História Até Que O Feitiço Acabe - Existe magia em tudo isso

Jungkook’s POV

Meus olhos finalmente pararam de mirar o chão e foram de encontro com o seu rosto, eu já tinha conhecido pessoas sinceras antes, mas com certeza não conseguia comparar nem uma delas ao Jimin, eu sequer esperava que ele fosse ser alguém tão direto assim.

Tudo bem que eu não era a pessoa mais experiente quando se tratava de relacionamentos, paquera ou flerte, porém eu achava que normalmente as pessoas não conseguiam ser tão claras assim com alguém que conheceram há poucos dias, a menos aquelas que realmente dão a cara a tapa, essas eu admiro, pois não conseguiria ter a coragem que elas tem.

Mesmo que o Park fosse alguém que eu considerava atraente, eu não o via dessa maneira, e nem sabia se um dia eu chegaria a o ver com “outros olhos”, afinal eu nem devia estar entrando em sua vida, se não fosse por aquele maldito número de armário lido errado por mim.

Não vou dizer que o meu ego não inflou em ter alguém tão bonito assim mostrando seu interesse em mim, por alguns segundos eu até me deixei iludir e fingir que ele não estava sendo movido por um feitiço, porém eu não poderia permitir algo assim, já tinha cometido erros demais com Jimin.

— Jimin… — Murmurei segurando o seu pulso e retirando o seu braço de cima dos meus ombros. — A gente mal se conhece.

— Mas você disse que tenho chances contigo. — Retrucou e eu bufei, não iria ser fácil aguentar mais dois meses disso com ele, Jimin era demais para a minha pessoa.

— Sei o que eu disse, mas não pode chegar desse jeito apenas porque te dei uma pequena brecha. — Expressei constrangido com a situação, eu entendia que ele estava apenas cumprindo a ordem do feitiço, mas tudo era muito novo para mim, não sabia como lidar ou reagir.

— Desculpe, não quis parecer invasivo. — Disse enquanto se afastava um pouco.

— Apenas vá com menos sede ao pote quando for dizer coisas desse tipo, eu não sou como os seus ficantes, não é só chegar pedindo um beijo que eu irei ceder. — Expressei num lapso de coragem e audácia, pelo visto ele pareceu gostar.

— Pelo visto você é daqueles que gostam de ser conquistados aos poucos. — Sorriu e virou seu rosto para mim. — Farei o meu melhor então.

— Todos gostam de ser conquistados, Jimin — Respondi dando de ombros, vendo ele assentir, concordando. 

— Bem, agora tenho que ir. — Ele disse se levantando e juntando os seus materiais. — Tenho balé hoje pela tarde. — Expressou num tom mais baixo, eu sorri por isso, era interessante saber um segredo seu, fazia eu me sentir especial, alguém confiava em mim afinal. — A gente pode estudar suas matérias no fim de semana? Podemos nos encontrar na livraria aqui em frente.

— Claro, vai ser ótimo. — Concordei um tanto contrariado, eu queria passar o fim de semana praticando voo de vassoura, algo que minha mãe já havia me pedido para aprimorar no treino, mas parece que isso teria que ficar para outro dia.

— Até amanhã, Jungkook. — Ele se despediu inclinando-se para selar seus lábios em meu rosto, e logo se retirou em passos ligeiros.

Continuei sentado ali por mais alguns minutos, tentando disfarçar minha timidez ao ver a bibliotecária sorrir maliciosa após ver o que o Park tinha feito. Agora seria uma boa hora para usar aquele feitiço de desaparecimento.

[.>x<.]

Uma semana tinha se passado desde então, e vamos dizer que aqueles dois amiguinhos de Jimin não conseguiram ficar com a boca fechada e espalharam com quem o Park estava passando sua tarde, claro que devem ter aumentado bastante a história, porque eu já tinha ouvido todo que é tipo de calúnia sobre nós dois enquanto passava pelos corredores.

Nada que realmente valia a pena dar atenção, eram apenas tolices, passadas de uma pessoa para outra sem que ninguém realmente quisesse saber a verdade, porque as histórias inventadas eram mais interessantes para eles. Eu tinha ouvido desde gente dizendo que Jimin estava me pagando para fazer seus deveres de casa, até burburinhos sobre o Park levar seus ficantes para a biblioteca agora, e sinceramente eu não estava afim de dar atenção para as opiniões daquele bando de fofoqueiros superficiais.

Ser seguido por cochichos enquanto eu andava pela escola não estava nos meus planos para aquele último ano escolar, logo eu, que apenas queria continuar invisível como sempre fui, porém isso não seria possível, já que as coisas estavam começando a se tornar uma bola de neve de problemas.

 Bem, pelo menos tudo isso tinha me valido algo bom além da amizade com o Jimin, o mesmo tinha conseguido com o professor Hoseok duas provas extras para mim, eu ainda não sabia que tipo de ligação os dois tinham ou já tiveram ou o que o Jimin quer dizer quando fala que o Jung lhe deve, pois ele ter conseguido esses exames de recuperação para mim já foi bem mais do que eu esperava, não cabia a mim fazer questionamentos ou colocar desconfianças em cima eles.

— O que sua mãe falou quando entregou a convocação do professor? — Yoongi questionou baixinho ao meu lado, tentando não chamar atenção da professora de inglês que explicava os exercícios daquela aula.

— Eu não entreguei. — Sussurrei de volta e ele franziu o cenho. — Jimin convenceu o professor de que já que eu vou fazer as provas, ele não precisa conversar com ela sobre isso.

— Como esse cara consegue essas coisas? — O de cabelos verdes questionou confuso, nem eu entendia o que havia na lábia de Jimin para ele conseguir convencer um professor com tanta facilidade.

— Eu não sei, mas como ele me livrou de um castigo e possivelmente vai me livrar de reter o ano, eu apenas agradeço e não o faço perguntas. — Falei em tom baixo, notando que a professora parecia incomodada com os sussurros da gente e de demais alunos. — Tem ideia de que minha mãe me tiraria a varinha por uns cem anos se soubesse que eu ia repetir de ano?

— Imagino. — Riu soprado. — E como está sendo com o rosinha? Ouvi tantas coisas sobre vocês pelos corredores.

— Ouviu só pelos corredores ou pela boca do Taehyung? — Indaguei sarcasticamente.

— Pelos dois. — Admitiu revirando os olhos. — Agora responda a minha pergunta.

— Tirando o fato dele realmente demonstrar o quanto o feitiço o fez gostar de mim a cada segundo com diversas tentativas de me conquistar ou sei lá o que, o Jimin é um cara bem legal. — Respondi sincero e vi um sorriso malicioso surgir nos lábios de Yoongi.

— Cuidado para ele não acabar te conquistando realmente. — Falou me fazendo revirar os olhos.

— Isso não vai acontecer, Jimin nem é o meu tipo. — Retruquei assim que escutamos o sinal do final da aula soar e os alunos começando a arrumar suas coisas para sair.

— Você não tem um tipo, Jungkook. — Jogou na minha cara enquanto se levantava da cadeira. — Em toda a sua vida você apenas ficou algumas vezes comigo e uma vez com um desconhecido, isso não conta como experiência.

— Não fique me lembrando que eu deixei logo você tirar a pureza dos meus lábios. — Brinquei também me levantando e arrumando meu material.

— Você não reclamou de nada naqueles dias. — Piscou o olho direito para mim, me fazendo rir e lhe dar um leve empurrão. — Vamos lá pra casa jogar algo?

— Você sabe que eu não curto nenhum dos games que você gosta de jogar, e além disso, eu combinei com o Jimin de ir no cinema hoje a tarde. — Expliquei terminando de guardar minhas coisas na mochila.

— Já está me trocando pelo seu namoradinho? — Perguntou cruzando os braços, falsamente irritado.

— Agradeça que eu não estou te enchendo o saco por causa do seu encontro com o Tae no fim de semana. — Disse o vendo travar, eu tinha pegado no ponto certo. — Você pareceu estar bem sorridente na segunda feira, sabe? Aconteceu algo a mais que não está querendo me contar?

— Cuida do seu rosinha que com o Taehyung lido eu, Jungkook, já te disse isso.  — Falou entrando na defensiva.  — E não aconteceu nada demais, a gente só foi num fliperama e jogamos um pouco.

— Poderia ter acontecido bem mais se você permitisse. — Joguei sorrindo de lado, mas a careta em seu rosto fez eu me tornar sério novamente.

— Cala essa boca, Jungkook! — Exclamou irritado, mas logo um sorrisinho brotou em seus lábios, franzi o cenho ao ver ele se afastar uns passos também. — Boa sorte com isso ai, amigão.

— Boa sorte com o quê? — Indaguei confuso e ele maneou com a cabeça, indicando que era para eu olhar para trás.

— Oi, você é o Jungkook, certo? — A voz grossa murmurou atrás de mim, arregalei os olhos ao constatar de quem era.

Por que Kim Namjoon está falando comigo?

— S-sou… — Respondi me virando para ele, já sentindo o meu rosto esquentar.

— O professor Jung veio falar comigo, falou que você está com dificuldades nas matérias dele. — Ai sim eu me senti ainda mais constrangido, pior era saber que o Hoseok tinha falado de mim logo para o meu crush, que vergonha.

— E daí? — Eu perguntei desviando o olhar dele, lastimando por ter soado um tanto rude.

— Bem, ele me questionou se eu podia ser seu “professor particular”. — Fez aspas com os dedos e meus olhos dobraram de tamanho de tanto que os arregalei.  — Porque ele teme que você repita de ano por causa das matérias dele, e eu disse que por mim estava tudo bem, mas falei que iria conversar com você antes. — E então Namjoon sorriu de lado e eu quase desmontei ali naquele canto mesmo. — Então, o que você acha?

Eu estava meio sem saber como me comportar na frente dele, as únicas conversas que eu tinha tido com Namjoon foram na minha mente, e não tinha planejado esse diálogo acontecendo na vida real, então decidi que era melhor falar o menos possível e continuar apenas admirando seu rosto assim tão pertinho de mim no lugar de tentar começar alguma conversa constrangedora.

— Eu não sei... — Em qualquer outra situação era óbvio que eu aceitaria estudar com Namjoon, afinal como negar algo para esse homem? Ele poderia até querer estudar química orgânica comigo que eu estaria dando pulos de entusiasmo, porém agora era diferente, eu já tinha prometido estudar com o Jimin.

— Sei que pode parecer meio estranho já que nunca nos falamos, mas eu ficaria feliz em te ajudar, já fiz isso com demais colegas de classe e eles se saíram muito bem nas provas. — Namjoon expressou e eu busquei por palavras, não queria negar passar um tempinho com ele, mesmo que o seu único interesse seja me ensinar a matéria a pedido do professor.

Eu sabia que estudar com o Kim significaria ter que mudar meu combinado com Jimin, teria que reorganizar nossos horários, para ter tempo para os dois, entretanto eu queria muito aceitar o que Namjoon tinha me proposto, eu nunca teria coragem de me aproximar dele, mas foi ele quem veio até mim primeiro, eu não podia desperdiçar uma chance dessas, a sorte quase nunca atravessava o meu caminho, eu não devia a ignorar em uma das únicas vezes que ela resolveu vir para o meu lado.

— Tudo bem, eu aceito.

— Ótimo! Nos encontramos amanhã depois da aula na biblioteca, que tal? — Questionou sorrindo e nossa! Essas covinhas em suas bochecha são adoráveis demais, vontade de pedir para colocar o dedo sobre elas, mas acho que ele me acharia estranho.

— Está marcado então. — Respondi animado, já ansioso para o que poderia acontecer, pois essas aulas particulares poderiam nos render bem mais do que uma simples amizade, não que eu já estivesse fazendo planos mentais para os nossos futuros primeiros encontros e nosso primeiro beijo debaixo de uma sacada ao luar... Claro que não.

Ah, já comentei com vocês que o Namjoon supostamente é hétero? Não que eu tivesse certeza de sua sexualidade, afinal a gente mal se conhecia, mas só tinha o visto ficando com meninas, e isso anulava a execução dos meus planos mentais românticos, mas tudo bem, já que se eu fosse realmente passar um tempo com ele, iria poder comprovar essa suposição ou não — boa parte de mim torcia pelo "não", claro! —

— Até amanhã então. — Ele expressou fazendo um rápido toque de mão comigo e logo se retirando.

Permaneci ali sorrindo sozinho.

[.>x<.]

Algumas horas depois daquilo eu fui me encontrar com Jimin em frente ao shopping e fomos ver o filme que ele escolheu, que ironicamente era um enredo com bruxos e feitiçaria de sobra, não vou dizer que não me senti desconfortável estando ali vendo aquilo, mas Jimin parecia gostar da temática, então não dei palpite em sua escolha.

Ao contrário do que eu achava, o escurinho da sala de cinema não foi um pretexto para Jimin me jogar mais xavecos ou partir logo para uma aproximação mais direta como eu suspeitava que ele faria, o rosado realmente estava interessado no filme, tanto que parecia que eu nem estava ali ao seu lado, apenas quando ele comentava algo sobre as cenas que estavam ocorrendo.

Pra falar a verdade, eu quase não prestei tanta atenção no que passava naquele telão e muito menos nos comentários que o Park estava fazendo, minha mente ainda estava na minha breve conversa com Namjoon, era uma chance única de poder entrar um pouquinho na vida do cara que eu supostamente gosto, e digo assim porque ainda não sabia ao certo se eu realmente gosto dele ou se é apenas uma atração, pretendia descobrir isso nessas aulas de reforço que ele me daria.

— Você gostou do filme? — Jimin questionou enquanto caminhávamos pelo parque que havia em frente ao shopping, eu pretendia voltar para casa após o filme acabar, mas o rosado perguntou se eu queria tomar um sorvete e algo assim eu não nego nunca, afinal era comida de graça! 

— Sim, foi ótimo! — Respondi mais concentrado no picolé de manga que estava em minha mão.

— Não seria legal, Jungkook? — Perguntou me fazendo franzir o cenho. — Ter poderes, sabe? Poder estalar os dedos e fazer as coisas acontecerem.

— É, seria legal. — Comentei ficando um tanto nervoso com o assunto. — Mas não sei se você iria realmente querer isso, a chance de dar errado e você acabar complicando mais ainda as coisas é enorme. — Disse jogando o palito do picolé na lixeira ao lado do banco em que estávamos. — Ter poderes é uma responsabilidade muito grande, não é qualquer um que sabe lidar com algo desse tamanho em suas mãos.

— Meio que aprendi algo assim assistindo Homem Aranha. — Brinco fazendo referência à uma das frases famosas presentes do filme. — Mas eu gostaria de ter isso sim, facilitaria muitos instantes da minha vida.

— Realmente ter o poder de falar umas palavrinhas e ver as coisas acontecendo diante de seus olhos pode parecer incrível. — Olhei para que me escutava atentamente. — Mas fazer as coisas com as próprias mãos, mesmos com os erros e acertos, me parece bem melhor, a gente aprende com isso afinal.

— Você fala como se tivesse experiência com isso tudo. — Ele expressou me fazendo arregalar os olhos.

— E-eu não tenho… é só um conselho mesmo. — Um conselho que nem eu próprio seguia, apenas estava sendo um grande hipócrita falando aquelas coisas para ele.

— Só estava brincando, não leve as coisas que eu digo tão a sério. — Disse rindo baixo. 

— Desculpe. — Abaixei a cabeça ficando sem graça, meu nervosismo as vezes me atrapalha demais.

— Não se desculpe, Jungkook. — Pediu colocando a mão sobre o meu joelho. — Eu só acho que ver aquele filme me fez lembrar dos meus sonhos de criança. — Sorriu nostálgico. — Acho que toda criança já desejou que as magias vistas em filmes e desenhos fossem reais.

— Acho que não é apenas as crianças que sonham com um pouco de magia em suas vidas. — Respondi também sorrindo para ele que assentiu concordando.

Era um tanto estranho falar sobre isso para alguém que não sabia o que eu era, admito que tive uma súbita vontade de o revelar que a maioria das coisas que apareceram naquele filme realmente existem na vida real, principalmente vendo aquele olhar brilhoso que Jimin me lançava, parecia o olhar de uma criança esperançosa, e eu sabendo que ele esqueceria de tudo em dois meses apenas cooperava para a minha vontade aumentar, mas eu sabia que ele me acharia um louco ou que eu estava apenas tirando sarro da cara dele, então preferi desviar o assunto.

— Pode parecer idiota, mas eu ainda tenho aquele sonho de ver algo mágico acontecendo. — Jimin falou rindo soprado por fim. — Pode me zoar, sei que é um pensamento ingênuo demais para alguém da minha idade.

— Eu não acho que seja idiota. — Expressei o vendo se surpreender. — Afinal de contas existe magia acontecendo ao seu redor o tempo todo.

— Como é? — Questionou confuso.

— Vem aqui. — Me levantei e estendi minha mão e o mesmo segurou meio incerto.

Caminhei com ele até em frente ao pequeno lago que havia ao centro do parque, onde alguns patos e marrecos nadavam e pequenos insetos voavam por cima. Levei Jimin até a beirada do lago, onde havia algumas flores amarelas, o Park me olhava completamente confuso, o que me fazia ter vontade de rir de seu expressão desorientada.

— Me dá o picolé. — Pedi e ele me entregou o sorvete que ainda estava em sua mão livre.

Peguei o picolé e segurei sua destra, sujando a ponta de seus dedos com o sorvete, vendo o outro franzir ainda mais o cenho, apenas sorri para ele sem explicar nada e o pedi para se agachar ao lado das flores e estender a mão suja com o doce sobre a moita de flores.

— Por que fez isso? — O rosado perguntou me olhando sem entender nada.

— Veja o que acontece. — Apontei para sua mão, e enquanto ele se distraia encarando sua própria palma, me distanciei um pouco dele, indo mais para trás e longe de sua visão, para levar minha destra até ao grande bolso da minha permuda, podendo assim segurar a varinha que eu tinha guardado ali.

Aproveitei o momento que um carro de som começou a passar pela rua em frente ao parque, para sussurrar algumas palavras referentes a um feitiço bem bobinho que meu tio tinha me ensinado nos meus primeiros anos como aprendiz — na época ele só havia me mostrado isso apenas porque queria tirar uma foto conceitual para suas redes sociais mesmo — e no segundo seguinte o efeito veio, quando algumas joaninhas começaram a ser atraídas para a mão de Jimin.

— Oh! — O mesmo exclamou rindo, achando graça dos pequenos bichinhos que pousavam sobre sua mão. — Olha, olha, Jungkook! Uma borboleta! — Exclamou sorrindo para a grande borboleta azul que se colocou na pontinha de seus dedos, notei que os seus olhos se fechavam enquanto sorria, formando duas meias luas, nada menos que adorável.

— Sabe, “coisas mágicas” acontecem o tempo inteiro, a gente muitas vezes ignora toda essa magia ou nem a nota, mas ela é bem real como pode ver. — Falei algo que meu tio tinha me dito quando eu ainda tinha uns oito anos, foi algo que nunca esqueci, pois aquilo me marcou, mesmo sendo numa época em que eu nem sabia que era um bruxo.

— Você tem razão, existe magia em tudo isso. — Jimin disse sorrindo todo bobo para a borboletinha que mexia suas asas lentamente, mas seu rosto virou para mim e me encarou por alguns instantes. — Você é alguém apaixonante, Jungkook.

E novamente Park Jimin me deixava sem palavras.