levava à garagem. A abriu rapidamente e foi em direção ao carro que Kai o havia descrito. Não se importava mais em fazer barulho já que não havia ninguém ali, e pressionou o botão na chave fazendo o carro piscar indicando que havia sido destravado. 

Sentou-se no banco do motorista e fechou a porta, aproveitando o momento para tirar o casaco que já o estava deixando com calor. Ajeitou o espelho retrovisor e quando o fez percebeu diversas marcas roxas pela extensão de seu pescoço. Afastou um pouco a camisa branca com os primeiros botões desfeitos e viu muito mais marcas pelo seu ombro. 

Ao invés de ficar bravo apenas deu uma risada soprada, imagens das ações anteriores retornando e o fazendo corar, mas não se sentia constrangido com elas. Ligou o carro enquanto ignorava o calor de seu rosto se espalhando pelo seu peito, o dando uma sensação esquisita. 

Ficou esperando o moreno, que passava pela recepção do hotel como se estivesse simplesmente de partida, como haviam planejado. Não demorou muito para Kai aparecer ao seu lado e entrar pela porta do passageiro, vestido elegantemente e com o cabelo molhado penteado para trás, mesmo que alguns fios rebeldes caíssem sobre sua fronte. 

— Por um momento achei que você iria embora sem mim. — seu tom de voz e sorriso animado lembravam Kyungsoo de uma criança feliz indo tomar sorvete, mas isso não era nada parecido com o que estavam fazendo. 

— Eu não faria uma coisa dessas. — o menor falou teatralmente complacente enquanto Kai jogava a mala no banco de trás e colocava o cinto de segurança. O menor imitou sua ação logo em seguida. 

O moreno tamborilou os dedos nos joelhos e Kyungsoo sorriu disfarçadamente, pisando lentamente no acelerador e manobrando o carro para enfim saírem do estacionamento subterrâneo. 

O portão abriu automaticamente para eles após Kai se debruçar sobre o menor afim inserir um cartão numa entrada da máquina ao lado da janela do motorista, não desperdiçando a oportunidade para depositar um selinho no menor. Kyungsoo suspirou tentando se fingir cansado das ações dele, mas era difícil esconder o sorriso insistente em seus lábios. 

Começou a dirigir pelas ruas iluminadas na madrugada, encontrando um número surpreendente de carros naquela hora da manhã. Claro, as estradas eram muito mais movimentadas em cidades grandes como aquela, em qualquer horário imaginável. 

Dirigiram por um tempo sem que ninguém os seguisse e nada de suspeito acontecesse, e Kyungsoo já estava começando a relaxar quando Kai o chamou. 

— Ei, uma pergunta. — o menor ficou em silêncio e vendo isso como uma deixa para que continuasse, o moreno prosseguiu. — Eu posso saber o seu nome?

O assassino o deu uma olhadela rápida e seus músculos ficaram tensos, sem ele saber exatamente por que ficara na defensiva. Percebendo sua reação, Kai tentou se explicar. 

— É que é engraçado como eu acabei de ter a melhor foda da minha vida com alguém que nem sei o nome. 

O menor se surpreendeu um pouco com tal declaração, mas já estava se acostumando à sua forma de ser tão direto. Hesitou um pouco mas no fim viu que não teria problema em o revelar isso. Afinal, estavam fugindo juntos. 

— Kyungsoo. — olhou brevemente para Kai quando revelou seu nome, percebendo o sorriso alegre no rosto do maior. 

Ele não teria como saber que aquele mesmo chefe de gangue sexy e provocante, também poderia agir de forma tão adorável. Mas não podia dizer que achava ruim. 

— Já que estamos num momento da nossa relação em que somos sinceros um com um outro, Kyungsoo... — o moreno começou a discursar num tom comicamente sério, fazendo o menor rir baixinho. — Acho que você devia saber que meu nome de verdade não é Kai. 

Kyungsoo impediu o sorriso que quis se formar em seu rosto. 

— Eu sei, Jongin. — o maior o olhou espantado e seus olhos arregalados tornaram mais difícil para o menor se manter sério. — Sei tudo sobre você. É o meu trabalho. Ou era. 

O moreno meneou a cabeça parecendo triste por não ter mais nenhuma revelação dramática como sua carta curinga, mas estava perceptivelmente feliz. 

— Você pode me chamar assim, se quiser. 

Kyungsoo estava prestes à responder, quando percebeu um brilho sendo refletido pelo retrovisor. Quando a luz parou de o ofuscar, ele viu dois carros os seguindo. Mesmo com o espaço da pista dupla não permitindo, eles se separaram para ficarem um de cada lado do carro em que estavam, os encurralando. 

Ele de repente freou, fazendo ele e o moreno serem impulsionados para frente e os carros que os perseguiam passarem direto por eles. Houveram buzinadas atrás dos dois que apenas aumentaram ainda mais quando Kyungsoo fez uma curva fechada, passando sobre a guia e saindo na outra pista, que seguia para o lado oposto. 

O moreno ria ao seu lado como se estivesse tendo o dia mais divertido de sua vida, e o menor sorriu junto, principalmente ao perceber que isso fora praticamente um atalho e ele não teria que fazer a curva na rotatória muito mais afrente. 

— Por que está me ajudando a fugir, Kyungsoo? — Kai o perguntou como se estivesse fazendo uma entrevista, e o menor pensou um pouco no que responder. 

Ponderou se deveria explicar todos os motivos para não aguentar mais trabalhar para Suho, e conseguiu resumir em poucas palavras. 

— Porque meu chefe é um saco. — Kai riu alto com sua resposta. 

— E qual não é?

Com isso o menor passou a rir também e Kai parecia indescritivelmente feliz por ter conseguido arrancar uma boa gargalhada do menor. Este estava prestes à o provocar por ele ser o chefe de uma gangue inteira, quando viu algo no retrovisor ao lado da janela do passageiro. 

A pessoa na moto que os seguia já estava se aproximando perigosamente do carro, e o assassino rapidamente percebeu que havia uma arma em sua mão. 

— Segura o volante pra mim um momento. — o menor pediu com tranquilidade e Kai logo o atendeu, se debruçando para alcançar o volante largado por Kyungsoo. 

O menor abaixou o vidro da janela do passageiro e se inclinou sobre as costas do moreno antes de se debruçar para fora, o revólver sacado no meio do processo sendo segurado firmemente pela sua mão. Apontou para o piloto da moto que mirou nele de volta, mas Kyungsoo fôra mais rápido. 

Não estava mirando em um ponto específico quando atirou, mas ao ver quando o desconhecido segurou o braço agora ferido percebeu que, como sempre, não errou a mira. A moto se desequilibrou e ziguezagueou pela pista, claramente sem controle. 

Kyungsoo voltou para dentro do carro e assumiu o volante novamente, apenas ouvindo o resultado de seu tiro quando um barulho de algo batendo foi ouvido logo atrás deles. 

Kai pegou a arma de sua mão e o menor o olhou pronto para discutir, mas o rosto do moreno estava sério quando ele apontou para a pista à frente dos dois. 

— Só continua dirigindo. Eu cuido do resto. 

O menor não teve o que dizer, apenas consentiu. Era realmente incrível como Kai podia mudar de expressão tão rápido, e continuar sendo extremamente atraente em todas. 

Kyungsoo se pegou com este pensamento e agradeceu pelo maior não poder ler sua mente. Ele não o deixaria em paz ao saber que o menor pensava isso sobre ele, mesmo que em algum momento ele descobriria. 

Fôra despertado pelo leve solavanco do carro e um barulho agudo vindo da lateral, voltando à realidade de que haviam pessoas muito piores que não estavam afim de o deixar em paz. Kai praguejou algo sobre seu carro ter sido arranhado e se inclinou para fora do vidro ainda aberto. Só então Kyungsoo percebeu o carro praticamente colado ao lado deles. 

Se espantou ao ver o moreno tirar o cinto de segurança e agarrar o outro motorista pela gola da camisa, o puxando para ficarem ambos suspensos entre o vão dos dois veículos. 

— Você sabe quanto custou esse carro?! — Kai gritou e antes de que qualquer um pudesse prever, o moreno deu uma cotovelada no nariz do outro motorista que deu um gemido sôfrego de dor. 

Antes de se sentar novamente o maior pegou a arma da mão do homem que segurava o nariz ensanguentado. Quando julgou ser a hora certa, o assassino rapidamente pisou fundo no acelerador, os afastando do carro com o homem que os xingava. 

— Sempre quis uma dessas. — Kai falou animado enquanto analisava o modelo da carabina, e com uma breve olhada o menor logo a reconheceu como sendo uma AK-47. 

Ouviu Kai checar a quantidade balas que ainda havia na arma, distraído demais para perceber quando Kyungsoo virou numa estrada menos movimentada e agora estacionava no final de uma rua sem saída completamente deserta. 

Quando o menor saiu do veículo Kai o seguiu, ambos se encontrando novamente quando Kyungsoo deu a volta no carro. Assim que ficou de frente para o maior pegou a arma de suas mãos, analisando o modelo rapidamente antes de tirar do cós da calça do moreno o revólver e o colocar de volta em suas mãos, substituindo a carabina. Kai o olhava como se ele tivesse acabado de tirar o doce mais gostoso de suas mãos e substituído com um brócolis. 

— Por que eu fico com a arma menor?!

— O assassino profissional é você?

— Bom, não. 

— Já tem sua resposta. 

Kai fez um bico amuado e o menor indicou com a cabeça o carro ao lado deles. 

— Você se importa em abandonar ele aqui? — o moreno olhou para o automóvel em questão e deu uma breve analisada no amassado na porta de trás. 

— Não. — respondeu dando de ombros e Kyungsoo assentiu, se virando para seguirem seu caminho e esperando que o maior o seguisse. 

Entretanto foi impedido pelo maior que o puxou pela camisa bagunçada e deixada para fora da calça de forma desleixada. Kai o virou em seus braços e o beijou. O dedo do menor rapidamente saiu do gatilho da arma entre seus corpos, evitando de a disparar acidentalmente. 

Não sabia por que o moreno o beijava tão repentinamente mas não iria parar o maravilhoso ato em questão para o questionar. Já estava se sentindo derreter com a forma lenta que a língua do maior brincava com a sua quando o barulho de um carro parando atrás deles os fizeram se afastar. 

Saindo do carro Kyungsoo viu o mesmo homem que Kai havia golpeado com sangue seco ao redor do nariz, e se sentiu mal ao perceber que era um de seus colegas. Ele estava furioso ao ver o assassino que até então trabalhava consigo ajudando o inimigo, e partiu imediatamente para cima dele, claramente pretendendo o desferir um soco. 

Antes que o menor pudesse apontar a arma para ele e acabar logo com aquela cena, Kai partiu para cima do homem e com o braço envolveu seu pescoço. Virou o corpo robusto de tal forma que o deixou suspenso entre seu corpo surpreendentemente forte e o chão, a única coisa o sustentando sendo o braço ao redor de seu pescoço o impedindo de respirar. O corpo do homem estava inclinando, seu rosto fitando o chão, e não havia nada que ele pudesse fazer além de se debater sem ar enquanto tentava inutilmente buscar apoio nos pés. 

Kai era mais alto e muito maior forte, e continuou o segurando até que este apagou e o moreno soltou seu corpo desfalecido. 

Dizer que Kyungsoo estava horrorizado era pouco. 

O maior olhou continuou olhando para o homem no chão para ter certeza que ele não iria se mexer, e o assassino percebeu naquele momento que Kai poderia ter quebrado cada osso de seu corpo se quisesse. 

Ele enfim voltou sua atenção ao menor e analisou seu corpo para ter certeza de que este não havia de alguma forma se machucado. Kyungsoo engoliu em seco com seu olhar sobre si e perguntou a única coisa que cruzou em sua cabeça em meio ao turbilhão de dúvidas. 

— Você sabia que eu ia lá te matar hoje?

— Não. — ele respondeu casualmente, dando de ombros. — Mas eu vi quando você tentou abrir a porta do banheiro enquanto eu tomava banho... seu pervertido. 

O sorriso malicioso estava de volta em seu rosto e o menor relaxou ao ver que aquele Kai que ficava o enchendo o saco estava de volta. 

— Diz quem me amarrou com uma gravata.

— Ah, mas você gostou. 

Kai riu com o olhar ameaçador que o menor lançou antes de começar a andar, continuando o caminho dos dois e preferindo passar longe do corpo jogado no chão que ele não estava disposto em conferir se ainda tinha vida. 

Andaram pela curta rua escura até virarem numa esquina, seguindo em frente depois de conferirem se não havia ninguém. 

— Parece que muitas pessoas entram no seu quarto querendo te matar. — o menor comentou quebrando o silêncio e Kai riu ao seu lado. 

— É verdade. Mas só um sobreviveu pra contar história. 

Ele olhou para o maior e este retribuiu seu olhar, levantando uma sobrancelha que fez Kyungsoo compreender que não era o único tendo uma crise sobre matar ou não mais cedo naquela noite. 

Queria perguntar por que Kai se entregou tão facilmente no final, se dispondo a levar o tiro, quando ouviram vozes na esquina em que se aproximavam. 

Ambos se encostaram na parede escura num ponto onde a luz dos postes não iluminava e Kyungsoo deu uma espiadela no que estava acontecendo. Avistou dois homens bem vestidos com rifles em mãos e logo identificou como dois de seus antigos homens. Se abaixou silenciosamente e agachou, mirando os dois que conversavam e andavam de um lado para o outro. 

Percebeu que falavam dele, mas ao invés de prestar atenção no assunto preferiu se concentrar em esperar o momento em que ambos estivessem próximos o suficiente para que ele pudesse dar dois tiros rápidos e os tirar do caminho rapidamente. 

Seu plano foi por água abaixo quando sentiu Kai fungando sua nuca e por puro reflexo seu dedo apertou o gatilho, atingindo um dos homens no qual estava mirando. 

O outro que estava longe olhou completamente chocado para seu companheiro jazido no chão, e rapidamente encontrou Kyungsoo agachado ao lado da parede. Apontou a arma para ele e logo em seguida o menor ouviu o barulho de uma arma disparando, mas para sua surpresa foi o homem que caiu no chão desfalecido. 

Viu o braço de Kai estendido ao seu lado e o revólver récem-disparado em sua mão. Estava feliz do maior ter o ajudado, mas estava ainda mais irritado por aquilo só ter acontecido exatamente por causa dele. 

— Mas que merda você tá fazendo?! — Kyungsoo o deu um empurrão irritado mas o maior nem saiu do lugar. 

— É que seu cheiro é muito bom. — como que para provar seu ponto, Kai o cheirou mais uma vez antes de depositar um selar em uma das marcas já arroxeadas em seu pescoço alvo. 

O assassino sentiu o rosto ficando vermelho e levantou-se bufando, envergonhado ao mesmo tempo que absolutamente irritado. Kai riu e o seguiu rapidamente, tentando o abraçar, porém logo sendo afastado por Kyungsoo que tentava esconder o rosto corado. 

 

* * *

 

Após andarem um pouco mais, Kyungsoo guiou os dois para dentro de um beco. Tiveram que pular um grade ou teriam de dar a volta pelo quarteirão, mas isso não parecia problema para nenhum dos dois. 

Enquanto Kai chegava ao chão após escalar a grade depois de Kyungsoo, este procurava a porta camuflada por tijolos que ele sabia que estava ali. 

Quando o moreno pisou no chão fez um barulho alto e um gato que os observava chiou antes de sair correndo. O menor enfim achou um pequeno controle escondido por um tijolo solto e digitou a senha que abriria a porta para eles. 

Kai já estava ao seu lado quando houve o barulho de algo destravando e a silhueta de uma porta entreaberta rapidamente apareceu. Kyungsoo a empurrou e procurou o interruptor, enquanto o maior olhava para o controle e para o esconderijo escuro absolutamente impressionado. 

Quando por fim ligou a luz, várias lâmpadas fracas penduradas pelo teto do local que parecia uma kitnet os ajudaram a ter uma visão melhor do local. Kai entrou e fechou a porta atrás de si, ouvindo o click novamente. Do lado de dentro havia uma maçaneta, ao contrário do lado de fora, a qual Kai girou apenas para abrir e fechar a porta algumas vezes como uma criança curiosa. 

Vendo o que o outro fazia Kyungsoo colocou a arma sobre uma mesa lotada com dezenas de outras, e quando o maior terminou seu descobrimento após alguns segundos ele se pronunciou. 

— Era um esconderijo, mas todo mundo acha que foi encontrado e destruído. Ninguém mais vem aqui. 

Kai acenou com a cabeça e olhou ao redor, vendo o local com várias armas e mapas espalhados, alguns deles grudados nas paredes com vários riscos indicando planos para algo desconhecido. 

O menor se propôs a checar o estoque de água e comida enquanto o moreno analisava as armas dispostas e a munição. Após algum tempo em silêncio o maior falou, não precisando elevar sua voz para que Kyungsoo o ouvisse no local relativamente pequeno. 

— O que vamos fazer a partir daqui?

Kyungsoo retornou à ele com duas garrafas de água em temperatura ambiente e jogou uma para o moreno, que a agarrou rapidamente. 

— Sei que você já conseguiu fugir do país uma vez enquanto eu te rastreava. Acha que consegue fazer de novo? — o maior pareceu pensativo enquanto bebia um pouco da água. 

— Vou precisar ligar para meus homens. — Kyungsoo assentiu e abriu a garrafa, bebendo um pouco da água e seguindo para uma das mesas com vários mapas misturados. 

Tirou um bem maior de debaixo dos outros e o estendeu sobre a superfície, analisando o mapa-múndi ao tentar decidir qual seria o lugar mais propício para fugir dos homens que os perseguiam. Ele tinha certeza que conseguiriam os encontrar em qualquer lugar do país em que estavam e pontos famosos pelo mapa também estavam fora de questão. 

Estava concentrado em seus pensamentos quando Kai se aproximou dele, fingindo estar raciocinando juntamente com o menor, mas este descobriu a farsa quando a mão do moreno se esgueirou por debaixo de sua camisa e segurou sua cintura, o puxando para mais perto. 

— Você acha que vão conseguir nos achar se a gente fizer muito barulho aqui?

Kyungsoo o fitou confuso com a origem da pergunta e estava prestes à explicar que aquele lugar fora construído para ser à prova de som, quando o maior encontrou seus olhos e o deu um sorriso malicioso. 

O menor logo se viu sendo atacado pelos lábios do moreno contra os seus e Kai apertou seus glúteos, o levantando. Kyungsoo automaticamente passou as pernas ao redor de sua cintura e o abraçou forte, enquanto cambaleante e cego pelos beijos que o menor se recusava em cessar, Kai os levou até a cama em um dos cantos do local e os deitou sobre ela. 

— Apenas um simples favor para uma alma condenada, Jongin? — Kyungsoo falou ironicamente, relembrando as palavras do mais novo mais cedo naquela madrugada. Sua voz soava fraca e ofegante enquanto tentava recuperar o fôlego e Kai riu acima de si, seus olhos brilhando com a menção de seu nome. 

— Se for isso que eu preciso ser pra conseguir que você me beije de novo... — ele falou em tom especulativo, deixando o final de sua frase no ar. Kyungsoo riu e inverteu as posições, empurrando o maior até que ele estivesse de costas sobre a cama e se colocou acima dele. 

O menor o beijou novamente e Kai passou os braços ao redor de sua cintura. Kyungsoo então percebeu que o mundo não é justo e nem eles eram pessoas que praticavam a justiça. Mas ao menos o universo o havia dado uma recompensa por ter tentado ser uma pessoa justa ao menos uma vez, e que bela recompensa.


Notas Finais


E aqui está meu twitter, pra quem quiser falar com a pecadora que escreveu essa fanfic:
https://twitter.com/sabiny_


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